quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A opinião de Santana Castilho no Público

Santana Castilho - Público

O que António Costa disse comprova tudo o que tenho escrito sobre o modo como o seu PS trata a Educação.

Na Assembleia da República, a 2 do corrente mês, António Costa disse que para a progressão na carreira dos professores conta simplesmente o tempo e que o mérito não é considerado. Por ignorância ou má-fé, António Costa mentiu. E para comprovar o que escrevo, qualquer cidadão pode ler o decreto-regulamentar 26/2012 e verificar quão deplorável foi o topete do primeiro-ministro. Com efeito, a avaliação do desempenho dos professores, a que todos estão sujeitos, mede a sua competência científico-pedagógica, a sua actividade na escola e na comunidade e o seu percurso em termos de formação contínua (25 horas de formação mínima por cada dois anos de carreira); envolve vários órgãos de gestão interna e elementos externos; termina com uma classificação de 1 a 10, posteriormente transformada numa menção qualitativa; uma menção qualitativa de “insuficiente” implica a não contagem do respectivo tempo de serviço para a progressão na carreira. O que António Costa fez, em termos práticos e mentindo, reitero, foi classificar com “insuficiente” os milhares de professores a quem subtraiu quase dez anos de trabalho.

Compreenderiam os professores que António Costa não lhes pudesse pagar o que ficou por pagar no período em que viram as suas vidas profissionais congeladas. Mas não compreendem a natureza discriminatória com que este malabarista da política agora os trata. O que disse não é sério. O que disse comprova, em definitivo, tudo o que tenho escrito sobre o modo como o PS de António Costa trata a Educação. Maria de Lurdes Rodrigues começou, perversamente, a destruir a carreira profissional dos docentes. Tiago Brandão Rodrigues, que prometeu lutar radicalmente por ela, fugiu depois pela porta de uma garagem. António Costa acaba de a fazer em cacos. Se outras não houvesse, esta era razão mais que suficiente para a greve que acontecerá no dia em que estas linhas vierem a lume e no dia em que os deputados discutirão o OE para a Educação.

São sempre especulativas as teorias sobre a intencionalidade conspirativa das acções do Governo. Concedendo que se pode tratar de uma lamentável coincidência, não posso deixar de registar que tenha sido escolhida esta altura para tornar público um estudo oficial a exibir os maus resultados dos nossos alunos e, subliminarmente, a sugerir a deficiente qualidade do trabalho das escolas públicas e dos seus professores. Refiro-me a um estudo da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência sobre os resultados dos alunos do 3.º ciclo, em 2014/15. A um documento desta natureza está vedado, por definição, o registo opinativo e o uso repetido de qualificativos impressivos. Mas neste é recorrente o uso do termo “impressionante” aposto a dados estatísticos que podem não “impressionar” quando relacionados com outros. Por exemplo, que significa dizer (pág. 5) que é impressionante que 85% dos retidos tenham negativa a cinco ou mais disciplinas, se nos escondem o número absoluto de que partem? Por exemplo, o próprio documento reconhece (pág. 3) que não é tecnicamente correcto, numa escala de níveis, usar a expressão “negativas” para designar a colocação dos alunos nos níveis 1 e 2. Mas é essa expressão que o estudo adopta e é depois escolhida, naturalmente, para os títulos que se seguiram na comunicação social. Não podendo aqui, por limitação de espaço, fundamentar com mais exemplos a implícita orientação da prosa que acompanha os dados para propalar a mensagem, nada inocente, de estarmos face a um desastre, resta a consolação de, na mesma altura, um outro estudo, vindo da Comissão Europeia, revelar que o número de alunos com maus resultados está a descer em Portugal, em contraciclo com o resto da Europa, onde esse número cresce. Impressionante, não? Impressionante que por cá se insinue que escolas e professores são medíocres e por lá se afirme que os resultados escolares são melhores que os do resto da Europa.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Greve de professores mantém-se!


O impacto da greve de amanhã


Jornal I



 JN



 DN



RR

O Ministro da Educação, que prometeu defender radicalmente os professores, não estará presente na reunião!

Em favor da greve dos professores

Pedro Costa -  Editorial Vila Nova

Amanhã, 15 de novembro, é dia de greve dos professores (do ensino básico e secundário).

O simples facto de os professores estarem em greve deveria constituir, por si só, uma situação para a sociedade inteira se colocar de sobreaviso e colocar, se não ambos, pelo menos um ouvido no ar a tentar perceber se se passa alguma coisa que valha a pena escutar. Afinal, trata-se de uma greve de professores; e os professores têm por função, não apenas profissional mas também pessoal, colocar questões, ensinar e dar algumas orientações sobre os caminhos a trilhar. E mais, os professores não costumam aderir a greves, mas ultimamente têm-no feito de forma inusitada e de modo algum habitual.

O que se estranha nesta greve é a circunstância de os professores, enquanto classe, se encontrarem unidos numa reivindicação que até há muito bem pouco tempo os deixaria a quase todos indiferentes – a não contagem do tempo de serviço para a progressão na carreira profissional.

A causa desta estranheza, a nosso ver, residirá no uso, pelo Governo, de um discurso político confrangedor, que lembra a deslocação do caracol e faz pensar que só daqui a muitos anos os professores poderão aspirar a terem por direito o mesmo que os demais portugueses, tentando fazer esquecer que este Governo foi eleito com um determinado discurso e programa e que é este mesmo Governo quem tem poderes de e obrigação para governar, logo para submeter à aprovação e publicar as leis necessárias a quaisquer alterações indispensáveis de realizar. Não há lei que não possa ser derrogada, em especial se injusta e se contar com a maioria da Assembleia da República contra si.

A estranheza perante este discurso faz prever uma greve com enorme adesão a nível nacional e que deixa entrever o encerramento da maioria das escolas, contrariamente ao habitual. Acresce ainda a já de si igualmente estranha reação dos professores aquando da prévia greve da Função Pública, de 27 de outubro, com a maioria dos professores a terem já aderido à mesma.

Esta estranheza só não é alheia a quem vive nas escolas o dia a dia e é professor ou seu familiar. Nos últimos 30 anos, o grupo profissional dos professores é daqueles que mais tem sentido na pele as transformações sociais, resultado também das mudanças tecnológicas, mas sobretudo das alterações ocorridas nos mercados laborais, das crises financeiras e da mudança de mentalidades associadas à revolução que a liberdade dos nossos dias trouxe à sociedade, com todas as vantagens e desvantagens que lhe são inerentes.

