São professores e foram agredidos por alunos ou familiares deles dentro do lugar onde só se devia ensinar e aprender e a crise pode potenciar novas agressões.
Blogue de Informação e Recolha de Opiniões para Educadores e Professores. Notícias sobre Educação, Legislação e Política Educativa.
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Nós, funcionários públicos, não somos lixo!
A escalada da guerra ao funcionário público continua e intensifica-se.
Os patéticos argumentos com que a justificam (?) não conseguem esconder a clara e simples verdade: o Governo espreme-nos, espolia-nos e esmaga-nos porque estamos “mais à mão”, porque é mais fácil e rápido, porque nos considera gasto e não recurso, porque não temos para onde ir, porque, se morrermos, tanto melhor – poupa em salários sem aumentar a despesa da segurança social. Trata-nos como os inúteis descartáveis que acha que somos. Uma verba avultada do lado da despesa, a reduzir a todo o custo. A continuar assim, talvez não venha longe a escravatura e um dia, quem sabe, o extermínio. Só se não encontrarem alternativa, é claro.Não se trata apenas de uma injustiça, em relação a outros trabalhadores – quem quer saber de justiça em tempos de défice?
Não se trata apenas de uma vergonha – os políticos que nos desgovernam há muito que a perderam.
Não se trata apenas de uma inconstitucionalidade – a pobre da Constituição já é pouco mais do que um papel.
Trata-se, simplesmente, de uma guerra em que vale tudo – até o desemprego, a fome e a miséria como instrumentos para o “reequilíbrio das contas públicas”.Ironicamente, da esquerda à direita ninguém parece acreditar no sucesso da terapia. Os economistas de serviço aos media dividem-se em quatro grupos: os que acham que a crise não irá, possivelmente, ser vencida assim e os que substituem este advérbio por previsivelmente, provavelmente ou seguramente. Ou seja: ninguém, em seu juízo perfeito, acredita que o paciente sobreviva à cura.
Feitas as contas, parece que os funcionários públicos com uma remuneração superior a 1500 euros verão confiscado, nos próximos dois anos, um montante equivalente a cerca de 20% da sua remuneração anual bruta, resultante da redução salarial média de 5%, acrescida de mais 15% de redução correspondente à perda integral dos subsídios de férias e de Natal. Os “afortunados” que recebem menos de 1500 euros“só” perderão cerca de 13%.
Eu não sou lixo. Nós, funcionários públicos, não somos lixo. Temos de manifestar de forma adequada a nossa indignação e a nossa revolta.
A minha sugestão é simples: tiram-nos 20% do salário? Pois reduzamos em percentagem semelhante trabalho que prestamos, no exercício do direito de resistência passiva e pacífica.
Mas não estou a dizer que os médicos cortem nas consultas nos hospitais, que os juízes adiem julgamentos, que os professores não dêem aulas ou que os polícias confraternizem com os delinquentes. Isso apenas prejudicaria os nossos concidadãos,que veriam somar-se um novo sofrimento àqueles que um estado sem princípios nem escrúpulos já lhes impõe.
Em todas as nossas actividades consumimos uma boa parte do nosso tempo de trabalho com tarefas marginais em relação ao núcleo das nossas funções, tarefas de utilidade duvidosa quando não, mesmo, de inutilidade certa. Pois bem: não elaboremos mais um relatório, não preenchamos mais qualquer, formulário, verbete, boletim ou mapa, não respondamos a mais inquéritos, numa palavra, cessemos toda a actividade burocrática não essencial à vida dos cidadãos para quem trabalhamos.
Manifestaremos assim a nossa indignação e a nossa revolta de uma forma positiva: é que o mais certo é aquilo que deixarmos de fazer não ser minimamente importante para ninguém.
Se assim for, teremos contribuído para a reforma do estado.
João Caupers, Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa
Constitucionalista Bacelar Gouveia diz que suspensão dos subsídios de Natal e de férias é inconstitucional
O constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia disse hoje à agência Lusa, no Porto, que a suspensão dos subsídios de Natal e de férias é "inconstitucional", porque atinge apenas uma parte da população ativa.
"A suspensão dos subsídios de Natal e de férias é obviamente inconstitucional, porque atinge apenas uma parte daqueles que deveriam suportar esse encargo nacional. A culpa não é dos funcionários públicos", afirmou Bacelar Gouveia à Lusa, à margem de uma conferência na Universidade Lusíada sobre "A centralidade do direito constitucional".
