quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Com humor...

Clique na imagem para ouvir (ou aqui)

E porquê só agora e apenas na Bolsa de Recrutamento - BR2?

O PSD e o CDS apresentaram na Comissão de Educação o Projecto de Resolução 115/XII, que recomenda ao Governo a realização de uma auditoria ao concurso de colocação de docentes da Bolsa de Recrutamento n.º 2.
...
"Face ao exposto, os deputados abaixo assinados apresentam o seguinte Projecto de Resolução, para que nos termos da alínea b) do Artigo 156º da Constituição e da línea b) do nº 1 do artigo 4º do Regimento, a Assembleia da República recomenda ao Governo que:
 Solicite à Inspecção Geral de Educação a realização de uma auditoria ao processo de colocação de docentes através do mecanismo da Bolsa de Recrutamento nº 2."
Ver Projeto de Resolução

Esta semana, na Bolsa de Recrutamento - BR8, assistimos mais uma vez à transformação pela DGRHE de vagas anuais em temporárias, pelo menos em mais um caso que já comprovamos numa vaga por mobilidade de uma docente em destacamento por condições específicas, vaga que será para todo o ano letivo e que aparece com duração de 30 dias, impedindo que docentes, que apenas concorreram a vagas anuais, sejam colocados e se vejam ultrapassados por colegas muito menos graduados.
Qual a justificação legal para que uma vaga que comprovadamente terminará a 31 de agosto apareça com a duração de 30 dias?
Mandem realizar uma auditoria completa senhores deputados, mas  a todos os procedimentos de colocação de docentes nas Bolsas de Recrutamento!

"21 especiais" em destaque



Marques Mendes elogia agentes de um projeto “notável”
Ler no Jornal O Povo Famalicense (pag.7 pdf)

Um presidente e um governo Europeu?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pôr do sol


Contratação de Psicólogos

Contratação de Licenciados em Psicologia/Psicólogos ao abrigo da alínea c), do n.º 1, do art.º 3.º, do DL 35/2007, de 15 de Fevereiro, para o ano letivo de 2011/2012, nas escolas da área geográfica da  DREN.

Subsídio de Natal do pessoal contratado

Informação do Gabinete de Gestão Financeira sobre o Subsídio de Natal do pessoal contratado e sobre a aplicação da sobretaxa extraordinária.

Ação Social Escolar 2011/2012


Republicação do Despacho n.º 12284/2011 sobre as medidas de ação social escolar para o ano lectivo de 2011-2012.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Empobrecimento educativo!

A afirmação do actual ministro da Educação de que o "princípio geral" que presidirá à "sua" reforma curricular do ensino básico e secundário é o de que "é necessário concentrar nas disciplinas essenciais" constitui todo um programa ideológico.
Deixando de lado o obsessão de todo o bicho-careta que chega a ministro da Educação em Portugal em "reformar" mais uma vez os curricula escolares, tornando o ensino num laboratório de experiências educativas e os alunos em cobaias que se usam e deitam fora na próxima "reforma", tudo com os resultados que se conhecem, a opção por um ensino público limitado a "disciplinas essenciais" segue fielmente a rota ideológica do "saber ler, escrever e contar" de Salazar.
Falta apurar o que o ministro entenderá por "essencial", mas outras medidas que tem tomado, como triplicar o valor dos cortes na Educação pública previsto no acordo com a "troika" enquanto financiava generosamente os colégios privados, levam a crer que o programa de empobrecimento anunciado por Passos Coelho é mais vasto do que parece. E que, além do empobrecimento económico das classes médias e mais desfavorecidas, está simultaneamente em curso o seu empobrecimento educativo.
Para a imensa maioria que não tem meios para pôr os filhos em colégios privados (que, no entanto, financia com os seus impostos), o "essencial" basta. Mão-de-obra menos instruída é mão-de-obra mais barata. E menos problemática.
Manuel António Pina

Sobre o joelho?


É claro que será para mais tarde usar a mão direita!?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bolsa de Recrutamento BR8 e DACL

Opinião - Bárbara Wong


«Não é fácil aos jornalistas "entrar" na educação. Não são só os índices remuneratórios, é toda a linguagem das escolas que nós aprendemos e que os outros jornalistas desconhecem: das siglas (CEF, NEE, DT...) aos palavrões da pedagogia. E quando tentamos sair da 5 de Outubro ou da 24 de Julho, esbarramos com escolas fechadas, com directores que dizem que não têm autorização para falar, que são rudes ao telefone, que se escondem atrás de legislação; de professores que têm medo dos directores...
E vai ser pior, afiançam os docentes sentados na plateia.
Vai ser pior... 
Pode ser que sim. Cabe-nos a nós, jornalistas, lutar contra isso, continuar a insistir com as escolas, com os professores. Cabe aos professores ter coragem e lembrarem-se que vivemos em democracia
BW
Texto completo Educar em Português

Bolsa de Recrutamento


Disponível das 10h00 de segunda-feira, dia 31, até às 18h00 de segunda-feira dia 7

A entrevista


Uma entrevista amplamente divulgada e como chamada de 1ª página uma grande reforma é anunciada; 
"Vai haver forte contenção na contratação de professores". 