O professor tem vindo a descer na escala social. Se em meados dos anos 80, com o crescimento económico e a entrada de dinheiros europeus, o professor foi visto como uma profissão de futuro e que garantia e projetava ascensão social, hoje o professor é pouco mais do que um proletário. Para além do enorme crescimento da classe, motivado pela necessidade de generalizar o ensino entre a nossa população depois de tantos anos de analfabetismo, que levou para este grupo profissional muita gente com reduzidas preocupações de intervenção no plano social, intelectual e cultural, na sociedade dos nossos dias esse papel fulcral do professor como personagem essencial à transmissão do(s) saber(es) tem-se desvanecido sob o peso da irrelevância financeira numa sociedade que mede o sucesso, logo a qualidade e o estatuto das pessoas, pelo rendimento que elas auferem.

Esta desvalorização contínua da função docente é indissociável da forma como pais e encarregados de educação vêm a escola em geral. As escolas são cada vez mais lugares onde os pais deixam os seus filhos para poderem ir trabalhar, quando não é o caso – pontual, é certo – de apenas aproveitarem o tempo no seu lazer individual. São também lugares onde, com frequência, encarregados de educação e/ou mesmo alunos coagem verbalmente, insultam ou agridem professores. Se com frequência até se ouvem comentários favoráveis ao exercício de uma maior autoridade pela Escola em geral, surgem em sentido contrário as afirmações que a desvalorizam e desautorizam (veja-se o absurdo caso do aparecimento da minhoca numa cantina de Braga em que já se pede a demissão da Diretora da Escola por ter feito o que devia – instaurar um processo disciplinar a quem realizou o uso indevido de imagens em contexto escolar; e não, não se trata do uso da lei da rolha).

Não admira por isso que, segundo os últimos dados, haja cada vez menos jovens a querer ser professores e a só quererem ser professores os alunos com mais baixas classificações no final do secundário. Assim sendo, dentro de poucos anos, serão poucos e cada vez em menor número aqueles que têm aptidão para o exercício da profissão de professor e a querer sê-lo. Por outro lado, não surpreende também que movimentem pela dignificação do seu trabalho e do seu estatuto social aqueles que ainda se encontram no ativo, a grande maioria dos quais a caminhar para o final da sua carreira contributiva, mas em situação equivalente ou semelhante à de aprendizes.

A avaliação por mérito, como se tem visto ao longo dos últimos anos, é uma falsa questão e, aliás, completamente desnecessária. Nos últimos tempos nem sequer tem sido abordada, mas deveria sê-lo; e ser proposto o seu fim imediato. Para além disso, estou em crer que deveria ser realizada a contagem integral de todo o tempo de serviço a todos os professores, com efeitos retroativos, pelas grandes injustiças salariais que tal diferença acarreta.

É sobretudo por estas questões, apesar de também por algumas outras, que espero sinceramente que os professores obtenham resultados que lhes sejam favoráveis; toda a sociedade sairia a ganhar.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

AEC - Contagem do tempo de serviço para efeitos de concurso

Tempo de serviço AEC 


Segundo o Ministério da Educação (ME), os professores das AEC não podem ver este Tempo de Serviço (TS) ser considerado para efeitos da 2.ª prioridade nos concursos de professores. Medida esta, recente, que prejudicou colegas no concurso nacional de 2017/2018 e que muitos mais vai prejudicar no próximo ano. 

Medida tão extraordinária, como em geral, têm sido os concursos cheios de novidades e artimanhas. Ninguém sabe ao certo quais são as regras deste jogo, pois depende da imaginação dos que estão a comandar o Ministério da Educação. 

Desta forma, enumero algumas observações/questões pelas quais considero ser justo que o TS em AEC seja considerado para efeitos de 2.ª prioridade: 

1. O problema surge por uma questão de designação, os professores das AEC são designados de técnicos e não de docentes. Foi a razão dada pela jurista da DGAE que indeferiu o recurso posto por um professor que viu o seu tempo de serviço AEC não relevar para efeitos de 2.ª prioridade no concurso nacional de 2017/2018. Pergunto: O que é um docente? Questão que deve ser esclarecida pelo ME, pois existe muita gente “confusa”. 

2. Existem horários de técnico AEC atribuídos aos docentes de quadro e docentes contratados para preencher horários zero ou para completar horários incompletos. Situação que, mais uma vez, levanta dúvidas: 
• Como é isto possível se são funções “totalmente” diferentes, segundo a jurista do DGAE? 
• Docentes que trabalham como técnicos? • A ser pagos como docentes enquanto desempenham funções de técnicos? 
• A ter TS de docente quando na verdade foram desempenhadas funções de técnicos? 
• Como foram redigidos os registos biográficos, os agrupamentos separaram o tempo de serviço de técnico AEC do restante? 
• Como converteram no caso dos colegas do Secundário que têm horários completos de 22 horas semanais e completaram com horas em AEC que é calculado com base em 25 horas semanais? 

3. Existem formadores do IEFP e CNO que desempenham funções de “técnicos especializados” e veem esse tempo de serviço ser contabilizado para 2.ª prioridade. Dúvida: eles não são “técnicos”? Afinal existem técnicos que são docentes? Acrescido do facto de muitos destes formadores nem trabalharem para o ME, mas sim para o Ministério da Solidariedade, Emprego e da Segurança Social.

4. Vão continuar a certificar tempo de serviço prestado em estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (EPC), em Escolas Profissionais Privadas e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) em Portugal Continental. Na plataforma SIGRHE, existe uma aplicação que permite a certificação do tempo de serviço prestado nestes estabelecimentos. Os professores das AEC vão estar em “igualdade de oportunidades” com eles? Não, porque estes “docentes” vão ficar ordenados à frente dos “técnicos” das AEC públicas, um horário AEC não consegue competir com um horário nesses estabelecimentos. 

5. Os professores das AEC são contratados pelos Agrupamentos de Escola, em concurso público lançado na plataforma do SIGRHE para cumprirem funções em escolas públicas, com alunos do setor público, com fundos públicos, devidamente habilitados para estas funções de técnicos em Grupos de recrutamento para a docência. Confusos? Sim, estamos todos, porque é que os AE precisam de professores do GR 100, 110, 120, 240, 330, … para serem técnicos? Incrédulos?! Deem uma vista de olhos na plataforma SIGRHE no separador AEC. 

