sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mobilidade Especial Voluntária

Estabelece os termos da instrução e tramitação dos pedidos de colocação em situação de mobilidade especial, por opção voluntária, e de concessão de licença extraordinária.

"Troika" disse que Portugal devia ter pedido ajuda mais cedo


Em conferência de imprensa destinada a explicar os termos do acordo de ajuda externa a Portugal, o representante da Comissão Europeia, Jurgen Kröger, referiu que as medidas que constam no acordo de entendimento entre o Governo e a 'troika' seriam "menos restritivas nalgumas áreas" se Portugal tivesse pedido ajuda mais cedo, afirmou hoje o chefe de missão da missão, Jurgen Kroeger.
Este responsável acrescentou ainda que o PEC IV foi "um bom ponto de partida" para a elaboração do plano, mas que "não era suficientemente profundo em reformas estruturais", uma vez "que se concentrava apenas em medidas fiscais".
O representante do FMI na 'troika', Poul Thomsen, considerou que ao PEC "faltava medidas mais específicas" e "tinha falhas em termos de reformas estruturais e no sector financeiro". "O objectivo de [reduzir o défice para] 3,9 por cento não estava a ser bem conseguido através do PEC IV", disse Poul Thomsen.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Propostas do CDS/PP

O CDS-PP vai propor no seu programa eleitoral uma avaliação de professores baseada no sistema do ensino particular, que não “prejudique o funcionamento” do ano lectivo, e exames no final de cada ciclo escolar, anunciou hoje Paulo Portas.
“Há um modelo de avaliação que está a funcionar e que foi subscrito por empregadores e trabalhadores, que é consensual e permite fazer uma avaliação exigente dos professores. É o modelo em vigor no ensino particular e cooperativo. Com as devidas adaptações, pode ser um modelo inspirador”, afirmou Paulo Portas.

Hoje falou o Ministro das Finanças!

Apresentação, pelo Ministro de Estado e das Finanças, das Principais Linhas de Orientação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro.

Acordo Ortográfico e Provas de Aferição - Informação 2011

Informação sobre as implicações do Acordo Ortográfico no processo de codificação das provas de aferição e na classificação das provas de exame nacional
Havendo escolas em que os alunos já contactam com as novas regras ortográficas, uma vez que o Acordo já foi ratificado e dado que qualquer cidadão, nesta fase de transição, pode optar pela ortografia prevista quer no Acordo de 1945, quer no de 1990, são consideradas correctas, na codificação das provas de aferição e na classificação das provas de exame nacional, as grafias que seguirem o que se encontra previsto em qualquer um destes normativos.
Para esclarecimento de dúvidas relativas à nova ortografia, deve ser consultado o Portal da Língua Portuguesa, www.portaldalinguaportuguesa.org , que disponibiliza o Vocabulário Ortográfico do Português (VOP) e o conversor Lince como ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Plano de ajuda prevê autonomia das escolas em 2012

A autonomia das escolas secundárias é uma das medidas apresentadas no plano de ajuda externa a Portugal. Até 2012, o Governo deverá estabelecer contratos de confiança com as escolas com vista a implementar a sua autonomia. Deverão ser criados mecanismos de prestação de contas: os resultados escolares são um dos critérios a ter em conta.
O sector terá uma redução de custos de 195 milhões de euros no próximo ano (face a um orçamento de 6377 milhões este ano), o que deverá conseguido através da “racionalização da rede escolar com a criação de agrupamentos de escolas, abaixamento das necessidades de pessoal, centralização das compras; e redução e racionalização das transferências para as escolas privadas com acordos de associação”.
Em 2011 o sector já sofreu uma redução de cerca de 800 milhões de euros no seu orçamento, em relação ao do ano passado.
Uma boa “performance” das escolas poderá resultar em mais financiamento para as escolas particulares com contratos de associação. No acordo alcançado com a troika, chamam-lhe “incentivos” que se deverão juntar à fórmula de financiamento fixada previamente com base no custo por turma.
Notícia Público
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As escolas públicas deverão receber financiamento com base na evolução de desempenho e na prestação de contas, segundo o memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika'.
No documento é apontada a necessidade de o Governo elaborar um plano de acção com vista a aumentar a qualidade do ensino secundário, nomeadamente através da "generalização de contratos de confiança entre o Governo e escolas públicas, que estabeleçam uma maior autonomia e um quadro de financiamento baseado em critérios de evolução do desempenho e prestação de contas".