Entrevista completa aqui

sábado, 29 de outubro de 2011

Porquê, há dúvidas?!


Neste início de ano lectivo, no meu papel de mãe, participei na reunião geral de pais no âmbito da abertura do período escolar, no colégio no qual estuda a minha filha, em Lisboa, superiormente dirigido por uma Directora (Freira de uma Ordem Religiosa), uma personalidade notável.
Até aqui, nada de novo, pensarão aqueles que gentilmente lêem esta crónica, muitos dos quais terão certamente tido o mesmo compromisso de agenda recentemente. O que tem isto a ver com protocolo e etiqueta? Bem, talvez não directamente, tem a ver é com respeito nas relações em sociedade.
Começou esta Directora por “falar aos Pais”… E todos nós, pais, deveríamos, no mínimo, ter ficado embaraçados por ouvir verdades tão irrefutáveis e que aqui me permito partilhar, para reflexão de quem assim entender.
Este colégio, tal como milhões de outros estabelecimentos de ensino, localiza-se numa zona nevrálgica da cidade pelo que, necessariamente, o momento de largar e buscar as crianças deve ser breve e sem causar impedimentos aos demais condutores ou, pior ainda, sem provocar engarrafamentos. Todos nós sabemos, contudo, que às respectivas horas de entrada e saída das escolas, o trânsito fica caótico. Isto, porque cada família pensa em si própria, revelando total desrespeito pelas demais e - igualmente mau -, dando péssimo exemplo aos mais jovens (primeiro nós, os outros que esperem…).
Também com muita frequência os horários não são cumpridos, provocando interrupções nas actividades e deixando nos jovens a noção de que chegar tarde “é normal” e “não tem importância nenhuma”, comportamento que depois prolongam ao longo da sua vida profissional e que é revelador de desrespeito pelo tempo e pelas actividades dos demais.
Depois, existem aqueles pais que comunicam (ou emitem ruídos…) de forma rude, por vezes até agressiva, autoritária, ao se dirigirem aos profissionais da instituição (desta ou de qualquer outra!), dando ordens e fazendo exigências, “porque pagam”, “porque são”, “porque têm”, cometendo não só a falta de respeito para com os outros como, e uma vez mais, dando um deplorável exemplo aos filhos, que acabam por se achar no “direito” de assumir as mesmas atitudes e tons que observam nos pais o que, a juntar aos ímpetos da adolescência, por vezes se transforma em comportamentos absolutamente desadequados e nocivos. Uma vez mais, a falta de respeito, neste caso pelos mais velhos e por aqueles que social ou profissionalmente, naquela circunstância, ocupam um estatuto superior.
Fiquei a pensar que razões levarão as pessoas a serem mal-educadas tantas vezes, desrespeitadoras tão frequentemente, desprovidas de boas maneiras quase sempre… Não encontro argumentos sólidos. O dia-a-dia de todos nós é actualmente muito difícil – às vezes até penoso – e estas atitudes só tornam tudo muito pior ainda!
Ah, faltava-me dizer, que enquanto a reunião decorria, no amplo auditório tocaram vários telemóveis, muitos dos presentes enviavam sms’s e outros navegavam nos seus iPads… Pensemos duas vezes antes de nos queixarmos dos nossos jovens…
Cristina Marques Fernandes

Vale a pena escutar e divulgar


Destruído o argumento da inevitabilidade dos cortes nos subsídios dos funcionários públicos


A não perder o vídeo no blogue do Octávio V. Gonçalves

Um livro especial


Os "21 especiais" apresentando em língua gestual "O Jardim Secreto dos Sons", no Auditório do Centro de Estudos Camilianos completamente esgotado.
Foi um privilégio ter estado presente na apresentação do livro. Foi um momento verdadeiramente especial!

"Os 21 especiais"

Apresentado ontem pelas 21 horas e 30 minutos, no Centro de Estudos Camilianos, em Vila Nova de Famalicão

"O Jardim Secreto dos Sons"

O livro "O Jardim Secreto dos Sons" tem 21 páginas, tantas quantas o número de alunos da turma.  Foi proposto um desafio aos Encarregados de Educação: escrever um conto. Este, foi desenvolvido por todas as famílias onde  cada uma deu o seu contributo para a criação do texto e para a respetiva ilustração. A gestualização de cada página foi produzida pelos alunos com a colaboração de uma formadora de Língua Gestual Portuguesa.

O livro conta a história de Matilde, uma menina que trata de um jardim onde as palavras nem sempre eram ouvidas da mesma maneira.

Os parabéns a todas as crianças da turma e às professoras Paula Azevedo e Manuela Sarmento que tiveram a ideia e que a colocaram em prática. Um excelente e verdadeiro exemplo de integração.
Para conhecer melhor o projeto ver o vídeo divulgado aqui.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Opinião

Manuela Moura Guedes - Correio da Manhã

Subsídio aos docentes de Educação Especial

A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012 entregue no parlamento elimina o subsídio aos docentes de educação especial. São 106 euros mensais a menos a juntar aos cortes nos vencimentos e subsídios já anunciados! 
Quem vai pagar às deslocações entre as diferentes escolas? E se os docentes não tiverem sequer dinheiro para o combustível?