6. O Tempo de serviço em AEC só releva para efeitos de concurso se estes colegas forem profissionalizados, ou seja, só é contabilizado o tempo de serviço em AEC “… desde que os candidatos, à data em que prestaram serviço nessas atividades, fossem detentores de uma qualificação profissional para a docência” como diz a legislação. 7. Só agora é que alguns técnicos não são docentes, porque os técnicos especializados ainda são docentes aos olhos do ME. Vejam só: Nota Informativa do ME em 2012/2013 a dizer o seguinte: “… o tempo de serviço prestado no âmbito das AEC releva para efeitos da 1.ª prioridade.” Portanto, pelo menos, este tempo de serviço em AEC no ano letivo de 2012-2013 tem que ser contabilizado. 

Observação final

Estes professores sentem-se abandonados pelos sindicatos que, só lutam pelos escalões mais altos, esquecendo-se dos mais baixos; pois, para eles esta situação nem existe, estes professores nem são professores, ganham uma ninharia e não pagam quotas. Nas escolas, os professores estão cansados de burocracia, representam uma classe, cada vez mais, envelhecida; e, os “técnicos” AEC já foram novos, cada vez mais são representados por uma geração que não consegue ser “docente”, que desempenharam e desempenham funções AEC para sobreviver à crise que os atirou para as filas do desemprego, esperando dias melhores; não tendo culpa de ter nascido na geração que nasceu. Com esta medida, o tempo de serviço das AEC não relevar para efeitos de 2.ª prioridade, só se vão agudizar as injustiças, que já não são poucas. Para o ME, estes professores são uma geração de técnicos, professores rascos, de não docentes. 
(Recebido por e-mail)

NOESIS – Notícias da Educação – do mês de novembro

Já está disponível o Boletim mensal NOESIS – Notícias da Educação – do mês de novembro.


Números anteriores disponíveis em http://www.dge.mec.pt/boletim-noesis.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

10ª Reserva de Recrutamento 2017/2018

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Lista de Colocação Administrativa dos Docentes de Carreira – 10ª Reserva de Recrutamento 2017/2018.





Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 13 de novembro, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 14 de novembro de 2017 (hora de Portugal continental).

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

É bom que estejam!


Na 1ª página do Jornal I

Descongelamento. Deputados do PS preocupados com revolta de professores

...

A questão, agora, é diferente. O governo está disponível para descongelar as carreiras dos professores, mas só a partir deste ano. E os efeitos desta medida para o partido foram discutidos em duas reuniões, uma apenas entre deputados socialistas e, posteriormente, num encontro entre alguns deputados da Educação com o ministro Tiago Brandão Rodrigues.

Não há dinheiro – foi a resposta que os deputados apreensivos obtiveram do coordenador do PS na Comissão de Educação, Porfírio Silva. Também outro deputado socialista, André Pinotes Batista, eleito por Setúbal, concordou que o descongelamento com efeitos retroativos seria incomportável para as finanças públicas. Mas o mal--estar é grande e foi verbalizado com alguma veemência ao ministro da Educação por uma deputada socialista da Comissão de Educação, Maria Augusta Santos, que também é professora. Segundo relatos feitos ao i, a deputada eleita por Braga disse ao ministro que se a medida avançasse como está, o PS iria perder os professores.
...

Pré-Aviso de Greve da Frente Sindical de Docentes

Das zero às vinte e quatro horas do dia 15 de novembro de 2017 

A Frente Sindical de Docentes, constituída pelos sindicatos de educadores e professores ASPL, PRÓ- ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPPEB, SIPE e SPLIU, ao abrigo do artigo 57.º da Constituição da República Portuguesa e nos termos dos artigos 394.º a 396.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014 de 20 de junho, convoca Greve Nacional, das zero às vinte e quatro horas do dia 15 de novembro de 2017, de Educadores e Professores abrangidos pelo âmbito estatutário destas associações sindicais, independentemente da natureza do vínculo ou contrato, com os seguintes fundamentos: 

Para que o tempo de serviço prestado pelos Educadores e Professores durante o período de congelamento - 9 anos e 4 meses - seja contabilizado para efeitos de progressão na carreira; 

• Por um regime especial de aposentação;

 • Por melhores condições de trabalho; 

• Por um modelo de concursos justo.

Para contestar através da negociação, esta Frente Sindical entregou no Ministério da Educação um documento com as suas reivindicações e propostas já no passado dia 6 de novembro, pelas 15h00, reiterando a sua exigência de negociação sindical sobre esta matéria. 

No dia, 15 de novembro, os seus dirigentes concentrar-se-ão em frente à Assembleia da República pelas 11h30, e apelam a todos os educadores e professores que se unam e se envolvam, fazendo greve e deslocando-se à Assembleia da República

Só com esta posição forte face às propostas do Governo que prejudicam a progressão na carreira de todos os docentes e com envolvimento de todos os educadores e professores e de todas as suas estruturas sindicais, conseguiremos reverter esta situação que o governo insiste em nos impor, discriminando a nossa classe profissional, já tão maltratada, sobretudo na última década. 

Lisboa, 07 de novembro de 2017

A Frente Sindical de Docentes

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Leituras - Escola: Uma Tribo Global


O livro reúne um conjunto de artigos e reflexões do Professor Doutor João Ruivo, escritos em momentos diferentes, mas ligados por um fio condutor.

Como refere o autor, "os textos mantêm a sua estrutura original e foram escolhidos, entre muitos outros, por pressentirmos que são representativos daquelas circunstâncias. Foram concebidos em diferentes momentos do nosso percurso profissional, viram a luz em distintas publicações, nacionais e internacionais, e pretenderam contribuir para o aperfeiçoamento da organização escolar, para o desenvolvimento da profissionalidade docente e para o sucesso de todos os que procuram nos sistemas educativos uma janela de esperança e de oportunidade, no desígnio de redesenharem o seu futuro".

Referira-se, ainda, que existe um fio invisível que une estes textos: o facto de todos eles se reportarem à escola pública, enquanto comunidade educativa total e global, ou seja, aquilo que gostamos de apelidar de tribo escolar.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Informação CGA - Aposentação por carreira longa

Aposentação por carreira longa

O Decreto-Lei n.º 126-B/2017, de 6 de outubro, instituiu uma nova modalidade de aposentação antecipada denominada aposentação por carreira longa.

Esta nova modalidade de aposentação é aplicável a todos os subscritores da Caixa Geral de Aposentações que não estejam abrangidos por regimes especiais em matéria de condições de aposentação ou reforma ou em matéria de regras de cálculo ou atualização da pensão.