Bacelar Gouveia acusou também o Governo de querer aplicar de forma "cega" um "imposto disfarçado", ao não distinguir entre bons e maus trabalhadores, com a agravante de usar um argumento não compreensível e contraditório de que a função pública ganha mais do que a privada.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Leituras
O Espelho do Perito
Inquéritos internacionais, conhecimento e política em educação - O caso do PISA, editado pela Fundação Manuel Leão
O livro faz uma análise ao PISA como um instrumento, baseado e gerador de conhecimento, que apoia e participa no labor de coordenação da ação e da política pública no domínio da educação, de forma a contribuir para a compreensão das atuais relações entre conhecimento e política, na área da educação.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
E porquê só agora e apenas na Bolsa de Recrutamento - BR2?
O PSD e o CDS apresentaram na Comissão de Educação o Projecto de Resolução 115/XII, que recomenda ao Governo a realização de uma auditoria ao concurso de colocação de docentes da Bolsa de Recrutamento n.º 2.
...
"Face ao exposto, os deputados abaixo assinados
apresentam o seguinte Projecto de Resolução, para que nos termos da alínea b)
do Artigo 156º da Constituição e da línea b) do nº 1 do artigo 4º do Regimento,
a Assembleia da República recomenda ao Governo que:
Solicite à Inspecção Geral de Educação a realização de uma auditoria ao processo de colocação de docentes através do mecanismo da Bolsa de Recrutamento nº 2."
Solicite à Inspecção Geral de Educação a realização de uma auditoria ao processo de colocação de docentes através do mecanismo da Bolsa de Recrutamento nº 2."
Ver Projeto de Resolução
Esta semana, na Bolsa de Recrutamento - BR8, assistimos mais uma vez à transformação pela DGRHE de vagas anuais em temporárias, pelo menos em mais um caso que já comprovamos numa vaga por mobilidade de uma docente em destacamento por condições específicas, vaga que será para todo o ano letivo e que aparece com duração de 30 dias, impedindo que docentes, que apenas concorreram a vagas anuais, sejam colocados e se vejam ultrapassados por colegas muito menos graduados.
Qual a justificação legal para que uma vaga que comprovadamente terminará a 31 de agosto apareça com a duração de 30 dias?
Mandem realizar uma auditoria completa senhores deputados, mas a todos os procedimentos de colocação de docentes nas Bolsas de Recrutamento!
"21 especiais" em destaque
Marques Mendes elogia agentes de um projeto “notável”
Ler no Jornal O Povo Famalicense (pag.7 pdf)
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Contratação de Psicólogos
Subsídio de Natal do pessoal contratado
Informação do Gabinete de Gestão Financeira sobre o Subsídio de Natal do pessoal contratado e sobre a aplicação da sobretaxa extraordinária.
Ação Social Escolar 2011/2012
Republicação do Despacho n.º 12284/2011 sobre as medidas de ação social escolar para o ano lectivo de 2011-2012.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Empobrecimento educativo!
A afirmação do actual ministro da Educação de que o "princípio geral" que presidirá à "sua" reforma curricular do ensino básico e secundário é o de que "é necessário concentrar nas disciplinas essenciais" constitui todo um programa ideológico.
Deixando de lado o obsessão de todo o bicho-careta que chega a ministro da Educação em Portugal em "reformar" mais uma vez os curricula escolares, tornando o ensino num laboratório de experiências educativas e os alunos em cobaias que se usam e deitam fora na próxima "reforma", tudo com os resultados que se conhecem, a opção por um ensino público limitado a "disciplinas essenciais" segue fielmente a rota ideológica do "saber ler, escrever e contar" de Salazar.
Falta apurar o que o ministro entenderá por "essencial", mas outras medidas que tem tomado, como triplicar o valor dos cortes na Educação pública previsto no acordo com a "troika" enquanto financiava generosamente os colégios privados, levam a crer que o programa de empobrecimento anunciado por Passos Coelho é mais vasto do que parece. E que, além do empobrecimento económico das classes médias e mais desfavorecidas, está simultaneamente em curso o seu empobrecimento educativo.
Para a imensa maioria que não tem meios para pôr os filhos em colégios privados (que, no entanto, financia com os seus impostos), o "essencial" basta. Mão-de-obra menos instruída é mão-de-obra mais barata. E menos problemática.
Manuel António Pina
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Opinião - Bárbara Wong
«Não é fácil aos jornalistas "entrar" na educação. Não são só os índices remuneratórios, é toda a linguagem das escolas que nós aprendemos e que os outros jornalistas desconhecem: das siglas (CEF, NEE, DT...) aos palavrões da pedagogia. E quando tentamos sair da 5 de Outubro ou da 24 de Julho, esbarramos com escolas fechadas, com directores que dizem que não têm autorização para falar, que são rudes ao telefone, que se escondem atrás de legislação; de professores que têm medo dos directores...
