Mostrar mensagens com a etiqueta estudos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta estudos. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Salários de Professores e de Diretores na Europa - Novo estudo comparativo da Rede Eurydice

Este relatório apresenta dados relativos aos salários de professores e diretores de estabelecimentos de ensino em 42 sistemas educativos europeus, no ano letivo 2017/2018.

Consulte aqui a publicação em língua inglesa


De acordo com a notícia do Observador sobre este estudo, "Portugal tem a maior diferença salarial (116%) entre um professor do terceiro ciclo no início e no fim da carreira docente, segundo um relatório esta sexta-feira divulgado pela rede Eurydice, relativo a 2017-2018.

Esta diferença de 116% entre o salário de um professor no início e no fim da carreira põe Portugal no topo da tabela das disparidades salariais, com a Lituânia a apresentar a menor diferença entre salários (7%).

Após dez anos de carreira, a diferença de salários em relação a um professor que começou a dar aulas era, no ano letivo 2017-2018, de 22%, após 15 anos de 29% e no topo da carreira de 116%.

No relatório é sublinhado o facto de o acesso ao topo da carreira ter sido descongelado em 2018, o que levou a um aumento de 9% nos salários de topo.

A rede Eurydice salienta que o salário de um professor do segundo ciclo do secundário que inicia a sua carreira é baixo, em Portugal, e a progressão é lenta – 35 anos até chegar ao topo – sendo que a maior subida de salário é concedida após mais 15 anos de ensino."

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Visão geral da educação 2019 - Indicadores da OCDE

Visão geral da educação é a fonte autorizada de informações sobre o estado da educação em todo o mundo. Ele fornece dados sobre a estrutura, finanças e desempenho dos sistemas educativos nos países da OCDE e em várias economias parceiras. Mais de 100 gráficos e tabelas nesta publicação - além de links para muito mais disponíveis no banco de dados educacional - fornecem informações importantes sobre o resultado das instituições de ensino; o impacto da aprendizagem entre países; acesso, participação e progressão na educação; os recursos financeiros investidos em educação; e professores, o ambiente de aprendizagem e a organização das escolas.

A edição de 2019 inclui um foco no ensino superior, com novos indicadores sobre as taxas de conclusão do ensino superior, doutorado e seus resultados no mercado de trabalho e nos sistemas de admissão no ensino superior, além de um capítulo dedicado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4.

Education at a Glance2019 (pdf)

Consultar em OCDEiLibrary


Notícias

Relatório da OCDE. Na próxima década, 1 em cada 2 professores tem de ser substituído

Observador

Crianças portuguesas têm mais 1.200 horas de aulas que na Europa

TSF

Só 1% dos professores portugueses tem menos de 30 anos. OCDE avisa outra vez para o envelhecimento da classe

Público

Início do ano letivo. Portugal é dos países da OCDE onde o envelhecimento da classe docente foi mais rápido

Expresso

terça-feira, 23 de julho de 2019

Violência e bullying na Escola

A publicação “Behind the numbers: ending school violence and bullying”, da responsabilidade da UNESCO, apresenta uma visão abrangente e atualizada não só da prevalência, mas também das tendências globais e regionais, relacionadas com a violência na escola. Além disso, examina a natureza e o impacto da violência escolar e do bullying.

O relatório refere que quase um aluno, em cada três, foi intimidado pelos colegas, na escola, no último mês. Este estudo, que envolveu 144 países, é a maior investigação feita, até à data, sobre estas problemáticas.

As constatações e conclusões, apresentadas nesta publicação, reforçam as recomendações dos Relatórios de 2016 e 2018 do Secretário-Geral da ONU, endereçadas à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), no que se refere à proteção de crianças contra o bullying. Essas recomendações incluem, entre outras: a necessidade de desenvolver políticas para prevenir e responder à violência escolar e ao bullying; formar e apoiar os professores na prevenção da violência escolar e do bullying; promover abordagens que envolvam toda a comunidade, incluindo estudantes, professores, assistentes operacionais, pais e autoridades locais; fornecer informações e apoio às crianças.

Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de apoiar todos os países na prevenção e combate à violência escolar e ao Bullying, bem como de reforçar a Campanha Safe to Learn que visa acabar com toda a violência nas escolas, até 2024.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Conclusões do Estudo de Sustentabilidade da ADSE


AS PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO ESTUDO DE SUSTENTABILIDADE FEITO PELA COMISSÃO DESIGNADA PELO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO DA ADSE 


Conclusões do Estudo de Sustentabilidade da ADSE – 30.03.2019


::::

Entrada de novos beneficiários na ADSE depende de diploma parado no Parlamento


Estudo conclui que entrada de 100 mil contratos individuais na ADSE permitiria alcançar um excedente de 80 milhões de euros até 2023.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Estudo sobre iniciativas de Educação para a Cidadania Global em meio escolar

Iniciativas de Educação para a Cidadania Global em meio escolar  - CIDAC


Entre 2017 e 2018, o CIDAC e a FGS promoveram um estudo de natureza exploratória que procurou perceber que iniciativas de Educação para a Cidadania acontecem em meio escolar, mas sobretudo, compreender em que medida estas práticas se cruzam com o que entendemos por ECG, mesmo não fazendo referência ao conceito. O estudo foi concebido e concretizado por uma equipa composta pelo CIDAC, FGS e duas investigadoras e contou com o apoio de várias pessoas envolvidas na ECG, nomeadamente, membros da Rede ECG. Para a sua implementação foi elaborado um quadro concetual, a partir do qual se desenhou um inquérito enviado a escolas, professores e professoras e diferentes redes de educação. Das 164 respostas recebidas, 124 foram consideradas válidas.
Os resultados podem ser consultados aqui
O resumo executivo em inglês e castelhano, estão acessíveis aqui.

Estudo Exploratório

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Desempenho a Português dos alunos que ingressam no ensino superior

A DGEEC apresenta um estudo sobre o nível de desempenho na disciplina de Português dos alunos que ingressaram nos diversos cursos superiores de licenciatura e de mestrado integrado no ano letivo 2016/17.
O nível escolar dos alunos a Português é medido através da sua classificação no exame nacional desta disciplina (exame 639), realizado no final do ensino secundário no ano letivo 2015/16, o ano imediatamente anterior ao ingresso dos alunos no ensino superior.

O objetivo do estudo é fornecer um diagnóstico sobre a preparação escolar dos alunos a Português no momento em que ingressam no ensino superior, permitindo comparar os alunos que ingressam nos diferentes cursos, instituições e áreas de formação de ensino superior. Ao mesmo tempo, procura-se perceber como a preparação a Português dos alunos varia consoante as suas características demográficas, a sua origem regional e a sua formação anterior no ensino secundário.

Desempenho a Português dos alunos que ingressam no ensino superior [PDF]


Tabela de dados por par unidade orgânica / curso [XLSX]

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Estudo Avaliativo do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular


O Ministério da Educação (DGE) divulga o Estudo Avaliativo do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular (PAFC), elaborado pela Professora Doutora Ariana Cosme. Este projeto foi desenvolvido no ano letivo de 2017/2018, voluntariamente, por 226 agrupamentos escolares e escolas não agrupadas, em regime de experiência pedagógica ao abrigo do Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho.

