Blogue de Informação e Recolha de Opiniões para Educadores e Professores. Notícias sobre Educação, Legislação e Política Educativa.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Acesso gratuito ao Diário da República
Publicado hoje o Decreto-Lei que aprova o serviço público de acesso universal e gratuito ao Diário da República.
Presidência e da Modernização Administrativa
Reforma da ADSE aprovada em Conselho de Ministros
Foi aprovado em Conselho de Ministros o diploma com a criação de um instituto público de regime especial e de gestão participada ADSE, I.P., que substitui e sucede à Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas – ADSE.
De acordo com o Expresso «o documento define um novo modelo de governação e um novo regime de benefícios do sistema de saúde que só será criado após a entrada em vigor do diploma, mas que tudo indica que “poderá ser alargado o universo de beneficiários, designadamente a trabalhadores de empresas públicas com contrato individual de trabalho, a cônjuges, ainda que sejam trabalhadores, ou a filhos maiores de 26 anos, mediante o pagamento de contribuição”.»
O diploma que transforma a ADSE em instituto público deverá entrar em vigor a 1 de janeiro de 2017.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Revista Portuguesa de Educação (RPE)
A Revista Portuguesa de Educação (RPE) é uma edição semestral do Centro de Investigação em Educação (CIEd) da Universidade do Minho (UM).
A revista tem como objetivos:
a) divulgar originais conhecimento e produtos atuais em Ciências da Educação, ou outras ciências que podem contribuir;
b) incentivar e facilitar o desenvolvimento das redes nacionais e internacionais capazes de contribuir para o avanço do conhecimento nesta área.
Revista Portuguesa de Educação V. 29, N. 2 (2016)
ADSE – Despesas em sede de IRS
A ADSE informa os seus Beneficiários, que o procedimento da comunicação das despesas de saúde à Autoridade Tributária, é o mesmo que ocorreu para o ano de 2015.
Assim, a ADSE irá comunicar as despesas efetuadas pelos seus Beneficiários, por meio informático diretamente à Autoridade Tributária.
A comunicação é efetuada sobre os montantes dedutíveis à coleta na parte da despesa comparticipada e da despesa não comparticipada.
Esclarecemos ainda que os documentos de despesa relativos a 2015 que tenham sido reembolsados em 2016, constarão nesta comunicação.
Os documentos de despesa datados de 2016 com pedidos de reembolso e não concluídos em 2016, não são comunicados pela ADSE à Autoridade Tributária, uma vez que só após o pagamento dos reembolsos, é possível aferir quais os montantes dedutíveis.
Afinal, porque avaliamos?
Amanhã, a partir das 15 horas, assista a mais um webinar DGE, que terá como convidadas a Dra. Anabela Costa Neves e a Dra. Antonieta Lima Ferreira, ambas Mestres em Avaliação e coautoras da publicação Avaliar é Preciso? Guia prático de avaliação para professores e formadores.
Neste webinar, as oradoras irão explorar a temática da avaliação e explicar a importância da mesma como processo potenciador da melhoria do ensino e da aprendizagem.
Revisão do regime da requalificação de trabalhadores em funções públicas
A Proposta de Lei 43/XIII, que aprova o regime da valorização profissional dos trabalhadores em funções públicas, será apresentada pelo governo e debatida em reunião plenária, amanhã, dia 15 de dezembro, a partir das 15 horas.
Esta Proposta de Lei tem como objetivo a «revisão do regime da requalificação de trabalhadores em funções
públicas, em especial favorecendo um regime de mobilidade voluntária dos trabalhadores
para outros serviços da Administração Pública com comprovadas necessidades de pessoal,
sem excluir a adoção de incentivos especiais para este efeito».
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Manifesto pela Democracia nas escolas
Publicação integral do manifesto que pretende lançar o debate sobre o modelo de direcção e gestão dos estabelecimentos de ensino, do pré-escolar ao secundário.
Manifesto pela Democracia nas escolas
Este ano comemoramos quarenta anos da aprovação da Constituição da República Portuguesa e trinta anos da Lei de Bases do Sistema Educativo, documentos estruturantes da nossa Democracia.
Com o 25 de Abril, em todo o território nacional, as escolas foram, com dinâmicas e especificidades várias, um dos espaços onde de forma mais expressiva e alargada se aprendeu e viveu a experiência da participação democrática. Esse caminho de aprendizagem envolveu todos os seus actores – docentes, alunos, pais e encarregados de educação, funcionários, cidadãs e cidadãos empenhados – e teve os seus momentos altos, oscilações e também desencantos.
