quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Listas de Colocações 2011/2012


Listas de Colocações de Docentes - 31 de agosto

Opinião - Santana Castilho

Uma oportunidade perdida
Que temos, dois meses depois? Pensões e salários violentamente tributados, dividendos e transferências para os offshores isentadas. Dez por cento do PIB nas mãos dos 25 mais ricos, cujo património aumentou 17,8 por cento. Impostos e mais impostos, que juraram não subir e de que se serviram para correr com o outro. 
Aumentos brutais do que é básico, da saúde aos transportes, passando pela electricidade e gás. Venda em saldo do BPN, sem direito sequer a saber os critérios da escolha da proposta mais barata, depois de todos nós termos subsidiado com 2.400 milhões de euros, pelo menos, vigaristas, donos e falsos depositantes. Afã para vender a água que beberemos no futuro. Quinhentas nomeações para a máquina do Estado, cuja obesidade reprovavam. Abolição da gravata. Espionagem barata com muito, mesmo muito, por esclarecer. Descoberta de um caixote de facturas não contabilizadas no esconso de um instituto em vias de fusão. Início da recuperação do TGV, antes esconjurado. Promessa de bandeirinhas nacionais em tudo o que se exporte. Um presidente que se entretém no Facebook, cobardia colectiva e mais uma peregrinação reverencial à Europa, que o primeiro-ministro inicia hoje. A tesouraria do Estado necessitou da troika. Mas o país dispensava o repetido discurso de gratidão subserviente de Pedro Passos Coelho. Aquilo a que ele chama ajuda é um negócio atípico. Atípico pelos juros invulgarmente altíssimos e atípico por o prestamista se imiscuir violentamente na vida do devedor, a ponto de ter tornado o Governo de um país com mais de 800 anos de história, outrora independente, num grémio administrativo de aplicação do acordo com a troika.
A marca mais impressiva de um Governo que fala de mudança sem a saber operar está na Educação. Quem gere hoje o ensino só se distingue do Governo anterior no estilo. Na essência da política não diverge. O desejo de implodir o ministério sucumbiu à evidente falta de ideias reformistas e à ditadura das circunstâncias e da inércia de sempre. Dois meses volvidos, a oportunidade perdida é irreversível. 
Sobre a avaliação do desempenho dos professores, está tudo dito, seja no plano técnico, seja no político. Os resultados de 4 anos de teimosia são evidentes e resumem-se à destruição da coesão docente e do espírito cooperativo, que marca a essência de uma Escola. Passos Coelho chamou-lhe monstruosa e kafkiana e jurou que a suspenderia de imediato, se fosse Governo. Mas, afinal, a liturgia voltou. Os resultados serão desastrosos. Certo teria sido suspender o processo, como prometido, e condicioná-lo ao que de seguida abordo. Não o ter feito foi uma oportunidade perdida.
A Educação não é uma actividade mercantil. Mas a tarefa de lhe medir os resultados começou a ser contaminada pelo mercantilismo a que econometristas de sucesso e organizações internacionais preponderantes a passaram a submeter, a partir da década de 80. Uns foram na onda, outros não. Uns reflectiram, outros engoliram. Nós tragámos sofregamente. Era altura de arrepiar caminho. Um Governo preparado teria tomado três medidas imediatas: alterar o modelo de gestão das escolas, responsabilizando todos, pela via eleitoral, pelas escolhas feitas; assumir que a avaliação do desempenho dos professores é parte da avaliação do desempenho das escolas, dela indissociável, e que estes processos não são compagináveis com modelos universais, outrossim instrumentos de gestão de cada escola; reformar drasticamente a Inspecção-Geral da Educação, reorganizando-a por áreas científicas e alocando equipas de inspecção a grupos fixos de escolas. Não ter feito isto, imediatamente, foi uma tremenda oportunidade perdida.
Um Governo preparado, com estudo produzido durante seis anos de oposição, saberia como limpar o lixo administrativo e legislativo, que transformou os professores em escravizados burocratas de serviço. Nada ter acontecido neste campo, nestes dois meses, foi outra oportunidade perdida. 
Um Governo competente teria anunciado imediatamente um concurso nacional de professores, para ser lançado no próximo ano, visando a correcção possível das injustiças gritantes dos últimos tempos, e teria apresentado já uma revisão do estatuto da carreira docente, que devolvesse aos professores a autonomia, a dignidade profissional e a independência científica e intelectual perdidas. Não o ter feito foi uma grande oportunidade perdida.
Um Governo seguro e com contas feitas já teria proposto a extinção da Parque Escolar, Empresa Pública, já teria decretado a suspensão de todo e qualquer tipo de novas iniciativas do Programa Novas Oportunidades e já teria tornado público o plano de corte na Educação dos 370 milhões de euros previstos no acordo com a troika. Não o ter feito foi uma grave oportunidade perdida.
Um Governo com alternativas teria já divulgado um exigente estatuto do Aluno, um coerente plano de outorga de verdadeira autonomia às escolas, incluindo a gestão de um currículo local, e teria, naturalmente, suspendido o inadequado processo de junção forçada de escolas. Não o ter feito foi uma irrecuperável oportunidade perdida.
Um Governo corajoso, tanto mais que tem o ensino não superior e o superior sob tutela do mesmo ministro, teria já anunciado uma intervenção séria e exigente no processo de formação inicial dos professores. Não o ter feito foi, ainda, uma oportunidade perdida. 
O que citei é apenas parte do que seria necessário fazer. Não salvaria o Governo. Mas já o condena pela oportunidade perdida.
Santana Castilho
Jornal Público, 31/08/2011