Estudo Avaliativo do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular (PAFC)

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Professores com sinais "preocupantes" de exaustão emocional


Há também 9000 docentes que revelam estar preocupados com o seu consumo de álcool ou drogas. Classe recorre a estas substâncias como doping para enfrentar o trabalho, diz estudo da Universidade Nova de Lisboa

Artigo completo no Público


Professores, uma classe exausta a desejar a reforma antecipada

As conclusões de um inquérito a 16 mil docentes mostram um grupo profissional com elevadíssimos níveis de exaustão emocional, stresse e bastante preocupado com a indisciplina nas escolas

Artigo completo no Expresso

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Estudo sobre a saúde dos docentes

Ensino Magazine

Os resultados de três estudos realizados na Universidade de Évora (UÉ) e Universidade do Algarve (UAlg) foram apresentados na academia alentejana. Considerados como os maiores estudos feitos até ao momento no nosso país sobre "stress", motivação e a saúde dos professores em Portugal, os investigadores destacam que, numa amostra de 12.158 professores portugueses, 52.4% percecionam bem-estar do desempenho da sua atividade profissional, 50.2% sofrem de esgotamento, 26.9% de distúrbios cognitivos, 32% de distúrbios músculo-esqueléticos e 27.9% de alterações na voz.

Na apresentação deste estudo, os organizadores deixaram o convite à participação no Seminário Internacional sobre Investigação e Intervenção em Stress a realizar a 29 de setembro na Universidade de Évora, (Colégio do Espírito Santo) com o apoio das Universidades do Algarve, Universidade da Madeira, Universidade Autónoma de Lisboa, Universidade de Leipzig, Universidade de Zwickau, Universidade de Barcelona, entre outras.

No estudo verifica-se, ainda, que os resultados obtidos nas várias dimensões de saúde dos professores portugueses são, na sua generalidade, inferiores aos dos espanhóis, observando-se maiores diferenças nas dimensões bem-estar e esgotamento. As análises realizadas permitiram à equipa definir três níveis de intervenção diferenciados, de acordo com o índice de saúde. Um primeiro nível onde 24.4% dos professores apresentam baixos resultados e cuja intervenção a realizar deve ser, essencialmente, ao nível do tratamento dos problemas diagnosticados e de promoção do bem-estar; um segundo nível (saúde média), com 45.2%, onde devem incidir com intervenção preventiva; e um terceiro nível (saúde alta), com 30.4%, que evidenciam um grupo de professores resilientes, envolvido na sua profissão e que experienciam bem-estar, e que, como tal, deverão ser melhor investigados no sentido de ajudarem os investigadores a identificar modelos promotores de bem-estar e resiliência na profissão docente.

Encontram-se mais professores portugueses no índice de saúde mais baixo e menos nos índices médio e alto, quando comparamos com os professores espanhóis. Os resultados indicam-nos que os professores do ensino público, do 2º e 3º ciclo, e secundário, do género feminino, com mais de 50 anos e 20 de serviço são os que apresentam menor bem-estar e mais problemas relacionados com as dimensões de perda de saúde e, sobre os quais devem incidir urgentemente um programa de intervenção de primeiro nível. Este estudo revela ainda que o principal preditor da baixa saúde dos professores portugueses é a exaustão; 24,4% dos professores portugueses apresenta baixos resultados no índice de saúde profissional, enquanto em Espanha se haviam verificado 20% dos professores nesta situação (N=11668).

No estudo sobre mobbing/assédio no trabalho, com 2003 professores, 22,5% dos professores têm consciência que sofrem com este fenómeno, no entanto, 75,1% dos professores assinalaram pelo menos um item da escala de mobbing LIPT-60, mas não reconhecem estar a ser vítimas (N=1504).

Em média, os professores relatam 9 condutas de mobbing no local de trabalho, as condutas de agressão mais verificadas inserem-se no bloqueio à comunicação (47%), ou seja, condutas que não deixam provas físicas. Dos professores que referem ter sido vítimas de mobbing, 83% consideram que tal teve consequências na sua saúde e desses 59% recorreu pelo menos 1 vez por ano ao atestado médico e 19 % recorreu pelo menos 2 vezes ao atestado médico.

