Ministra da Educação e Ciência
Margarida Mano
Sem experiência politica ou partidária, Margarida Mano explicou recentemente que aceitou sair da sua “zona de conforto” e ser cabeça de lista do PSD/CDS por Coimbra, como independente, por causa do “mérito” da pessoa que a convidou, Pedro Passos Coelho. E referiu-se, em concreto, à área que melhor domina: a financeira, elogiando ao primeiro-ministro a coragem para tomar decisões que na sua perspectiva foram “difíceis” e “correctas”, e que corresponderam à “melhor opção” para o “essencial” equilíbrio das contas públicas.
Doutorada em Gestão pela Universidade de Southampton, com 51 anos de idade, Margarida Mano exerce funções docentes desde 1986 na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (UC), mas está longe de ser uma “teórica”. Trabalhou na banca, antes de Rui de Alarcão a ter ido buscar para o cargo de administradora na UC e desde então que vem construindo uma carreira que dizem ser sólida, principalmente nas áreas da gestão, planeamento estratégico e finanças dentro da universidade. Ali trabalhou com três reitores e ascendeu ao lugar de pró-reitora de Seabra Santos e de vice-reitora de João Gabriel Silva.
As pessoas que conhecem o trabalho de Margarida Mano qualificam-na como competente, capaz de estabelecer objectivos e de delinear estratégias para os alcançar; e, ainda de criar, gerir, motivar e envolver as pessoas e as equipas de que se rodeia.
Por tudo isto, a questão que alguns colocam, nesta terça-feira, não é tanto porquê ministra, mas sim porquê da Educação e Ciência. Pessoas dos partidos da coligação frisam que quem trabalha e gere há tantos anos uma universidade conhece bem, pelo menos, o ensino superior. Na oposição perguntam-se se alguém lhe conhece uma ideia sobre o sector da Educação e da Ciência.Aparentemente, Margarida Mano gera simpatia junto de quem aprova e de mesmo de quem desaprova esta sua entrada na política. Esta terá sido motivada pela necessidade de a coligação fazer frente à escolha do PS, que apostou, em Coimbra, numa mulher, independente, também vice-reitora, igualmente docente universitária e que era apontada como uma possível ministra de um governo socialista, Helena Freitas. Neste momento, nem mesmo os amigos pessoais dão Margarida Mano como vencedora neste duelo. O ex-reitor Seabra Santos, por exemplo, diz lamentar, que esta oportunidade não lhe tenha sido dada “por um governo estável e com prestígio”.
Público
Constituição do novo Governo:
Pedro Passos Coelho - Primeiro-ministro
Paulo Portas – Vice-Primeiro-Ministro
Maria Luís Albuquerque – Ministra de Estado e das Finanças
Rui Machete – Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
José Pedro Aguiar-Branco – Ministro da Defesa Nacional
Luís Marques Guedes – Ministro da Presidência e do Desenvolvimento Regional
João Calvão da Silva – Ministro da Administração Interna
Fernando Negrão – Ministro da Justiça
Jorge Moreira da Silva – Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Maria da Assunção Cristas – Ministra da Agricultura e do Mar
Luís Pedro Mota Soares – Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social
Luís Morais Leitão – Ministro da Economia
Fernando Leal da Costa – Ministro da Saúde
Rui Medeiros – Ministro da Modernização Administrativa
Teresa Morais – Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania
Carlos Costa Neves – Ministro dos Assuntos Parlamentares
Margarida Mano – Ministra da Educação e Ciência