Podem requerer a aposentação por carreira longa, independentemente de submissão a junta médica e sem prejuízo da aplicação do regime da pensão unificada, os subscritores da CGA com, pelo menos, 60 anos de idade e que:

a) Tendo sido inscritos na CGA ou no regime geral de segurança social com idade igual ou inferior a 14 anos, tenham, pelo menos, 46 anos de serviço efetivo de funções;

b) Independentemente do momento em que tenham sido inscritos na CGA ou no regime geral de segurança social, tenham, pelo menos, 48 anos de serviço efetivo de funções.

O valor da pensão é calculado nos termos gerais, sem redução por aplicação do fator de sustentabilidade ou de penalizações por antecipação relativamente à idade normal de acesso à pensão de velhice.

Aposentação por incapacidade

A pensão de aposentação atribuída com fundamento em incapacidade deixa de ser reduzida por aplicação do fator de sustentabilidade a partir do mês seguinte àquele em que o pensionista completa 65 anos de idade.

Esta alteração do regime aplica-se, a partir de 1 de outubro de 2017, a todas as pensões em pagamento a que, naquela data, não tinha sido, ainda, aplicado o fator de sustentabilidade, bem como, naturalmente, a todas as pensões a atribuir no futuro.

Períodos contributivos noutros regimes de pensões

De acordo com o novo regime, os períodos contributivos cumpridos no âmbito de outros regimes de proteção social, na parte em que não se sobreponham aos períodos contributivos cumpridos no regime da CGA, são considerados e relevam para os seguintes efeitos:

a) Cumprimento do prazo de garantia;

b) Condições de aposentação ou reforma;

c) Determinação da taxa de bonificação;

d) Apuramento da pensão mínima.

Consideram-se outros regimes de proteção social:

a) O regime geral de segurança social;

b) Os regimes especiais de segurança social;

c) Os regimes das caixas de reforma ou previdência ainda subsistentes;

d) O regime de segurança social substitutivo constante de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho vigente no setor bancário;

e) Os regimes de segurança social estrangeiros ou internacionais, desde que confiram proteção nas eventualidades de invalidez e velhice. 

Criado o certificado "Passe Jovem"

Publicada a Portaria que cria o certificado «Passe Jovem»

O Passe Jovem é um instrumento de registo de participação, de reconhecimento e validação de aprendizagens desenvolvidas por jovens, em processos e atividades do domínio da educação não formal, fora do contexto escolar.

Frente Sindical de Docentes entregou documento ao Ministro da Educação


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

9.ª edição do concurso "Conta-nos uma história!"

O Ministério da Educação (ME), através da Direção-Geral da Educação (DGE), do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e do Plano Nacional de Leitura (PNL), em parceria com a Microsoft, a Associação Portuguesa de Professores de Inglês(APPI) e com a Rádio ZigZag, lança a 9.ª edição do concurso "Conta-nos uma história!".

A candidatura é feita online, até ao dia 15 de janeiro de 2018, através do preenchimento de um formulário disponível em http://erte.dge.mec.pt/formularios.

A entrega dos trabalhos decorrerá de 16 de janeiro a 30 de março de 2018, no endereço http://erte.dge.mec.pt/formularios.

Para mais esclarecimentos, consulte o site de apoio ou contacte-nos através do endereço de correio eletrónico: podcast@dge.mec.pt.

Leituras: A Escola e as TIC na Sociedade do Conhecimento

O livro"A Escola e as TIC na Sociedade do Conhecimento", coordenado pelo professor doutor João Ruivo e pelo mestre João Carrega, é editado pela RVJ - Editores e tem o prefácio do pró-reitor da Universidade Nova de Lisboa, Carlos Correia.

O livro reúne um conjunto de artigos científicos, alguns dos quais com estudos de caso, dos investigadores João Ruivo, Helena Mesquita, David Rodrigues, Ana Isabel Costa, Guilhermina Lobato Miranda, Cristina Ponte, Vitor Tomé, João Carrega, Rosário Quelhas, Cristina Chabert e António Trigueiros.

Em vários artigos são apresentadas situações concretas sobre o uso das TIC na escola, bem como o resultado de estudos efetuados.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Reserva de Recrutamento nº 09

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Lista de Colocação Administrativa dos Docentes de Carreira – 9ª Reserva de Recrutamento 2017/2018.


Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 6 de novembro, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 7 de novembro de 2017 (hora de Portugal continental).

GREVE E CONCENTRAÇÃO – dia 15 de novembro de 2017


COMUNICADO


Sindicatos de professores unidos contra a discriminação dos docentes no que se refere ao congelamento das suas carreiras


GREVE E CONCENTRAÇÃO – dia 15 de novembro de 2017


A Frente Sindical de Docentes, constituída pelos sindicatos de professores ASPL, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPPEB, SIPE e SPLIU, decidiu convocar greve a todo o serviço docente e realizar uma concentração no próximo dia 15 de Novembro em convergência com a FENPROF e a FNE.

Os Dirigentes destes sindicatos apelam a todos os docentes para uma forte adesão às iniciativas e formas de luta a implementar, designadamente à greve anunciada para o dia 15 de Novembro e à participação na respetiva concentração.

Esta Frente Sindical de Docentes considera que a situação dos professores e educadores será bastante agravada com o novo Orçamento de Estado, uma vez que o tempo de serviço por eles prestado durante o período de congelamento (9 anos e 4 meses) não será contabilizado para efeitos de progressão na carreira.

Para contestar através da negociação, a Frente Sindical irá entregar ao Ministério da Educação um documento com as suas reivindicações e propostas já no próximo dia 6 de novembro, pelas 15h00, reiterando a sua exigência de negociação sindical sobre esta matéria.

No dia, 15 de novembro, os seus dirigentes concentrar-se-ão em frente à Assembleia da República pelas 11h30, e apelam a todos os educadores e professores que se unam e se envolvam, fazendo greve e deslocando-se à Assembleia da República.

Só com esta posição forte face às propostas do Governo que prejudicam a progressão na carreira de todos os docentes e com envolvimento de todos os educadores e professores e de todas as suas estruturas sindicais, conseguiremos reverter esta situação que o governo insiste em nos impor, discriminando a nossa classe profissional, já tão maltratada, sobretudo na última década.

Novas e outras formas de luta conjuntas, para além das já anunciadas por todas as estruturas sindicais, poderão ser equacionadas para defesa das condições de trabalho da classe docente, designadamente os horários de trabalho, a aposentação e os concursos.

