Blogue de Informação e Recolha de Opiniões para Educadores e Professores. Notícias sobre Educação, Legislação e Política Educativa.
domingo, 6 de outubro de 2024
A educação-escola ridicular
domingo, 21 de abril de 2024
Suspensão das atividades nas escolas no mês de agosto
Artigo 1.º
Suspensão das atividades nas escolas
1 – No presente ano escolar, as escolas, em articulação com as respetivas câmaras municipais, podem suspender as suas atividades pelo período de uma semana, entre os dias 12 e 23 do mês de agosto.
2 – Na execução do previsto no número anterior, as escolas devem, quando aplicável, garantir a execução das atividades relativas às provas finais e aos exames finais nacionais.
sexta-feira, 19 de abril de 2024
Concursos 2024 - Validação das Candidaturas de 19 a 26 de abril
Aplicação eletrónica disponível entre o dia 19 e as 18:00 horas de dia 26 de abril de 2024 (hora de Portugal continental), para efetuar a validação das candidaturas ao Concurso Interno, destinado a Educadores de Infância e a Professores dos Ensinos Básico e Secundário.
Aplicação eletrónica disponível entre o dia 19 e as 18:00 horas de dia 26 de abril de 2024 (hora de Portugal continental), para efetuar a validação das candidaturas ao Concurso Externo/Concurso de Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento, destinado a Educadores de Infância e a Professores dos Ensinos Básico e Secundário.
quinta-feira, 4 de abril de 2024
Artigo de opinião de Carlos Calixto: O pedagogismo-didactismo da escola invertida.
É função da escola humanizar, ensinar
às crianças e jovens estudantes o conhecimento, o caminho, como o mundo é,
preparando os alunos para o amanhã que os espera e no qual vão ser decisores,
enquanto futuros adultos em plenitude e exercício de uma cidadania responsável
e interventiva.
A educação, o ensino, a
aprendizagem e os valores transmitidos, partilhados e descobertos na escola,
são a súmula do trabalho e parceria família-escola, casa-escola,
governo-sistema educativo, professor-aluno. Para resultar, tem de haver o
ambiente contextualizado do princípio colaborativo, senão falha, mesmo com
professores «embriagados de amor» (Nildo Lage) pela arte de ensinar o
património intelectual e o saber inter-geracional humano.
A escola invertida está nas
antípodas da escola tradicional; inverte a dinâmica rotino-costumada da sala de
aula, assumindo a premissa do trabalho motivacional pessoal, responsável e
colaborativo do aluno. É uma inversão (i)lógica do modelo de aula, de
metodologia activa, em que se passa do modelo tradicional de aula expositiva
centrada no professor, para o modelo de sala de aula invertida, «flipped
classroom», focada no educando, o que implica trabalho de casa dos alunos, com
auto-aprendizagem de conteúdos e conceitos, sem acompanhamento do professor,
recursos virtuais e salvatério da ferramenta de trabalho que é a tutoria
digital. As dúvidas são tiradas nas aulas pelos docentes. Uma utopia
teórico-pedagógica de disfunção prática provada, pela simples razão da não
disponibilidade dos alunos para trabalhar, na actualidade presente, hoje.
Paradigma, filosofia e cânone
de escola apenas explicado por um absoluto desfasamento da realidade escolar
hoje, por parte das iluminárias do Ministério da Educação (ME) e
desconhecimento ignaro ficcionado do público-alvo em dessintonia e negação
hiperbolizante – os educandos.
Num modelo de escola a tempo
inteiro, supor a veleidade de trabalho de casa acrescido com materiais,
leituras, pesquisa e visionamento web, tutoria digital aprofundada, etc., é de
comportamento sistémico néscio e imprudência política gritante. Mais o
fantasiar depois na sala de aula de práticas e habilidades alternativas,
apresentação (in)cumpridora dos trabalhos «caseiros» discentes, com debates,
discussão e avaliação inter-pares, é no mínimo um exercício de ingenuidade, pensamento
simplório, fé e milagre. Para mais com o grave problema da (não) inclusão
educativa e do crescente número de alunos não lentes nem escreventes,
frequentadores da escola-ensino básico obrigatório; com certificado de
frequência e não com validação certificada de aproveitamento e competências. E
não há motivação lúdica e on-line, jogos e gamificação, vídeo-aulas, webquests,
quizzes e podcasts que o valha. Tendo como resultado o falhanço clamoroso deste
tipo de ensino híbrido, em que o professor é um mediador da aprendizagem,
aplicando dinâmicas, tirando dúvidas, estimulando o aluno à busca e descoberta,
questionamento e mergulho no mundi scientia. Só que não resulta mesmo.
