sexta-feira, 4 de junho de 2010

Mais uma medida geradora de desigualdades

Os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.o ano de escolaridade têm este ano lectivo mais uma hipótese para concluir o ensino básico. Para isso é preciso que se autoproponham às provas nacionais de Português e de Matemática do final do 3.o ciclo, em Julho, e façam ainda os exames a nível de escola em todas as disciplinas do 9.o ano. Em caso de aproveitamento, transitam directamente para o 10.o ano, terminando assim o ensino básico, sem que para isso seja necessário passar pelo 9.o ano. A medida apanhou uma boa parte dos professores desprevenida, já que só ao longo das últimas semanas foram sendo informados pelas escolas das novas directivas, durante as reuniões gerais de preparação para os exames nacionais.

A ministra da Educação, Isabel Alçada, negou hoje que a possibilidade de os alunos, com mais de 15 anos, auto-proporem-se a exame do 9º ano e passarem para o 10º ano seja facilitismo. A medida, criada em Fevereiro, dá uma nova oportunidade de avaliação para os alunos com mais de 15 anos e que ficariam este ano retidos no 8º ano.
Notícia Público
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V — Certificação
80 — Ao aluno que obtiver aprovação na avaliação sumativa final do 3.º ciclo será atribuído, pelo respectivo órgão de administração e gestão, o diploma de ensino básico.
81 — Ao aluno que atingir a idade limite da escolaridade obrigatória e que tiver frequentado a escola com assiduidade, deverá, mediante requerimento do respectivo encarregado de educação ou do próprio aluno, quando maior, ser mandado passar, pela direcção do estabelecimento de ensino, um certificado de frequência do ano lectivo em que esteve matriculado, com indicação da sua conclusão, sempre que reúna os requisitos de passagem ao ano ou ciclo seguintes.
82 — O disposto no número anterior não impede que os alunos que tenham atingido a idade limite da escolaridade obrigatória, sem aprovação na avaliação final do 3.º ciclo, ou sem completarem o 9.º ano de escolaridade, se candidatem à obtenção do diploma de ensino básico, mediante a realização de exames nacionais de Língua Portuguesa, Português Língua Não Materna e de Matemática, e de exames de equivalência à frequência nas restantes disciplinas.
83 — Para efeitos profissionais, e sempre que solicitado pelo encarregado de educação, ou pelo aluno, quando maior, deve constar do certificado de ensino básico a classificação final do 3.º ciclo, expressa na escala de níveis de 1 a 5, em todas as disciplinas, e Não satisfaz, Satisfaz e Satisfaz bem, nas áreas curriculares não disciplinares.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Para ser feliz é preciso tempo com os pais e ter amigos