Por fim, o estudo relativo à influência de variáveis organizacionais, individuais e pertencentes à interface sujeito-organização (N=1129), demonstrou que: a relação entre a satisfação no trabalho e o desejo de permanecer na escola é parcialmente explicada pela identificação psicológica dos docentes com o estabelecimento de ensino; a combinação das perceções sobre a avaliação de desempenho e a justiça organizacional facilitam os recursos psicológicos positivos dos docentes (autoeficácia, resiliência, otimismo e esperança); a associação entre uma cultura de suporte (focada nas relações interpessoais e caracterizada por uma comunicação aberta) e o funcionamento da escola fomentam a satisfação laboral; a relação entre o clima da escola e o seu funcionamento contribui, igualmente, para uma maior satisfação no trabalho; e, quando os docentes se sentem justamente tratados pela sua escola e o funcionamento desta é visto como eficaz, vai surgir uma maior identificação psicológica com o estabelecimento de ensino e uma maior satisfação com as tarefas desempenhadas.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A “realidade” que afeta um grande número de docentes portugueses

SAPO24

Os dados provisórios sobre as situações de “burnout” que atingem os professores portugueses indicam valores “altíssimos” e podem vir a ter reflexos políticos, sindicais ou jurídicos, disse Raquel Varela, coordenadora de um estudo, que será apresentado na sexta-feira.
...

“’Burnout’ significa que a pessoa esgotou. Colapsou-se. É multifatorial, mas há uma questão que estamos a concluir e que vai ao encontro com os trabalhos internacionais: há uma dissociação entre as expectativas criadoras, inovadoras, autónomas das pessoas e aquilo que é a realidade dos locais de trabalho”, refere Raquel Varela acrescentado que o estudo destaca a “realidade” que afeta os docentes portugueses.

“Uma realidade profundamente hierarquizada, vigilante, corta a autonomia e tudo isso diminui a produtividade e leva ao adoecimento dos professores e dos profissionais que estão em ‘burnout’”, diz.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Aumentam as desigualdades e os números são preocupantes

É cada vez mais difícil sair da pobreza. Portugal tem o elevador social estragado?


"Quem está em baixo tem menos hipóteses de subir e que quem está no topo tem ainda menos hipóteses de descer".

Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) conclui que Portugal é dos países desenvolvidos onde é mais difícil sair da pobreza ou, do outro lado, deixar de ser rico.

As desigualdades e a forma como estas se reproduzem ao longo de gerações não é, contudo, um exclusivo português. O relatório da OCDE tem aliás um título ilustrativo daquilo que se passa em muitos países: "Um elevador social estragado? Como promover a mobilidade social".

Em média, quando sobe, uma família portuguesa de rendimentos baixos demora cinco gerações a chegar a um rendimento médio. O número fica acima da média dos países desenvolvidos.

Muitos filhos de pais com rendimentos baixos até conseguem ganhar mais que os progenitores, mas há uma grande tendência para os filhos terem o mesmo tipo de trabalhos dos pais: por exemplo, se os pais forem trabalhadores manuais ou gestores, os filhos tendem a fazer o mesmo, numa tendência mais forte que no resto da OCDE.

Os portugueses apresentam mesmo o mais baixo nível de mobilidade educacional, ou seja, pais com baixas ou altas qualificações tendem a ter filhos com a mesma formação escolar.

Família portuguesa pobre precisa de 5 gerações até descendentes terem salário médio - OCDE

TSF

Apresentação da Situação em Portugal

OCDE

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Estudo da OCDE no âmbito do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular

Resultados do estudo da OCDE no âmbito do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular

O estudo elaborado pela OCDE apresenta uma análise da implementação do PAFC, baseada na informação recolhida nas visitas efetuadas a algumas escolas participantes no projeto, bem como nos princípios de conceção do currículo identificados pelo projeto OECD Education 2030. O estudo apresenta ainda os resultados preliminares da implementação do PAFC e emite algumas recomendações sobre a generalização da autonomia e flexibilidade curricular.

O documento pode ser consultado aqui.
DGE

domingo, 4 de março de 2018

"Quem “humilha” as escolas públicas são aqueles que as estão permanentemente a criticar e a dar-lhes lições sobre a forma como devem desempenhar a sua função"

Quem desconfia das Escolas PÚBLICAS?