Depois de uma inovadora e inédita experiência de autogestão, o modelo de gestão democrática das escolas foi adquirindo maturidade, designadamente através da eleição dos Conselhos Directivos e do envolvimento dos diferentes actores educativos.
Apesar dos princípios consagrados na Lei de Bases dos Sistema Educativo, assistimos a uma crescente desvalorização da cultura democrática nas escolas e à anulação da participação colectiva dos professores, dos alunos e da comunidade educativa. Verifica-se, pelo contrário, uma tendência para a sobrevalorização da figura do(a) director(a) de escola ou de agrupamento de escolas, sendo, ao mesmo tempo, subalternizado o papel de todos os outros órgãos pedagógicos, e desencorajada a participação de outros elementos da comunidade escolar. Esta situação é igualmente reveladora da erosão da identidade de cada escola quando esmagada pelo peso da estrutura de direcção unipessoal de governo dos agrupamentos.
Quatro décadas passadas, vale a pena continuar a lutar pela Escola Pública, enquanto lugar de aprendizagem para todas e todos e paradigma de construção de uma cidadania democrática. A Democracia é o pulmão do nosso Estado de Direito, não deve ser apenas ensinada pelos manuais, mas exercida e vivida em cada espaço colectivo, a começar pelo trabalho quotidiano das turmas de cada escola.
Quanto mais democrática, participativa e inclusiva for a Escola, melhor será o futuro da Democracia. Neste sentido, lançamos um apelo para um amplo debate por um modelo de direcção e gestão alternativo, condição de uma Escola Pública com qualidade democrática, científica e pedagógica, capaz de compatibilizar os desafios da aprendizagem para todos e todas com práticas inovadoras de cidadania crítica e emancipatória.
Os/As subscritores/as:
Alexandra Lucas Coelho - Escritora
Almerindo Janela Afonso – Professor Associado na Universidade do Minho. Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro do Conselho Nacional de Educação
Ana Benavente – Socióloga. Professora Catedrática. Ex-Secretária de Estado da Educação
António Teodoro – Professor Catedrático na Universidade Lusófona. Ex-Secretário-geral da FENPROF
Bárbara Bulhosa – Diretora da editora Tinta da China
David Rodrigues – Presidente da Pró-Inclusão-Associação Nacional de Docentes de Educação Especial. Conselheiro Nacional de Educação
Fátima Antunes – Professora Associada do Instituto de Educação da Universidade do Minho
Dulce Maria Cardoso – Escritora
Inês Pedrosa – Escritora
Jacinto Lucas Pires – Escritor
João Cortes – Director do Agrupamento de Escolas Gil Vicente, Lisboa
João Jaime Pires – Director da Escola Secundária Luís de Camões, Lisboa
Joana Mortágua – Deputada
Licínio Lima – Professor Catedrático do Instituto de Educação da Universidade do Minho
Lurdes Figueiral – Presidente da Associação de Professores de Matemática (A.P.M.)
Manuel Sarmento – Professor Associado com Agregação no Instituto de Educação da Universidade do Minho
Maria do Rosário Gama – Professora do ensino secundário aposentada, ex-directora da Escola Secundária da Infanta D. Maria, Coimbra
Maria Emília Brederode dos Santos – Pedagoga. Ex-Presidente do Instituto de Inovação Educacional. Membro do CNE
Maria Emília Vilarinho – Professora Auxiliar no Instituto de Educação da Universidade do Minho
Paulo Peixoto – Sociólogo. Investigador. Coordenador do Observatório das Políticas de Educação e Formação do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra
Sérgio Niza – Pedagogo, fundador Movimento Escola Moderna, membro do CNE
A EDUCAÇÃO como arma de arremesso político
O artigo de opinião de Joana Mortágua
O percurso destes alunos foi marcado sobretudo pelos currículos e programas que Nuno Crato deitou para o lixo.
A resposta do IAVE
Esclarecimento a propósito da participação dos alunos das vias profissionalizantes no estudo PISA, questão suscitada pelo artigo de opinião da Sra. Deputada Joana Mortágua, publicado no Jornal Público de hoje (12/12/2016) e intitulado "PISA 2015 - resultados inclinados?".
domingo, 11 de dezembro de 2016
NOESIS – Notícias da Educação – do mês de dezembro
Já está disponível o Boletim mensal NOESIS – Notícias da Educação – do mês de dezembro.
