segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

“Ser Professor – a forma mais eficaz de construir um mundo melhor”


É com o objetivo de promover e valorizar o estatuto e carreira dos professores que a revista Forum Estudante promove, durante o ano de 2023, o Ano Nacional dos Professores. O conceito base desta iniciativa, que será disseminado ao longo do próximo ano, resume-se na frase “Ser Professor – a forma mais eficaz de construir um mundo melhor”.

Este trabalho será realizado pela revista Forum Estudante, em parceria com várias entidades como estabelecimentos de ensino público e privado, estudantes ou profissionais da área da Educação, mas não só. "Este é um projeto de 10 milhões de portugueses", explicou o fundador e CEO da revista Forum Estudante, Rui Marques, durante a sessão de apresentação do projeto.

«Uma sociedade não pode progredir verdadeiramente sem os seus professores. São estes homens e mulheres que ajudam a construir um mundo melhor»

domingo, 8 de janeiro de 2023

Pais apoiam a luta dos Educadores e Professores

"Caros pais e encarregados de educação a escola não é um local de guarda para deixar as crianças a passar tempo enquanto estão a trabalhar. Por isso não se preocupem apenas por depositarem os vossos filhos porque os patrões vos pressionam ou não têm onde os colocar enquanto trabalham. A escola é muito mais do que um local de guarda crianças, é um local onde se ensina, onde se inclui, onde as crianças concretizam as suas aprendizagens, se educam, se formam enquanto cidadãos, mas para tal o o papel dos Educadores e Professores tem de ser respeitado e valorizado, devem ter as melhores condições e estarem motivados para que a qualidade da educação não seja razoável, mas sim a melhor. Por tudo isto, juntem-se aos profissionais de educação e lutem por melhores condições para a Educação e para a Escola Pública."

Podem seguir o exemplo desta Associação de Pais de uma Escola Básica do Algarve

sábado, 7 de janeiro de 2023

Petição do SIPE em debate no plenário do Parlamento no dia 19 de janeiro


Consta na agenda parlamentar do próximo dia 19 de janeiro, a partir das 15 horas, a discussão no plenário da petição da iniciativa do SIPE - Sindicato Independente de Professores e Educadores - Tempo de serviço igual, situação igual e escalão igual


Fruto de vários regimes de transição e de alterações ao próprio estatuto, feitas avulso e sem outra intenção que não a penalização financeira dos docentes, temos hoje situações em que o posicionamento dos docentes não corresponde ao número de anos que efetivamente têm para efeitos de carreira, como facilmente se constatou agora no período em que decorreu o recenseamento. Mais ainda, encontram-se assimetrias muito penalizadoras para muitos docentes fruto das referidas transições, existindo casos de docentes que por meros dias acabam por sofrer um atraso nas suas progressões de quase dois anos.
 
Quando confrontamos a situação atual desses docentes com a situação que decorrerá do projeto de portaria para os docentes que vincularam entre 2011 e 2017, verificamos que daí decorrem situações altamente injustas que resultam em ultrapassagens, ou seja, docentes que tendo o mesmo tempo de carreira se posicionarão em escalões diferentes, fruto apenas e somente, do regime legal que subsiste ao seu ingresso na carreira.
...
O SIPE propõe: 
Negociação de uma portaria única que regulamente o reposicionamento de todos os docentes, quer os que ingressaram na carreira entre 2011 a 2017, quer os que já se encontravam em carreira, de acordo com o previsto no ECD em vigor, numa lógica única e justa de para os mesmos anos de carreira corresponda um posicionamento de carreira igual, salvo as situações que decorram das bonificações por ADD ou mestrado/doutoramento.

Vamos estar atentos!!

"As políticas têm sido fracas e desinteressantes. A educação está sem governo"


 Obrigado, professores

As políticas públicas têm sido fracas e desinteressantes. A educação está sem governo.


Há quase vinte anos, assistimos a políticas educativas que, apesar da sua clarividência em muitos temas, procuraram ganhar legitimidade acusando os professores de imobilismo e corporativismo. É de má memória a tese de que perder os professores não seria grave se se ganhassem os pais e a opinião pública.