Paulo Guinote - O Meu Quintal

"Um recente estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Universidade Católica de Lisboa voltou a colocar as escolas públicas em lugar de destaque entre as instituições de relevo em que os portugueses mais confiam. Realizado em Novembro de 2017, este estudo confirma o resultado de outro semelhante feito em Março de 2016, com o valor da confiança a manter-se estável (passou de 5,9 para 5,91), estando à frente das pequenas empresas (5,86), da polícia (5,82) ou das forças armadas (5,64) e muito distante das instituições que captam a menor confiança da sociedade (banca, igrejas, sistema judicial). Acima das escolas públicas, apenas a Presidência da República que melhorou imenso na opinião dos portugueses com a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa (passando de 4,55 para 6,64 em cerca de ano e meio).

...

Voltando ao início… ao contrário do que nos querem fazer crer governantes em trânsito para carreiras internacionais ou os seus convidados favoritos quando a OCDE é a instituição de referência para a legitimação das políticas, as escolas públicas não estão em crise, não estão desajustadas do seu tempo e fazem o possível e muito do impossível para preparar os seus alunos para o que os espera do ”outro lado”, para o dia em que saem dos seus portões e deixam de beneficiar da imensa protecção que os professores não-superiores (e pessoal não docente) lhes dedicam. Isso é reconhecido pela sociedade e está amplamente demonstrado em estudos sucessivos. A confiança nas escolas públicas só não é um facto para quem tem interesse em denegri-las de forma sistemática. Há quem diga que é a publicação dos rankings que “humilha” as escolas públicas. Há quem afirme que são os exames que agravam os fenómenos de “desigualdade” entre os alunos. Nada de mais errado. Quem “humilha” as escolas públicas são aqueles que as estão permanentemente a criticar e a dar-lhes lições sobre a forma como devem desempenhar a sua função. Aqueles que deixaram de lutar contra a desigualdade na sociedade e na economia e depois acusam as escolas de não fazerem o suficiente."

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Estudo sobre o desgaste emocional dos professores e sobre as condições em que trabalham


Pretende ser o maior estudo de sempre sobre o desgaste emocional dos professores, “burnout” incluído”, e sobre as condições em que estes trabalham - se há cansaço, desânimo, desmotivação ou, pelo contrário, alegria. Ainda não há conclusões - essas serão divulgadas em junho - mas já há algumas certezas. “Estamos a assistir a um adoecimento inédito dos professores nas últimas quatro décadas”, diz Raquel Varela, investigadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova e coordenadora de um estudo em curso sobre o desgaste dos professores, realizado em parceria com a Fenprof
.....
Enquanto investigadora que tem dedicado parte do seu tempo a temas da área da educação, que mudanças considera urgentes? A educação em Portugal precisa de uma grande reviravolta?
Acho que é urgente melhorar os salários, o reconhecimento e o respeito público, as condições de trabalho e a gestão. Precisamos de voltar a uma gestão democrática. Os locais de gestão hierárquica são altamente propensos ao adoecimento no trabalho.
Isso significa exatamente o quê?
Significa que a gestão hierárquica, tendo sido transporta das fábricas e linhas de montagem, é impositiva, encara as pessoas como uma folha de excel e tende a não conseguir estabelecer tão bem modos de funcionamento saudáveis nos mercados de trabalho. Esta gestão desconhece que cada pessoa é uma pessoa e tem o seu próprio ritmo de vida e de trabalho, e as suas próprias capacidades.
E como traduziria isso para o contexto escolar? O que deveria mudar nas escolas nesse aspecto?
Os diretores, por exemplo, deveriam ser eleitos pelos seus pares e em conselho. Não deveria haver a figura do diretor, mas sim a figura de um conselho diretivo como era até aqui. Isto estende-se a outra questões, relacionadas nomeadamente com a organização da própria escola. Deveria haver mecanismos à escala nacional que garantissem a participação dos professores nas decisões que são tomadas. Os professores não são meros executantes das decisões pensadas e tomadas por outros, até porque isso leva a uma separação entre trabalho manual e intelectual. Os professores não são meros autómatos.