O boletim poderá ser subscrito através de mensagem de correio eletrónico enviada para boletimdge@dge.mec.pt
Aceda ao último número aqui
sábado, 10 de dezembro de 2016
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Consulta Pública - Referencial Técnico para os Psicólogos Escolares
A Direção-Geral da Educação, dando seguimento ao Despacho superiormente exarado pelo Sr. Secretário de Estado da Educação, coloca em consulta pública o
Este Referencial assume-se como o documento de enquadramento técnico normativo dos psicólogos em contexto escolar. Tem como objetivo contribuir para a consolidação da prática dos psicólogos escolares, definindo de forma mais clara os perfis profissionais, os procedimentos e os instrumentos a privilegiar, focando a intervenção destes técnicos nos domínios que melhor respondem às necessidades atuais do sistema educativo, com base em modelos de intervenção testados e validados cientificamente.
Num primeiro momento, aborda-se o enquadramento que habilita e baliza a intervenção dos psicólogos escolares, bem como os pressupostos e as finalidades que estão a montante e a jusante das práticas desenvolvidas, por estes técnicos. Seguidamente, partindo dos domínios de intervenção definidos no Decreto-lei 190/91, elenca-se um conjunto de atividades a desenvolver em cada um dos domínios. Identifica-se os principais modelos concetuais, bem como as estratégias e os procedimentos a adotar. Por último, são apontados vários aspetos relativos ao perfil funcional, competências e condições de trabalho, de forma a garantir o exercício da atividade do psicólogo escolar de acordo com os padrões de qualidade definidos comunitariamente para a intervenção da psicologia em contexto escolar.
Destina-se a todos os psicólogos a atuar em contexto escolar, independentemente da natureza do seu vínculo contratual, conferido maior consistência e coerência à prática e intervenção psicológica nos contextos educativos e constituindo se como fator orientador e de apoio à prática, potenciador e impulsionador da qualidade do serviço prestado.
Convidam-se todos os interessados a enviar sugestões de melhoria, até ao dia 5 de janeiro de 2017, para dseeas@dge.mec.pt.
Recomedação para vinculação dos docentes contratados de acordo com o previsto na Diretiva 1999/70/CE
O Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um Projeto de Resolução que recomenda ao Governo a vinculação dos docentes contratados de acordo com o previsto na Diretiva 1999/70/CE.
O Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia da República recomende ao Governo que:
1. Altere as regras de vinculação dos docentes, no seguimento da Diretiva 1999/70/CE
do Conselho, de 28 de junho de 1999, corrigindo as injustiças da atual “norma travão”.
2. Considere, nessa nova norma, o limite de três contratos sucessivos previsto no
Código de Trabalho, prestado em um ou em mais grupos de recrutamento, entendendo-se
como horário anual aquele que corresponda a um contrato celebrado até 31 de
dezembro e com termo até 31 de agosto do mesmo ano escolar.
3. Crie um mecanismo extraordinário que permita vincular os docentes que, tendo sido
colocados durante vários anos sucessivos, foram vítimas das injustiças da atual “norma
travão”.
4. Tenha em conta, na elaboração desse mecanismo extraordinário de vinculação, o
limite de contratos sucessivos permitidos pelo Código de Trabalho como forma de
combate à precariedade laboral.
Listas provisórias - Projeto CAFE em Timor-Leste
Publicitação das Listas Provisórias dos candidatos selecionados para o preenchimento de Necessidades e Bolsa de Reserva, e de Exclusão - Procedimento concursal para o exercício de funções docentes do Projeto CAFE em Timor-Leste.
Listas provisórias dos candidatos selecionados para o preenchimento de Necessidades e Bolsa de Reserva, e de Exclusão
100 - Educação Pré-Escolar | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
110 - 1. º Ciclo do Ensino Básico | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
220 - Português e Inglês (2. º CEB) | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
300 - Português (3. º CEB) | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
330 - Inglês (3. º CEB) | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
400 - História (3. º CEB) | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
500 - Matemática (3. º CEB) | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
510 - Física e Química (3. º CEB) | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
520 - Biologia e Geologia (3. º CEB) | Necessidades | Bolsa | Exclusão |
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Apresentação dos Cadernos de Educação Financeira 1 e 2
Amanhã, 8 de dezembro, a partir das 15 horas, assista a mais um webinar DGE, que terá como convidados o Doutor João Manuel Ribeiro e a Dra. Maria da Conceição Vicente, autores de materiais de apoio ao Referencial de Educação Financeira (REF).