O que faz com que uma criança seja feliz? O assunto não preocupa apenas pais e é cada vez mais tema de discussão nos meios académicos, em organizações internacionais e até na política.
A criança tem direito a que os pais lhe digam que não, a que não mudem de ideias dependendo do dia da semana, a ter refeições e tempo para conversar com eles, a que os pais não estejam cansados quando chegam a casa, a ter amigos, e a que, pelo menos um, seja especial. A lista não consta dos 54 artigos da Convenção sobre os Direitos da Criança mas aqui estão, segundo especialistas contactados pelo P2, alguns ingredientes do que podia ser uma receita para uma criança feliz. Hoje é Dia Mundial da Criança.
Proliferam os livros sobre como melhor educar os filhos. Muitos futuros pais, ou pais actuais em países mais ricos, têm os seus quotidianos preenchidos por microdecisões como: pôr a criança numa ama ou numa creche? Em que escola colocar o filho? Como escolher o melhor pediatra? Que actividades extracurriculares? Quais os brinquedos/livros mais adequados para o seu desenvolvimento? "O mercado solicita e é fácil deixar-se ir na onda e esquecer o mais importante", constata a socióloga da Infância do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, Natália Fernandes. E o mais importante para o bem-estar da criança é?
O assunto não preocupa apenas pais. Tem interessado cada vez mais académicos, organizações internacionais e políticos. Mas o enfoque tem estado mais centrado no lado negativo, ou seja, na pobreza infantil e na forma como a privação material tem impacto na vida dos mais novos. Melhor dizendo, tem-se sobretudo estudado o que é que as crianças não podem deixar de ter: uma casa condigna, cuidados de saúde, uma boa alimentação, acesso à educação.
Nos últimos anos a perspectiva mudou e olha-se cada vez mais para o reverso da medalha. Preenchidas as necessidades mais básicas, o que concorre para fazer uma criança feliz? Como se mede essa felicidade? Num estudo da Unicef (de 2007) que pretendeu calcular o bem-estar de crianças e adolescentes em 21 países ricos foram avaliadas, num rol de 40 indicadores, questões como: a percentagem de miúdos que comem a refeição principal do dia com os pais várias vezes por semana, a percentagem de miúdos que dizem que os pais têm tempo para conversar com eles. E aqui aproximamo-nos do que Natália Fernandes chama "o mais importante": "Ter tempo."
Amélia Bastos, uma das autoras do estudo Um olhar sobre a pobreza infantil - Análise das condições de vida das crianças (2008), nota que existe "uma organização social" que não fomenta "o investimento neste tempo" - Portugal é um dos países onde os baixos rendimentos levam a que os dois progenitores tenham que estar no mercado de trabalho e onde "a protecção da maternidade ainda é pouco eficiente".
Já Natália Fernandes aponta para "uma tendência excessiva para a institucionalização dos tempos livres das crianças". A saber: no afã "de querer dar aos filhos acesso a tudo, retiram-lhes tempo para estar em casa com a família". Os estudos para medir o bem-estar infantil não perguntam quantos meninos têm Inglês, Piano, Equitação, "actividades que consomem tempo que podiam passar em família. Há crianças com um autêntico horário de trabalho", comenta. "Muitas saem de casa às 8h30 e só voltam entre as 19h e as 20h."
Disciplina dos pais
A alta-comissária da Saúde, Maria do Céu Machado, recorre à sua experiência como pediatra, nos últimos anos no Hospital Amadora-Sintra. À pergunta "quanto tempo por dia está com o seu filho?" a resposta era quase invariável: entre uma a uma hora e meia, o tempo de dar banho, de jantar e pôr a criança a dormir. E aqui radica "um elemento essencial para o desenvolvimento harmonioso da criança": "A disciplina da criança é também a dos pais." Para o bem-estar da criança defende ser essencial a firmeza dos pais na imposição de limites e para isso é preciso disponibilidade. Exemplo: uma criança de três anos mexe no controlo remoto da televisão à segunda-feira e os pais dizem-lhe que não pode fazê-lo, mais à frente na semana, porque estão demasiado cansados para dizerem que não, já o autorizam. Este comportamento "cria insegurança". Os pais devem dar ordens "com firmeza", permitindo que a criança perceba a justiça do que se está a mandar, "mostrando que se gosta dela". Quando se chega à adolescência, mais importante se torna o dizer que não, defende a pediatra. "Na adolescência é fundamental eles precisarem de pedir 200 vezes para os pais dizerem que sim uma vez. É importante que seja assim."
Para pais que durante a leitura do texto fizeram um mea culpa saibam que, na perspectiva dos mais novos, Portugal é dos países desenvolvidos onde a relação com a família e os pares sai mais bem vista. Embora saia mal colocado no estudo da Unicef - é o quinto pior e à cabeça estão o Reino Unido e os Estados Unidos -, visto à lupa o relatório dá uma boa imagem da dimensão familiar portuguesa.
Um amigo "especial"
O que arrasta Portugal para o fundo da tabela são os maus números da pobreza infantil e do insucesso escolar. Mas "as relações com a família e amigos são pontos positivos na felicidade dos mais novos", constata a socióloga da Infância Natália Fernandes, um dado que "é recorrente. É uma especificidade portuguesa" em vários estudos.
Mas nem só da família vive uma criança. Estes estudos têm estado cada vez mais interessados na opinião dos próprios sobre o seu bem-estar. Num inquérito de 2008, feito junto de miúdos entre os 10 aos 16 anos, estes valorizam, além da família, os amigos, dando muita importância ao ter "um amigo especial", sublinha Margarida Gaspar de Matos, psicóloga da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. "Uma criança sem amigos é uma criança em risco. Ter um melhor amigo é um factor de protecção contra a tristeza e contra o envolvimento em violência, quer como vítima quer como agressor."
Curioso é verificar que, questionados os pais sobre a mesma questão, a importância dada aos amigos dos filhos é menor. "Até podem achar que os amigos são a fonte de todo o mal. Os amigos são mais importantes do que os pais julgam."
Talvez porque a escola é o sítio onde se arranjam amigos, os mais novos gostam muito de lá estar, nota Margarida Gaspar de Matos, sobretudo "dos recreios, das actividades extracurriculares e de algumas aulas especiais. Gostam da escola mas não das aulas. Há aqui um desequilíbrio". Ainda assim, comparando miúdos das mesmas idades que frequentam o ensino com outros que já não vão à escola, é notório que os primeiros têm graus de satisfação e bem-estar maiores. "A escola é importante para o desenvolvimento pessoal. A escola é mais do que as aulas."
No mesmo inquérito constata-se que para os mais novos a questão financeira dos pais não é tão importante como é para os próprios pais. Mas a directora executiva da Unicef em Portugal, Madalena Marçal Grilo, não tem dúvidas de que "a crise económica veio agravar a vida das crianças". É sabido que "quando há situações de instabilidade e insegurança laborais isso reflecte-se nos pais e na sua menor disponibilidade para dar atenção aos filhos".
Os efeitos da recente crise económica internacional ainda estão por medir. A norte-americana Foundation for Child Development publicou no ano passado um relatório sobre a antecipação dos impactos da recessão 2008-2010 sobre o bem-estar da criança. Os mais óbvios são o aumento do desemprego e a descida de rendimentos do agregado familiar, mas também a tensão familiar do impacto financeiro conduz a maiores taxas de divórcio, maiores taxas de abandono escolar e mais obesidade infantil, isto porque os pais compram mais comida fast food porque é mais barata do que a saudável.
Catarina Gomes - Jornal Público

