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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Primeiro webinar do Projeto Maia

Para quem não pôde assistir, aqui fica o link do primeiro webinar do projeto MAIA realizado ontem com a participação de vários oradores, entre eles o Professor Domingos Fernandes, expondo ideias e práticas para melhorar as Aprendizagens, o Ensino e a Avaliação

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

II Jornadas de Reflexão Universidade do Minho - Currículo, Avaliação e Profissão Docente

As II Jornadas de Reflexão sobre “Currículo, Avaliação e Profissão Docente”, organizadas no âmbito da Unidade Curricular “Currículo e Avaliação”, do 1º ano, 1º semestre, dos Mestrados em Ensino, realizadas ontem e hoje através de plataformas digitais, visaram proporcionar um espaço de debate e reflexão alargado sobre questões que se revestem de atualidade e pertinência no contexto nacional;
-Analisar os desafios que se colocam hoje às escolas e aos professores no contexto da pandemia;
-Refletir sobre as questões curriculares e pedagógicas face aos desafios colocados pela pandemia;
-Refletir sobre os constrangimentos e as oportunidades da avaliação pedagógica em tempos de pandemia;
-Discutir o papel dos professores na operacionalização do currículo e na gestão da mudança e da crise em tempos de pandemia.

Webinar dia 4/02


Webinar dia 5/02

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Relatório "Para Uma Avaliação Pedagógica: Dinâmicas e Processos de Formação no Projeto MAIA (2019-2020)"

Projeto MAIA materializa uma política, enquadrada no contexto da Autonomia e Flexibilidade Curricular, que visa melhorar as práticas pedagógicas das escolas e dos seus professores no domínio da avaliação e, consequentemente, as aprendizagens dos alunos.

Concluída a primeira etapa do projeto, que tem já sequência no presente ano letivo, divulga-se o relatório “Para Uma Avaliação Pedagógica: Dinâmicas e Processos de Formação no Projeto MAIA (2019-2020)”, que, estamos certos, poderá constituir-se como um meio que permita suscitar a discussão sobre uma diversidade de questões relacionadas com o domínio do conhecimento da avaliação.


Versão online do relatório

Este relatório é uma síntese da investigação realizada no âmbito do Projeto MAIA, um projeto de âmbito nacional e de adesão voluntária, ao longo de cerca de 10 meses (outubro de 2019-julho de 2020) e que foi pensada e delineada na fase de conceção do referido projeto.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Webinar Educação - Avaliação Justa e Formativa

O Ciclo "A Resposta da Administração Pública Central à Covid-19" inicia-se com o Webinar Educação - Avaliação Justa e Formativa, a realizar-se no dia 11 de janeiro, pelas 16h.

Este webinar irá contar com a presença dos seguintes oradores:
- Luís Capela (Inspetor-Geral da Educação e Ciência)
- Luís Santos (Presidente do Instituto de Avaliação Educativa)

O webinar irá contar, ainda, com a participação de Inês Dias, estudante do Instituto Superior Técnico e que irá contribuir com a sua experiência com as provas de avaliação externa das aprendizagens.

A moderação estará a cabo de Paulo Marques, Professor Auxiliar no Departamento de Economia Política do Iscte e membro do Júri do Prémio IPPS-Iscte Políticas Públicas 2020.

O Webinar será transmitido, em direto, via YouTube: https://bit.ly/webinar-admincentral1

A participação no evento é aberta a todo o público e gratuita, mediante inscrição.

sábado, 26 de dezembro de 2020

A prenda de Natal do ME/IAVE: 30 mil alunos do 3º, 6º e 9º anos vão ser testados em janeiro com o Diagnóstico de Aferição das Aprendizagens


Cerca de 30 mil alunos do ensino básico vão ser testados no início do 2.º período para perceber de que forma a suspensão das aulas, durante o ano lectivo passado, afectou as suas aprendizagens. Não se trata de um exame nem de uma prova de aferição, mas de um estudo, pedido pelo Ministério da Educação (ME), que envolve alunos do 3.º, 6.º e 9.º anos. O objectivo é dar informação às escolas para que possam ajudar os alunos a recuperar as matérias atrasadas.

