sexta-feira, 17 de junho de 2011

"Fazer um Ministério que tenha a Educação como objectivo"

Novo Ministro da Educação é Nuno Crato

Ao contrário do que tinha sido divulgado por alguns meios de comunicação, a escolha de Passos Coelho para a Educação, Ciência e Ensino Superior recaiu em Nuno Crato.
Nuno Crato doutorado em Matemática Aplicada  é professor catedrático de Matemática e Estatística no ISEG - Universidade Técnica de Lisboa. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática e mais recentemente Presidente da Comissão Executiva do Tagus Park.
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Informação da  Wikipédia
"Nasceu em Lisboa em 9 de Março de 1952, viveu em Lisboa, nos Açores e nos Estados Unidos. É desde 21 de Junho de 2011 o actual ministro da Educação e Ensino Superior português. Foi professor na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, no Instituto Superior de Economia, na Universidade dos Açores, no Stevens Institute of Technology e no New Jersey Institute of Technology. Desde 2000 é professor no Instituto Superior de Economia e Gestão. É também Pró-Reitor da Universidade Técnica de Lisboa.
Em 2008 foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
A Junho de 2010 foi eleito presidente executivo do Taguspark."

Governo 

Divulgação de resultados das Provas de Aferição

Foram hoje afixadas nas escolas as pautas com os resultados das Provas de Aferição realizadas no passado mês de Maio.
A informação disponibilizada nas pautas, à semelhança do verificado em 2010, inclui, para além do nível global, a indicação dos níveis obtidos pelos alunos nos diferentes domínios de competência.
Os encarregados de educação podem consultar a nota informativa sobre a leitura e interpretação dos resultados aqui.
O GAVE não divulgou,ainda, os resultados e as médias nacionais!

Requalificação das bibliotecas escolares

A lista de escolas apoiadas no âmbito do processo de requalificação das bibliotecas escolares, a decorrer em 2011, foi divulgada na página da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

Apesar de tudo e de muitos...

Os portugueses confiam nos bombeiros, nos professores e nos carteiros mas desconfiam cada vez mais de advogados e políticos, de acordo com um estudo do grupo GFK hoje divulgado.
Se bombeiros e professores surgem como dos profissionais mais confiáveis, no fundo da tabela, este como nos últimos três anos, estão os políticos, os advogados e os banqueiros, com os primeiros a sofrer uma queda de sete pontos em relação ao ano passado.
Ainda que sem serem diferenças significativas, Portugal acredita mais nos professores e nos militares do que a média europeia, e é também dos que mais confia nas organizações de defesa do meio ambiente (79 pontos dados por Portugal, contra os 67 da média dos países europeus).

COMENTÁRIO
Para todos aqueles, Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates incluídos , que fizeram tudo para rebaixar e denegrir os professores aqui fica a resposta ou como afirma Octávio Gonçalves "umas bofetadas de luva branca" em todos eles. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estamos à espera da mudança! É urgente a mudança!

Apresentado e assinado hoje o acordo celebrado entre o PSD e o CDS para o governo.

Os compromissos assumidos no Programa Eleitoral do PSD
(Sobre Educação; Páginas 194 a 204 do pdf)

Segredos da minha infância...


A minha escola
cabe na minha sacola!
Levo livros e paixões
Aprendo e ensino
Coisas há, que as sei…
Outras nem imagino!
A minha escola é
Uma fábrica de sonhos
De fadas, duendes e mágicos
De encantos medonhos!
É lá que a minha vida corre
Como rio para o mar
Para SER homem melhor, amanhã.
Minha escola, minha escola…
Segredo da minha infância
Coração alargado
Na missão de ser criança!