Concordo e Subscrevo

Estas medidas de redução da rede escolar levantam-me as mais sérias dúvidas a vários níveis, desde a falta de coragem em assumir uma política que não seja cega e ditada apenas por números a questões de ordem pedagógica, passando principalmente pelo impacto na vida das crianças e famílias.
Esta é uma medida – repito – cega e seria bom que as autarquias que afinal se diz terem a tutela do 1º CEB se pronunciassem e erguessem contra a pressão totalitária (neste caso adequa-se) do Estado Central.
Mas desde que lhes arranjem dinheirinho, as autarquias calam-se e fazem apenas a coreografia do protesto.
Acenar com estatísticas de maior insucesso em escolas pequenas é uma enorme falácia. Basta um par de classificações negativas numa escola com 15 alunos para se terem valores indesejáveis, esquecendo-se muitas vezes que esse insucesso resulta da falta de meios e não da dimensão da escola. Dirão que numa escola maior disporiam desses meios mas isso é falso pois ter 2 ou 3 pessoas para mais de 1000 alunos é tão mau como quase não ter ninguém. Só que aquelas duas negativas se diluem no mar.
E depois há para mim a pior das hipocrisias que é ter gente tida como especialista a brandir com os traumas da passagem de uma escola “pequena” do 1º CEB (na minha freguesia tem 350 alunos) para uma escola “grande” (as EB 2/3 andam pelos 600-800 alunos) quando propõem que aos 6 anos a miudagem seja arrancada das suas aldeias para serem levadas para a sede do concelho a dezenas de quilómetros de distância quase à moda do século XIX.
Porque o que estamos a ter, excepto as caminhadas a pé, é mesmo um retrocesso para mais de cem anos atrás. Só que então a rede escolar estava em expansão e agora está em brutal retracção.
Ontem um comentador deixava aqui o reparo que é melhor assim porque depois não se encontram nos 2º e 3º CEB as turmas de alunos das “aldeias”, como se fossem quase guetos (sei o que isso é, passei por uma quase assim, formada só por pessoal dos arrabaldes) nas escolas. Será melhor que essas turmas existam desde o 1º CEB quando as crianças ainda estão pior preparadas para resistir a essa pressão? Ou acham que não vai ser assim?
Acham que depois de fazerem 20 ou 30 quilómetros aos tombos chegam à “nova” escola nas mesmas condições daqueles que vivem a poucos minutos a pé dessa mesma escola?
Não percebem que estão a colocar estes miúdos numa situação de desigualdade de oportunidades desde que saem de casa?
Com menos uma hora de sono em tantos casos e ao chegarem a casa outra hora mais tarde?
Estão a gozar com quem ao dizer que isto é uma melhoria?
(claro que podem encobrir isso com a teoria dos coitadinhos, há que passá-los, coitadinhos…)
Mais que tudo, este é o tipo de decisão política – racionalizadora, cega, falsamente fundamentada, totalitária – que me revolta. Que seja defendida pela ministra do sorriso e do aparente sentimento sincero pelas criancinhas ainda me revolta mais porque demonstra até que ponto se tornou um mero rosto falante depois do acordo com os sindicatos.
Este é o maior atentado – não estou a hiperbolizar – contra a Educação actualmente em decurso entre nós. Afinal o salazarismo era mais descentralizador ou desconcentrador… ou qualquer coisa.
Se o modelo de gestão foi um atentado à democracia nas escolas, esta vaga de fecho de escolas e criação de mega-agrupamentos é um atentado à Democracia.
Ao menos há 150 anos apareceu um Conde de Ferreira a pagar a abertura de escolas e boa parte do seu equipamento, no que foi o maior ímpeto de alargamento da rede escolar primária no Portugal de Oitocentos.
Não há agora nenhum verdadeiro filantropo que assuma parcerias com o Estado para manter parte destas escolas abertas?
Ou só temos direito a um Modelo, Pingo Doce, Intermarché ou Lidl em cada freguesia?

Encerrar

O Governo prepara-se para fechar até Setembro 500 escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos e outras 400 nos próximos anos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Educação Especial e o uso da CIF

"O uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde em educação causa mais danos aos alunos com Necessidades Educativas Especiais do que lhes traz benefícios", esta é a conclusão do primeiro estudo sobre a matéria.
"A Educação Especial é uma das áreas mais negligenciadas do sistema educativo português." A crítica vem de Luís de Miranda Correia, investigador da Universidade do Minho, autor de Modelo de Atendimento à Diversidade (1995) e um dos maiores especialistas portugueses nesta matéria.

Governo vai fechar meio milhar de escolas até final do ano lectivo

Hoje, em Conselho de Ministros, foi aprovada uma resolução que prevê que todas as escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos serão encerradas. Durante o encontro com os jornalistas enquanto decorria a reunião do Governo, o secretário de Estado João Trocado da Mata indicou que actualmente existem 3200 escolas do 1.º ciclo. Durante a tarde, o Ministério da Educação questionado pelo PÚBLICO rectificou esta informação - existem 5250 escolas do 1.º ciclo. Destas 600 têm menos de 20 alunos; existem ainda 400 escolas com menos de dez alunos que tiveram autorização de funcionamento por mais um ano, mas que poderão funcionar por mais tempo, acrescentou o governante. É deste universo de mil escolas que a tutela pretende encerrar cerca de 500, mas só no próximo dia 15 é que se saberão os números definitivos.
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MEGA-AGRUPAMENTOS
A resolução hoje aprovada prevê ainda a criação de agrupamentos de escola verticais cuja unidade de gestão será uma escola secundária, o que significa que serão criados agrupamentos que reúnam pré-escolar ao ensino secundário, numa lógica de adequar à escolaridade obrigatória que se estende aos 12 anos de ensino ou 18 anos de idade. Os novos agrupamentos poderão ter, no máximo, três mil alunos. Esta medida é para ser aplicada nos próximos quatro anos, sempre negociada com as autarquias, acrescenta Trocado da Mata.