O Diagnóstico de Aferição das Aprendizagens – que arranca a 6 de Janeiro, dois dias depois do regresso às aulas, após as férias – será feito em moldes semelhantes aos de provas internacionais como o PISA (Programme for International Student Assessment) ou o TIMSS (Trends in International Mathematics and Science Study). É testada uma amostra da população escolar e são avaliadas “literacias transversais”. As questões que serão colocadas aos estudantes têm por base competências que estão previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, em dimensões como linguagens e textos, raciocínio e resolução de problemas, pensamento crítico e pensamento criativo ou ainda saber científico, técnico e tecnológico.

Este estudo nacional, que tinha sido anunciado pelo ME em Julho, quando apresentou o plano de regresso às aulas depois da suspensão motivada pela pandemia, vai focar-se em três áreas: Matemática, Ciências e Leitura e Informações. Será feito um único teste, dividido em três partes, uma para cada disciplina, sendo dedicados 30 minutos a cada tarefa, com intervalos entre cada uma. No final, os estudantes respondem também a um questionário de contexto, onde se pretende recolher dados sobre a forma como cada escola lidou com o ensino à distância.

O teste diagnóstico está desenhado para “tirar uma fotografia do estado das aprendizagens”, avança ao PÚBLICO o presidente do Instituto de Avaliação Educativa (Iave), Luís Pereira dos Santos, a quem o ME entregou a responsabilidade de preparar o estudo diagnóstico, que é inédito em Portugal.

Os alunos vão ser testados até 22 de Janeiro. Ou seja, durante as três primeiras semanas do 2.º período lectivo. As escolas terão margem para estabelecer os dias em que cada turma vai responder ao teste. O diagnóstico não implica que todos respondam ao mesmo tempo, como acontece com os exames nacionais, desde logo porque os alunos não terão acesso a um enunciado em papel. As tarefas são respondidas online, através de um computador. Além disso, o sistema informático define aleatoriamente as questões apresentadas a cada estudante.

Resultados conhecidos em Março

Os resultados serão divulgados através de um relatório público, que deverá ser conhecido em Março. Os alunos serão divididos por níveis de desempenho, à semelhança do que acontece com os estudos internacionais como o PISA ou o TIMSS. A intenção é permitir às escolas e ao próprio ME, “tomar decisões relativamente às literacias que estejam em maior défice”, avança Pereira dos Santos.

Essas aprendizagens podem ser recuperadas “durante este ano e também no próximo”, defende, mas a questão é especialmente crítica para os alunos do 9.º ano, que, no final do ano lectivo, têm provas finais a Matemática e a Português. Os resultados do diagnóstico das aprendizagens “ainda vêm a tempo de permitir aos professores, no 3.º período, trabalhar mais intensamente alguma parte do currículo”, acredita o presidente do Iave.

Vão participar no estudo 30 mil alunos, 10 mil por cada um dos anos de escolaridade em que este será realizado (3.º, 6.º e 9.º anos). São, grosso modo, os mesmos estudantes que, no ano passado não puderam realizar as provas de aferição (no 2.º, 5.º e 8.º anos) – que, tal como as provas finais do 9.º ano, foram canceladas no ano passado, como consequência da pandemia. O teste vai ser aplicado em 154 agrupamentos públicos (que totalizam 1247 estabelecimentos de ensino) do continente, e outras 79 escolas nos Açores e Madeira, bem como 102 colégios. A escolha da amostra teve em conta três aspectos, de modo a manter a representatividade da população escolar: o número de alunos por região (NUT II), os que frequentam escolas públicas e privadas e ainda os estudantes com Acção Social Escolar.

O teste de diagnóstico pedido pelo ME esteve previsto para o 1.º período e chegou a ter as duas primeiras semanas de Dezembro previstas para a sua realização, mas acabou por ser adiado para Janeiro. Isso aconteceu, por um lado, porque o Iave decidiu fazer alterações à amostra inicialmente definida, optando por incluir menos turmas de cada escola, de modo a ter mais estabelecimentos de ensino a participar no estudo. Por outro lado, foi resultado da decisão do Governo de encerrar as escolas nas vésperas dos feriados do início deste mês, que reduziu o tempo disponível nas escolas, numa fase em que as atenções de alunos e professores estavam já centradas nas avaliações de final de período.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Divulgado o TIMSS 2019

O TIMSS 2019 reporta o desempenho geral, bem como informações extensivas sobre os contextos doméstico e escolar em que ocorrem o ensino e a aprendizagem de matemática e ciências. Assim como as avaliações anteriores do TIMSS (realizadas em 1995, 1999, 2003, 2007, 2011e 2015),a TIMSS 2019 recolheu informações detalhadas sobre a implementação curricular e curricular, práticas instrucionais e recursos escolares.