Sem comentários ...

. No dia 25 de Março de 2011, o deputado socialista Osvaldo Sarmento e Castro, presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, votou contra a revogação do modelo de avaliação de desempenho de professores.

· Dias depois, o mesmo Osvaldo Sarmento e Castro escrevia no jornal digital “Setúbal na Rede”, a respeito da decisão do parlamento, o seguinte: “Algo recheado de violações à Constituição, designadamente por invasão das competências reservadas do Executivo, entre outras, e que, seguramente, não resistirá ao mais que provável escrutínio do PR ou do Tribunal Constitucional.”

· A 29 de Abril de 2011, o Tribunal Constitucional (TC) declarou inconstitucionais os quatro artigos do diploma aprovado na Assembleia da República.

· Tomou parte na deliberação, votando no mesmo sentido da maioria dos membros do TC, a juíza conselheira Catarina Sarmento e Castro, filha do deputado socialista.

· Antes da sua eleição para o TC em Janeiro de 2010, a referida juíza ocupara, entre outros, os cargos de assessora do Ministro da Administração Interna (Primeiro-ministro: António Guterres) e de assessora da Secretária de Estado para a Modernização Administrativa (Primeiro-ministro: José Sócrates).
     (Recebido por e-mail devidamente identificado)

Programa de Desporto Escolar

Determina o número de créditos de tempos lectivos a atribuir para o programa de desporto escolar e define a regulamentação dos grupos-equipa com actividade externa.
Divulgado aqui

As medidas da 'troika'


Acordo abre porta a subida dos bilhetes dos comboios

Equipas especiais de juízes para processos fiscais acima de um milhão de euros


Tabaco e automóveis com mais impostos


Empresas vão poder pagar menos por horas extraordinárias

Corte na despesa com Saúde chega a 550 milhões de euros

Bancos de horas negociados directamente com trabalhadores

"Falsos" trabalhadores independentes passam a ter apoio no desemprego

Subsídio de desemprego passa a pagar IRS

‘Troika' exige cortes na ADSE

Despedimento individual por justa causa vai ser ajustado

‘Golden shares' do Estado são para eliminar até Julho

Taxas moderadoras aumentam e atingem mais portugueses

‘Troika' quer incentivar arrendamento

Portugal tem mais tempo para cortar défice mas não evita dois anos de recessão

Novo aeroporto sem fundos públicos e TGV Lisboa-Porto suspenso

‘Troika' quer aumentar IVA na factura da electricidade

Menos oito mil funcionários públicos por ano

Patrões descontam menos para a segurança social

Proprietários de casa serão penalizados com mais IMI

Mais cortes na Transtejo e no Metro de Lisboa colocam serviços em risco

O que a imprensa internacional diz sobre o acordo com a ‘troika'

BPN será vendido até Julho e não tem preço mínimo

Governo tem 12 mil milhões para injectar nos bancos

Desempregados só vão ter subsídio durante 18 meses

TAP, EDP e REN para privatizar na totalidade este ano

Redução de pessoal no Estado é para continuar

Sócrates anuncia resgate de 78 mil milhões

Pensões acima de 1.500 euros vão ser cortadas

Acordo não prevê redução de salários nem corte nos subsídios de férias e Natal

Troika cobre 100% das necessidades de financiamento em 2011

Objectivo do défice para 2011 fixado em 5,9%

CGD deve aumentar capital com recursos próprios

‘Troika' quer definir critérios específicos para extensão de portarias

Eliminação de serviços gera poupança de 500 milhões

Empresas do Estado têm que poupar 515 milhões de euros
Diário Económico

A demonstração da irresponsabilidade

Vejam o programa Biosfera da RTP 2 sobre a requalificação das escolas e a análise dos projectos e obras desenvolvidas pela Parque Escolar.