Prof.ª Carla Valente

Redução da Componente Lectiva de Docentes Orientadores

Reduz a componente lectiva dos docentes orientadores cooperantes que desempenham funções de orientação e supervisão pedagógica.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Liberalização da idade da reforma

O presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos defendeu hoje a liberalização da idade da reforma e que esta não seja imposta, mas antes definida caso a caso, consoante a capacidade e a vontade de cada pessoa.
De acordo com António Barreto, o país atravessa "um momento muito sério e complexo" e torna-se, por isso, "absolutamente pertinente" abordar a questão da terceira idade, seja por razões de produtividade, emprego ou sustentabilidade social.
Nesse sentido, entende que é altura de encontrar soluções que vão ao encontro da diversidade de situações que existem entre os idosos e as suas famílias porque “não há uma só solução ou um só remédio para os problemas”.
“Em primeiro lugar começar a libertar a idade da reforma e que não haja uma idade obrigatória de reforma. Que a idade da reforma possa ser adequada à saúde das pessoas, ao desejo das pessoas, à liberdade de escolha, às possibilidades do empregador e das empresas”, sugeriu António Barreto, para quem esta “seria uma condição de liberdade individual para as famílias muito importante”.

Fim da Compensação por Caducidade de Contratos prevista na Lei!

 Gabinete de Gestão Financeira

ASSUNTO: Contratos a Termo do Pessoal docente celebrados ao abrigo do disposto no Decreto-Lei nº 20/2006, de 31 de Janeiro e  no Decreto-Lei nº 35/2007, de  15   de Fevereiro. Ausência de compensação por caducidade. 
                                     
Face às orientações divulgadas através da Circular nº B11075804B, de 08-06-2011 da Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação, relativamente ao assunto citado em epígrafe, informa-se que as orientações do Ofício-Circular nº 10/GGF/2009, de 04/09/2009, relativamente a esta questão devem ser consideradas sem efeito.
Lisboa, 15/06/2011
                                                                                                 O Director-Geral
                                                                                                 (Edmundo Gomes)
Documento Original

terça-feira, 14 de junho de 2011

Opinião - Roberto Carneiro

Uma Primavera Educativa Nova em Portugal?

Clicar na imagem  para ampliar
Jornal Público 14/06/2011

Novo Ministro da Educação

Anunciado por alguns (aguarda-se confirmação) o novo Ministro da Educação da Ciência e do Ensino Superior, um super ministro que deverá ser anunciado amanhã durante a tarde. 
António Rendas é reitor da Universidade Nova e presidente do conselho de reitores das universidades portuguesas.
Talvez mais importante que conhecer o novo ministro será saber qual a equipa de secretários de estado que o vai acompanhar, com especial destaque para o secretário de estado responsável pelos ensinos básico  e secundário e pela educação de infância.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fernando Pessoa - 13 de Junho de 1888

Imagem do Google

Para ler no Jornal Público de Hoje

Nunca se realizaram tantas provas nacionais como neste ano lectivo. Segundo investigadores, os chamados testes intermédios podem ter impactos negativos na avaliação e aprendizagem dos alunos.
Jornal Público 13/06/2011

sábado, 11 de junho de 2011

Alunos abandonam escola obrigatória por dificuldades financeiras

Um pouco por todo o país há alunos a abandonar a escola por causa das dificuldades financeiras da família. Uns fazem-no para ajudar os pais, outros simplesmente porque deixaram de ter dinheiro para estudar.
Casos pontuais no país?

Lembram-se que...


Este domingo comemora-se o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.

O que deve e não deve fazer quando utiliza redes sociais

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bom fim de semana!