Lisboa, 3 de novembro de 2017

A Frente Sindical de Docentes

PaN - Prova do Conhecimento da Língua Portuguesa para Aquisição de Nacionalidade

Aviso de abertura do procedimento de inscrição da Prova do Conhecimento da Língua Portuguesa para Aquisição de Nacionalidade.

PaN - Aviso de abertura do procedimento de inscrição para a prova

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Informação sobre as Provas de Aferição do Ensino Básico, Provas Finais do 3º Ciclo e sobre os Exames Nacionais do Ensino secundário

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

15 de Novembro - Dia Nacional de Luta dos Professores


Regime de Concursos para o Ensino Artístico, Concurso Interno Antecipado e Vagas de Acesso aos 5º e 7º Escalões

O Ministério da Educação enviou aos sindicatos de docentes convocatórias para reuniões negociais, a realizar em novembro, com a seguinte ordem de trabalhos;

  • Criação do regime de recrutamento e seleção de docentes no ensino artístico especializado da música e da dança;
  • Concurso externo extraordinário do pessoal docente das componentes técnico-artísticas do ensino artístico especializado;
  • Concurso interno antecipado;
  • Regulamentação do nº 7 do artigo 37.º do Estatuto da Carreira Docente

Projetos de Diploma:






quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Tenha vergonha Sr. Ministro!

Santana Castilho - Público

“A lucidez é um sorriso triste.”
Mário Pinto de Andrade

Toca-me a pouca sorte de ter que estar atento ao breviário de cordel que Tiago Brandão Rodrigues vai escrevendo. Na Gulbenkian, durante uma conferência internacional, referiu-se ao plano que teve o computador Magalhães por estrela, classificando como errada a decisão que lhe pôs fim e criou, assim o disse, “um défice oculto nas competências de muitos dos nossos alunos”. Longe do país na altura dos factos e arredado dos problemas da Educação como sempre esteve e continua, o ministro debitou vacuidades sobre o que desconhece. 

Assim o deixaria, talhando a sua simplória “escola-alfaiate”, não fora a mentira que propalou à margem da conferência, quando teve o topete de garantir que a carreira dos docentes não será prejudicada em relação aos demais funcionários públicos. Como se permitiu afirmar que no OE para 2018, o mesmo que reserva 211 milhões de euros para o descongelamento das carreiras dos funcionários públicos e mais de mil milhões para continuarmos a pagar as falências do BES, Banif e BPN, “não há nenhuma excepcionalidade em relação aos professores”? Como se permitiu fazer tal afirmação, sabendo que aos professores foram roubados cerca de dez anos de trabalho? Quem assim demanda sem pudor a “lã” alheia tem que ser tosquiado na praça pública com o vocativo que a indignação não consegue calar: tenha vergonha! 

Para onde quer que nos viremos desde 2005, resta sempre a menorização dos professores e a visão instrumental da Educação. Pouco, demasiado pouco, para desenvolver o país e humanizar o Estado. Mas enquanto nos ministérios de Lurdes e Crato sempre fui acompanhado nas críticas por muitos analistas e por manifestações relevantes dos professores, tudo mudou, a partir de 26 de Novembro de 2015, data em que a esquerda assumiu o poder. 

Sobre Educação, as primeiras 55 propostas de intervenção, a que António Costa chamou “o primeiro capítulo do programa de Governo”, eram um repositório de banalidades. Analisei-as nesta coluna em 6 de Maio de 2015. O programa eleitoral limitou-se a recuperar tristes conceitos de Maria de Lurdes Rodrigues e a expressar pouca consideração pelos professores portugueses. Critiquei-o em artigos de 12 de Agosto e de 9 de Setembro desse ano. E se dúvidas tivesse quanto á desvalorização da complexidade dos problemas do sistema de ensino por parte de António Costa, dissiparam-se por completo quando nomeou para a pasta um jovem de 38 anos, que viveu no estrangeiro desde os 23, sem nunca ter escrito uma linha ou expressado publicamente uma ideia sobre Educação. Ora apesar de ter evidenciado o seu ímpeto revanchista e a sua impreparação bem cedo, a verdade é que professores e sindicatos assistiram aos seus erros e à sua errância com uma complacência surpreendente, enquanto eu, quase isoladamente, os fui denunciando de modo sistemático e fundamentado. Parecem, finalmente, acordados. Bem-vindos à realidade! 

Quando se escreve sobre o que aconteceu, depois de amadurecida reflexão, acaba-se acrescentando algo ao analisado. É isto a crítica. Mas se até em ciência as verdades são sempre provisórias, que dizer das “verdades” que a análise crítica propõe? Todavia, quando o tempo confirma que tínhamos razão ao interpretar o que ia acontecendo, temos legitimidade para sorrir. Ainda que seja triste o sorriso com que lemos a balança da razão. 

E agora, depois da greve, o que vai acontecer? Continuaremos tolhidos pelas mentiras e pelo medo? Como mudar isto se a maioria se move na defesa dos seus interesses, sem perceber que os defenderiam melhor se defendessem os interesses de todos os professores, sejam eles do privado ou do público, novos e velhos, do básico ou do secundário, dos quadros ou contratados? O que me é caro nesta utopia de união é a certeza de que dela depende a defesa duradoura dos interesses dos alunos.

Público, 01/11/2017
(Negrito nosso)

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Formação financeira vai ser lecionada em todas as escolas

A partir do próximo ano, a formação financeira vai ser lecionada em todas as escolas, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, estando em preparação a formação de professores, anunciou esta segunda-feira o secretário de Estado da Educação, João Costa.

O plano do Governo é, segundo o secretário de Estado, formar ainda este ano um coordenador de cidadania e desenvolvimento “em cada escola”.

João Costa lembrou que atualmente a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento já é lecionada em 235 escolas, no âmbito do projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular, mas a partir do próximo ano a disciplina vai ser alargada a todas as escolas do país.

Observador

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A campanha contra os educadores e professores continua!

O Correio da Manhã escreve hoje que "Professores custam mais 600 milhões/ano"  e que "Descongelar carreira docente com pagamento integral dos novos escalões custaria tanto quanto o que o Estado prevê gastar em toda a Função Pública", mas esqueceu-se o CM de escrever que aos docentes portugueses roubaram nos últimos anos mais de 5000 milhões de €uros e que educadores e professores deram um enorme contributo para pagar uma crise de que não foram responsáveis. 