"O aspecto mais dramático e desesperante dos investimentos que se fizeram durante os últimos anos é a sua improdutividade - um neologismo para revelar aquilo que em economia devia ser raro: investimentos que, em vez de criarem rendimento, destroem riqueza. As auto-estradas que fomos construindo, caras ou de utilidade duvidosa - como aquela segunda ligação entre Lisboa e Porto -; a empresarialização dos hospitais; as empresas públicas descapitalizadas e endividadas; as empresas municipais desnecessárias; e mais recentemente a criação de uma empresa, a Parque Escolar, que remodela escolas a preço de ouro e com equipamento que nenhum país dos mais ricos tem dinheiro para manter, são apenas alguns exemplos de gastos públicos mascarados de privados e sem qualquer disciplina financeira."

terça-feira, 3 de maio de 2011

Escolas públicas sentem-se «joguetes» nas mãos dos políticos

O presidente da Associação Nacional dos Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) confessa que as escolas sentem-se como «joguetes nas mãos dos políticos» com os avanços e recuos no processo de avaliação dos docentes.
Em declarações à TSF, Adalmiro da Fonseca, presidente da ANDAEP, lamentou a confusão que se pode instalar nas escolas à conta dos avanços e recuos no processo de avaliação dos professores.
Depois de na passada semana, o Tribunal Constitucional (TC) ter decidido que se mantém o actual sistema de avaliação, Adalmiro da Fonseca defende que durante seis meses se suspenda o processo para devolver a calma e reflexão às escolas.

Esperamos para ver

O presidente do PSD diz que o partido mantém a motivação que levou à revogação da avaliação do desempenho docente no Parlamento, garantindo que o programa eleitoral social-democrata vai conter as linhas mestras do modelo defendido.
Lembrando que o modelo de avaliação dos professores apresentado pelo Governo "é injusto e extremamente burocrático", Passos Coelho acrescentou que, por "desvirtuar em grande medida a razão de ser da própria avaliação", o partido "não deixará" de propor uma solução.
"Enquanto Governo, e se for essa a vontade dos portugueses como eu julgo que será, vamos apresentar um novo sistema de avaliação, profundamente diferente deste que tem vindo a ser implementado", disse ainda.
Um modelo que, assumiu, será apresentado a breve prazo e que também será aplicado à progressão na carreira. 
"O nosso programa eleitoral não deixará de conter as linhas mestras do novo sistema de avaliação", garantiu.
Adiantou que o PSD vai apresentar um modelo "assente sobretudo na avaliação externa e não interpares" e que "saiba distinguir o que é classificação dos professores, do desempenho visando a melhoria do desempenho".
"Acabar com esta ideia de que dentro da própria escola temos professores a avaliar professores entre áreas que não são afins. Desburocratizar o sistema", sublinhou.
"Uma parte importante do tempo dos professores é consumida a fazer o preenchimento de papelada e burocracia, quando devia estar a preparar aulas e dar aulas aos seus alunos. As escolas não estão feitas para burocracia", rematou o líder do PSD.

Relatório Médico - Destacamento por Condições Específicas - DCE

Os docentes dos quadros colocados em Destacamento por Condições Específicas (DCE) no Concurso de 2010/2011 têm, obrigatoriamente, de declarar se mantêm ou não as condições que lhes permitiram ter acesso a este Destacamento.
 Para o efeito, a DGRHE disponibiliza uma aplicação informática “Relatório Médico, no período de 03 a 30 de Maio de 2011, na página da Internet, em “Docentes - