sexta-feira, 12 de junho de 2009

Que (des)governo?

Jornal Opinião Pública

Mais professores dispensados da prova de ingresso

Ministério da Educação reduz exigência.

O Ministério da Educação admitiu hoje, em conferência de Imprensa, a possibilidade de reduzir a exigência nos critérios da prova de ingresso na carreira dos professores.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, “podem vir a ser dispensados os docentes classificados com ‘Bom’, em vez de ‘Muito Bom’ ou mais”. Podem igualmente ser dispensados dessa prova os professores que tenham cumprido quatro anos de serviço, um dos quais no último ano, em vez de dois anos de serviço, como até agora.

Ministério da Educação anuncia que chegou o tempo da "consolidação de propostas"

O Ministério da Educação considera que chegou o momento da “consolidação de propostas” no âmbito das negociações para a revisão do Estatuto da Carreira Docente, anunciou ontem em conferência de imprensa o secretário de Estado adjunto Jorge Pedreira.
O encontro com os jornalistas, em que participou também o secretário de Estado Valter Lemos, foi convocado ontem, dia feriado, e suscitou expectativas entre representantes dos professores. Mas na 5 de Outubro tudo continua essencialmente na mesma.
As "propostas consolidadas" que irão ser apresentadas aos sindicatos "têm na base as propostas que já fizemos", frisou Pedreira. Hoje está a ser debatida a prova de ingresso na profissão. Nas próximas semanas será a vez da estrutura da carreira. Quanto ao modelo de avaliação de desempenho, o Ministério diz que está a aguardar o relatório do Conselho Cientifico para a Avaliação dos Professores. Quando? "O timing já está esgotado", disse Valter Lemos.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Discurso de António Barreto no Dia de Portugal

Nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, António Barreto fez um discurso que deverá ter deixado o governo e José Sócrates em particular com as orelhas a arder.

"Fizemos a democracia, mas não somos capazes de organizar a justiça. Alargámos a educação, mas ainda não soubemos dar uma boa instrução. Fizemos bem e mal. Soubemos abandonar a mitologia absurda do país excepcional, único, a fim de nos transformarmos num país como os outros. Mas que é o nosso. Por isso, temos de nos ocupar dele. Para que não sejam outros a fazê-lo."

"Dê-se o exemplo e esse gesto será fértil! Não vale a pena, para usar uma frase feita, dar "sinais de esperança" ou "mensagens de confiança". Quem assim age, tem apenas a fórmula e a retórica. Dê-se o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará. Dê-se o exemplo de
honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economiasentirá os seus efeitos."

Ler o Discurso completo

Santana Castilho - A democracia circunstancial

Público, 10/06/2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

I JORNADAS DA AFPAD - Vila Nova de Famalicão

I Jornadas da AFPAD - "Intervenção Precoce: presente e futuro", que se vão realizar no próximo dia 23 de Junho na Casa das Artes em Vila Nova de Famalicão.

As I Jornadas da AFPAD totalmente subordinadas à Intervenção Precoce pretendem explorar temas relacionados com a história e futuro da IP em Portugal, evidências e desafios para as práticas centradas na família e avaliação de programas e promoção da qualidade em IP e promover a partilha de experiências entre profissionais e investigadores de IP nacionais. Pretendem ainda contribuir para a divulgação de boas práticas que levem a um crescente envolvimento das famílias e técnicos que intervêm em todas as etapas do processo e da gestão da qualidade nos Serviços de Intervenção Precoce.

Eleições Europeias & Os comentários.

Resultados
Sol 8/06/2009

Público 8/06/2009


Matrículas das crianças da educação pré-escolar e dos alunos dos ensinos básico e secundário

As matrículas das crianças da educação pré-escolar e dos alunos dos ensinos básico e secundário para o ano de 2009/2010 devem ser efectuadas preferencialmente via Internet, de acordo com um despacho publicado no Diário da República, que visa a modernização e a simplificação dos procedimentos administrativos.

Neste despacho, que se aplica às escolas e aos agrupamentos de escolas dos ensinos básico e secundário públicos, particulares e cooperativos, são definidas igualmente as condições da distribuição dos alunos pelos agrupamentos e pelas escolas, bem como do período de funcionamento dos estabelecimentos e da constituição das turmas.

