segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Desistência Total ou Parcial - Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento



Disponível de dia 06 até às 18:00 horas de Portugal Continental de dia 07 de agosto de 2012

Nas escolas privadas não há cortes!?

As escolas privadas com contrato de associação vão receber do Estado 85 mil euros por turma no próximo ano lectivo.



Mais uma razão para devolverem os subsídios, fazerem turmas com menos alunos e manterem abertas algumas das escolas agora encerradas!!



Nuno Crato "promoveu medidas de humilhação dos professores"


“Nuno Crato perdeu a maior parte do crédito que tinha”


Paulo Guinote fala de um ambiente entre o “choque, desânimo e medo” nas escolas onde o ministro da Educação “perdeu a maior parte do crédito que ainda tinha junto dos professores”.
Qual é o ambiente nas escolas?
O ambiente na maioria das escolas é um misto de choque, desânimo e medo. Choque com o impacto brutal das medidas tomadas, desânimo com o ministro Nuno Crato que tem uma acção concreta que não é coerente com as afirmações públicas e medo com o que o futuro próximo trará. O choque e o espanto resultam de, subitamente, se transmitir para a opinião pública a sensação que existem dezenas de milhar de professores excedentários (dos quadros e contratados). A desilusão de este tipo de política ser dirigida por alguém em quem os professores (e não só) confiavam ser uma pessoa ponderada e credível. Medo, porque depois do que se tem passado, o futuro é incerto.

As novas normas de Nuno Crato vão permitir resgatar muitos docentes de horário zero?
Não, se avaliarmos pelo que foi anunciado. Em Julho, num período não previsto no cronograma oficial, apenas foi possível retirar 1.500 docentes para medidas de combate ao insucesso escolar. Não se percebe quantos mais será possível retirar em Agosto, sem que se tomem medidas adicionais relativas à coadjuvação no 1º ciclo e a alteração do número de alunos por turma.

Quais vão ser os grupos disciplinares com mais docentes com horário zero?
Neste momento para além dos grupos de EVT e Educação Tecnológica, tivemos a surpresa de perceber que o grupo de Português do 3º ciclo e Secundário (uma das disciplinas ditas "estruturantes") é um dos mais atingidos, assim como o de Inglês. Em termos relativos também se verificou um forte impacto no grupo de Educação Musical do 2º ciclo, na Educação Pré-Escolar e no 1º ciclo.

Qual é a expectativa para o arranque do ano lectivo?
É de enorme desalento por parte dos profissionais que devem ser os primeiros a ser cativados pelo ministério para a implementação de qualquer reforma que se pretenda de sucesso. Com o que se passou nas últimas semanas, o ministro Nuno Crato perdeu a maior parte do crédito que ainda tinha junto dos professores, pois promoveu medidas activas de humilhação pública dos professores, ao fazer acreditar que grande parte é excedentária e deixou o aviso implícito de que todos podem ser, a qualquer momento, dispensáveis. O ano lectivo começará profundamente sombrio, pois também os alunos e as famílias estão conscientes dos erros cometidos.

sábado, 4 de agosto de 2012

As fotografias de Jorge Pimentel...

"Palavras D'Olhar" em Bragança, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira.
A exposição estará aberta até ao dia 22 de Setembro, na Sala Miguel de Cervantes, desde as 09:30 às 12:00 e das 14:00 às 21:00. 


Metas curriculares

As metas curriculares estabelecem aquilo que pode ser considerado como a aprendizagem essencial a realizar pelos alunos, em cada um dos anos de escolaridade ou ciclos do ensino básico. Constituindo um referencial para professores e encarregados de educação, as metas ajudam a encontrar os meios necessários para que os alunos desenvolvam as capacidades e adquiram os conhecimentos indispensáveis ao prosseguimento dos seus estudos e às necessidades da sociedade atual.


  • Introdução  Educação Tecnológica
  • Português - 1.º, 2.º e 3º Ciclo do Ensino BásicoEducação Visual
  • Matemática - Ensino BásicoMatemática
  • Tecnologias de Informação e Comunicação - 7.º e 8.º anos de escolaridadeTecnologias de Informação e Comunicação
  • Educação Visual - 2.º e 3.º CicloTecnologias de Informação e Comunicação
  • Educação Tecnológica - 2.º CicloTecnologias de Informação e ComunicaçãoFonte: DGE
  • quinta-feira, 2 de agosto de 2012

    Mobilidade Interna - Reclamação eletrónica das listas provisórias

    Disponível de 2 de agosto até às 18:00 horas de Portugal Continental de 8 de agosto de 2012


    Os candidatos devem aceder ao respetivo verbete, disponível na página da DGAE, em Docentes> Concursos> Concurso de Docentes> 2012> Serviços> Verbete do candidato 2012, devem verificar os elementos constantes das listas provisórias e, em caso de necessidade, proceder à reclamação eletrónica.