Discurso do Doutor António Barreto

Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Castelo Branco, 10 de Junho de 2011

Nada é novo. Nunca! Já lá estivemos, já o vivemos e já conhecemos. Uma crise financeira, a falência das contas públicas, a despesa pública e privada, ambas excessivas, o desequilíbrio da balança comercial, o descontrolo da actividade do Estado, o pedido de ajuda externa, a intervenção estrangeira, a crise política e a crispação estéril dos dirigentes partidários. Portugal já passou por isso tudo. E recuperou. O nosso país pode ultrapassar, mais uma vez, as dificuldades actuais. Não é seguro que o faça. Mas é possível.
Tudo é novo. Sempre! Uma crise internacional inédita, um mundo globalizado, uma moeda comum a várias nações, um assustador défice da produção nacional, um insuportável grau de endividamento e a mais elevada taxa de desemprego da história. São factos novos que, em simultâneo, tornam tudo mais difícil, mas também podem contribuir para novas soluções. Não é certo que o novo enquadramento internacional ajude a resolver as nossas insuficiências. Mas é possível.
Novo é também o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos. A indisponibilidade para falarem uns com os outros, para dialogar, para encontrar denominadores comuns e chegar a compromissos contrasta com a facilidade e o oportunismo com que pedem aos cidadãos esforços excepcionais e renúncias a que muitos se recusam. A crispação política é tal que se fica com a impressão de que há partidos intrusos, ideias subversivas e opiniões condenáveis. O nosso Estado democrático, tão pesado, mas ao mesmo tempo tão frágil, refém de interesses particulares, nomeadamente partidários, parece conviver mal com a liberdade. Ora, é bom recordar que, em geral, as democracias, não são derrotadas, destroem-se a si próprias!
Há momentos, na história de um país, em que se exige uma especial relação política e afectiva entre o povo e os seus dirigentes. Em que é indispensável uma particular sintonia entre os cidadãos e os seus governantes. Em que é fundamental que haja um entendimento de princípio entre trabalhadores e patrões. Sem esta comunidade de cooperação e sem esta consciência do interesse comum nada é possível, nem sequer a liberdade.
Vivemos um desses momentos. Tudo deve ser feito para que estas condições de sobrevivência, porque é disso que se trata, estejam ao nosso alcance. Sem encenação medíocre e vazia, os políticos têm de falar uns com os outros, como alguns já não o fazem há muito. Os políticos devem respeitar os empresários e os trabalhadores, o que muitos parecem ter esquecido há algum tempo. Os políticos devem exprimir-se com verdade, princípio moral fundador da liberdade, o que infelizmente tem sido pouco habitual. Os políticos devem dar provas de honestidade e de cordialidade, condições para uma sociedade decente.
Vivemos os resultados de uma grave crise internacional. Sem dúvida. O nosso povo sofre o que outros povos, quase todos, sofrem. Com a agravante de uma crise política e institucional europeia que fere mais os países mais frágeis, como o nosso. Sentimos também, indiscutivelmente, os efeitos de longos anos de vida despreocupada e ilusória. Pagamos a factura que a miragem da abundância nos legou. Amargamos as sequelas de erros antigos que tornaram a economia portuguesa pouco competitiva e escassamente inovadora. Mas também sofremos as consequências da imprevidência das autoridades. Eis por que o apuramento de responsabilidades é indispensável, a fim de evitar novos erros.
Ao longo dos últimos meses, vivemos acontecimentos extraordinários que deixaram na população marcas de ansiedade. Uma sucessão de factos e decisões criou uma vaga de perplexidade. Há poucos dias, o povo falou. Fez a sua parte. Aos políticos cabe agora fazer a sua. Compete-lhes interpretar, não aproveitar. Exige-se-lhes que interpretem não só a expressão eleitoral do nosso povo, mas também e sobretudo os seus sentimentos e as suas aspirações. Pede-se-lhes que sejam capazes, como não o foram até agora, de dialogar e discutir entre si e de informar a população com verdade. Compete-lhes estabelecer objectivos, firmar um pacto com a sociedade, estimular o reconhecimento dos cidadãos nos seus dirigentes e orientar as energias necessárias à recuperação económica e à saúde financeira. Espera-se deles que saibam traduzir em razões públicas e conhecidas os objectivos das suas políticas. Deseja-se que percebam que vivemos um desses raros momentos históricos de aflição e de ansiedade colectiva em que é preciso estabelecer uma relação especial entre cidadãos e governantes. Os Portugueses, idosos e jovens, homens e mulheres, ricos e pobres, merecem ser tratados como cidadãos livres. Não apenas como contribuintes inesgotáveis ou eleitores resignados.