Ler Despacho 13170/2009

sábado, 6 de junho de 2009

Recordar 30 de Maio II







Eleições Europeias

Abstenção não é a solução.
Não deixe que os outros decidam por si! Vote!
Não votar é deitar fora um direito e perder autoridade moral para criticar os eleitos e os seus mandatos.

Confap quer lançar TV online para pais no próximo ano lectivo

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) prevê lançar um canal televisivo na Internet já no próximo ano lectivo, revelou hoje o presidente da estrutura. "Vamos tentar que a estação funcione já no próximo ano lectivo", disse Albino Almeida.

Ler Notícia no Público

COMENTÁRIO

Talvez seja este o canal TV ideal para ocupar o tempo livre dos pais enquanto deixam os filhos na Escola ou no Jardim de Infância das 7 da manhã às 8 da noite!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Governo vai alterar lei que penaliza pensões do Estado

Os funcionários públicos que solicitam a aposentação estão desde 2008 a desperdiçar os descontos que fazem enquanto aguardam a aprovação da reforma. Ao DN, o Governo responde que vai alterar a lei.

O problema surgiu com uma alteração legislativa deste Governo, em vigor desde o início de 2008, que alterou o momento efectivo de reforma. O artigo 43.º do Estatuto de Aposentação de 1972 definia que a data de referência é aquela em que a aposentação voluntária é aprovada por despacho. Mas a Lei 52/2007 veio alterar esta norma: a partir de 2008, o momento relevante passou a ser aquele em que a CGA recebe o pedido do funcionário. No período que decorre entre o pedido e a aprovação o funcionário continua a trabalhar, mas os descontos ou eventuais alterações no salário não contam para o cálculo da pensão

Ler Notícia DN

"O que proponho é mais trabalho para professores e alunos"

Presidente do CNE propõe mais trabalho para professores e alunos.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

PS acusa Câmara de Vila Nova de Famalicão de se intrometer na eleição de directores

O PS de Vila Nova de Famalicão acusa a câmara local de "intrometer-se abusivamente na eleição dos directores das escolas" e vai denunciar as situações de que tem conhecimento à Direcção Regional de Educação do Norte e à Inspecção-Geral de Educação.A estrutura política garante, em comunicado, que a autarquia "prometeu o 'lugar' de director a este ou àquele professor", "pressionou os representantes dos pais e encarregados de educação a votarem neste ou naquele candidato, a troco de subsídios e lugares futuros". "Refere-se um caso em que o mesmo lugar de director foi 'prometido' a duas pessoas distintas", acrescenta.
O PS adianta ainda que os representantes camarários saíram dos actos eleitorais "zangados e abespinhados quando as votações não correrem de feição".
O vereador da Educação da Câmara de Famalicão, Leonel Rocha, do PSD, "repudia" as acusações e revela que vai pedir às associações de pais e outras da comunidade local que coloquem por escrito se foram ou não pressionadas, para então decidir se levará o assunto a tribunal por difamação. "A câmara está indignada e revoltada com o tipo de insinuações, feitas numa altura de campanha eleitoral, e que nada concretizam". "Como é que num escrutínio secreto se pode pressionar seja que for?", questiona. O responsável deixa claro que a câmara, com direito a três dos 21 votos para a eleição dos directores escolares, "não abdica de pensar pela sua cabeça e de escolher os melhores candidatos para as escolas".
COMENTÁRIO
Aí está a guerra política a entrar nas escolas. A publicação, por este governo, do Decreto-Lei nº 75/2008 veio permitir a interferência dos partidos e dos autarcas na gestão escolar e veio banir a democracia das nossas escolas, agora queixem-se ao chefe!

Professores titulares vão ter nova formação.

A ministra recusou a ideia de se tratar de um programa especial, referindo ser idêntico aos que se fizeram nos últimos dois anos.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, anunciou ontem no Parlamento estar em preparação a introdução de um programa de formação para professores titulares, no âmbito da formação contínua dos docentes.

Ver Notícia Educare

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Para recordar 30 de Maio de 2009




Com amor... para os professores




Informação DGRHE - Mobilidade Docente

Despacho do Secretário de Estado da Educação


NOTA INFORMATIVA Nº 1 -MOBILIDADE DE DOCENTES – ANO ESCOLAR DE 2009/2010

Muito Interessante

CURRÍCULO e ORGANIZAÇÃO
as equipas educativas como modelo de organização pedagógica

João Formosinho
Joaquim Machado
Universidade do Minho

Resumo

A massificação da escola portuguesa nas últimas décadas do século XX comporta transformações quantitativas e transformações qualitativas, acabando por deixar a descoberto a inadequação das suas estruturas organizacionais para dar resposta aos novos problemas que nela se manifestam e às novas finalidades que lhe são conferidas. Entretanto, a introdução de um conjunto de alterações curriculares mostrou, por um lado, a impotência de a escola se transformar por decreto e, por outro, a capacidade de sobrevivência do modelo escolar assente na pedagogia transmissiva e servido por um corpo de profissionais socializado numa cultura de ensino individualista. A constatação de que os professores são capazes de colaborar em torno de projectos e de que a renovação das práticas escapa à "lógica do decreto" mas pode inserir-se numa perspectiva de "profissionalismo interactivo" tem incentivado práticas de "ensino em equipa" que, para terem reflexos na sala de aula, carecem de um suporte organizacional que potencie o agrupamento flexível dos alunos, o desenvolvimento de projectos de gestão integrada do currículo e a formação de equipas multidisciplinares de professores. Ao mesmo tempo que apresenta estas dimensões, o modelo das "Equipas Educativas" sugere a diversidade de concretizações na organização e gestão intermédia da escola.


Ministra da Educação no Parlamento em clima de crispação

Maria de Lurdes Rodrigues despediu-se hoje dos deputados nesta legislatura.
Crispação do princípio ao fim. Foi desta forma que a ministra da Educação se despediu hoje dos deputados nesta legislatura, numa audição parlamentar que serviu para fazer o balanço dos últimos quatro anos, mas em que Maria de Lurdes Rodrigues esteve sempre debaixo do fogo da oposição.
Às críticas, a ministra respondeu que a Educação está hoje melhor do que quando assumiu a pasta, com novas valências na escola, espaços requalificados e um modelo de gestão que envolve de forma mais participada outros parceiros.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ministra contradiz opinião de conselheiros sobre avaliação

A ministra da Educação veio ontem contrariar o Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP), que considerou que muitos avaliadores não têm perfil, competência e formação para pôr em prática o modelo de avaliação.
Contradizendo os conselheiros, por si nomeados, Maria de Lurdes Rodrigues garantiu que os professores têm capacidades suficientes para cumprir a sua missão.
O conselho científico foi nomeado pela tutela para monitorizar, de forma independente, a execução do modelo criado este ano e esteve dois meses nalgumas escolas a acompanhar este trabalho. Mas já não é a primeira vez que as declarações dos seus membros causam incómodo ao Governo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Professores avaliadores só com especialização

Conselheiros do ME foram às escolas ver aplicação do modelo. E concluíram que os avaliadores se sentem pouco preparados e sem muita capacidade para avaliar.
Os professores avaliadores devem fazer uma nova formação de médio ou longo prazo ao nível do ensino superior. Esta é a recomendação do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP) que considera que, actualmente, muitos não possuem experiência, competência nem perfil para avaliar os colegas, como prevê o modelo de avaliação. O relatório deste órgão consultivo do Ministério da Educação será apresentado à tutela nos próximos dias.


Ler Artigo completo no DN

COMENTÁRIO

Isto é mais uma prova da treta que é este modelo de avaliação de desempenho colocado na prática de forma apressada e contra tudo e contra todos!

Finalmente a CCAP deu sinais de vida e, desta vez, revelou alguma sensatez. A avaliação feita pela CCAP vem dar razões aos professores e educadores.