Considera que chegámos a uma espécie de situação limite na carreira docente, sendo por isso tão necessário este estudo neste momento?
Sim, considero que sim. Estamos a assistir a um envelhecimento e a um adoecimento inéditos no corpo docente nas últimas quatro décadas. E isso é de facto uma situação limite. Em breve, deixaremos de ter professores e qualidade suficiente para formar novos alunos. Nesse sentido, estamos a pôr o país em risco.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

As Escolas esperam por uma ligação eficiente de Internet e de material adequado ao século XXI

Criação de um grupo de trabalho com o objetivo de estudar e propor um plano para a instalação de uma rede integrada de serviços públicos de comunicações interligando escolas e juntas de freguesia


1 - É criado um grupo de trabalho com o objetivo de estudar e elaborar um plano para a criação e instalação de uma rede integrada de serviços públicos de comunicações para o sistema educativo e científico nacional, e de promoção de uma cidadania digital inclusiva através da ligação de todas as juntas de freguesia.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Provas Finais e Exames Nacionais 2017 – Principais Indicadores

A DGEEC e o JNE apresentam alguns dos principais indicadores estatísticos sobre resultados escolares obtidos nas provas finais e exames nacionais realizados nas escolas portuguesas em 2017.

Provas Finais e Exames Nacionais 2017 – Principais Indicadores


O presente relatório apresenta alguns dos principais indicadores estatísticos sobre resultados escolares obtidos nas provas finais e exames nacionais realizados nas escolas portuguesas em 2017. Os dados apresentados refletem o desempenho escolar dos alunos matriculados nas modalidades de ensino que preveem a realização daquelas provas de avaliação externa, designadamente: 
  • Alunos do 9.º ano de escolaridade do ensino básico geral e do ensino básico artístico especializado;
  • Alunos do ensino secundário científico-humanístico. 

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Resultados 2016: PIRLS e ePIRLS - Resultados Globais dos alunos portugueses

Publicam-se os Resultados Globais dos alunos portugueses no PIRLS - um estudo de avaliação da literacia de leitura, e no ePIRLS - um estudo de avaliação da literacia de leitura online.

O quadro de amostragem, o desenho dos testes e os procedimentos de aplicação dos estudos estão descritos no documento Metodologia agora publicado.


Seria bom refletir sobre o assunto, mas ...

Entre 2011 e 2016, a média dos alunos portugueses desceu 13 pontos na avaliação da literacia em leitura feita pelo PIRLS. É a segunda maior queda em 50 países analisados. Metas e mudanças na avaliação poderão ter influenciado o desempenho dos estudantes.


Em 2016, média dos alunos portugueses na literacia em leitura desceu 13 pontos por comparação à obtida em 2011 na avaliação internacional PIRLS. "Foram muitos os directores e professores que nos reportaram preocupação com o 1.º ciclo", disse João Costa.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Divulgação do Estudo da FMS "O Estado Por Dentro"


Uma etnografia do poder e da administração pública em Portugal

Este estudo (coordenado por Daniel Seabra Lopes, antropólogo do ISEG-ULisboa) apresenta uma visão etnográfica de três funções representativas do Estado: o poder político personificado nos deputados à Assembleia da República; o poder judicial personificado nos magistrados ou oficiais de justiça de dois tribunais de primeira instância; e a gestão do ambiente levada a cabo pelos técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente.

Metodologicamente apoiado em trabalho de campo intensivo com recurso à observação participante, o estudo procura dar primazia às pessoas que, quotidianamente, fazem do Estado uma realidade concreta e actuante. Este trabalho retrata e analisa os meandros do funcionamento daquelas quatro instituições, procurando compreender o trabalho dos seus agentes nas suas vertentes interaccionais, sociotécnicas e culturais.