Manutenção difícil!

Atualizado 14:15

Está para breve!

As listas de colocações foram colocadas na página eletrónica da DGRHE e retiradas pouco tempo depois!
Logo que fiquem novamente disponíveis serão aqui divulgadas de imediato.
11:10

Não podem ser todos excelentes ou a poupança é prioritária?

Um professor contratado pode ser empenhado, ensinar bem e saber motivar os seus alunos. Pode até ser o melhor de todos, mas nunca será um excelente professor. Este é pelo menos o entendimento da equipa de Nuno Crato, que, no novo projecto de avaliação docente entregue aos sindicatos, os impede de solicitarem aulas assistidas, vedando-lhes desta forma o acesso à nota mais alta.
A condição está expressa de forma inequívoca no n.o 7 do artigo 18.o do projecto que o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, deu a conhecer às associações e federações sindicais: "Não há lugar à observação de aulas dos docentes em regime de contrato." E não havendo aulas assistidas também não há hipótese de ambicionar a menção de excelente. 
Jornal I

"Pois, se calhar somos todos excelentes... Cada um à sua maneira..."
Nuno Crato - Ministro da Educação e Ciência

Uma boa notícia num dia difícil para muitos docentes contratados!

Em Junho deste ano, a DGRHE emitiu uma circular em que dizia que não tinha que pagar compensações aos professores que vissem os seus contratos caducados e a quem não fosse comunicada a intenção de renovação. 
Segundo o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, quando um contrato caduca porque o empregador não comunica a vontade de o renovar, o trabalhador tem direito a uma compensação por cada mês em que esteve empregado
Na circular, a DGRHE diz que como os contratos não são renováveis e caducam de qualquer maneira não há lugar a compensações. 
No ofício enviado à DGRHE, a que a Lusa teve acesso, os serviços da Provedoria consideraram que esta argumentação “subverte a intenção do legislador ao deixar sem tutela situações que este claramente quis acautelar”
Por isso, recomenda à DGRHE que “se digne reapreciar o entendimento constante” da circular.
A Provedoria considera, no entanto, acertada a interpretação da DGRHE segundo a qual os professores que consigam novo contrato de trabalho não têm direito a compensação por caducidade do anterior.

31 de agosto. A fruta está... madura!


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Notícias sobre a ADD nas televisões

Listas de Mobilidade de Docentes 2011/2012

Mobilidade 2011_2012.pdf - 30 Agosto2011
(Informação DGRHE)

Concursos Região Autónoma dos Açores

CONTRATAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE / OFERTA DE EMPREGO

Com as "medidas" ideais de um bom modelo?!