Para mais informações, consular o site da TIMSS.


Avaliação internacional. Alunos do 4.º ano estão piores a Matemática do que em 2015 - Governo culpa reformas do tempo de Passos Coelho

Expresso

Desempenho dos alunos portugueses na avaliação internacional TIMSS de 2019 caiu em relação ao último estudo, mas os resultados continuam acima da média. Secretário de Estado da Educação atribui descida a reformas educativas do ex-ministro Nuno Crato. A prestação nos testes de Ciências também caiu, mas não de forma significativa. Países asiáticos continuam a dominar

Programa de Matemática vai ser revisto e integrar Programação

JN

O programa da Matemática vai ser revisto - não só para integrar novos temas como o conhecimento computacional e a programação mas também para reverter o "insucesso" da disciplina, assumiu o secretário de Estado Adjunto da Educação, João Costa, numa reunião com jornalistas sobre o relatório internacional divulgado esta terça-feira, em Paris. Os alunos do 4.º ano atingiram os 525 pontos, ficando em 20.º lugar entre 58 países analisados mas, ainda assim, desceram 16 pontos em relação aos resultados obtidos em 2015.

Público

Média no TIMSS caiu 16 pontos em quatro anos e quebra uma tendência de melhoria constante do desempenho nacional neste estudo que se vinha verificando desde 1995.

Vem aí um novo currículo para a Matemática

Público

Ministério da Educação anuncia reforma, sem se comprometer com prazos. Mudanças já eram esperadas tendo em conta as conclusões recentes do Grupo de Trabalho de Matemática.

TIMSS. Alunos portugueses pioram a Matemática

Observador

Portugal foi um bom aluno, passou da cauda para o topo da Europa, mas o declínio nos conhecimentos matemáticos de alunos do 4.º ano é evidente. Governo culpa políticas educativas do PSD.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Questões críticas no domínio da avaliação pedagógica

Questões Críticas no Domínio da Avaliação Pedagógica: Fundamentos, Práticas e Investigação”, pelo Professor Doutor Domingos Fernandes (ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Escola de Sociologia e Políticas Públicas).

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Reflexões em tornos da avaliação pedagógica: potencialidades e dilemas

Partilhamos aqui o vídeo do seminário subordinado ao tema da Avaliação Pedagógica, promovido pelo núcleo OBVIE da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.

A comunicação é interessante e ajuda-nos a interiorizar os conceitos de Avaliação Formativa e Avaliação Sumativa.


Consultar a apresentação da Prof. Leonor Santos 

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Educação - Alterações ao Decreto-Lei n.º 14-G/2020, de 13 de abril

Alterações legislativas na área da Educação no momento em que já se realizam reuniões de avaliação por todo o país. 
As escolas vão definir critérios de avaliação no momento em que já decorrem as reuniões de avaliação?

Publicada no Diário da República de hoje a Lei que procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 14-G/2020, de 13 de abril, que estabelece as medidas excecionais e temporárias na área da educação, no âmbito da pandemia da doença COVID-19

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


Outra legislação do dia;

Aprova medidas excecionais para garantir o acesso ao ensino superior, no ano letivo de 2020-2021, por estudantes oriundos dos sistemas de ensino secundário estrangeiros


Determina a fixação de prazos para a conclusão dos procedimentos referentes ao programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública


Delegação no subdiretor-geral da Administração Escolar, licenciado César Israel Sousa Paulo, a coordenação das matérias relacionadas com a Direção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos e Formação e com a Direção de Serviços do Ensino Particular e Cooperativo, previstas, respetivamente, nos artigos 4.º e 5.º da Portaria n.º 30/2013, de 29 de janeiro

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Avaliação Pedagógica em Ensino a Distância (E@D)


Este Roteiro contém um conjunto de princípios de orientação e organização da avaliação, bem como vários exemplos de instrumentos, técnicas e ferramentas que se adequam ao ensino a distância, e que se constituem, à semelhança dos Roteiros anteriores, como documentos orientadores, mas não prescritivos. 