É muito difícil, ao mesmo tempo, sanear as contas públicas, investir na economia e salvaguardar o Estado de protecção social. É quase impossível. Mas é possível. É muito difícil, em momentos de penúria, acudir à prioridade nacional, a reorganização da Justiça, e fazer com que os Juízes julguem prontamente, com independência, mas em obediência ao povo soberano e no respeito pelos cidadãos. É difícil. Mas é possível.
O esforço que é hoje pedido aos Portugueses é talvez ímpar na nossa história, pelo menos no último século. Por isso são necessários meios excepcionais que permitam que os cidadãos, em liberdade, saibam para quê e para quem trabalham. Sem respeito pelos empresários e pelos trabalhadores, não há saída nem solução. E sem participação dos cidadãos, nomeadamente das gerações mais novas, o esforço da comunidade nacional será inútil.
É muito difícil atrair os jovens à participação cívica e à vida política. É quase impossível. Mas é possível. Se os mais velhos perceberem que de nada serve intoxicar a juventude com as cartilhas habituais, nem acreditar que a escola a mudará, nem ainda pensar que uma imaginária "reforma de mentalidades" se encarregará disso. Se os dirigentes nacionais perceberem que são eles que estão errados, não as jovens gerações, às quais faltam oportunidades e horizontes. Se entenderem que o seu sistema político é obsoleto, que o seu sistema eleitoral é absurdo e que os seus métodos de representação estão caducos.
Como disse um grande jurista, “cada geração tem o direito de rever a Constituição”. As jovens gerações têm esse direito. Não é verdade que tudo dependa da Constituição. Nem que a sua revisão seja solução para a maior parte das nossas dificuldades. Mas a adequação, à sociedade presente, desta Constituição anacrónica, barroca e excessivamente programática afigura-se indispensável. Se tantos a invocam, se tantos a ela se referem, se tantos dela se queixam, é porque realmente está desajustada e corre o risco de ser factor de afastamento e de divisão. Ou então é letra morta, triste consolação. Uma nova Constituição, ou uma Constituição renovada, implica um novo sistema eleitoral, com o qual se estabeleçam condições de confiança, de lealdade e de responsabilidade, hoje pouco frequentes na nossa vida política. Uma nova Constituição implica um reexame das relações entre os grandes órgãos de soberania, actualmente de muito confusa configuração. Uma Constituição renovada permitirá pôr termo à permanente ameaça de governos minoritários e de Parlamentos instáveis. Uma Constituição renovada será ainda, finalmente, o ponto de partida para uma profunda reforma da Justiça portuguesa, que é actualmente uma das fontes de perigos maiores para a democracia. A liberdade necessita de Justiça, tanto quanto de eleições.
Pobre país moreno e emigrante, poderás sair desta crise se souberes exigir dos teus dirigentes que falem verdade ao povo, não escondam os factos e a realidade, cumpram a sua palavra e não se percam em demagogia!
País europeu e antiquíssimo, serás capaz de te organizar para o futuro se trabalhares e fizeres sacrifícios, mas só se exigires que os teus dirigentes políticos, sociais e económicos façam o mesmo, trabalhem para o bem comum, falem uns com os outros, se entendam sobre o essencial e não tenham sempre à cabeça das prioridades os seus grupos e os seus adeptos.
País perene e errante, que viveste na Europa e fora dela, mas que à Europa regressaste, tens de te preparar para viver com metas difíceis de alcançar, apesar de assinadas pelo Estado e por três partidos, mas tens de evitar que a isso te obrigue um governo de fora.
País do sol e do Sul, tens de aprender a trabalhar melhor e a pensar mais nos teus filhos.
País desigual e contraditório, tens diante de ti a mais difícil das tarefas, a de conciliar a eficiência com a equidade, sem o que perderás a tua humanidade. Tarefa difícil. Mas possível.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Observação de aulas e avaliação do desempenho docente