    Regime de matrícula e frequência da escolaridade obrigatória

    Publicado hoje no D.R. o decreto-lei que regula o regime de matrícula e de frequência no âmbito da escolaridade obrigatória das crianças e dos jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos e estabelece medidas que devem ser adotadas no âmbito dos percursos escolares dos alunos para prevenir o insucesso e o abandono escolares.

    quarta-feira, 1 de agosto de 2012

    Listas Provisórias - Mobilidade Interna


    Lista provisória de candidatos retirados

    Os candidatos devem aceder ao respetivo verbete, a  disponibilizar na página da  DGAE, em Docentes> Concursos> Concurso de Docentes> 2012> Serviços>Verbete do candidato 2012.

    Opinião - Santana Castilho

    O tirano

    Para quem se tenha esquecido, recordo que o concurso nacional de professores já foi um processo administrativo estabilizado e que não provocava conflitos. Políticas incompetentes e recentes inovações sem sentido, de vários donos, encarregaram-se, porém, de recuperar desastres de tempos idos. Mas a taça leva-a Nuno Crato, o tirano. Tanta ignorância, técnica e política, tamanha crueldade moral exercida sobre os docentes, surpreendem os mais treinados. Ontem, terminou o prazo para os novos escravos concorrerem. Terão sido mais de 40 mil, que aguentaram horas e horas de atalaia a uma aplicação informática que lhes fazia continuadamente o que os professores, desunidos, já deviam ter feito ao tirano: um continuado manguito. Servidor em baixo no fim de cada tempo infindo a meter códigos de fazer inveja a Sísifo e babar Kafka, foi a regra. Aceder à coisa, depois de horas de martírio, foi uma lotaria. Até a lei o tirano mudou, depois do concurso começado. Abriu com uma e terminou com outra, sem que o arbítrio tenha provocado mais que incómodos suportados. O que se passa com uma classe inteira, que assim é espezinhada e não consegue pôr cobro a tamanha sucessão de nunca vistos, resta campo para investigação futura
    Primeiro, sem que se conhecessem os créditos atribuídos às escolas, sem que as matrículas estivessem terminadas e as turmas constituídas, o tirano obrigou os directores das “unidades orgânicas” (escola é vocábulo em vias de proscrição) a determinarem e comunicarem o número de “horários zero” para 2012-2013, sob ameaça de procedimento disciplinar. Milhares e milhares de descartáveis docentes, com dezenas de anos de serviço público desalmadamente ignorado, fizeram fila para o concurso crematório da dignidade mínima. Kapos, de reacção capada pela servidão a que o poleiro obriga, e classe inteira vergada pelo medo e desorientada pela surpresa, obedeceram. Foi a uma sexta-feira, simbolicamente 13. Mas na semana seguinte, qual Nero arrependido, o tirano mandou recuperar o que antes havia incendiado, ordenando a indicação mínima possível de horários zero e permitindo tudo o que antes proibira. Dos números, disse que não estavam “consolidados” e guardou-os na mesma gaveta onde há muito arrumou o rigor de outrora.
    A dança macabra foi temporariamente (sublinho temporariamente) adoçada com um empreendedorismo inventivo de recurso: “apoios” de todo o tipo, “coadjuvações” de várias estirpes, combate ao insucesso, patati-patatá, rebéu-béu, pisca-pisca, “cratês” onde havia “eduquês”. Não o tratem que ele vos tratará, orçamento de 2013 a obrigar, volta ao texto do Tribunal Constitucional a justificar, Portas a satisfazer. Ou julgam que o tirocínio na Comissão Permanente do Conselho Nacional da UDP não foi útil? Qualquer tirano sabe que, vendido o inferno ardente, o purgatório passa por paraíso. 
    Por que invoco aqui Portas? Porque é dele esta recente frase assassina, que Crato subscreverá com entusiasmo: «Temos de saber e entender que, se o problema de Portugal é défice do Estado, não é justo pretender que o sector privado tenha a mesma responsabilidade de ajudar.» Professores e demais funcionários públicos têm que fazer engolir a ambos a hipocrisia do argumento. Porque o que se gasta com hospitais, escolas, tribunais e tudo o que é público serve a todos, independentemente do sector em que trabalham; porque os 8 mil milhões que se sublimaram sem rasto na canalhice do BPN foram pagos por todos, embora, esses sim, só dissessem respeito a privados, pouquíssimos privados.
    Teremos para o ano professores imersos em trabalho, com uma dúzia de turmas a seu cargo, coexistindo com colegas com uma só turma e resto do horário preenchido por “apoios”. As interpretações locais, casuísticas, do que dizem as normas sem norma sobre o que é lectivo e não lectivo, ampliarão a confusão e a nova injustiça, que se soma a tantas outras acumuladas em passado recente. 
    Nenhuma circunstância permite a um político maltratar pessoas. Mas Nuno Crato ofendeu a dignidade profissional de milhares de professores. Fez sofrer inutilmente as suas famílias. Ultrajou o trabalho dos que preparavam o ano-lectivo. Tratou grosseiramente o interesse da escola pública, dos pais e das crianças. As duas últimas semanas foram devastadoras e trouxeram-nos uma prática governativa mais perversa e iníqua que a pior do pior tempo de Maria de Lurdes Rodrigues
    A seriedade intelectual de Nuno Crato em matéria de Educação implodiu definitivamente. Falo da seriedade transmitida nas intervenções públicas que precederam a corrida ao cargo e da seriedade apreendida por quem se deixou enganar pelo seu discurso farsola. Não falo de seriedade intelectual intrínseca, que, essa, nunca existiu. Demonstra-o a curta história do seu ministério.
    Santana Castilho
    Público, 1/08/2012 (negrito nosso)