O documento surge da necessidade sentida por muitos professores de adequar a sua prática avaliativa a uma modalidade diferente de ensinar e aprender e da necessidade de dar resposta consistente às mudanças súbitas dos últimos meses. 

sábado, 21 de março de 2020

Notas do 2º período devem ser as últimas

SE NÃO HOUVER AULAS, PELO MENOS EM NÚMERO SUFICIENTE, COMO VÃO SER AS NOTAS?

Um dos cenários possível e que é admitido como o mais realista por vários diretores de escolas é assumir as notas do 2º período, que vão mesmo ser dadas agora, na Páscoa, como as notas finais. Ou seja, a ponderação será feita olhando já para todo o percurso do aluno até agora, pensando se está ou não em condições de transitar. Como não se sabe se haverá mais avaliações, é arriscado dar notas mais baixas no 2º período como um alerta para o aluno, prática às vezes usada pelos professores. Outra possibilidade é admitir, pelo menos em alguns anos de escolaridade, passagens administrativas. Em relação às provas de aferição, que não contam para a nota e que se iniciam em maio, o mais provável é não se realizarem.

Aulas a vários ritmos. Notas do 2º período devem ser as últimas

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

I Jornadas de Reflexão sobre “Currículo, Avaliação e Profissão Docente”,

11 e 12 de fevereiro

Auditório Multimédia do Instituto de Educação - Universidade do Minho


As I Jornadas de Reflexão sobre “Currículo, Avaliação e Profissão Docente”, organizadas no âmbito da Unidade Curricular “Currículo e Avaliação”, do 1º ano, 1º semestre, dos Mestrados em Ensino, visam proporcionar um espaço de debate e reflexão alargado sobre questões que se revestem de atualidade e pertinência no contexto nacional. À premência e oportunidade do debate sobre o currículo e a avaliação, que são visíveis na forma como estes temas têm ocupado o espaço mediático, a que não é alheia a controvérsia e discussão em torno das perspetivas e finalidades que estes devem assumir, alia-se também a necessidade – e até urgência – de debater a função docente nas suas mais variadas dimensões. É amplamente discutido o envelhecimento do corpo docente e a importância de um debate urgente sobre o futuro da profissão de professor no nosso país.

Assim, nestas Jornadas, pretende-se:
- Analisar os desafios que se colocam hoje às escolas e aos professores na operacionalização do currículo e da avaliação no contexto do atual quadro legal;
- Refletir sobre as questões da autonomia e flexibilidade curricular;
- Discutir a questão da avaliação e da retenção dos alunos no Ensino Básico;
- Refletir sobre a condição docente no contexto português.

Programa


sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Docentes reposicionados no 2.º escalão e indevidamente não avaliados em 2018-2019

Comunicação enviada aos Diretores das Escolas/Agrupamentos

Exmo.(a) Sr.(a) Diretor(a)

Foi reportada a esta Direção-Geral a situação de docentes reposicionados no 2.º escalão da carreira docente que não cumpriram o requisito da avaliação externa da dimensão científica e pedagógica (observação de aulas), o qual é obrigatório para os docentes do 2.º escalão da carreira docente, por terem visto indeferido o seu requerimento ou por, segundo orientações superiores, não o terem apresentado.

Esta situação ditou a impossibilidade de cumprimento do requisito de avaliação do desempenho dos referidos docentes durante o ano escolar 2018-2019, nos termos e condições previstos no Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro, impeditiva da sua progressão em tempo útil.

Assim, e para que estes docentes não sejam prejudicados na sua progressão na carreira, por motivos que não lhes podem ser imputados, informa-se:

Que a avaliação do desempenho destes docentes decorra durante o ano escolar 2019-2020, como supranumerária face aos percentis definidos para cada AE/ENA, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 3.º do Despacho n.º 12567/2012, de 26 de setembro, fazendo repercutir, retroativamente, os efeitos do referido processo de avaliação ao dia em que, no presente ano escolar (2018-2019), a secção de avaliação do desempenho docente do conselho pedagógico (SADD) atribuir as classificações finais, após analisar e harmonizar as propostas dos avaliadores;

Caso a avaliação do desempenho resulte na menção qualitativa mínima deBom, deverá ser considerada como data de progressão o dia subsequente àquele em que aSAAD de cada AE/ENA atribuir a classificação final, em 2018-2019, após analisar e harmonizar as propostas dos avaliadores, com efeitos remuneratórios ao primeiro dia do mês seguinte.