Neste webinar, os autores irão apresentar os Cadernos de Educação Financeira 1 e 2, que se destinam aos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico, respetivamente.
Saiba mais em http://webinar.dge.mec.pt/.
Relatório Nacional PISA 2015
"No que concerne aos resultados, Portugal tem tido um percurso muito positivo. Ao longo das seis edições do estudo, em todos os domínios, a tendência de evolução global dos resultados mostra-nos uma subida gradual, que também se reflete na melhoria da posição nacional no contexto dos países participantes e em relação ao resultado médio dos países da OCDE. É de salientar que, pela primeira vez, o resultado nacional nos três domínios está acima da média da OCDE: oito pontos em Ciências, cinco pontos em Leitura e dois pontos em Matemática (diferença não significativa). Portugal integra um lote muito restrito de países da OCDE que evidenciaram uma progressão positiva, bastante expressiva, ao longo das seis edições do estudo."
PISA 2015 - sumário executivo
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
13ª Reserva de Recrutamento 2016/2017
Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Lista de Colocação Administrativa dos Docentes de Carreira - 13ª Reserva de Recrutamento 2016/2017
Docentes de Carreira - ano escolar de 2016/2017
Candidatos à Contratação - ano escolar de 2016/2017
Lista definitiva de retirados - Consulte
Nota Informativa - Reserva de Recrutamento 13
Aplicação disponível das 0:00 horas de quarta-feira, dia 7 de dezembro, até às 23:59 horas de sexta-feira, dia 9 de dezembro de 2016 (hora de Portugal Continental)
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
O aumento da idade de aposentação e a evolução do fator de sustentabilidade
ECO-Economia Online
O Governo quer alterar o regime de pensões antecipadas, mas não disse como. Se nada mudar, em 2020 as pensões atribuídas antes dos 66 anos e seis meses têm um corte mínimo de 15,6%. Veja as projeções.
No próximo ano, a idade normal de reforma avança para os 66 anos e três meses. E quem começar a receber pensão antecipada em 2017 já sabe que pode com um corte de 13,88%, que resulta do fator de sustentabilidade. A esta penalização junta-se outra, de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade normal de reforma.
Em 2018, a idade de acesso à pensão volta a avançar um mês, a não ser que as regras mudem entretanto.
O Governo já sinalizou que quer alterar o regime das reformas antecipadas e, em concreto, o fator de sustentabilidade, para rever os cortes que afetam as pensões. A promessa também está vertida de forma genérica no relatório do Orçamento do Estado. Porém, falta saber que alterações estão em causa e quando avançam.
Sem mudanças, e de acordo com as projeções, a idade normal de reforma atingiria 67 anos e 3 meses em 2030 e quem nesse ano abandonasse a vida ativa mais cedo teria um corte mínimo de 20,39% só à conta do fator de sustentabilidade.
Veja o conjunto das projeções aqui.
domingo, 4 de dezembro de 2016
sábado, 3 de dezembro de 2016
O decoro já não é o que era
Paulo Guinote - Público
Andava o país educativo em raro repouso quando se soube, por via da divulgação dos dados dos testes internacionais TIMMS 2015, que os alunos portugueses de 4.º ano estão entre os melhores em Matemática e que no Secundário o desempenho em Matemática Avançada e em Física também é completamente contrário aos discursos decadentistas sobre o nosso sistema de ensino e a sua inadequação ao século XXI. Mesmo em Ciências, área com resultados mais fracos, Portugal é apontado como um dos países com maiores progressos desde 1995, quando se iniciaram estes testes comparativos.
São boas notícias, que deveriam ser acolhidas com júbilo, por certo, mas igualmente com um espírito de partilha pela responsabilidade por tais resultados. O que realmente aconteceu, mas como é habitual entre nós, numa lógica de circuito fechado da classe política. O actual secretário de Estado da Educação, na ausência quase permanente do ministro quando se trata de articular mais do que lugares-comuns, apareceu a reclamar que tais resultados comprovam, de forma prospectiva, a bondade das opções curriculares ainda por tomar e, num acto de veneração pela papisa educacional do PS, evocou Maria de Lurdes Rodrigues e o seu Plano de Acção da Matemática. Acrescentou ainda que esta é a prova de que foram desenvolvidas “políticas eficazes”. O PSD, por sua vez, surgiu a reclamar para si a paternidade desses mesmos resultados, por via da paixão de Nuno Crato pela Matemática, desconsiderando outras responsabilidades. Com jeitinho, teremos o CNE a lembrar alguma das suas recomendações e, com algum esforço informativo, ainda chegaremos ao inefável Couto dos Santos a reclamar o seu papel nisto tudo.