Bom "Dia Mundial da Criança"










Palavras-chave: Criança; Matemática.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dia Mundial sem Tabaco 2010 - 31 de Maio



Para uma vida sem fumo


Dê o primeiro passo para uma vida sem fumo!

E a solução é...

Especialistas em Direito Administrativo têm sustentado que "em princípio não é admissível" alterar as regras de um concurso público depois da sua conclusão e que tal só poderá ser feito se o procedimento for anulado. O aviso de abertura do concurso para contratados remetia para um decreto-lei, publicado no ano passado, onde se estabeleceu, pela primeira vez, que os efeitos da avaliação de desempenho docente contariam para efeitos de ordenação dos candidatos.
Quando os candidatos concorreram, em Abril, a aplicação informática disponível exigia a introdução dos elementos respeitantes à avaliação. Estes itens só foram retirados a 7 de Maio, já depois de concluída a chamada fase de aperfeiçoamento do concurso, onde deveriam ser corrigidas ou acrescentadas as informações introduzidas inicialmente.
Apesar de já se encontrar em vigor, a norma que estipula a ponderação da avaliação na ordenação dos candidatos não foi seguida no concurso nacional realizado no ano passado. Para o efeito foi aprovada uma disposição transitória adiando a sua aplicação. Isabel Alçada tem insistido que esta é uma disposição que passará a contar em todos os concursos.
O provedor da Justiça comunicou ao Ministério da Educação que a sua aplicação no actual concurso para contratados "poderá importar tratamento desigual injustiçado".
Notícia Público
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O Ministério da Educação vai recorrer da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja, que mantém uma providência cautelar sobre o concurso de professores, alegando ser "ilegal" e "atentatória dos interesses" dos docentes, "penalizando os avaliados".
Em comunicado, a tutela refere que "vai recorrer da decisão proferida pelo TAF de Beja por a considerar "ilegal e atentatória dos interesses dos professores, penalizando aqueles que foram avaliados".
"Foi também esse o entendimento" do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, adianta a nota.
Notícia DN

Proposta do Conslho de Escolas

Projecto do órgão consultivo do Governo deve ser entregue à ministra da Educação até final do ano lectivo.
O Conselho de Escolas vai propor à ministra da Educação a reorganização dos ciclos de ensino em três ciclos de quatro anos cada. O projecto vai ser debatido hoje, segunda-feira, no plenário do órgão consultivo do ME, e Álvaro Almeida dos Santos conta com a sua aprovação.
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COMENTÁRIO
Denominar um 1ºciclo do secundário de "secundário inferior" não lembra nem ao diabo!!!
E se, na configuração actual, todos afirmam não existir articulação a montante e a jusante do 2º ciclo, como será no futuro essa articulação entre o actual 1º ciclo do ensino básico e o "secundário inferior"?
À partida não concordo com esta proposta, mas aguardo a sua divulgação para a ler e perceber na sua totalidade.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Você sabia?

«Quando soube que Moura Guedes deixaria de apresentar o Jornal Nacional e da decisão de suspensão do Jornal Nacional? Como obteve essas informações e quem lhas transmitiu?» – questionaram o PCP e o PSD. «Tomei conhecimento disso quando tais factos foram divulgados nos meios de comunicação social» – respondeu o primeiro-ministro.
SOL - 28/05/2010

Tribunal mantém suspensão da avaliação docente nos concursos

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja decidiu manter a suspensão dos efeitos da avaliação no concurso para professores contratados, que decorreu entre Abril e o princípio deste mês.
Na sentença, o Tribunal admitia que o facto de o modelo de avaliação de desempenho ter sido aplicado de forma diferente pelas escolas pode pôr em causa os princípios constitucionais da igualdade e “liberdade de escolha de profissão e acesso à função pública”. Na sentença acrescenta-se que estes princípios poderão ter sido postos em causa, nomeadamente pelo facto de muitas escolas terem recorrido, para a avaliação, a uma aplicação informática que procedeu a arredondamentos e transformou, assim, Bons em Muito Bons e Muito Bons ou Excelentes. O Muito Bom garante uma majoração de um ponto e o Excelente de dois pontos. Na prática, um docente com este benefício pode ultrapassar 500 candidatos na lista de ordenação.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O cão do Sr. Jeitoso