Com os melhores cumprimentos,
A Diretora-Geral da Administração Escolar
Susana Castanheira Lopes

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Uma aferição desconexa e inútil

A aferição inútil
Paulo Guinote 

Quatro anos de provas de aferição resultaram num processo desconexo, descontínuo, sem sequência e sem a possibilidade de gerar informação verdadeiramente relevante sobre a evolução das aprendizagens dos alunos.

Quando no Parlamento, logo no início do mandato do actual Governo, no que agora alguns considerariam uma inconstitucional ingerência nas competências do poder executivo, se legislou o fim das provas finais do Ensino Básico para os 4.º e 6.º anos, mesmo discordando claramente da medida e em especial da demagogia ligada à retórica do “fim do exame da 4.ª classe”, fiquei na expectativa do que poderia vir a seguir. E mantive essa expectativa quando foi anunciado que seria criado um sistema de provas de aferição para os três ciclos do Ensino Básico, com rotação das áreas disciplinares a aferir.

Quando surgiu a proposta de implementação, começaram as reservas: então era pedagogicamente desadequado fazer provas no 4.º ano com um peso de 30% na classificação final, mas já era apropriado submeter alunos do 2.º ano a uma bateria de provas em pleno decurso do ano lectivo? E a aplicação das provas agravou essas reservas. Desde 2017 que os alunos do 2.º ano são submetidos a provas de Português/Estudo do Meio, Matemática/Estudo do Meio, Expressões Artísticas e Expressões Físico-Motoras. Sim, o 3.º período transformou-se no período da aferição para os petizes do 2.º ano, provocando natural disrupção em todo o funcionamento das escolas do 1.º ciclo, devido à insistência em não estabelecer um período específico para todas estas provas, de modo a não mobilizar espaços, tempo e pessoal docente e não docente durante quase todo um período lectivo.

Mas também cedo se percebeu que, no caso do 2.º ano, o que estava mesmo em causa era demonstrar uma tese sobre o ensino praticado e as suas alegadas lacunas, muito sensíveis para um grupo específico de pressão com poder crescente no Ministério da Educação. E o que veio a seguir só reforçou essa percepção.

Porque ao longo do mandato que está a findar, após quatro anos de provas de aferição, com a sua aplicação aos 5.º e 8.º anos em sistema de rotação de disciplinas, se foi percebendo que uma das principais vantagens de um sistema deste tipo – a aferição ao longo dos ciclos do desempenho de coortes de alunos em determinadas áreas, por forma a detectar as que necessitam de maior intervenção e assim contribuir para uma melhoria das aprendizagens – não suscita qualquer preocupação em quem determina o calendário das provas e a sua distribuição ao longo dos anos.

Esqueçamos por agora o 2.º ano e concentremo-nos nas provas de 5.º e 8.º ano. Um sistema lógico seria o que examinasse o mesmo grupo de alunos nas mesmas áreas nesses anos, ou seja, as provas feitas em 2015/16 no 5.º ano (por manifesta comodidade foram as tradicionais de Português e Matemática) deveriam ser “repetidas” em 2018/19 no 8.º ano (acontece isso apenas em Português), se possível com uma estrutura de prova que permitisse a verificação dos progressos verificados ou não, em especial nas áreas verificadas como mais fracas. E assim sucessivamente. As áreas submetidas a provas de 5.º ano feitas em 2016/17 (História e Geografia de Portugal e Matemática/Ciências) devê-lo-iam ser de novo em 2019/20.