"É lamentável este corte no subsídio dos docentes de educação especial.  Há professores de educação especial que se deslocam diariamente a várias escolas do mesmo agrupamento e muitos a escolas de outros agrupamentos no mesmo concelho? Este subsídio era uma gratificação para compensar as deslocações. Assim sendo, será razoável que os agrupamentos de escolas passem a ter um carro com motorista para as deslocações dos docentes. Era ainda necessário que eliminassem também as ajudas de custo dos deputados e de outros gestores públicos, afinal a crise é para todos!!!"
Comentário de um docente de Educação Especial.

Compensação por caducidade dos contratos

Jornal Público
A legalidade do ato não é importante? 
Como é que uma circular, que até contraria orientações anteriores de organismos do mesmo ministério, se sobrepõe a uma Lei do Parlamento?  Este é verdadeiramente um país...

Opinião - João Ruivo

Era uma vez uma parábola que se narrava mais ou menos assim:
Numa ilha distante governava um rei amigo da folia, da boa mesa, da riqueza dos bens terrenos e cuja honra não lhe permitia trabalhar.
Desonra era também que os seus familiares e o vastíssimo séquito de seguidores ousassem ganhar proventos pela labuta do dia-a-dia, que era considerada coisa menor, desprezível, imprópria e apenas vocacionada para os que não tinham tido a sorte de se acolherem no colo do poder. Ou seja, trabalho era ofício dos mandados e desmérito dos mandantes.
Para suprir aos gastos do lazer e da abastança, o rei lançava frequentes e cada vez mais pesados impostos, taxas e portagens sobre os que dependiam dos rendimentos da sua árdua labuta.
Os mares que rodeavam a ilha estavam infestados de piratas que assaltavam e roubavam a seu belo prazer qualquer barco que deles se aproximasse (mesmo algum em aflição e busca de ajuda…) e com demasiada frequência invadiam as aldeias das costas para pilharem os parcos haveres dos incautos cidadãos. Por essa via, acumularam bens e riquezas incalculáveis, dinheiro fácil, terras, mordomias e isenções fiscais. Porém, quando em terra, com as suas famílias, faziam-se passar por discretos e honrados citadinos, cuja muita faina e alguma sorte tinham abençoado o seu destino.
Como os gastos do rei e dos mandantes crescessem na proporção directa da sua ambição, e os proventos já raramente chegassem para as permanentes despesas, começou a ser costume que a corte solicitasse aos piratas empréstimos, que estes lhe cediam em troca de favores inconfessáveis e juros incalculáveis.
Esta passou a ser a regra da convivência pacífica entre a corte e a piratagem, o que levou à criação de um modelo de sociedade, ferozmente defendido, estudado, elogiado, e publicitado em vastíssimas obras pelos escrivães ao serviço do reino.
Um dia, porém, eis senão quando a ganância dos piratas no uso e abuso das embarcações para as contínuas investidas em navios, terras e gentes os fez distrair, não calculando atempadamente o furor de uma tempestade que, num só dia, devastou a frota, e os deixou depenados e sem meios de prosseguir o corso.
Perante tão imprevista desgraça, chegou a vez dos piratas se aproximarem do rei falido, anunciando-lhe que nesse mesmo dia findavam os empréstimos e, por isso, pediam a ajuda do poder: era preciso muito dinheiro para reconstruir a armada e recapitalizar os corsários. Sem isso, estes não podiam acumular novamente riquezas e bens que lhes permitissem voltar a financiar a abastança do rei e da sua corte.
O rei, pensando bem no modelo e regras de convivência pacífica que durante tantas décadas tinham guiado o seu reinado e tantos elogios mereciam dos seus mais iluminados escribas, decidiu reabilitar os piratas e enviou para os campos as suas milícias para forçadamente recolherem mais impostos, taxas e portagens aos trabalhadores, e obrigando mesmo à apanha de galinhas, ovos, gado e forragens, que merecessem ainda algum valor de troca nos mercados tradicionais.
Com essa sábia decisão, e apesar da agonia lenta dos ofícios, dos artesão e dos mesteirais; apesar do progressivo abandono das terras e oficinas; apesar da fome, da doença e da extrema pobreza em que mergulhou o reino; apesar de tudo isso, o rei, a sua corte e os piratas conseguiram estabilizar as suas economias e regressar ao afamado modelo de normalidade com que as suas vidas sempre tinham sido bafejadas.
E o professor? Perguntarão os mais atentos ao título desta parábola.
Como o rei e a corte convenientemente perceberam que os piratas, apesar de incultos e iletrados, tinham angariado fortuna e estatuto sem o recurso aos ofícios das letras, das artes e das ciências, mandaram de pronto fechar e escola e estancar essa inútil despesa. Porém, não fosse o professor criar algum incómodo público, ou mesmo algazarra, por se sentir desnecessária, desmerecida e indevidamente desocupado, desterraram-no para uma inóspita costa e obrigaram-no a sentar-se num penhasco, virado para o mar, a ver passar navios.
João Ruivo - Ensino Magazine