Depois de ver Pedro Passos Coelho a dar a mão ao Governo ou, se preferirem, a José Sócrates, por duas vezes consecutivas, resolvi pegar na matéria mas numa perspectiva mais parabólica, ou seja em jeito de parábola.
Corria a época de caça, do ano de 1951.
Pela Serra do Soajo, pela Serra Amarela e pelo Lindoso, grupos de caçadores iam batendo terreno, com os latidos dos cães como música de fundo, aqui e além intervalados pelo som dos disparos secos e brutos das espingardas.
Na Freguesia de Paradamonte, uma casa de encosta, com vista sobranceira ao Rio Lima, destacava-se da paisagem não pela sua beleza – por tão singela e humilde que era – mas pelo facto de que era a única naquela encosta. Tratava-se da casa do Sr. Jeitoso – alcunha e não apelido.
O Sr. Jeitoso, era homem de trabalho, vagando na caça quando podia. Já o seu cão, um belo perdigueiro de pêlo castanho claro e de cauda curta, fazia da caça um verdadeiro mister. Sempre que o seu dono dispensava os seus serviços, lá ia ele ter com um grupo de caçadores, seleccionando um para servir.
Acontece que o cão do Sr. Jeitoso, era um cão de caça com brio e personalidade, tornando-o conhecido na região e dos caçadores frequentes. Ele começava por escolher um caçador para acompanhar, mas se este falhasse dois ou três tiros consecutivos, deixava-o e ia ter com quem tivesse melhor pontaria. Ou seja não servia um caçador que não lhe desse caça para buscar ou para quem valesse a pena apontar qualquer coelho ou lebre. Três tiros falhados era o limite da sua tolerância. Tal abandono, era sempre alvo de comentários entre caçadores, e cada um destes cuidava de não fazer má figura à luz da exigência do canídeo.
Desde miúdo que me habituei a ouvir esta história do cão do Sr. Jeitoso, contada pelo meu pai que, a cada ano que passa, naturalmente, redobra no tom saudosista em que (re)conta. E sempre fico a pensar: se ao menos o povo luso fosse mais como o cão do Sr. Jeitoso, haveria muita gente que após dois ou três “tiros falhados”, ficaria sem quem a acompanhasse, abandonada à sua sorte. E serviria de exemplo para os demais.
J. Mário Teixeira
Opinião Pública

Congelamento de novos auxiliares pode bloquear escolas

Autarquias e sindicato avisam que se escolas forem impedidas de recrutar pessoal não docente, situação será "muito difícil".
Se os congelamentos de entradas na função pública forem extensíveis aos funcionários das escolas, estas "passarão por uma situação muito difícil" que "afectará o funcionamento das cantinas, levará a mais problemas com os alunos e vai prejudicar a assistência dada aos próprios professores".
As autarquias são responsáveis pela totalidade do pessoal não docente das escolas públicas do pré-escolar e do 1.º ciclo. As que já assinaram contratos de transferência de competências com o Ministério da Educação - mais de uma centena - respondem ainda pelos funcionários até ao 9.º ano. Para ambos os casos, diz a ANMP, "devem ser encontradas soluções, e sem dois pesos e duas medidas".

Licença sem vencimento

Está disponível na página electrónica da DGRHE a aplicação para pedido de licença sem vencimento.
Aplicação electrónica para pedidos de licença sem vencimento - 26/05/2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Opiniões - Daniel Sampaio

Pública 23/05/2010

Opiniões - Santana Castilho

Público 26/05/2010

Avaliação do Desempenho e Formação Contínua

Colocada a dúvida sobre o que iria acontecer aos docentes que não fizeram formação contínua pelo facto de não haver formação financiada.
O secretário de estado deu a seguinte resposta:
“Os professores não serão penalizados seja na sua avaliação do desempenho seja na progressão na carreira pelo facto de não terem tido acesso a formação financiada.”

