terça-feira, 19 de outubro de 2010

“Estamos a caminhar para uma tragédia do Estado social”

Medina Carreira considera que o Governo, com a sua proposta de Orçamento para 2011, está a encaminhar o país para “uma tragédia do Estado Social”, do qual dependem seis milhões de pessoas.
“Estamos a caminhar para uma tragédia do Estado Social, são seis milhões de pessoas que estão penduradas nele. Se os senhores não fizerem nada vão enfrentar um problema social gravíssimo”, alertou, dirigindo-se aos deputados dos vários partidos que estão hoje a participar no colóquio sobre dívida pública, na Assembleia da República.
Durante a sua intervenção, Medina Carreira criticou bastante os cortes nas despesas e prestações sociais, que estão previstos na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2011. Defendendo a necessidade de um estudo económico e financeiro sobre a sustentabilidade do Estado Social, Medina Carreira sublinhou que “o que o Estado está a fazer é um engano à sociedade, é uma burla”.
“Aqueles que andam a falar do Estado Social de cor, porque há uns meses nem sabiam o que ele era, estão a praticar uma burla social que os senhores, enquanto deputados, têm a responsabilidade de evitar”, apelou o ex-ministro das Finanças.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Rankings

- RANKING DAS ESCOLAS NO ENSINO SECUNDÁRIO (MAIS DE 100 PROVAS REALIZADAS)
- RANKING DAS ESCOLAS NOS EXAMES NACIONAIS DO 9º ANO
    • RANKING DAS ESCOLAS NO EXAME DE PORTUGUÊS DO 9º ANO
      • RANKING DAS ESCOLAS NO EXAME DE MATEMÁTICA DO 9º ANO
"A descida das escolas públicas no ranking é o resultado das políticas educativas erradas promovidas por Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates que levaram o caos às escolas, desmotivaram os professores e provocaram o abandono dos mais experientes."
Marcelo Rebelo Sousa - TVI

Padrões de desempenho docente

O Ministério da Educação estabeleceu, com base na proposta do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, os padrões de desempenho docente.

Orçamento de Estado para 2011

Apresentação do Ministro de Estado e das Finanças sobre o Orçamento do Estado 2011
Orçamento do Estado para 2011 - Proposta de Lei
Orçamento do Estado para 2011 - Relatório
(Educação pág. 275 a 281)
 
Orçamento vai afectar o IRS das famílias
A proposta do Orçamento do Estado para 2011 tem inúmeras alterações fiscais que afectam as famílias portuguesas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Avaliação do Desempenho - Orgãos de Gestão

Esta a chegar às Escolas um despacho assinado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação, que regulamenta a Apreciação Intercalar aos docentes que se encontram em exercício de funções de administração e gestão nos agrupamentos de escolas, desde 1 de Janeiro de 2010 e que completaram o requisito de tempo de serviço para progressão na carreira.

Quanto pode deduzir no IRS

Benefícios fiscais nas declarações a entregar em 2012.
Os números constam numa versão preliminar do Orçamento de 2011 a que o Económico teve acesso.

Plano Pessoal de Austeridade

Assunto: Plano Pessoal de Austeridade
Venho por este meio informar que estando em concordância com o Governo, também eu vou adoptar um plano de austeridade e poupança, para tal o meu plano inclui um corte nas despesas que passo a enumerar:
1.º - Cortar com o uso do telemóvel pessoal para falar com colegas sobre assuntos escolares, só usarei o telefone da escola.
2.º - Usar apenas o material informático disponibilizado pela escola para o cumprimento das minhas funções como docente.
3.º - Cumprirei todas as horas lectivas e não lectivas no local de trabalho nem mais um minuto será desperdiçado em casa para trabalho de escola.
4.º - Todas as actividades extra lectivas serão executadas no horário escolar, acabando assim com desperdício de horas em serviços à comunidade escolar.
5.º - Todas as deslocações feitas em serviço de escola devem ser executadas por meio de transporte disponibilizado pela escola.
Outras medidas poderão vir a ser enunciadas, no entanto penso que estas serão suficientes para cobrir os mais 8% de redução que o meu salário vai sofrer.
(Recebido por e-mail)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

"Ao retirar autoridade aos professores, o Estado só está a deseducar as crianças",