Depois, entre 2011 e 2015, veio um governo explicar que havia professores a mais, que a pior opção para um jovem seria escolher um curso de educação ou de formação de professores e que educar não tinha qualquer ciência.

Nos últimos sete anos, o melhor que se pode dizer é que houve indiferença em relação aos professores. Iniciativas de atracção de jovens para a profissão? Nada. Políticas de formação de professores? Nada. Mudanças no recrutamento dos professores? Nada. Novos processos de indução profissional? Nada. Medidas de protecção dos professores e do seu bem-estar? Nada. Disposições para facilitar e desburocratizar o dia-a-dia dos professores? Nada. Valorização das carreiras docentes? Nada. Incentivos para projectos de inovação? Nada.(...)"
Sampaio da Nóvoa

Diretores acusam o ME de afrontar os Professores


“Nenhum sistema educativo cumprirá o seu papel, nem a escola poderá sobreviver sem profissionais competentes e respeitados pela sociedade e pelo poder político.”

“Em Janeiro de 2023, gostaríamos de poder afirmar que a nossa ação contribuiu para uma melhoria da situação. Não podemos. A situação está pior! Cresceu o ambiente de crispação e aprofundou-se o fosso que o Ministério da Educação cavou à volta dos professores!”

Diretores escolares acusam ministério de “novas afrontas” aos professores

Em carta aberta, a Associação Nacional de Dirigentes Escolares apela ao ministério que se centre na solução dos problemas de base da Educação.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Organizações sindicais entregam no ME 18 pré-avisos de greve

ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU irão entregar em mão no Ministério da Educação 18 pré-avisos de greve, relativos aos 18 dias úteis de greve que percorrerão o continente português, de norte a sul, distrito a distrito, entre os dias 16 de janeiro e 8 de fevereiro.

A greve consumar-se-á se, até 10 de janeiro, o Ministro da Educação não assumir dois compromissos: 
i) o abandono das suas intenções negativas para a revisão do regime de concursos, manifestadas em documentos apresentados às organizações sindicais em 21 e 22 de setembro e 7 e 8 de novembro; 
ii) a calendarização, desde já, de processos negociais destinados a resolver, entre outros, os problemas de carreira, precariedade, envelhecimento da classe, condições de trabalho e proteção a docentes com doenças incapacitantes.

Como se refere acima, a greve terá início no dia 16 de janeiro no distrito de Lisboa e terminará no distrito do Porto em 8 de fevereiro; entre estas duas datas entrarão em greve os restantes distritos por ordem alfabética, de Aveiro a Viseu. A culminar este conjunto de greves, as organizações promovem em 11 de fevereiro uma Manifestação Nacional de Professores e Educadores em defesa da Profissão, para a qual apelam a todos/as os/as professores/as e educadores/as e a todas as organizações de docentes – sindicais, científicas, pedagógicas… – que marquem presença, convergindo neste momento que se pretende de afirmação da profissão docente e exigência da sua valorização.

Na próxima sexta-feira, dia 6 de janeiro, junto ao Ministério da Educação, os representantes das organizações sindicais assinarão os pré-avisos de greve, estarão disponíveis para declarações à comunicação social e entregarão, em mão, os pré-avisos de greve.

Lisboa, 4 de janeiro de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINDEP, SIPE, SPLIU e SIPE

Reserva de Recrutamento n.º 15

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 15.ª Reserva de Recrutamento 2022/2023.


Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 09 de janeiro, até às 23:59 horas de terça-feira dia 10 de janeiro de 2023 (hora de Portugal continental).

RR 16– 13 de janeiro de 2023

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Ministro recua em algumas ideias apresentadas, mas terá que fazer muito mais!


A criação de conselhos locais de diretores ainda não está a ser negociada e o objetivo, garantiu esta quarta-feira o ministro da Educação, no Parlamento, não é passar para este órgão a possibilidade de recrutamento de professores. A intenção de as escolas recrutarem 30% dos seus docentes foi abandonada. "Sabemos ouvir", garantiu João Costa, referindo-se à contestação.

A graduação profissional, garantiu João Costa, vai manter-se como o "único critério" para efeitos de concurso. O Governo não quer é deixar de fora das negociações, defendeu, a possibilidade de as escolas recrutarem para alguns projetos e garantirem a permanência desses docentes por mais do que um ano.