Os resultados axio-humanos negativos e escolares reais do pedagogismo-didactismo
da escola invertida, são uma infeliz realidade demonstrada à saciedade. É esta
a triste realidade. Não o admitir é estar-viver em estado de negação.
A escola ao contrário,
descurou a dimensão humana docente da educação e valorou-enveredou por um
ensino esco-digital-tech desumanizado. Trocou a dialéctica humana (caminho
entre as ideias – do grego dialektiké) pelo interface tecnológico humanóide.
Abjurou a humanista díade dialéctica professor-aluno, em perda para a escola IA
Gen. Permutou a re-humanização da escola tradicional natural, agora minimizada
e minimalista, pela escola criptonizada do professor-algoritmo maximus.
Donde, só poderia resultar toxicidade e desconexão, leia-se insucesso escolar real
à vista de todos nós. É nefasta a ideia-filosofia errada da abordagem sistémica
vigente do trabalho dos alunos e de uma escola sem esforço, de satisfação
permanente, adaptação a vontades e felicidade hilariante. Ora, o paradigma de
escola é o contrário de tudo isto. A escola é igual a trabalho, estudo, esforço
e dedicação.
Para a posteridade, a talhe de
foice, sublinhamos dois dos graves problemas que atormentam a escola pública
invertida neste presente e difícil momentum: tendo a ver com o
problema-modelo de aprendizagem, e com a felicidade permanente e em permanência
dos alunos. A percentagem elevada da numerologia do pseudo-sucesso educativo milagreiro
das iluminadas medidas de recuperação e suporte às aprendizagens, a nada
cooperante, (in)activa e (es)forçada não dedicação estudantil à causa da
aprendizagem escolar, finalizam na meta-felicidade do estrondoso sucesso
burocrático-estatístico da escola-digi-tech IA Gen do consulado socialista. É
que ninguém ensina quem obstaculiza nem quer aprender.
Ficam as seguintes citações
que falam por si mesmas, para reflexão, introspecção, interiorização e decisão
do poder político.
«Contrariamente a outros
profissionais, o trabalho do professor depende da colaboração do aluno: “um
cirurgião opera com o doente anestesiado e um advogado pode defender um cliente
silencioso, mas o sucesso do professor depende da cooperação activa do aluno”
(Labaree, 2000). Ninguém ensina quem não quer aprender. Em 1933, John Dewey
sugeriu, numa comparação provocatória, que do mesmo modo que não é possível ser
bom vendedor se não existir alguém que compre, também não é possível ser bom
professor se não houver alguém que aprenda». (António Nóvoa, Espaços de
educação, Tempos de formação, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, pp.237-263)
«A missão da escola não é
fazer os alunos felizes, mas sim (…) dar-lhe instrumentos para a construção da
sua própria felicidade, além de, como citava T. S. Eliott, fornecer-lhes os
meios para ganharem honestamente a vida e equipá-los para desempenhar o seu
papel como cidadãos plenos numa democracia. Para isso a escola deve desenvolver
o necessário equipamento cognitivo e muscular as qualidades indispensáveis para
estas tarefas, preparando-os assim para a luta do mundo. A minha tese é, pois
muito simples: a escola fácil não cumpre a missão de preparar os alunos para a
vida difícil» (João Lobo Antunes, 1944-2016, neurocirurgião, professor
universitário, escritor)
A escola protótipo de padrão invertido,
mais aumenta a frustração docente decorrente do facto avesso da tutela interverter
o real papel, sentido e logicidade da escola, não deixando os professores serem
profissionais e adulterando negativamente a ideia de uma pseudo-escola que
(im)prepara para a vida. Na vida nem tudo são rosas; as rosas têm espinhos. As
dificuldades e o difícil fazem parte da vida; e a escola, pela sua intrínseca
natureza, não se coaduna com o fácil, as facilidades e o facilitismo – fazê-lo
é o abastardamento de negá-la e matá-la.