    segunda-feira, 30 de julho de 2012

    Confusão no "reino do Crato"!!

    Ministério chamou directores para clarificar regras mas escolas falam “confusão total”.
    Ordem para ocupar todos os professores com horário zero, abertura para garantir indemnizações aos contratados que fiquem por colocar e uma vinculação extraordinária de docentes. Sexta-feira foi o dia de todos os volte-face do Ministério da Educação e Ciência nas regras para preparação do próximo ano lectivo. As direcções regionais chamaram os directores das escolas para lhes comunicar a ordem para ocupar todos os professores de quadro que fiquem com horários zero. Reunião que não esclareceu os directores que falam de um cenário de "total confusão" a pouco mais de quatro semanas do arranque do ano lectivo.
    Depois de receber as comunicações das escolas do número de professores com horários zero, o Ministério da Educação deparou-se com cerca de oito mil docentes do quadro que ficariam sem serviço docente a receber o mesmo salário. Um fenómeno que teria um efeito perverso e não levaria a qualquer poupança. Aumentar o número de alunos por turma, diminuir a carga horária e avançar com mais 150 mega-agrupamentos foram as três medidas que geraram este crescimento exponencial dos horários zero, um dos principais fontes de despesismo do MEC.
    Na semana passada, numa comunicação inesperada, o Ministério da Educação e Ciência enviou uma nova circular às escolas onde dá orientações para reduzirem ao máximo os docentes sem serviço lectivo atribuído atribuindo-lhes tarefas para que os não fiquem sem actividade. O que está a causar situações de injustiça nas escolas porque quem não tem horários zero não terá este apoio suplementar. O Ministério da Educação esclarece, por seu lado, que o objectivo é avançar com "medidas para o Sucesso e Prevenção do Abandono escolar, previstas na revisão da estrutura curricular. 

    sábado, 28 de julho de 2012

    As respostas do Ministro da Educação

    Uma vitória?

    Após reunião com a Federação Nacional de Sindicatos de Professores foi comunicado, aos docentes concentrados em frente às instalações do MEC e à comunicação social presente, que o Ministro da Educação se comprometeu a tentar arranjar horários para todos os professores do quadro, fazer este ano uma vinculação extraordinária de contratados e pagar compensações por caducidade de contratos.
    Vamos esperar para ver a confirmação desta vitória!

    Público

    sexta-feira, 27 de julho de 2012

    Calendário de Concursos 2012 - Atualização 27/07/2012


    Bom fim de semana!