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Magalhães é uma necessidade!

Os computadores Magalhães vão ser distribuídos a todos os alunos do primeiro e do segundo ano de escolaridade no início do próximo ano lectivo, garantiu hoje em Faro, Algarve, a ministra da Educação, Isabel Alçada.
"Vamos eventualmente distribuir ainda alguns computadores Magalhães neste ano lectivo, mas certamente no princípio do próximo ano lectivo todos os meninos do primeiro ano de escolaridade e todos os meninos do segundo ano de escolaridade vão ter o seu Magalhães".
Isabel Alçada acrescentou que as medidas de austeridade que estão a ser aplicadas pelo Governo vão obrigar a uma gestão que corresponda "a necessidades, sem supérfluo, mas sempre na ideia de que educar é uma prioridade nacional".

Inquérito aos professores do 1º CEB

O GEPE está a lançar o Inquérito aos professores do 1.º ciclo do ensino básico com vista a auscultar o conhecimento sobre o programa e.Escolinha. Este inquérito, disponível através da área do e.Escolinha do Portal das Escolas (https://www.portaldasescolas.pt\) deverá ser preenchido por todos os professores que leccionem no 1.º ciclo do ensino básico.
A resposta ao Inquérito não demora mais do que 5 minutos e deverá ocorrer no prazo máximo de dez dias úteis.
ORIENTAÇÕES:
Através do acesso à Internet, o professor poderá aceder e responder ao referido questionário, a partir da área do e.Escolinha no Portal das Escolas: https://www.portaldasescolas.pt Para o efeito deverá usar os seus dados de autenticação (utilizador/palavra-chave) ou, caso ainda não tenha essa informação, proceder ao registo no Portal das Escolas.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

"Produzimos como pobres e consumimos como riscos"

O homem que descodifica aos portugueses as suas dúvidas sobre a economia está pessimista quanto ao futuro de um País onde as famílias, o Estado e os clubes de futebol vivem acima das suas possibilidades. Camilo Lourenço afirma que é preciso recuperar a cultura de poupança, hábito social perdido há 2 gerações, a partir dos bancos das escolas.
Sobre o sistema de ensino, o jornalista aponta que lhe falta «rigor, seriedade e adaptação à realidade empresarial» e lamenta que os melhores talentos que saem das faculdades estejam a abandonar-nos.
Entrevista completa aqui