Mas não é nada disso que está a acontecer. Já em 2018/19, no 8.º ano existe uma prova de História/Geografia que não irá aferir qualquer coisa com continuidade, pois nem os alunos foram aferidos nestas áreas no 5.º ano (foram em Matemática, que este ano não tem prova), nem existirá qualquer outra aferição até finalizarem no 9.º ano o Ensino Básico. É uma prova perdida no tempo, no trajecto dos alunos, sem qualquer relevância em termos de aproveitamento da informação eventualmente colhida. Sendo que parte dos conteúdos dos 7.º e 8.º anos são coincidentes (pelo menos no caso da História, mas também em alguns da Geografia) com os do 5.º ano, aconselharia qualquer abordagem minimamente séria disto tudo que existisse uma coordenação na aplicação destas provas. E que o mesmo grupo de alunos aferidos no 5.º ano o voltasse a ser no 8º e assim sucessivamente nas diferentes áreas/disciplinas.

No 5.º ano, no presente ano lectivo voltam a ser feitas provas em áreas que já foram aferidas há dois anos mas, em contrapartida, continua, ao fim de quatro anos, a não ser feita qualquer aferição na disciplina de Inglês; e no 8.º ano, ao fim dos mesmos quatro anos não foi feita qualquer aferição nas Línguas Estrangeiras.

Desta forma, a aferição é algo desconexo, descontínuo, sem sequência e sem a possibilidade de gerar informação verdadeiramente relevante sobre a evolução das aprendizagens dos alunos, pois os relatórios que chegam às escolas de pouco ou nada servem, uma vez que, em regra, não é expectável que os alunos envolvidos voltem a ser aferidos. O que torna todo este aparato perfeitamente inútil, com um consumo de tempo e recursos sem qualquer verdadeira vantagem em termos de retorno para os alunos.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Alterações ao Regulamento do JNE e aprova o Regulamento das Provas e Exames

Publicado o Despacho Normativo que altera o Regulamento do Júri Nacional de Exames e aprova o Regulamento das Provas de Avaliação Externa e das Provas de Equivalência à Frequência dos Ensinos Básico e Secundário.

Despacho Normativo n.º 3-A/2019 - Diário da República n.º 40/2019, 1º Suplemento, Série II de 2019-02-26 

Educação - Gabinete do Secretário de Estado da Educação

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Desempenho a Português dos alunos que ingressam no ensino superior

A DGEEC apresenta um estudo sobre o nível de desempenho na disciplina de Português dos alunos que ingressaram nos diversos cursos superiores de licenciatura e de mestrado integrado no ano letivo 2016/17.
O nível escolar dos alunos a Português é medido através da sua classificação no exame nacional desta disciplina (exame 639), realizado no final do ensino secundário no ano letivo 2015/16, o ano imediatamente anterior ao ingresso dos alunos no ensino superior.

O objetivo do estudo é fornecer um diagnóstico sobre a preparação escolar dos alunos a Português no momento em que ingressam no ensino superior, permitindo comparar os alunos que ingressam nos diferentes cursos, instituições e áreas de formação de ensino superior. Ao mesmo tempo, procura-se perceber como a preparação a Português dos alunos varia consoante as suas características demográficas, a sua origem regional e a sua formação anterior no ensino secundário.

Desempenho a Português dos alunos que ingressam no ensino superior [PDF]


Tabela de dados por par unidade orgânica / curso [XLSX]

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Deixemo-nos de burocracias e de indicadores que demonstram que todas as crianças devem ser iguais


O primeiro período aproxima-se do final.

A toda a pressa começam-se a preparar as avaliações, a ultimar os retoques necessários, para que, em reuniões, sejam apresentados os percursos de cada criança, ou em alguns casos do grupo. 

Empenhados em transmitir o maior número de informação possível, os educadores seguem ao sabor da maré que lhes é imposta. Cumprem, à risca, uma série de itens que cotam as crianças e as equiparam a crianças padrão, crianças norma. 

Os indicadores a avaliar parecem não terminar. As grelhas tornam-se verdadeiros poços sem fundo. Os adquiridos, não adquiridos, não observados e em aquisição, tornam-se a linguagem mais falada nestes dias e, são elas que refletem o crescimento, a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. São elas que ditarão as aprendizagens crianças e o seu nível de desenvolvimento (ordenadas pelos adultos). São elas que estabelecem níveis e categorias no grupo, tornando-se mais fácil fazer uma leitura numérica, ou até mediana do grupo. 

