Qual a representatividade das escolas públicas e escolas privadas dependentes e independentes do Estado nos diferentes sistemas educativos da Europa?
Os alunos que frequentam escolas privadas têm melhores resultados?
E quem são os alunos que frequentam as diferentes escolas?
Estas são algumas das questões a debater no
7º Fórum aQeduto, que contará desta vez com a presença de Bárbara Wong, jornalista do Público na área da Educação.
Hoje a partir das 18 horas, no Auditório do CNE.
Público ou Privado: quem ensina na Europa?
Em Portugal, entre 2000 e 2012, cerca de 6% das escolas são privadas e
financiadas pelo Estado. Os aumentos mais expressivos de escolas desta
natureza verificaram-se apenas na Suécia e em França.
Público ou Privado: quem frequenta?
É em Portugal que a escola pública e a escola privada dependente do
Estado servem uma maior heterogeneidade de classes sociais, sendo que
a escola privada independente é exclusivamente frequentada por alunos
de classes sociais elevadas.
Para lá da propriedade:
quem contrata professores?
Em Portugal, a percentagem de diretores a declarar que a
responsabilidade pela contratação dos professores não é sua caiu de 87%
em 2000 para 60% em 2012.
Público ou Privado: que resultados?
Em 2012, as aprendizagens, a nível agregado, não parecem estar relacionadas com a propriedade da
escola. Há países onde o ensino é primordialmente público, como a Polónia e a Finlândia, e os
resultados PISA estão francamente acima da linha de referência (500), mas também há países onde
o ensino é ministrado primordialmente em escolas privadas dependentes do Estado, o caso da
Holanda e da Irlanda, e os resultados são igualmente muito bons.
A nível agregado, a propriedade da escola (privada ou pública)
não parece estar relacionada com os resultados.
Considerando o score final por país e natureza da escola, torna-se visível que os alunos de escolas
privadas independentes têm sempre melhores resultados, o que se justifica pelo elevado estrato
socioeconómico dos alunos. Todavia, há uma tendência generalizada para que as escolas privadas
com financiamento do Estado tenham resultados acima dos da escola pública, apesar de operarem
em meios sociais similares. Em Portugal, os resultados destas escolas subiram perto de 60 pontos
entre 2003 e 2012, enquanto na escola pública se verificou uma melhoria de 20 pontos. De notar, no
Público ou Privado:
e se os alunos fossem iguais?
A propriedade da escola parece não afetar o desempenho da maioria dos
alunos portugueses (cerca de 95%) que frequenta escolas públicas
ou do ensino privado dependente do Estado.
Ver Documento completo aQeduto 7 - Dados PDF (1084 KB)