Educadores e Professores recusam-se a pagar a crise!




domingo, 29 de outubro de 2017

"a eficácia do desenvolvimento da inteligência emocional é hoje considerada um factor de sucesso das lideranças"

João Ruivo

A inteligência emocional é aquela que, para além de definir o nosso comportamento e as nossas atitudes, nos permite ser honestos connosco próprios e, consequentemente, com os outros.

É a que nos permite termos consciência e entendimento acerca dos nossos sentimentos e dos das outras pessoas, de modo a que possamos expressar, potenciar e gerir as emoções para encarar os problemas como desafios, de modo realista, observando as diferentes partes e compreendendo os outros como parte dum todo, cujo retorno se reflete na gestão, na instituição escolar e nos indivíduos que a compõem.

Está, assim, a observar-se uma nova transformação social: do mesmo modo que a Era Industrial deu lugar à Era da Informação, esta está a dar lugar à Era Conceptual, uma vez mais pela acção da riqueza, do progresso tecnológico e da globalização.

Sendo certo que o nosso hemisfério esquerdo está associado às características da Era da Informação e o nosso hemisfério direito à Era Conceptual, tal não significa o domínio de um sobre o outro.

Ao invés, pretende-se estabelecer um novo equilíbrio, dado que as diferenças vincadas entre os dois hemisférios nos fornecem uma metáfora poderosa para interpretarmos o presente e nos orientarmos no futuro.

Ao contrário do elemento físico, o elemento intelectual pode ser sempre desenvolvido. Podemos parar de nos desenvolver fisicamente, algures entre os dezoito e os vinte e cinco anos, mas o desenvolvimento emocional prossegue até morrermos. Para tal basta aprender e treinar as aptidões e as competências que o compõem.

São conhecidos inúmeras as estratégias, métodos e modelos. Porém, o que importa é estar consciente da importância do "calor humano" nas cadeiras do poder.

Os gestores escolares contemporâneos, para além da necessidade de se encontrarem consigo próprios, terão que permitir aos outros colaboradores da comunidade escolar oportunidades e meios para o seu próprio crescimento, pelo que as instituições educativas que não incorporarem atempadamente a inteligência emocional no local de trabalho, poderão fracassar, pela impossibilidade de procederem à transição para o paradigma da escola de aprendentes do século XXI.

Se esta nova inteligência, a inteligência emocional, nos permite aceder às competências que irão marcar o ritmo da vida moderna, resta-nos adoptá-la num novo modelo de gestão: a Gestão Emocional, como a chave para o sucesso profissional e a satisfação pessoal.

Neste enquadramento, o gestor ou líder do grupo organizacional, não pode subestimar o poder da sua «tribo», ignorando as emoções colectivas. É que essas emoções são contagiantes e, por isso mesmo, é natural que as pessoas prestem mais atenção aos sentimentos e às atitudes comportamentais do seu líder.

Não obstante o modelo seleccionado, a eficácia do desenvolvimento da inteligência emocional é hoje considerada um factor de sucesso das lideranças.

Daí que acredite que, ao tornar mais emocionalmente positivas as escolas, estamos a contribuir para a existência de pessoas (docentes, alunos, pais…) mais felizes e de um mundo melhor.

sábado, 28 de outubro de 2017

Processamento do Subsídio de Natal

Processamento de remunerações 2017 – Subsídio de Natal 

NOTA INFORMATIVA Nº 12/ IGeFE / DGRH / 2017


No sentido de esclarecer as dúvidas que têm vindo a ser colocadas pelos agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas sobre o processamento e pagamento do subsídio de natal, informa-se o seguinte: 

1. Os valores do subsídio de Natal correspondentes aos pagamentos referidos nas alíneas a) e b) do nº 3 da Nota Informativa nº 1/IGeFE/DGRH/2017 de 9 de janeiro são apurados em cada um dos meses de 2017 com base na remuneração relevante para o efeito, tendo por referência a remuneração auferida no mês de pagamento daqueles valores, nos termos legais. Assim, a remuneração que serve de base ao cálculo do duodécimo devido no mês é, efetivamente, a remuneração (base) auferida nesse mês. Igualmente, os 50% a pagar no mês de novembro devem ser calculados tendo por referência a remuneração (base) auferida no mês de novembro.

2. Será sempre necessário verificar se os docentes que mudaram de Escola/Agrupamento foram abonados dos valores referentes aos 50% do subsídio de Natal (máximo de 8/12) nas escolas onde exerceram funções no ano letivo 2016/2017.

Não dispensa a leitura atenta da Nota Informativa 

Literacia emergente e aprendizagem da leitura e da escrita

A aprendizagem da leitura e da escrita começa muito antes da escolaridade formal, através dos contactos diários que a criança vai tendo com a linguagem escrita, nomeadamente em contexto familiar.

O envolvimento em práticas de literacia permite à criança desenvolver, desde muito cedo e de forma contínua, um conjunto de conhecimentos, atitudes e competências relativas à linguagem escrita que antecedem e preparam a aprendizagem formal da leitura e da escrita e que se denomina Literacia Emergente.

As novas orientações curriculares para o pré-escolar são muito claras nas propostas que fazem para o desenvolvimento da literacia emergente quer em contexto de sala quer na articulação com as famílias.

Não se querendo escolarizar o pré-escolar, é fundamental que os educadores-de-infância sejam capazes de intencionalmente identificar oportunidades para que, de modo contextualizado, lúdico e significativo para a criança, esta possa desenvolver estas competências, de que faz parte a motivação para aprendizagem da leitura e da escrita.

Também os professores de 1.º ciclo deverão estar a par do processo de descoberta e aquisição da leitura e da escrita, já que as competências de literacia emergente não remetem para a ideia de pré-requisitos, pelo contrário, baseiam-se na certeza de que o desenvolvimento da literacia se faz de forma continua e que beneficia de uma maior articulação e congruência entre as experiencias de aprendizagem no pré-escolar e no 1.º ciclo.


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

ChildDiary - Plataforma digital para Educadores de Infância


O ChildDiary é uma plataforma digital que permite aos profissionais de educação:
  • reduzir o tempo despendido com os portfólios individuais e de grupo (registos OCEPE e Processos-Chave da Seg. Social)
  • registar as rotinas diárias de forma mais rápida e eficaz
  • partilhar informação, fotografias e videos com os pais de forma totalmente privada
  • agilizar a comunicação diária com as famílias
A plataforma pode ser utilizada em computadores, tablets e telemóveis e toda a informação encontra-se alojada em servidores Microsoft.