Contratação de docentes para 2011/2012 - Aviso da DREN

Torna -se público nos termos do n.º 7 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 35/2007, de 15 de Fevereiro, que a partir do dia 1 de Setembro 2011 as ofertas de emprego para a contratação de docentes para os estabelecimentos públicos de educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário na dependência do Ministério da Educação, da área geográfica da Direcção Regional de Educação do Norte, serão publicitadas através da Internet no sítio da Direcção Regional de Educação do Norte, no endereço http://www.dren.min -edu.pt, para:
a) O exercício de funções no âmbito dos diversos níveis de ensino e grupos de recrutamento a que se refere o Decreto Lei n.º 27/2006, de 10 de Fevereiro;
b) As actividades de leccionação, por técnicos especializados, das disciplinas das áreas profissionais, tecnológicas, vocacionais ou artísticas dos ensinos básicos e secundário;
c) O desenvolvimento de projectos de enriquecimento curricular ou de combate ao insucesso escolar.
No sítio da Direcção Regional de Educação do Norte estará disponível o manual de candidatura.
Mais se informa que o procedimento em causa é regulado pelo Decreto-Lei n.º 35/2007, de 15 de Fevereiro.
Este anúncio é válido até ao final do ano escolar 2011/2012.
22 de Agosto de 2011. — O Director Regional, António Oliveira Leite.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Nova proposta do MEC - Reuniões de 29 e 30 de Agosto

(A negrito as alterações à 1ª versão de 12 de agosto)

Negociações com o MEC nas televisões

(Notícia TVI)

Negociações ou trocas?


Diário de Notícias 29/'8/2011

Resolve-se um problema originando injustiças entre os docentes!

O Governo decidiu prorrogar por mais um ano a licença sem vencimento dos docentes de português contratados por instituições estrangeiras nos EUA, Canadá, Austrália e Alemanha.
Assim, assegura-se que os filhos destes portugueses no estrangeiro não perderão o contacto com a cultura portuguesa e que estes professores, a trabalhar em associações ou entidades estrangeiras que promovem e divulgam o ensino da língua e da cultura fora do território nacional, tenham salvaguardados todos os direitos e deveres correspondentes ao exercício efectivo da actividade docente.
Informação do MEC, de 27/08/2011

Mais uma ronda de negociações com Ministério da Educação

Sindicatos de docentes e Ministério da Educação voltam hoje às negociações sobre a avaliação de desempenho docente, com as organizações sindicais à espera de ver quais as propostas dos diferentes sindicatos que a tutela aceitou e quais as alterações propostas à primeira versão do documento apresentado a 12 de agosto.

domingo, 28 de agosto de 2011

Para uma tarde calma e fresca de verão

Mestrados e Doutoramentos na Universidade do Minho - Instituto de Educação

(clicar para ampliar)