 "Muitos pais não sabem ser pais. Educam com um 'sim' a tudo. Fazem o que podem, cansados, e com o pouco tempo que têm, dando tudo às crianças para compensar as suas ausências. Não admira que depois, em adolescentes, estes não tenham o mínimo de regras e de respeito pelos pais." A opinião é de Maria Saldanha Pinto Ribeiro, especialista em mediação familiar, que há muitos anos acompanha os "problemas de autoridade" dos pais em relações aos filhos.
"As crianças crescem habituadas a querer e a ter tudo. Não são educadas com valores, mas com idas aos shoppings e com compras. Não crescem em ambientes onde há uma hierarquia e autoridade mas a achar que somos todos iguais", acrescenta a presidente do Instituto Português de Mediação Familiar.
Maria Saldanha Pinto Ribeiro considera que ainda mais grave é a falta de autoridade nas escolas. "Ao retirar autoridade aos professores, o Estado só está a deseducar as crianças", acrescenta a mediadora familiar.

Concursos Suspensos até final do ano

Publicado no dia 7 de Outubro o Despacho n.º 15248-A/2010 que suspende os concursos, até ao dia 31 de Dezembro, nos órgãos e serviços da administração central, directa e indirecta, do Estado.

Cortes nos Vencimentos


A partir de Janeiro de 2011, se for aprovado o orçamento de estado, todos os salários brutos acima dos 1500 € vão ter um corte salarial que começa em 3,5%.
A este corte acresce um aumento de 1% nos descontos para a Caixa Geral de Aposentações.
Os escalões de cortes nos salários da função pública (Ver Documento)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Os escalões de cortes nos salários da função pública

O Governo já apresentou a tabela de redução salarial para a função pública. Os cortes variam entre os 3,5% para rendimentos entre 1.500 euros e 2.000 euros, e 10% para remunerações superiores a 4.200 euros. Veja aqui a tabela completa.
Clicar na imagem para ampliar

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A alegoria da caverna

“Releio a epígrafe de Platão sobre a alegoria da caverna. Na minha leitura aplicada ao problema da construção da identidade do professor e seu processo formativo, o professor é colocado sempre dentro da caverna, prisioneiro da sua própria sombra, escravo das leis que vêm do exterior que comandam a sua vida profissional. Deveria ser esta a verdadeira luz do conhecimento que a todos guia, mas em vez disso o professor dentro da caverna é uma estatueta sem significado. O legislador, quando faz as leis que regulamentam o edifício da educação, apenas vê o professor como uma sombra inerte; ele é incapaz de ver qualquer outra forma para além da imagem reflectida do professor. O legislador legisla para um mundo de sombras e esquece o lado humano e prático da vida que anima as sombras. O legislador assume que a caverna do professor é um mundo de ignorância, de sombras sem consciência de que são mais que sombras. Ele sabe que as sombras acabarão por gostar de viver nessa ignorância e que não quererão mudar por elas próprias a sua condição. Por isso legisla sem oposição. Só arrastado à força para fora da caverna, o professor reagirá contra o Legislador e as leis que o separam do mundo das ideias sensatas. Há sombras que conseguem fugir da caverna e opor-se ao Legislador, mas este possui um poder único, mesmo que temporário, mas único e com a mesma força que se atribui a luz que vem do sol. A educação das sombras é um processo lento e doloroso, mas apenas do ponto de vista das próprias sombras, a quem de nada serve alcançar a consciência disso mesmo. Sempre que o Legislador apresenta uma lei como verdade, o professor dentro da caverna não tem outra saída que não seja a de a aceitar como luz que vem do Sol exterior. A luz que está dentro dele nunca é pretexto para a sua salvação. A educação do professor devia ser sinónimo de liberdade, porque significaria que se tinha afastado de vez do mundo das sombras. Mas o lado negro da caverna dominará sempre enquanto houver Legisladores sem escrúpulos, que colocam a força da lei à frente da força da razão. É sempre por meio da força, da dominação e da opressão que o Legislador consegue fazer aplicar as suas leis. Nenhum professor consegue fugir da aplicação desse poder, por isso muitos não têm outra saída que não seja a conformidade. A verdade sobre a educação do professor nunca é a verdade nascida da vontade do professor, que é sempre tido por um ignorante natural; essa verdade é sempre resultado da vontade política do Legislador. Diz o filósofo: “Educação não é o que alguns apregoam que ela é … introduzir ciência numa alma em que ela não existe, como se introduzissem a vista em olhos cegos.” (República, 518b-c), mas é assim que o Legislador actua: ele quer, pela força irredutível, impor a sua ciência ao professor prisioneiro na sua própria caverna. A arte de motivar para aprender a ser professor é o oposto que o Legislador faz, é precisamente a virtude que lhe falta e que, por pudor político, jamais quererá para si. O Legislador nunca imagina que podem existir mais ideias para além das ideias que ele próprio transforma em lei. Para ele, as suas ideias são a verdadeira realidade. Ele não sofre, porque nunca concluirá que não pode ser um Legislador omnipotente, porque sabe que, enquanto estiver na condição de Legislador, nunca passará de poderoso a impotente. O Legislador nunca se coloca no lugar do humano, por isso podemos concluir que é ele que está verdadeiramente dentro da caverna, embora na vida prática, o mundo em que assim se vive seja um mundo povoado apenas de sombras tristes.”
Carlos Ceia