Ministro reiterou no Parlamento que “não está nem estará em cima da mesa” a contratação de professores pelos municípios. Disse também que a contratação por perfis de docentes é apenas uma opinião.
E terá de deixar cair muitas outras!

Transporte de alunos com necessidades específicas individuais e aquisição de equipamentos para atividades educativas

Publicadas hoje no Diário da República duas Portarias que determinam a fórmula de calculo de financiamento de competências que passam para as autarquias locais;
  • Portaria que determina a forma de cálculo das transferências financeiras do Fundo de Financiamento da Descentralização para o exercício, pelos órgãos das autarquias locais, da competência relativa ao transporte de alunos com necessidades específicas individuais

  • Portaria que determina a fórmula de cálculo das transferências financeiras do Fundo de Financiamento da Descentralização para o exercício, pelos órgãos das autarquias locais, da competência relativa ao financiamento das despesas com a aquisição de equipamentos utilizados para a realização das atividades educativas

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Atualização das Remunerações processadas já em janeiro

NOVA VERSÃO DA  Nota Informativa n.º 1/IGeFE/2023 

PROCESSAMENTO DE REMUNERAÇÕES 2023

A presente atualização salarial produz efeitos a 1 de janeiro de 2023, pelo que deverá ser processada na requisição do mês janeiro.


Situação após 3 anos dos alunos que ingressaram no 3.º Ciclo do Ensino Básico, 2020/21

A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) apresenta, pela primeira vez, um estudo sobre o seguimento dos alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico (CEB). A análise centra-se no seguimento dos alunos que ingressaram no 3.º CEB geral e/ou cursos artísticos especializados, de Portugal continental, no ano letivo 2018/19, analisando a sua situação após três anos, mais concretamente no ano letivo 2020/21.


Entre as conclusões deste estudo o governo destaca;

- Em 2020/21, 9 em cada 10 alunos concluíram o 3.º CEB nos 3 anos previstos;

- Dos 7% que não concluíram o 3.º CEB, a maioria continuava matriculada no ensino básico geral e/ou em cursos artísticos especializados;

- Existem diferenças regionais, com as maiores taxas de conclusão a estarem localizadas no Norte e no Centro. Apesar de ainda estarem com valores inferiores a estas duas regiões, é importante destacar a evolução registada pelas regiões do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, tendo-se vindo a verificar a aproximação das mesmas à média nacional;

- Os alunos das escolas privadas concluem mais do que os das escolas públicas (diferença de 10 pp), sendo de destacar o crescimento de 23 pp, entre os alunos das escolas públicas, desde 2014/15;

- São as raparigas que concluem mais o 3.º CEB nos 3 anos previstos (90% face a 84% dos rapazes);
- Quanto mais novos, maior é a probabilidade de concluírem o 3.º CEB em 3 anos (92% dos alunos com 13 ou menos anos concluiu, face a 29% dos alunos com 15 ou mais anos);

- Os alunos que não necessitam de apoio da Ação Social Escolar (ASE) são os que mais concluíram (90% face a 87% do Escalão B e 74% do Escalão A). Apesar das diferenças ainda existentes, é de destacar que, em comparação com 2014/15, os alunos do escalão A que concluíram o 3.º CEB em 3 anos registaram um aumento de 28 pp, enquanto os do escalão B tiveram um crescimento de 27 pp, ficando no último ano letivo praticamente em linha com os valores registados para os alunos que não beneficiaram de ASE.

A luta vai continuar|

A greve parcial ao primeiro tempo lectivo de cada professor está, na manhã desta terça-feira, a ter uma “adesão muito elevada no Norte do país”, de acordo com a presidente do SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores, estrutura que a convocou. “Arrisco a dizer que durante esta manhã a adesão de professores e educadores está nos 70% no Norte”, explica Júlia Azevedo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Pensar pela própria cabeça

"Pensar pela própria cabeça custa caro, preço alto. Quem se decidir a fazê-lo será alvo do patrulhamento feroz das ideologias, as de direita e as de esquerda e as volúveis: há de tudo e todas implacáveis. Ver-se-á acusado, xingado, caluniado, renegado, posto no pelourinho, crucificado. Ainda assim vale a pena, seja qual for o pagamento, será barato: a liberdade de pensar pela própria cabeça não tem preço que a pague. ”

Jorge Amado, em ” Navegação de Cabotagem “

Calendário de 2023 numa página

Tendências de tecnologia educacional para 2023

Os últimos anos têm sido uma montanha-russa para o mundo. A tecnologia surgiu como um salvador para muitos setores durante a pandemia, incluindo o setor de educação. As tendências educacionais estão evoluindo rapidamente, tornando a educação mais viável e acessível para as pessoas. A nova era da educação verá melhores interações e uso otimizado da tecnologia.