Opinião - João Ruivo

Há várias maneiras de escrever sobre a educação e para os educadores. Umas, são marcantes e sobrevivem às pequenas mediocridades com que somos bombardeados todos os dias. Outras, passam despercebidas no rol de publicações que se recebem mensalmente nas redacções dos jornais da especialidade.
"Confesso que Vivi" é uma obra que, indiscutivelmente, pertence à selecção de primeiras águas nas publicações pedagógicas que nos chegaram durante o ano lectivo que agora termina.
Da autoria de Cármen Guaita, Confesso que Vivi é uma edição da San Pablo, incluída na sua colecção Psicologia y Educación, a merecer uma tradução para língua portuguesa.
A autora é professora especialista em Ciências Sociais e em Pedagogia Terapêutica e trabalhou durante mais de duas décadas como docente em Madrid, Extremadura e nas Ilhas Canárias. Na actualidade é secretária de comunicação na Associação Nacional de Professores de Espanha, onde ajudou a criar e dirigiu o Defensor del Profesor. Autora de várias obras educativas, colabora regularmente em programas de televisão e de rádio em Espanha.
A receita desta obra é, aparentemente, simples. Porém, o resultado é genial. Cármen Guaita, que domina com mestria e muita inteligência emocional e técnica da entrevista seleccionou um conjunto de temas educativos, que ordenou por ordem alfabética, e que serviram de motivo a profundas e estimulantes entrevistas abertas com um grupo de personalidades públicas de reconhecido mérito nessas áreas do saber.
O resultado é uma obra, simultaneamente densa, mas de muito fácil e apetecível leitura, dados os diferentes ângulos de abordagem do fenómeno educativo, bem como da diversidade de pontos de vistas aí apresentados.
Segundo os temas por ordem alfabética, com António Lopez aprenderemos para que serve aAusteridade; falaremos de Beleza com Pastora Veja; Fernando Savater explicará o significado da palavra Cidadania; Juan Manual Prada esboçará um panorama da Cultura, eterna companheira da educação; Jorge Valdano fala-nos de valores associados ao Desporto; Carmelo Gómez revelará os segredos da Disciplina; Nicolás Fernandez explica a importância do Esforço no sucesso escolar; Blanca Lopez Ibor descreve melhor que ninguém o que significa a Esperança; Javier Urra aborda a situação actual da Família; Maria Ángeles Fernández, que acabou de adoptar um filho, abre uma janela sobre o valor da Generosidade; Ana Isabel Saz explicará o papel da Identidade na adolescência; Juan Carlos López, filósofo e jurista, tentará deixar claro o que é isso da Liberdade; Federico Mayor Zaragoza, que dedicou a sua vida à cultura da Paz, tentará transmitir a sua longa e rica experiência; Alejandra Vallejo-Nágera fala-nos sobre a Responsabilidade; Ignácio Calderón sobre a Solidariedade; pela voz de Eugenia Adam chega-nos o valor da Tolerância; Jesus Poveda reafirma o valor da Vida; Victor Ullate realça a força da Vontade; e, com três jovens, reflecte-se a importância dos Valores na escola e na sociedade.
Trata-se, pois, de uma obra de abordagens diversificadas sobre a educação e, sobretudo sobre a educação com recurso aos valores. Na verdade, como refere Cármen Guaita, a nossa sociedade busca a felicidade no bem-estar, esquecendo-se que o sentido a atribuir às coisas é mais importante que a felicidade em si.
A autora refere que a chave da educação reside na nossa capacidade de ajudar os nossos filhos e educandos a ser felizes e capazes de fazer felizes todos os que os rodeiam. Para ela as ferramentas com que se educa são, a maior das vezes, o amor e o senso comum. Por isso, a esperança que livros como o que hoje aqui apresentamos ajudem os pais e os professores a utilizar mais um instrumento pedagógico que os ajude a navegar no sentido da construção de uma família mais formativa, de uma escola mais sábia e de uma sociedade mais justa.
João Ruivo

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bom fim de semana!

"Entre os destroços ficou apenas a promessa de um novo modelo..."


Um texto do Paulo Guinote em A Educação do meu Umbigo em versão original do publicado no semanário SOL de hoje.

"Ganhas as eleições por tão vocais críticos da ADD, esperou-se que o novo Governo assumisse as posições anteriores. Ilusão rapidamente desfeita, com argumentos fracos, esgrimidos por figuras de segunda ordem da nova situação. Entre os destroços ficou apenas a promessa de um novo modelo, o que fez manter alguma esperança, em especial entre os que acreditavam que o novo ministro optaria por uma solução de rigor e que rasgasse com as más práticas detectadas e denunciadas."

O melhor é esperar... sentados!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ofício Circular da DGRHE - Apresentação no prazo de 72 horas

...
"Ao abrigo do disposto na referida previsão legal, no sentido de garantir aos professores as condições de trabalho necessárias ao início do ano lectivo e por orientação de Sua Excelência o Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar é concedido aos candidatos que obtiverem colocação nas necessidades transitórias nas listas a publicitar no próximo dia 31 de Agosto, a possibilidade de se apresentarem no agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde sejam colocados no prazo de setenta e duas horas, correspondentes aos três primeiros dias úteis seguintes à comunicação da colocação."