E vai ser pior, afiançam os docentes sentados na plateia.
Vai ser pior...
Pode ser que sim. Cabe-nos a nós, jornalistas, lutar contra isso, continuar a insistir com as escolas, com os professores. Cabe aos professores ter coragem e lembrarem-se que vivemos em democracia.»
BW
Texto completo Educar em Português
Bolsa de Recrutamento
Disponível das 10h00 de segunda-feira, dia 31, até às 18h00 de segunda-feira dia 7
A entrevista
Uma entrevista amplamente divulgada e como chamada de 1ª página uma grande reforma é anunciada;
domingo, 30 de outubro de 2011
Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama
Um abraço solidário a todas as mulheres que sofreram e sofrem de cancro da mama.
"Se for detectado precocemente o cancro da mama tem tratamento rápido e eficaz, e na grande parte dos casos a cura é definitiva" por isso a prevenção é extremamente importante!
sábado, 29 de outubro de 2011
Porquê, há dúvidas?!
Neste início de ano lectivo, no meu papel de mãe, participei na reunião geral de pais no âmbito da abertura do período escolar, no colégio no qual estuda a minha filha, em Lisboa, superiormente dirigido por uma Directora (Freira de uma Ordem Religiosa), uma personalidade notável.
Até aqui, nada de novo, pensarão aqueles que gentilmente lêem esta crónica, muitos dos quais terão certamente tido o mesmo compromisso de agenda recentemente. O que tem isto a ver com protocolo e etiqueta? Bem, talvez não directamente, tem a ver é com respeito nas relações em sociedade.
Começou esta Directora por “falar aos Pais”… E todos nós, pais, deveríamos, no mínimo, ter ficado embaraçados por ouvir verdades tão irrefutáveis e que aqui me permito partilhar, para reflexão de quem assim entender.
Este colégio, tal como milhões de outros estabelecimentos de ensino, localiza-se numa zona nevrálgica da cidade pelo que, necessariamente, o momento de largar e buscar as crianças deve ser breve e sem causar impedimentos aos demais condutores ou, pior ainda, sem provocar engarrafamentos. Todos nós sabemos, contudo, que às respectivas horas de entrada e saída das escolas, o trânsito fica caótico. Isto, porque cada família pensa em si própria, revelando total desrespeito pelas demais e - igualmente mau -, dando péssimo exemplo aos mais jovens (primeiro nós, os outros que esperem…).
Também com muita frequência os horários não são cumpridos, provocando interrupções nas actividades e deixando nos jovens a noção de que chegar tarde “é normal” e “não tem importância nenhuma”, comportamento que depois prolongam ao longo da sua vida profissional e que é revelador de desrespeito pelo tempo e pelas actividades dos demais.
Depois, existem aqueles pais que comunicam (ou emitem ruídos…) de forma rude, por vezes até agressiva, autoritária, ao se dirigirem aos profissionais da instituição (desta ou de qualquer outra!), dando ordens e fazendo exigências, “porque pagam”, “porque são”, “porque têm”, cometendo não só a falta de respeito para com os outros como, e uma vez mais, dando um deplorável exemplo aos filhos, que acabam por se achar no “direito” de assumir as mesmas atitudes e tons que observam nos pais o que, a juntar aos ímpetos da adolescência, por vezes se transforma em comportamentos absolutamente desadequados e nocivos. Uma vez mais, a falta de respeito, neste caso pelos mais velhos e por aqueles que social ou profissionalmente, naquela circunstância, ocupam um estatuto superior.
Fiquei a pensar que razões levarão as pessoas a serem mal-educadas tantas vezes, desrespeitadoras tão frequentemente, desprovidas de boas maneiras quase sempre… Não encontro argumentos sólidos. O dia-a-dia de todos nós é actualmente muito difícil – às vezes até penoso – e estas atitudes só tornam tudo muito pior ainda!
Ah, faltava-me dizer, que enquanto a reunião decorria, no amplo auditório tocaram vários telemóveis, muitos dos presentes enviavam sms’s e outros navegavam nos seus iPads… Pensemos duas vezes antes de nos queixarmos dos nossos jovens…
Cristina Marques Fernandes
Vale a pena escutar e divulgar
Destruído o argumento da inevitabilidade dos cortes nos subsídios dos funcionários públicos
A não perder o vídeo no blogue do Octávio V. Gonçalves
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