 Publicado em ebook pelo CCAP
 Autor: Pedro Reis

"Este trabalho, de apoio ao processo de avaliação do desempenho docente, discute a importância da observação de aulas no desenvolvimento profissional de professores e as funções e potencialidades das diferentes fases do ciclo supervisivo centrado na prática de sala de aula. Apresenta um conjunto de sugestões (abordagens, metodologias e instrumentos) destinado a estimular a reflexão sobre as práticas de sala de aula. Os diferentes instrumentos de orientação e registo incluídos neste trabalho pretendem apoiar a comunidade educativa na construção de instrumentos de observação adequados a contextos e finalidades específicos."

Explicação simples do que se está a passar na Europa

Guias informativos sobre o Facebook

No Guia de Facebook para Jovens, disponível na página da SeguraNet, que se apresenta em formato electrónico descarregável, os mais jovens podem encontrar informação útil relativa a esta rede social, nomeadamente alguns conselhos que permitem utilizá-la com maior segurança.

O Guia de Facebook para Pais e Educadores está também disponível, alertando para os possíveis perigos associados ao uso do Facebook e sugerindo algumas medidas para reduzir os riscos.


Ensino Português no Estrangeiro

Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação
Despacho que aprova a rede de cursos do ensino português no estrangeiro para o ano lectivo de 2011-2012, fixa o total de horas de redução da componente lectiva por país de que beneficiam os docentes de apoio pedagógico.
O presente despacho será divulgado na página electrónica do Instituto Camões, I. P.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Opinião - Santana Castilho