Leituras: O professor na caverna de Platão

Autor: Carlos Ceia
Trata-se de uma reflexão sobre as recentes políticas para a formação de professores, do futuro desta profissão e do impacto que todas estas mudanças têm na identidade do professor e na sua imagem social. Desde o processo de Bolonha às leis que regulamentam a carreira dos professores. O autor apresenta soluções e correcções possíveis a um desenlace positivo a esta profissão.

Ministério ensina professores a reunir

As queixas sobre o número de reuniões em que os docentes têm de participar todas as semanas são frequentes. Por isso, o Ministério decidiu organizar um documento com «os passos-chave para uma reunião bem sucedida», que está a gerar polémica na internet.
«Agora sim, depois de ler com atenção esta preciosidade, sinto-me pronta para começar a trabalhar melhor». A frase é escrita por uma professora, que decidiu partilhar por e-mail o documento elaborado pelo Ministério da Educação, mas a ironia é partilhada por bloguers e internautas que atacam a iniciativa de Isabel Alçada.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Metas de Aprendizagem

O Ministério da Educação divulgou as Metas de Aprendizagem para a Educação Pré-Escolar e para o Ensino Básico.
A informação está disponível na página da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, de forma a poder ser consultada, utilizada oe partilhada entre docentes, famílias e órgãos de gestão.
Metas de Aprendizagem do Ensino Básico

"As Metas de Aprendizagem são instrumentos de apoio à gestão do currículo, disponibilizadas para serem utilizadas pelos professores no seu trabalho quotidiano e no quadro das decisões de cada unidade orgânica. Não sendo documentos normativos de natureza programática, pretende-se que o seu uso efectivo decorra do reconhecimento da sua utilidade prática por parte dos professores, dos alunos, e das famílias. Assim, pretende-se garantir o acompanhamento e monitorização do seu uso num conjunto de escolas a constituir brevemente."

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Empréstimo de manuais escolares

 O Parlamento aprovou hoje, com os votos favoráveis de toda a oposição e com o voto contra do PS, um diploma do Bloco de Esquerda, outro do CDS-PP e um terceiro do PEV que prevêem a criação de uma bolsa de empréstimo de manuais escolares para todos os anos do ensino obrigatório. Três deputados socialistas votaram ao lado da oposição.

Sócrates o dia seguinte


Significativa mudança de atitude e disposição!!!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os principais responsáveis

Mais uma vez vamos pagar pela incompetência destes governantes

Para a redução da despesa, em 2011, o Governo decidiu:
Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo institutos públicos, entidades reguladoras e empresas públicas. Esta redução é progressiva e abrangerá apenas as remunerações totais acima de 1500 euros por mês. Incidirá sobre o total de salários e todas as remunerações acessórias dos trabalhadores, independentemente da natureza do seu vínculo. Com a aplicação de um sistema progressivo de taxas de redução a partir daquele limiar, obter-se-á uma redução global de 5% nas remunerações;
■ Congelar as pensões;

Congelar as promoções e progressões na função pública;

Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;

■ Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;

■ Reduzir as despesas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente com medicamentos e meios complementares de diagnóstico;

■ Reduzir os encargos da ADSE;

■ Reduzir em 20% as despesas com o Rendimento Social de Inserção;

■ Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1. º e 2.º escalões e eliminar os 4.º e 5.º escalões desta prestação;

■ Reduzir as transferências do Estado para o Ensino e sub-setores da Administração: Autarquias e Regiões Autónomas, Serviços e Fundos Autónomos;

■ Reduzir as despesas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC);

■ Reduzir as despesas com indemnizações compensatórias e subsídios às empresas;

■ Reduzir em 20% as despesas com a frota automóvel do Estado;

■ Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta;

■ Reorganizar e racionalizar o Setor Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.