Clicando na imagem ou no link abaixo terá uma lista de tendências de tecnologia educacional para 2023 que estão tornando o processo de aprendizagem mais adaptável, acessível e interativo para alunos e professores.

domingo, 1 de janeiro de 2023

A partir de janeiro e até que os respeitem!


Nós, professores, estamos cansados. Muito cansados. E a nossa corda rebentou.

Em janeiro, Portugal irá assistir a uma revolução: os professores já não têm nada a perder. Aquilo que ganham podem ganhá-lo facilmente a trabalhar numa outra profissão qualquer e, com certeza, não serão tão maltratados.

Em janeiro, os professores estão disponíveis para explicar a todos vós por que razão estão tão revoltados.

A partir de janeiro e até que os compreendam. 

A partir de janeiro e até que os respeitem

A partir de janeiro e até que a carreira de professor seja, novamente, uma profissão que as nossas crianças pretendam dar continuidade.

Tudo isto por Portugal e sem indemnizações multimilionárias.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Para ler e refletir! «A “união” só acontece no respeito pela diversidade e não pela sua anulação»

Com a devida vénia ao Paulo Guinote, aqui fica um pequeno texto publicado no seu Quintal,  que vale a pena ler com atenção e refletir sobre os acontecimentos da luta dos docentes, que vão sucedendo nos últimos dias deste ano que agora termina e que, com toda a certeza, se irão prolongar por vários meses, ou mesmo durante todo o ano de 2023. (O negrito e sublinhado é nosso) 

«Uma das piores coisas que pode acontecer a um grupo ou organização que critica os poderes estabelecidos e os seus vícios é copiar-lhes esses mesmos vícios. Nomeadamente, quando, depois de terem sido criticados no movimento ascensional pelos que defendem uma posição dominante, acham que já têm uma posição que devem defender de qualquer crítica ou dúvida sobre a sua ação. Existe sempre a tentação, há sempre o risco da malta desgovernada que até pensa estar a fazer o que está certo, mas por vezes isso apenas é prejudicial à “causa”. Por justa que seja, é errado achar que a “união” se pode fazer de forma consistente silenciando o pensamento que fuja à lógica do grupo. Como sempre me fez confusão esse tipo de lógica “organizacional”, apelando a uma espécie de absolutismo do pensamento, nunca consegui sentir-me bem dentro de estruturas que tendam para essa rigidez. Porque a “união” só acontece no respeito pela diversidade e não pela sua anulação.

Infelizmente, e não é de agora, noto que há malta que não percebe que anda a começar a mimetizar aquilo que tanto criticou, desatando logo a apontar o dedo a quem coloque as mais pequenas reservas às suas estratégias. Há mesmo quem, por ter “nascido” agora, pense que antes estava tudo “morto”, para usar uma expressão que li nos últimos dias, mais de uma vez, numa espécie de nova cartilha. O problema é que há quem tenha andado a dormir tanto tempo que, ao despertar, pense que o mundo começou agora. Mas não. Há quem tenha insónias há anos, por vezes muito solitárias. Por isso, desgosto de quem ande agora bater tachos, criticando quem prefira os sons da Natureza.

Como diria o Octávio Machado, já por mais de uma vez aqui citado em toda a sua profunda sabedoria existencial, “vocês sabem do que eu estou a falar”.»

Publicado no DR o Orçamento do Estado para 2023 e as Grandes Opções 2022-2025

Publicadas hoje, em suplemento ao Diário da República, as Leis das Grandes Opções para 2022-2026 e do Orçamento do Estado para 2023

Lei das Grandes Opções para 2022-2026


Orçamento do Estado para 2023

Aumento do valor pago aos estabelecimentos de educação especial do ensino particular e cooperativo

O Ministério da Educação e a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) assinaram ontem um acordo que permite atualizar em 27% os valores do financiamento por aluno a atribuir aos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo de educação especial.