Se dermos a palavra a mais alguns ex-governantes, mesmo que com algumas picardias político-partidárias pelo meio, encontraremos uma singular confluência quanto à conclusão que foram as políticas que todos delinearam em momento de iluminada inspiração e genialidade, mesmo que aos ziguezagues e de forma incoerente entre si na última década, que estiveram na origem dos bons resultados dos alunos portugueses. Em nenhum momento se vislumbra uma declaração que, de modo claro e – quiçá! – corajoso atribua numa prioridade cimeira a responsabilidade por tal desempenho a quem o teve (os alunos) ou a quem com eles trabalhou ao longo de anos (os professores), apesar dos revolteios curriculares, programáticos e de metas que se sucedem desde o madrugar deste milénio.
O mais curioso é que, consultados os alunos, os portugueses são os que mais elogiam os seus professores e destacam o seu empenho e trabalho (88%, um detalhe que parece menor para os políticos em trânsito), pois conhecem-no em quotidiana e diária proximidade e, a menos que sofram quase todos de uma variante da síndrome de Estocolmo, são capazes de ser os que estão em melhor posição para fazer uma avaliação com conhecimento de causa. A menos que a opinião dos alunos só conte quando são convidados a declarar que acham os currículos e os programas muito extensos.
Os pais e mães do sucesso nos TIMMS 2015 são mais do que muitos quando chegamos ao campo da política e se trata de recolher os aplausos. E, como têm direito aos microfones e às câmaras, tratam de se congratular com a auto-satisfação típica de quem se vê ao espelho pela manhã sempre tão belo e responsável por todos os bens e por nenhum dos males. O decoro já não é o que era.
(Negrito nosso)
Entidades avaliadoras e certificadoras de manuais escolares em 2016
Publicado ontem o Despacho com a Lista de entidades acreditadas pela DGE como avaliadoras e certificadoras de manuais escolares, do ano de 2016.
Educação - Direção-Geral da Educação
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Revisão do Decreto-Lei que regulamenta os Concursos de Docentes
Os Sindicatos de docentes receberam hoje, nas reuniões de negociação com o Ministério da Educação, duas propostas para a Revisão do Decreto-Lei que regulamenta os Concursos de Docentes.
Proposta de revisão do Dec_Lei nº 132/212, de 27 de junho
Proposta de Portaria – Vinculação Extraordinária
Novas reuniões de negociação estão agendadas para o próximo mês de dezembro e janeiro de 2017.
A opinião de Santana Castilho no Público
Santana Castilho - Público
Uma forma de ignorar o problema da indisciplina é não o assumir como coisa da sociedade e da Escola e torná-lo coisa do professor, cuja função é mediar a aprendizagem dos alunos e não gerir conflitos provocados por comportamentos disruptivos.
Foi tornado público que, durante o ano lectivo de 2015/2016, se registaram 5051 ocorrências do foro criminal nas escolas portuguesas, isto é, 500 por mês, em média. No ano anterior haviam sido registadas 3930. Sublinho que não se trata de incidentes disciplinares. Foram ocorrências que caem sob a alçada do Código Penal. Cumulativamente, a PSP teve ainda que intervir em mais 2001 situações de outro tipo. Estes números são preocupantes e apelam à reflexão.
Aquando de casos mais graves de violência em meio escolar, verifica-se, por parte das autoridades respectivas, uma propensão para dissimular os acontecimentos. Mas se por um lado sabemos que a tendência para iludir o óbvio foi classificada por Freud como a primeira paixão da humanidade, por outro também sabemos que ignorar a realidade nunca nos salva. Aceitemos, então, que a indisciplina é hoje um dos maiores problemas, se não o maior, do sistema de ensino e que há uma evidente crise de autoridade na escola. Quando a estudamos, são esmagadoras duas situações responsáveis: do ponto de vista interno, a falta de coragem para adoptar políticas adequadas à solução dos problemas, materializada pela manutenção de uma lei inadequada que introduziu no processo disciplinar o método processual penal, com um cortejo de prazos, audições e garantias pedagogicamente desadequadas, permitindo a proliferação de pequenos marginais; do ponto de vista externo, a crescente demissão dos pais para imporem disciplina aos filhos.