Ao contrário dos métodos tradicionais, o ChildDiary reduz o tempo despendido pelos educadores ao automatizar tarefas repetidas, remove a necessidade de guardar a papelada e promove a participação das famílias através da agilização da comunicação escola-família.

https://childdiary.net/pt/

Eleições para o Conselho Nacional de Educação

Eleição do Presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Emília Brederode Rodrigues dos Santos




Eleição dos representantes dos Grupos Parlamentares para o Conselho Nacional de Educação.

Efetivos:
— Nilza Marília Mouzinho de Sena (PSD).
— Porfírio Simões de Carvalho e Silva (PS).
— Manuel Fernando Rosa Grilo (BE).
— Arlindo Henrique Lobo Borges (CDS -PP).
— Francisco José Santana Nunes dos Santos (PCP).
— Antero de Oliveira Resende (PEV).

Suplentes:
— Maria Eugénia Nobre Gamboa (PSD).
— Maria Odete da Conceição João (PS).
— Mariana Fernandes Avelãs (BE).
— Maria Teresa Monteiro Pires de Carvalho de Noronha e Castro (CDS -PP).
— Maria Júlia dos Santos Freire (PCP).
— Maria Dulce Dias Ildefonso Arrojado (PEV).

Atlas da Educação 2017


8ª Reserva de Recrutamento 2017/2018

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Lista de Colocação Administrativa dos Docentes de Carreira – 8ª Reserva de Recrutamento 2017/2018.



Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 30 de outubro, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 31 de outubro de 2017 (hora de Portugal continental).

SIGRHE – aceitação da colocação pelo candidato

SINDICATOS DE PROFESSORES UNEM-SE EM FRENTE SINDICAL CONTRA CONGELAMENTO DE CARREIRAS

Dirigentes, solidários com a greve da função pública, planeiam novas formas de luta

Os sindicatos de professores ASPL, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPPEB, SIPE e SPLIU formalizaram ontem em Lisboa, dia 25 de outubro, a Frente Sindical de Docentes, como resposta às medidas propostas no Orçamento de Estado para o ano 2018. Os dirigentes destes sindicatos declararam em uníssono solidariedade com a greve da função pública de amanhã, dia 27, e prometeram novas formas de luta conjuntas pela defesa dos interesses dos professores.

A Frente Sindical de Docentes considera que a situação dos docentes será agravada no novo Orçamento de Estado, uma vez que o tempo de serviço prestado pelos docentes durante o período de congelamento, 9 anos e 4 meses, não serão contabilizados para efeitos de progressão na carreira. Para contestar esta realidade, a Frente Sindical irá entregar ao Ministério da Educação um documento com as suas reivindicações já no próximo dia 6 de novembro, pelas 15h00, seguindo-se o pedido de reunião com os diferentes grupos parlamentares.

Em conjunto, o ASPL, o SEPLEU, o SINAPE, o SINDEP, o SIPPEB, o SIPE e o SPLIU, pretendem sensibilizar a classe docente para a necessidade de uma posição forte face às propostas do Governo que prejudicam a progressão na carreira de todos os docentes. Neste sentido apela ao envolvimento de todos e promete adotar formas de luta necessárias contra a descriminação da classe.

Lisboa, 26 de outubro de 2017

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

"Ministério da Educação continua a tratar os professores como que de máquinas de uma qualquer unidade de intensivo trabalho se tratasse"

Greve!

Anunciou-se esta sexta-feira, 20 de outubro, através da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) que na próxima sexta-feira dia 27 de outubro decorrerá uma greve. Fonte do Jornal PÚBLICO e LUSA, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof explicou que não só “esta greve será dos educadores de infância, dos professores do ensino básico e secundário, dos docentes do ensino superior, dos investigadores e dos demais trabalhadores científicos que trabalham em serviços públicos ou de resposta social”, assim como em cima da mesa estarão assunto tais como: “o descongelamento das carreiras em condições iguais à restante administração pública e outras matérias”. 

Também aqui o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) acrescentou haver “um conjunto de matérias muito vastas, nós queremos abrir um espaço de negociação. Se não houver resposta por parte do ministro da Educação em relação a estas matérias, entendemos que o recurso à greve ou a manifestações é uma solução". 

Pois bem, uma vez mais é chamado o governo a intervir. É mais uma vez, necessário, que se crie um espaço de intervenção, de negociação, onde a urgência para que seja marcada uma reunião por parte do ministro da Educação impera! Onde a urgência de dar voz aos professores uma vez mais é colocada em causa. 

Professores e educadores têm um horário de 35 horas semanais, muito embora, da forma que o Governo está a fazer o seu levantamento, deu indicação de que os professores estão a trabalhar, semanalmente, 46 horas e 40 minutos. Isto, por si só, coloca em causa o facto de os professores se encontrarem a trabalhar diretamente com os alunos em atividades como os apoios, assim como, a coadjuvação (colaboração) em projetos específicos da promoção do sucesso e, não contabilizarem essas mesmas horas que são também elas consideradas componente letiva. 

Critica-se o Orçamento do Estado para a Educação, querendo, por parte dos professores, “os descongelamentos das progressões na carreira, com garantia de recuperação de todo o tempo de serviço perdido, negociações da atualização dos salários, melhores condições de trabalho e horários em que toda a catividade direta com alunos se integre na componente letiva”. 

Há, também, indicação que para 10 de novembro estará prevista a entrega de um abaixo-assinado com todas as exigências dos professores, “o tempo é de luta porque, como a Fenprof afirma na campanha que promove de valorização da Educação e dos seus profissionais, 2017/2018 terá de ser tempo de resolver problemas”. 

Num tempo em que é necessário e imperativo cuidar da qualidade do ensino, necessário é que o Ministério da Educação se preocupe mais com a qualidade ao invés da quantidade do ensino. Não impera apenas e por si só passar de 35 horas para as 40 horas semanais, importa que o mesmo tenha a consciência e não de amnésia sofra e, que se lembre que a atividade dos professores – dos bons professores – sempre teve e tem um enorme acrescento de horas, usando-se assim dos fins-de-semana e do tempo que deveria caber à família, ao espaço familiar. O Ministério da Educação continua a tratar os professores como que de máquinas de uma qualquer unidade de intensivo trabalho se tratasse. O que separa, ainda, Portugal dos demais países mais evoluídos e que necessariamente apresentam uma melhor situação económica, bem melhor que a nossa, não passa por um aumento de horas de trabalho, mas sim, na capacidade que apresentam e na qualidade das suas decisões, pela qualidade que reside no próprio trabalho. 