A atualização de 511,89 € mensais para 651,26€ garante que os alunos tenham os apoios necessários no acesso às aprendizagens.

O acordo estabelecido permite de igual forma o aumento do montante pago por subsídio de transporte, 75,85€ para a Zona periférica, 48,14€ para o 1.º escalão, 59,27€ para o 2.º escalão, 76,80€ para o 3.º escalão e 94,57€ para o 4.º escalão, bem como o aumento do subsídio de alimentação, 100,30€ por aluno por mês.

O acordo agora assinado estabelece os valores a serem considerados em Portaria que substitua a atualmente em vigor (Portaria n.º 382/2009, de 8 de abril), atualizando os valores dos contratos regulados pela Portaria n.º 1103/1997, de 3 de novembro.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

João Costa e António Costa devem ficar envergonhados!!

Não podemos continuar a aceitar esta diferenciação de Estatuto na profissão docente!!

Mas ... então o governo dos Açores, com a participação do Chega, aprova estas alterações e o governo Socialista, dito de esquerda, continua a desvalorizar e a humilhar os docentes do continente????

No dia 21 de dezembro, decorreu a reunião de negociação suplementar, solicitada pelo Sindicato dos Professores da Região Açores, para a revisão do Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, terminando, assim, este processo negocial.

Da negociação, destaca-se:

  • O acordo sobre as reivindicações do SPRA, que remontam a quase uma década e meia, sobre a uniformização dos horários e das condições de trabalho para todos os níveis e ciclos de ensino, com a base da componente letiva em 22 tempos semanais e as reduções da componente letiva por antiguidade e idade iguais para todos os docentes.
  • A possibilidade de as reuniões previstas, com exceção das reuniões de caráter extraordinário e de avaliação sumativa, passarem a integrar o horário de estabelecimento.
  • A redução de duas horas na componente não letiva de estabelecimento para os docentes que atinjam os sessenta anos de idade.
  • A recuperação de três anos perdidos na transição entre carreiras num limite temporal de quatro anos, podendo ocorrer, conforme os casos, num período temporal menor.
  • A recuperação do tempo de serviço congelado entre 2005 e 2007 realizado na RAA, para quem o tenha cá prestado e não o tenha recuperado por não reunir todas as condições previstas no diploma que, em 2008, determinou a recuperação deste tempo.
  • A contagem, para efeitos de carreira, do tempo de serviço prestado em valência de creche, para os/as educadores/as que transitam das IPSS para o ensino público.

Face aos problemas apontados pelo SPRA relativamente às orientações emanadas pela DREAE sobre o regime das itinerâncias entre Escolas da mesma Unidade Orgânica, houve abertura, por parte da SREAC, de as rever e melhorar.

Quanto ao tempo de serviço docente prestado entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 fora da RAA, ficou a possibilidade da sua recuperação através de um diploma legal a criar para o efeito.

Entre outras reivindicações do SPRA que não foram acolhidas, salientamos:

  • O pagamento de salários aos docentes contratados a termo iguais aos dos docentes do quadro nas mesmas condições, dando cumprimento, assim, à Diretiva Europeia de combate à precariedade laboral. Sobre esta matéria, o Governo assumiu que adotará os mesmos procedimentos que vierem a ser adotados pelo Governo da República.
  • A regulamentação dos incentivos à fixação do pessoal docente, já previstos no ECD na RAA, em ilhas ou escolas que não conseguem fixar os docentes do quadro. Nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, Flores e Corvo, a enorme dificuldade em fixar os docentes do quadro é um problema recorrente. O Governo não aceitou a proposta do SPRA para que os critérios de aplicação destes incentivos ficassem já definidos no diploma em apreço, remetendo-os para posterior regulamentação.
  • O combate ao desgaste profissional dos docentes, nomeadamente antecipando as reduções da componente letiva por idade e antiguidade para os 45 anos e reduzindo o serviço que pode ser atribuído na componente não letiva de estabelecimento com alunos, que o SPRA considera ser de natureza letiva, por implicar promoção de aprendizagens.