A maioria dos pais de filhos indisciplinados não gostaria de ter filhos indisciplinados. Mas não sabe ou não pode discipliná-los. Os restantes são negligentes, que não se interessam pelos filhos e são, eles próprios, quantas vezes, marginais.
Os alunos indisciplinados criam problemas graves, que perturbam a vida da comunidade. A escola deve fazer o possível para os ajudar. Mas antes tem a obrigação de proteger os outros e não permitir que os primeiros lhes tornem a vida impossível. A palavra-chave de uma estratégia de actuação é responsabilizar. Não é ignorar, branquear, contemporizar.
Os jovens são seres que vivem de modo particularmente intenso e até tumultuoso as suas emoções. Os adultos têm mecanismos de regulação dessas emoções. Os jovens, em processo de formação, procuram-nos. Se em casa não os encontram, temos que dar instrumentos à escola para enfrentar o obstáculo.
O empirismo de qualquer vida vivida (a redundância é propositada) dispensa a cultura psicológica mais erudita para sabermos como tem que ser. Numa primeira fase os comportamentos são regulados a partir de fora: são os pais, são os professores, são os adultos que actuam, que moldam. Num segundo momento, de co-regulação, o ser em crescimento vai aprendendo, na interacção com os outros, a dominar-se e respeitar os pares (sem dispensa da atenção cuidada e, sempre que necessário, activa e interventiva, do adulto). Para chegar, por fim, à auto-regulação, estádio maturo e autónomo em que, sozinhos, encontramos o nosso equilíbrio social.
Simples? Não, complexo. Sobretudo quando os políticos não percebem que tratar isto exige uma longa “linha de montagem”, que requer pessoas com tempo e meios para apertar os “parafusos”.
Dispendioso? Talvez não, se se derem conta que dispensa muitos envios para o “controlo de qualidade”. E, mais ainda, se se derem conta que os produtos acabados desta “linha de montagem” são pessoas. Isso, pessoas!
Uma forma de ignorar o problema da indisciplina é não o assumir como coisa da sociedade e da Escola e torná-lo coisa do professor, cuja função é mediar a aprendizagem dos alunos e não gerir conflitos provocados por comportamentos disruptivos. Tenhamos presente que essa função principal é constantemente secundarizada, quando não anulada, pela indisciplina e que grande parte do tempo lectivo é ocupada com a gestão de conflitos, quando devia ser usada com a gestão das aprendizagens.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
Prova de Aferição e Exames: Informações - Prova 2016/2017
Informação sobre as Provas de Aferição do 2.º ano de escolaridade[ver pdf] do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Condições de realização das provas de Expressões Artísticas e Expressões
Físico-Motoras
A escola deverá elaborar, até 31 de março de 2017, para cada turma, um plano de aplicação da prova,
onde se indique o dia, a hora e o local de realização da prova.
Os alunos devem ser identificados com coletes numerados (autocolante ou outra forma de numeração)
para que os observadores identifiquem facilmente a quem se referem os registos da observação.
Antes de os alunos iniciarem a prova, o espaço e os materiais devem estar preparados, de acordo com
as indicações explicitadas no guião da prova.
Durante a aplicação da prova, o professor titular organiza os alunos para a realização das tarefas,
de acordo com as indicações do guião da prova, garantindo as condições e o ambiente favoráveis à
observação dos desempenhos dos seus alunos. Nesta tarefa, o professor titular pode ser coadjuvado
por um colega da escola ou do agrupamento de escolas.
A avaliação dos alunos em prova (observação, registo e classificação) é feita presencialmente por
uma equipa de professores avaliadores, preferencialmente do agrupamento, que, no caso da prova
de Expressões Físico-Motoras, integra professores do 1.º ciclo e professores de Educação Física e
que, no caso da prova de Expressões Artísticas, integra um professor do 1.º ciclo e professores de
Educação Musical, de Educação Visual ou de Educação Tecnológica.
Além desta informação-prova, serão disponibilizados para consulta no sítio do IAVE
documentos pedagógicos de apoio às provas de expressões no 1.º ciclo e à sua preparação:
videogramas, guiões, materiais de apoio e especificações de materiais, conforme aplicável.
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