Raquel da Silva Fernandes
Professora Universitária
Delegada concelhia da Federação dos Trabalhadores Democratas Cristãos (FTDC)

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Frente Sindical de Docentes Solidária com a Greve de 27 de Outubro


A Frente Sindical de Docentes que integra os sindicatos, ASPL, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPPEB, SIPE e SPLIU, face à gravidade da proposta da lei de Orçamento de Estado para o ano 2018, que prejudica a carreira dos docentes, reuniu hoje em Lisboa pelas 15 horas.

Nesta reunião foram decididas as seguintes medidas:
  • Ser solidário com a greve da Função Pública, agendada para o dia 27;
  • Entregar um documento reivindicativo no dia 6 de novembro no ME, pelas 15h;
  • Pedir agendamento de reunião aos grupos parlamentares;
  • Sensibilizar a classe docente para a necessidade de uma posição forte face às propostas do governo que prejudicam a progressão na carreira de todos os docentes;
  • Adotar todas formas de luta necessárias contra a descriminação dos docentes.

Frente Sindical de Docentes, 25 de outubro de 2017

Leituras

DN

"De acordo com o último relatório Perfil do Docente, do Ministério da Educação, num universo de 104 386 docentes a dar aulas nas escolas públicas no ano letivo de 2015-16, apenas 383 tinham menos de 30 anos. A percentagem de docentes sub-30 era de apenas 0,4% do total."

Observador

"Entendo que os educadores, os professores, os técnicos que os apoiam na ação educativa e os diretores das escolas precisam de se unir, de criar redes de ajuda mútua, precisam de cooperar de modo estruturado e sustentado no tempo."


Público

José Morgado

"... o caminho não passa por uma “escola à medida de cada um” passa por uma escola onde caibam todos e onde todos encontrem resposta para a sua diversidade. Não é a mesma coisa, certo?"



FENPROF

"Há que rejeitar e lutar contra este atentado ao direito a uma carreira digna e valorizada e à igualdade de tratamento"

terça-feira, 24 de outubro de 2017

É imperioso tornar cada vez mais audível a voz dos Educadores de Infância e Professores do 1º Ciclo

Pela equidade no 1.º Ciclo e Pré-Escolar

Desde o final do ano lectivo transato até ao presente momento, temos assistido a um conjunto de afirmações e intenções que são indicadoras de um total reconhecimento da necessidade de haver uma compensação para os docentes do pré-escolar e do 1.º ciclo pelas caraterísticas da monodocência, tornando-se de todo premente a tomada de medidas para suprimir o tratamento desigual dado a estes docentes. Passemos a fazer uma descrição cronológica dos últimos acontecimentos. 

A 8 de junho do corrente ano, o 1.º ministro, na Assembleia da República, relativamente à idade de reforma dos professores, admitiu a criação de condições funcionais onde há efectivamente discriminação, que tem a ver com situações de monodocência.

A 14 de junho, na senda dessa lógica, nas reuniões do ME com os sindicatos foi assumido pela tutela o compromisso relativamente à aposentação de assegurar para os trabalhadores docentes, o paralelismo de eventual tratamento diferenciado. 

A 22 de Setembro, o SIPPEB, no âmbito das reuniões periódicas com o ME, comunicou ao Sr. Ministro que a aposentação na monodocência tem de se efetivar, tendo em conta os horários diferenciados dos restantes professores e que escreverá ao Senhor Primeiro Ministro neste sentido, que aliás já o reconheceu numa das suas alocuções o efetivo tratamento desigual dado à monodocência.

Por último, no passado dia 12 de outubro, a FNE, em Plenário Nacional, aprova uma resolução, a qual delibera no ponto 8: “Encontrar soluções de compensação aos educadores de infância e professores do 1.º ciclo que pelas caraterísticas do exercício em regime de monodocência não podem reduzir a sua componente letiva à semelhança dos seus pares dos restantes ciclos de ensino.”

Aqui, de forma sucinta, se relatam factos de reconhecimento de tratamento diferenciado aos educadores de infância e professores do 1.º ciclo. É de extrema importância constatarmos que esse reconhecimento vem do próprio poder central. Outro não menos importante, trata-se dos sindicatos, que por vezes parecem ignorar o pré-escolar e o 1.º ciclo, parecem ter revitalizado para pugnar pela compensação a estes profissionais da educação face aos horários diferenciados dos restantes professores. É com gaudio que verificamos que um sindicato independente e agora um sindicato afeto a uma central sindical se mostram atentos e interessados em por cobro a mais uma das muitas injustiças que padecem os referidos profissionais. Esperemos que os restantes sindicatos desta mesma forma clara e explícita pugnem pela defesa dos monodocentes. Estamos convictos que tal sucederá e é de todo previsível que mais vozes e entidades reclamem em prol desta causa na defesa da mais elementar justiça. 

Perante estes novos factos e atitudes, os docentes do pré-escolar e do 1.º ciclo têm razões para se sentirem menos abandonados e, tal como a verdade é como o azeite: vem sempre à tona, começo a ter esperanças de que esta discriminação de que são alvo os monodocentes, mais tarde ou mais cedo, será corrigida através da criação de um regime específico de aposentação ou por outras medidas similares. Acrescento só que, para tal acontecer, é imperioso tornar cada vez mais audível a voz destes docentes.

José Carlos Campos

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Candidatura 2018 - Rede de Bibliotecas Escolares

As bibliotecas são estruturas nucleares na escola, dotadas de recursos, serviços e tecnologias, capazes de contribuir para o enriquecimento do currículo e das práticas docentes. São espaços onde se lê, se tem acesso a todo o tipo de documentos, se pesquisa, se usa informação e se exploram ambientes, recursos e técnicas de aprendizagem diversificados. 


Com o objetivo de integrar novas escolas, apoiar projetos de inovação, incentivar a criação de programas de leitura de âmbito curricular e estimular a implementação de estratégias de melhoria da qualidade dos serviços digitais da biblioteca escolar, é lançada a Candidatura 2018, que decorre de 23 de outubro a 07 de dezembro de 2017.

Aviso de abertura[2017.10.23]


Mais informações sobre o procedimento de candidatura poderão ser solicitadas para candidatura2018@mail-rbe.org.