No que respeita ao reforço da receita em 2011:
■ Redução da despesa fiscal

Revisão das deduções à colecta do IRS (já previsto no PEC);

■Revisão dos benefícios fiscais para pessoas coletivas;

■Convergência da tributação dos rendimentos da categoria H com regime de tributação da categoria A (já previsto no PEC);

■ Aumento da receita fiscal

Aumento da taxa normal do IVA em 2pp.;

■Revisão das tabelas anexas ao Código do IVA;

■Imposição de uma contribuição ao sistema financeiro em linha com a iniciativa em curso no seio da União Europeia;

■ Aumento da receita contributiva

Aumento em 1 pp da contribuição dos trabalhadores para a CGA, alinhando com a taxa de contribuição para a Segurança Social.

■Código contributivo (já previsto no PEC).

■ Aumento de outra receita não fiscal

■Revisão geral do sistema de taxas, multas e penalidades no sentido da actualização dos seus valores e do reforço da sua fundamentação jurídico-económica.

■Outras receitas não fiscais previsíveis resultantes de concessões várias: jogos, explorações hídricas e telecomunicações.

Relativamente a 2010, o compromisso firme de alcance da meta orçamental do défice de 7,3% do PIB é reforçado através de várias medidas.
Por um lado, a despesa extraordinária relativa à aquisição dos submarinos (contrato celebrado em 2004) e a execução abaixo do previsto da receita não fiscal serão compensadas pela receita extraordinária decorrente da transferência de planos de pensões da Portugal Telecom para o Estado.
Por outro lado, de forma a salvaguardar os riscos da execução orçamental até ao final do ano, antecipam-se, já para 2010, as seguintes medidas entre as acima elencadas para 2011:

■Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1.º e 2.º escalões e eliminação dos 4.º e 5.º escalões desta prestação;

■Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;

■Reduzir as despesas com medicamentos e meios complementares de diagnóstico no âmbito do SNS e redução dos encargos com a ADSE;

■Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;

■Reduzir as despesas de investimento;

■Aumentar as taxas em vários serviços públicos designadamente nos setores da justiça e da administração interna;

■Aumentar em 1 p.p. a contribuição dos trabalhadores para a CGA.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Força senhora ministra! Assim se combate o desemprego!

A ministra da Educação confirmou ontem o objectivo de contratar mais auxiliares de educação e vigilantes. Os últimos concursos oferecem 3 euros à hora, em part-time.
A resposta encontrada pelo Ministério da Educação passa pela contratação de pelo menos 75 lugares para auxiliares de educação e assistentes operacionais a receber um salário bruto de três euros por hora, que atinge os 264 euros por mês.
Notícia Correio da Manhã

Miguel Sousa Tavares mentiu!

Miguel Sousa Tavares continua a mentir sempre que o assunto é a carreira docente. Mentiu descarada e vergonhosamente! Mentiras que insultam os educadores e professores e  intoxicam a opinião pública.

Miguel Sousa Tavares falou mais uma vez dos professores, na SIC. Miguel Sousa Tavares não pode fundamentar opinião com afirmações factualmente falsas. É grosseiramente falso que todos os professores passaram a ganhar mais automaticamente. Além disso, como aqui escrevi e Miguel Sousa Tavares não poderá desmentir, exceptuando a chaga dos desempregados, são os professores os mais penalizados pelos governos de Sócrates: viram salários congelados, carreiras congeladas e degradadas e tempos de trabalho aumentados; têm a maior carga horária da OCDE e o mais baixo salário. Está tudo escrito em documentos oficiais, que não podem ser ignorados por quem se expressa publicamente.
(Crónica de Santana Castilho no post anterior)