Opiniões - João Ruivo

A escola, tal como a conhecemos hoje, é uma complexa comunidade educativa, com escassa autonomia nas dimensões curricular, pedagógica, administrativa e financeira, apesar do constante envolvimento da comunidade escolar e local.
Nesse espaço de diversificadas experiências, é nos planos de estudos, nos programas e nos manuais (aquilo a que convencionamos designar por currículo formal) que teremos que focar a nossa atenção, se quisermos perceber o que ocorre quanto à formação da profissionalidade dos docentes e, por razões acrescidas, quanto aos resultados educativos e escolares dos alunos.
Como sabemos, a estrutura curricular provoca repercussões e marcas decisivas nos modos de aprender dos alunos e nas formas de agir e de pensar do professor, não só enquanto pessoa, mas também enquanto profissional.
Por isso, os sinais (os bons e os maus…) que a escola deixa na personalidade de base dos alunos e no exercício das competências profissionais dos docentes, todos eles são traçados pela estrutura curricular, entendida esta, em sentido lato.
Desde logo, a organização “nacional” dos currículos em Portugal obriga a que maioria das decisões do docente se reduza à aplicação de objectivos traçados pela administração central (ME). Tal facto “massifica” e “normaliza” a acção do docente, repercute-se decisivamente no trabalho do aluno e também na formação (modelagem) permanente do professor.
Consoante as opções que se adoptam, quer no que respeita à selecção dos objectivos que se colocam aos alunos, quer quanto à escolha de métodos, de técnicas, de recursos e de materiais, assim será o grau e o tipo das interacções que se estabelecem entre professores, alunos, pais e a comunidade.
Sempre que a autonomia é centralmente cerceada e o currículo imposto, sempre que se condiciona o ensino e a aprendizagem aos resultados esperados em exames de tipo standard, ou de provas sumativas a nível nacional, na escola surgem sintomas de estagnação e de criação de rotinas obsoletas, inimigas do desenvolvimento de educadores e aprendentes.
Inversamente, quando o exercício responsável da autonomia permite a adequação dos currículos às necessidades e aos meios da comunidade escolar, essas escolhas promovem o desenvolvimento profissional dos professores e o crescimento pessoal dos alunos, já que o exercício dessa autonomia proporciona o envolvimento de todos em processos de indagação, de pesquisa, de organização de documentos e de materiais, bem como a constante procura de informação e de formação.
Falamos de atitudes que capacitam os intervenientes no processo educativo para uma reflexão crítica sobre os complexos actos de ensinar e de aprender e para a progressiva mudança, sem desnecessárias rupturas, do sistema de ensino.
Numa proposta conceptual simples poderíamos dizer que as diferentes abordagens do currículo determinam o uso de certos estilos de ensino, os quais, por sua vez, condicionam os processos de aprendizagem dos alunos.
E é aqui que se faz toda a diferença: o “tamanho” do currículo não conta, isto é, não deve ser considerado como a principal característica que condiciona o sucesso do professor e dos alunos. Mais que a sua extensão, é a forma de abordagem pluridimensional que pressagia resultados sólidos e duradouros.
Por outras palavras: sempre e quando cederem aos educadores a responsabilidade do exercício da sua profissionalidade na gestão autónoma dos currículos, o ensino revela-se mais eficaz, a aprendizagem melhora e a escola avança.
A autonomia de gestão curricular convive bem com a autonomia de gestão escolar e com a promoção da autonomia solidária do aluno. Solidária com os princípios da cidadania e com os valores democráticos de partilha e de entreajuda, os quais promovem a equidade social e o bem-estar de povos e de nações.
João Ruivo

Concurso: Ensino Português no Estrangeiro

Procedimento concursal para constituição de uma reserva de recrutamento de pessoal docente do ensino português no estrangeiro - Ano lectivo 2010/2011 e 2011.
Aviso: matriz e bibliografia das provas de conhecimentos:
Candidatos ao cargo de leitor:
Matriz da prova de conhecimentos.
Bibliografia da prova de conhecimentos.
Candidatos ao cargo de professor dos níveis da educação pré-escolar, do ensino básico (1º, 2º e 3º ciclos) e do ensino secundário:
Matriz da prova de conhecimentos.
Bibliografia da prova de conhecimentos.
Data da prova de conhecimentos para os candidatos ao cargo de leitor: 21 de Junho de 2010.
Data da prova de conhecimentos para os candidatos ao cargo de professor dos níveis da educação pré-escolar, do ensino básico (1º, 2º e 3º ciclos) e do ensino secundário: 22 de Junho de 2010.
A hora e os locais de realização das provas serão oportunamente divulgados.
(o período para audiência dos interessados decorre de 12 a 25 de Maio. Utilize o seu número de inscrição e palavra-chave para aceder ao formulário electrónico.)
Inscrição obrigatória - 14/04/2010
→ Formulários de candidatura: Professor e Leitor - 14/04/2010
Manual de Instruções da Candidatura - 14/04/2010
Perguntas frequentes - 15/04/2010 (actualizado a 26/04/2010)
DOCUMENTAÇÃO DE SUPORTE AO CONCURSO
Aviso 7421-A /2010, de 13 de Abril de 2010 - 13/04/2010
Rectificação aos anexos I e II do Aviso 7421/2010, de 13 de Abril de 2010 - 15/04/2010
Decreto-Lei n.º 165-A/2009, de 28 de Julho
Decreto-Lei n.º 165-C/2009, de 28 de Julho
Toda a Informação aqui e aqui - Instituto Camões

Levantar é difícil para todos...

Opinião - O princípio do fim do eduquês?

Público 23/05/2010