Um governo engaiolado
Não se envelhece enquanto buscamos! Bela frase, dita não sei por quem, adequada a mais um virar de página. A terapêutica mágica é ir à estante e passar a noite com um dos livros da nossa vida (o Jardineiro, de Rabindranath Tagore).
“O pássaro cativo vivia na gaiola. O pássaro livre vivia na floresta. Encontraram-se um dia, como estava escrito no destino. O pássaro preso sussurra: “Vem para aqui, vivamos ambos na gaiola!” 
Diz o pássaro livre: “Entre as grades, onde há espaço para se abrir as asas?”
“Ah”, diz o pássaro fechado, “eu não saberei poisar no céu!”
O pássaro livre grita: “Meu amor, canta as canções da floresta!”
Diz o pássaro da gaiola: “Senta-te ao pé de mim e ensinar-te-ei a canção dos sábios”.
“Não, oh, não”, exclama o pássaro livre, “as canções não são coisa que se ensine!”
“Pobre de mim”, diz o pássaro preso, “eu não sei as canções da floresta!”
O seu amor é um anseio intenso; mas nunca poderão voar lado a lado. Olham-se através das grades da gaiola e em vão se desejam amar. Agitam as asas, anelantes, e cantam: “Aproxima-te mais, meu amor!”
O pássaro livre grita: “Não posso, tenho medo da tua gaiola fechada!”
O pássaro cativo murmura: “Ai de mim, as minhas asas nada podem, estão mortas.”
O homem e o bando dos seus mais próximos, escorraçados, finalmente, no domingo, deixam-nos um Governo condicionado pela troika. Um Governo engaiolado. Aos que o venham a integrar cabe a missão árdua de nos tirar da gaiola, a tempo de as asas não morrerem. 
O estado da Educação daqui a 3 anos é muito mais dependente da qualidade da governação e da sensibilidade à alegoria da gaiola e menos das medidas a que a troika nos obriga. 
Vejamos, em síntese breve, quais são elas:
- Que é preciso melhorar a qualidade do ensino secundário e profissional, através de um plano de acção a desenvolver. É óbvio e está certo. Muito do actual ensino profissional é um logro, uma mistificação, como quase tudo o que o PS fez. Não se pode fazer ensino profissional de papel e lápis, para reter nas escolas, a qualquer preço, os jovens que, de outro modo, a abandonam. 
- Que é preciso melhorar a eficiência do sistema. Óbvio e certo. O que o PS fez foi burocratizar e escravizar os professores, obrigando-os a diplomar a ignorância, reduzindo a eficiência e a eficácia do sistema para níveis pedagogicamente criminosos.
- Que é preciso diminuir o abandono escolar. Óbvio e certo. Mas não se pode fazer isso, como foi escandalosamente feito nos últimos seis anos, sacrificando a posse do conhecimento e varrendo das escolas a autoridade dos professores
- Que se deve consagrar a autonomia das escolas. Certo. É uma medida que o PS propalou mas não concretizou. Pelo contrário, sujeitou o sistema a um centralismo nunca visto. Os modelos de gestão e de avaliação do desempenho são dois exemplos de castração de autonomia.
- Que se deve reforçar o papel da inspecção do ensino. É corolário do anterior. O Estado deve deixar de interferir mas deve ser o garante da qualidade. Isso faz-se com uma inspecção de carácter científico e pedagógico, que não de índole puramente administrativa. Isso faz-se com uma filosofia formativa, que não punitiva. 
E deixo para o fim o mais problemático, a saber:
- Que devemos economizar 195 milhões de euros em 2012 e 175 milhões em 2013, racionalizando a rede de escolas, diminuindo a contratação de recursos humanos e reduzindo as transferências para as escolas privadas com contratos de associação. 
Compreende-se, no contexto de penúria do país. É desejável? Não. Mas é possível. Há que acabar com gastos improdutivos e escandalosos. Três exemplos: da extinção de todas as direcções regionais de Educação resultariam ganhos de escala e de produtividade (são organismos improdutivos, que servem para complicar e duplicar cadeias de comandos, servindo clientelas); com a reformulação da actuação da Parque Escolar, EP, pararia um delapidar de erário público em obras faraónicas, boa parte delas dispensáveis (esse programa escandaloso já consumiu para cima de 2 mil milhões de euros); com a moralização do programa Novas Oportunidades pôr-se-ia cobro a uma hemorragia financeira sem precedentes (só em publicidade e fantasias similares foram gastos 27 milhões de euros). 
Seria desejável uma diferente alocação do dinheiro poupado. Mas é possível fazer essa economia, sem perder qualidade. 
A premência dos problemas colocados por um sistema de ensino em pré bancarrota supõe que quem chegar ao Governo tenha as soluções pensadas e tecnicamente preparadas. 
Os limites programáticos que venham a ser estabelecidos devem poder acomodar um quadro dilatado de soluções capazes de conseguir a adesão dos respectivos actores. Os professores assumem papel axial no processo. A consideração das suas motivações e o conhecimento profundo das diferentes ideologias que os lideram são indispensáveis para com eles interagir e com eles não permitir que as asas morram enquanto estivermos presos na gaiola.
Quando choro, por perder o sol, o autor do belo texto acima transcrito recorda-me que as lágrimas podem não deixar-me ver as estrelas. Por isso persisto e não desisto. Por aqui ou por ali, há muito trabalho que tem que ser feito. Para que as asas não morram.
Santana Castilho - Jornal Público 8/05/2011

Compensação por Caducidade de Contratos

Foi enviada às Escolas/Agrupamentos a Circular Nº B11075804B, de 08/06/2011, sobre a ausência de compensação por caducidade dos contratos prevista no artigo 252º do RCTFP - (Ver Lei nº 59/2008, 11 Setembro - Contrato Trabalho Funções Públicas)

Ver também Documento já enviado pela DREN às Escolas/Agrupamentos, datado de 28/04/2011 e com origem na DGRHE.