Esta escola invertida do digital
virtual e da inteligência artificial de atrofia cerebral e entropia neuronal e
das sinapses – no sentido figurado da desordem, contingência acrítica e
irreversibilidade de um processo rasante de pensamento, com ausência humana e sem
naturalidade, ensina a pensar? E, aonde pára a dimensão cérebro-mental, de capital
importância e principal tarefa do professor que é ensinar a cogitar e despertar
os seus alunos para a reflexão e o questionamento? Em suma, a leccionação e a
cumplicidade pessoal-dual para motivar e incutir no aluno a necessidade para o
pensamento e raciocínio crítico, ler em papel, escrever manualmente, treino
intelectivo e interacção humanizante.
A construção política da infelicidade
e disfuncionalidade professoral e a crio-invenção da felicidade discente na
escola invertida, contribuiu decisivamente para a fragilização e queda de uma escola
pública que perdeu qualidade por culpa ministerial. A inversão negativa identitária
da escola e desconstrutora da idiossincrasia docente, fere de morte o
desempenho dos professores, com políticas e reformas educativas contrárias e ao
arrepio das boas e eficientes práticas. «Negando» o recurso do professor a uma
miríade de métodos e abordagens. E não, não está esgotado o modelo do professor
emissor e do aluno receptor – é intemporal. E o sistema deixa o professor ser
professor?! (…)
As ferramentas para a
construção de uma «happy school», que eduque para a «science of happiness» da «non-flipped
public school», só é possível com a postura de um ME ao lado e não contra os
trabalhadores didactas que tutela. Não interferindo no modus operandi pedagógico-didáctico
dos professores, trabalhadores profissionais especialistas de e em educação.
«Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima». (Paulo Freire)
segunda-feira, 25 de março de 2024
Por este caminho, só teremos o modelo "social-democrata" em escolas para ricos
sexta-feira, 15 de março de 2024
sábado, 9 de março de 2024
Relatório anual do Programa Escola Segura
terça-feira, 14 de novembro de 2023
Ministério da Educação decidiu adjudicar de uma forma que escapa ao "escrutínio normal dos concursos públicos"
Falta de transparência na renovação da rede Internet das escolas faz soar alarmes
terça-feira, 7 de novembro de 2023
Webinar Conectados, Desconectados: Debater a Proibição de Telemóveis
sexta-feira, 3 de novembro de 2023
Apuramento de vagas para o concurso extraordinário de docentes do ensino artístico especializado
terça-feira, 29 de agosto de 2023
Reabertura da plataforma MEGA para Escolas/Agrupamentos
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
Atribuição da componente letiva e Pedidos de Horários
terça-feira, 23 de maio de 2023
Democracia nas Escolas
sexta-feira, 31 de março de 2023
segunda-feira, 20 de março de 2023
Apuramento de Vagas 2023/2024 - Necessidades Permanentes
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
terça-feira, 10 de janeiro de 2023
“Escola Pública em causa”
sábado, 17 de dezembro de 2022
A saúde dos adolescentes portugueses em contexto de pandemia
A SAÚDE DOS ADOLESCENTES PORTUGUESES EM CONTEXTO DE PANDEMIA
terça-feira, 13 de setembro de 2022
"Uma turma difícil"
domingo, 11 de setembro de 2022
“A escola a tempo inteiro é uma vergonha nacional”
O actual modelo de escola está esgotado e é preciso reinventá-la. Quem o defende é Carlos Neto, professor e especialista em Motricidade Humana, que considera que as consequências dos confinamentos devido à covid-19 nas crianças e jovens ainda não estão totalmente resolvidas. O ano lectivo arranca na próxima semana.