A construção de documentos de avaliação é o grande “calcanhar de Aquiles” dos educadores, o grande desafio. Esta lacuna, leva a que se procurem práticas de sucesso, práticas que justifiquem uma avaliação, uma avaliação que possa ser utilizada de forma direta e sem grandes alterações ou mudanças, uma avaliação prontinha a consumir!Utilizam-se grelhas que estão pré-concebidas e são aplicadas mês após mês, período após período, sem qualquer reflexão na sua utilização. Habituamo-nos a aplicar documentos que existem na educação, que existem na sala ao lado, que existem, porque alguém as construiu para o seu grupo. Utilizamos as grelhas porque, segundo dizem, é obrigatório e imposto pela Ministério do Trabalho e da Segurança Social e/ou pelo Ministério da Educação. 

Referimos, de forma constante, que as crianças, cada vez mais, estão pouco participativas, pouco críticas, com pouca capacidade criativa,… mas, e nós? Que exemplos damos? 

Procuramos grelhas de avaliação para aplicar, sem sequer as adequar, procuramos documentos feitos, e por vezes, até projetos curriculares/pedagógicos de grupo prontos a utilizar, e mesmo quando impostas as grelhas, aceitamos e nem questionamos o porquê, aceitamos e nem pensamos no grupo que temos, porque o importante, cada vez mais, são os números, a percentagem dos adquiridos e não adquiridos. E a nossa capacidade de criação? E a nossa capacidade de reflexão? 

É isto a Educação de infância? 

Chama-se a isto avaliar? 

A avaliação torna-se algo real, quando olhamos para o grupo de forma integral, quando olhamos para as crianças mediante as suas conquistas, o processo que as levaram a ultrapassar as dificuldades. Não olhamos, ou não deveríamos olhar, mediante o adquirido ou não adquirido, só porque se torna necessário quantificar cada item, cada indicador.

Sabemos, claro, que a criação de documentos de avaliação não é fácil. Mas sabemos, também, que o crescimento profissional, leva-nos a melhorar essa nossa capacidade, leva-nos a ouvir, leva-nos a construir em equipa, partilhar em equipa e a direcionar cada documento no sentido real da educação de infância, não no sentido que adultos querem seguir. 

Deixemo-nos de burocracias. Deixemo-nos de teorias de conspiração e de quantificação, porque não são essas formas de estar que valorizam as aprendizagens das crianças. Não são os números, as médias, nem as escalas numéricas, que refletem o seu dia-a-dia. Não são as categorizações que reforçam o bem-estar de cada um. São as descrições, reais, de cada criança que refletem as aprendizagens, as dificuldades enfrentadas e ultrapassadas e a forma como se tornaram agentes da construção do seu próprio conhecimento. 

Deixem as grelhas padronizadas, categorizadas, numéricas e de percentagens. Deixem de olhar para as crianças como adquiridas, não adquiridas, ou como um simples número. 

Desafiem-se a olhar para cada uma delas, como alguém em construção, em que, tantas vezes, surgem indicadores que não estão presentes nessas listas intermináveis de categorizações. Desafiem-se a olhar para a educação de infância, como um espelho real e holístico das crianças e não dos adultos, onde os números e as percentagens, dão lugar às descrições únicas, reflexo da aprendizagem de cada criança, de cada criança não padronizada! 

Que se apresentem aos pais, as avaliações que representam percurso dos seus filhos e não os indicadores que demonstram que todas as crianças devem ser iguais, os indicadores que estabelecem o perfil padrão da criança. Sejam verdadeiros. 

Deixem-nas ser as crianças que são, únicas, com tempos diferentes, com formas de estar diferentes, com temperamentos diferentes, com aprendizagens diferentes. Deixem-nas, simplesmente, ser crianças. 

Rui

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Relatório da IGEC - Alinhamento das Notas Internas

O Relatório da IGEC


 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO INDICADOR DO ALINHAMENTO DAS NOTAS INTERNAS EM DOZE ESCOLAS
Relatório 2017


A notícia do Público

Escolas violam as suas próprias regras para inflacionar notas


Inspecção de Educação fez, pela primeira vez, uma operação de combate ao desalinhamento entre notas que os alunos têm na sua escola e nos exames nacionais. Depois das recomendações, 80% corrigiram o comportamento.

O fenómeno não é de todo novo, mas um relatório da Inspecção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) oferece, pela primeira vez, uma radiografia das estratégias usadas pelas escolas para inflacionar as notas dos seus alunos, facilitando o acesso ao ensino superior