    Concurso - Região Autónoma da Madeira


    ETAPAS DO CONCURSO 2012-2013
    Contratação/Contratação CíclicaData
    Prazo de Inscrição 26 a 28 de Junho
    Submissão e validação da candidatura 25 de Julho a 1 de Agosto
    Prazo de reclamação (listas provisórias)13 a 20 de Agosto

    Carta sobre a Educação para a Cidadania Democrática e para os Direitos Humanos

    Os estados-membros do Conselho da Europa adotaram a Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos
    A Carta foi adotada no Conselho de Ministros do Conselho da Europa de 11 de Maio de 2010 no quadro da Recomendação CM/Rec (2010)7.

    quinta-feira, 26 de julho de 2012

    Opinião - João Ruivo

    ...
    "Hoje, com um olhar mais distanciado, e apesar da adversa conjuntura, estamos em crer que se alguém quis quebrar a espinha dorsal aos docentes não o conseguiu. E, em boa verdade, também não houve uma quebra significativa da confiança que a sociedade deposita nos professores e na instituição escolar. Diríamos mesmo que a escola continua a ser a única organização pública onde as famílias entregam, diariamente, os seus filhos e partem tranquilas para o trabalho, sabendo que crianças e jovens ficam seguros e bem entregues.
    Mas será que, após este claustrofóbico período, a tutela pode afirmar que temos mais escola e melhor educação?
    Infelizmente a resposta é: não! Nos tempos que ainda correm, as escolas fecharam-se num clima organizacional sufocante, os alunos não melhoraram globalmente, de facto, os seus resultados escolares, os professores não aperfeiçoaram as suas competências profissionais e a escola não se transformou numa verdadeira comunidade educativa.
    Ou seja: agora temos menos escola e menos escolas, temos menos educação e menos professores. Entretanto, nesta encruzilhada, o país ganhou a maior taxa de desemprego alguma vez vista na profissão docente, e um medíocre sistema de formação de professores, incapaz de atrair os candidatos mais capazes e mais competentes.
    Mas porque a educação e os professores são semente e pão de todos os futuros, estamos em crer que, uma vez mais, os docentes portugueses irão sabiamente ultrapassar este difícil instante da sua longa história profissional, e recuperarão o valor e energia da sua profissionalidade, para bem do desenvolvimento social, cultural e económico do nosso país."
    João Ruivo

    Concursos para a Casa Pia


    Publicado no Diário da República de hoje o aviso de abertura do concurso destinado a educadores(as) de infância e a professores(as) dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2012-2013 - renovação de colocações e novas contratações.
    O concurso decorre de 27 de julho a 2 de agosto e é apresentado em suporte de papel. O formulário está disponível na página eletrónica da Casa Pia de Lisboa na Internet - www.casapia.pt

    quarta-feira, 25 de julho de 2012

    Até que sejamos capazes de expulsar os governantes do governo da Educação!


