O governo sueco decidiu travar a fundo o programa de digitalização das escolas e voltar a investir nos livros em papel dentro das salas de aulas.
Lotta Edholm, ministra da educação da Suécia, advertiu que “estamos em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais” devido à forma “acrítica” como se aborda a “experiência” da digitalização das escolas.
O governo sueco vai investir 60 milhões de euros em 2023 — bem como 45 milhões de euros em 2024 — na compra de livros em papel para substituir as tablets nas escolas.
"Estamos em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais"
Lotta Edholm - Ministra da Educação da Suécia
A ministra abandonou assim um programa ambicioso de digitalização elaborado pelo Agência Nacional de Educação (Skolverket) e decidiu basear a sua decisão no aconselhamento de profissionais de saúde, que são favoráveis a um papel reforçado do livro em papel.
“Um livro em papel simplesmente tem vantagens que nenhuma tablet pode replicar” considerou a ministra.
Fontes da notícia:
Muito rápido, muito cedo? Suécia recua dos ecrãs nas escolas
Com base nos conselhos dos médicos, o governo de centro-direita quer reduzir o tempo que os alunos passam em frente às telas e trazer os livros didáticos de volta à sala de aula.
Suécia suspende plano de digitalização de escolas
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O ministro solicitou relatórios de mais de 60 especialistas sobre a digitalização das salas de aula, incluindo o Instituto Karolinska. Fontes desta instituição consultadas pelo 'Diario de la Educación', confirmaram que todas as organizações chegaram à mesma conclusão: "Toda a pesquisa cerebral em crianças mostra que elas não se beneficiam do ensino baseado em telas".