Mocão Aprovada na Manifestação

O FUTURO CONSTRÓI-SE COM OS PROFESSORES!
Para quem olhe de forma desapaixonada e objectiva para o estado da Educação após esta legislatura de maioria absoluta, inevitável é concluir que a Escola se degradou, as aprendizagens foram menosprezadas e a profissão docente foi violentamente agredida.
Degradou-se a Escola porque nela se instalou o profundo desânimo e a revolta de quem se sentiu ferido na sua dignidade por um ministério mais interessado na propaganda e no populismo bacoco, intencionalmente dirigido ao aplauso fácil do senso comum, culpando, arbitrariamente, os professores e educadores das dificuldades, fraquezas e insucessos que o sistema educativo obviamente apresenta. Ficarão para a história da indecência e do embuste social, as mentiras propaladas aos sete ventos sobre as faltas dos docentes e os seus supostos privilégios e ficará sempre a doer no coração dos professores a cobarde afirmação de MLR de que quando uma criança abandona a escola é porque já foi abandonada pelos seus professores.
Degradou-se a Escola quando uma visão mesquinhamente administrativista conduziu a um número absurdo de intermináveis reuniões acrescidas, a períodos de permanência inútil na escola para mero cumprimento de horário, retirando o tempo, a disposição e a alegria indispensáveis ao exercício pleno da profissão docente no que ela tem de mais essencial - a prática pedagógica.
Degradou-se a Escola ao ser imposto mais trabalho burocrático e não serem criadas melhores condições de trabalho.
Degradou-se a escola baixando a qualidade e a exigência das aprendizagens, na procura de mentiras estatísticas que procuram iludir a realidade.
Degradou-se a Escola com um estatuto do aluno rapidamente entendido como um convite à ausência às aulas e um incentivo à indisciplina.
Aos professores e educadores portugueses foi imposto um conceito distorcido e nefasto da sua profissão: lá onde se impunha - e a tradição consagrara - a solidariedade e o trabalho colectivo e cooperante impôs o ME uma divisão absurda entre professores e professores titulares e tentou aplicar um modelo de avaliação de desempenho assente na concorrência e no mais extremo individualismo, castrador do efectivo reconhecimento do mérito.
Mas é necessário que aqui se diga, de forma clara, sonora e pública, aquilo que todos nós sabemos e que o ME finge ignorar: este ano não houve qualquer processo minimamente sério de avaliação de desempenho dos docentes! O que se passou - e está a passar - é uma completa fraude com consequências imprevisíveis para o futuro se a dignidade e o bom senso não conseguirem pôr, de imediato, termo a este logro.
Alega o governo e, em particular, o Ministério da Educação que era necessário proceder a reformas inadiáveis. É evidente que há que proceder a reformas para a melhoria do nosso sistema educativo, ninguém melhor do que os professores o sabe. Mas é preciso não saber nada de Educação para admitir que seja possível qualquer reforma útil e persistente criando uma imagem socialmente negativa da classe docente, agredindo-a com uma violência nunca vista em regime democrático, destruindo a sua confiança, menorizando a sua dedicação e competência. No campo da Educação, o Governo fez da maioria absoluta de que dispôs nestes 4 anos uma arma de arremesso contra a Escola Pública e contra os professores; transformou a maioria absoluta na ditadura da incompetência, da arrogância e da intimidação.
Os professores e os educadores, porque amam a escola e a sua profissão não desistiram. Nem vão desistir! Exigem, ainda, do Ministério da Educação uma atitude séria no que respeita às negociações calendarizadas para o mês de Junho em torno das alterações a introduzir no ECD, na definição de regras para os horários do próximo ano lectivo e da substituição deste modelo de avaliação de desempenho, por um outro que seja justo, coerente, e pedagogicamente útil.
E não deixarão, pelas formas democraticamente previstas, de alertar os candidatos a deputados e, portanto, à constituição do próximo governo para a urgência de uma mudança radical na política educativa, que, com os professores e educadores, se lance na gigantesca tarefa da (re)construção de uma Escola Pública de Qualidade para Todos - porque essa Escola é uma "pedra de toque" de uma sociedade mais justa.
O futuro constrói-se com os professores e não contra os professores. O futuro somos nós, os que não desistimos, os que exigimos respeito, os que apostamos na dignidade da nossa profissão, na qualidade da Escola Pública e num futuro de sucesso para todas as crianças e jovens.
Lisboa 30 de Maio de 2009
A Manifestação Nacional de Professores e Educadores
Plataforma Sindical de Professores

União dos Professores merece ser avaliada.

Video YouTube da Manifestação

e

O Director do DN em Editorial!

"É por tudo isto que o número de manifestantes que ontem percorreram a Avenida da Liberdade - cerca de 70 mil - não só acaba por surpreender um pouco, como se trata de um sinal de união forte que o Governo deve saber interpretar."

Ler no DN


80 mil chumbam política da ministra.

Cerca de 80 mil professores, metade da classe docente, de todo o País, manifestaram-se ontem em Lisboa. Durante duas horas, a avenida da Liberdade, entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, voltou a encher-se de docentes, insatisfeitos com as políticas educativas.