    A nova moda parece que veio para ficar… Mas, a  verdade é que a nova moda “é mais velha que a Sé de Braga”. Em "O Público", Nuno Crato vem dizer uma novidade velha:  que as metas visam "definir com clareza o que se quer que cada aluno aprenda" acrescentando na notícia que as metas vão “clarificar aquilo que, nos programas, deve ser prioritário, os conhecimentos fundamentais a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos (...)”. Ou seja, voltamos a baptizar com nomes de "metas" os velhos "objectivos" que mercê de um moderno e também anglo-saxónico "lifting" (e de uma verborreia "palavrítica") mudam de lexema (termo) conforme se muda de camisa (perdão, de ministro ou de governo!). Vários ministyros passaram pela pasta da Educação nos últimos tempo. A Educação chegou ao descalabro que temos hoje porque cada Ministro chega e preocupa-se por deixar o seu "chichi".  Depois de tantas e tantas voltas à sardinha, finalmente voltamos a dar com o rumo certo para o barco educativo.
    As Metas Curriculares para o Ensino Básico marcam o regresso à clareza e ao rigor do trabalho docente. Há muito que se esperava pelo regresso à ênfase nos conteúdos, ordenando-os sequencial e hierarquicamente, com uma definição clara e rigorosa dos objetivos a atingir pelos alunos. Tal como conhecera nos programas quando começamos a exercer a docência. Parece que temos um regresso aos valores fundamentais da exigência própria da pedagogia contra os da benevolência e facilitismo próprios da demagogia. A Taxonomia dos Objetivos Educacionais, de Benjamim Bloom, renasce com a forma de encarar a Educação do Ministro Nuno Crato. Esperemos que impere o bom senso noutras matérias.
    Todos sabemos (menos os políticos, é claro!) que as metas são os objetivos (vestidos com uma ornamenta diferente, mas não passam de objetivos!) e que estes fazem parte da organização do ensino há mais de 40 anos também em Portugal. Andamos a remar sistematicamente para pontos cardeais diferente porque não sabemos muito bem para onde queremos ir! Há mais de 5 anos escrevíamos que Está na Hora do Grito do Ipiranga na Educação. Hoje, queremos aqui relançar o desafio: É urgente o “Grito do Portuga” na Educação.
    Sem dúvida. Cada vez mais nos convencemos de que enquanto a Educação de um país estiver à mercê de guinadas políticas ou politiqueiras passaremos o tempo inovando regressivamente, em busca do nada transformando muitas horas de investimento dos alunos e dos docentes para satisfazerem os caprichos dos (des)governantes do barco Educativo. A Educação é muito mais melindroso que dirigir um barco, ou um navio. Mais se assemelha a dirigir um avião. Como tal, não se compadece com guinadas para a esquerda ou para a direita, para cima ou para baixo. Até ao presente temos navegado com timoneiros que sem rumo, muito pior que se navegassem "à bolina". Em Portugal, tal como no tempo do Titanic, "quem sabe, faz!" e "quem não sabe... manda!". Assim, temos os professores que fazem. E, quantas vezes têm de “fazer das tripas coração”, e aguentar as críticas injustas da sociedade (muitas vezes manipuladas com a ajuda de certos jornalistas e comentadores ingratos ou frustrados)  enquanto se assiste á debandada dos irresponsáveis políticos (forçosamente, é claro, porque são colocados na rua cada vez que há eleições!) que são os únicos responsáveis ao determinarem os currículos, os percursos, os objetivos, as competências ou as metas educativas.
    Depois… Sim. Depois lá vêm outro conjunto de políticos com as suas ideias, marcar o terreno como cães que desejam deixar a sua marca no território educativo, com o seu “chichi”. E o primeiro que fazem é maltratar (de forma insensível e indecente) o corpo docente como se cada professor fosse apenas um número ou uma mercadoria... Criam sistemas infernais que perseguem a vida dos professores, transformando o seu quotidiano em extensões das salas de aula: seja na rua, no café, em casa, ou até na cama!
    E, para conseguirem os seus intentos de “deixar marcas” lá criam sistemas absurdos de colocação, desrespeitando todas as regras básicas de justiça, obrigando professores a andar "de maço para cabaço", de um ponto do país para outro, com as suas trochas por anos e anos. Isto é a prova da incompetência dos sucessivos ministérios que não têm competência para usar uma das ferramentas fundamentais da actualidade: a informática. Com os recursos tecnológicos actuais, não se compreende como o ministério se recusa a colocar professores o melhor possível para que se sintam “motivados” para o exercício das suas funções com vista à obtenção dos melhores resultados.  O sistema injusto de colocação dos docentes transformou-se num autêntico martírio para docentes que se vêem afastados do direito a uma vida familiar.
    Ser docente exige hoje mais espírito de missionário que a missão abraçada voluntariamente por muitos sacerdotes. Gastam o que ganham em deslocações e ainda por cima, devem agradecer o facto de terem o direito a trabalhar...! Com efeito, enquanto os “ministros da igreja” estão vocacionados para servir sem esperar nada em troca, os docentes formaram-se para servir recebendo no mínimo um tratamento e um salário condigno para que tenham uma vida digna e dignificante. Acresce que, os sacerdotes nunca são culpabilizados nem pela pobreza nem pela morte. Ao contrário, os docentes são o bode expiatório de todos os males da sociedade que não é capaz de criar uma verdadeira igualdade de oportunidades (uma verdadeira utopia, tal como é a de criar um idêntico nível cultural e de recursos nas casas das nossas crianças!). Façamos o que façamos, de um modo médio, bom ou excelente, sempre virá um ministro mais de esquerda ou mais de direita (e se querem, mais de cima ou mais de baixo!) a seguir a outro voltando todo o trabalho docente "de patas arriba”!
    E, claro. Voltamos à estaca zero. Preparados para levar, mais uma vez paulada. Os resultados que surgirem das guinadas, se forem bons, será sempre mérito dos governantes. se forem maus, culpa dos professores.
    Até quando? Simples resposta. Até que sejamos capazes de expulsar os governantes do governo da Educação!
    J. Ferreira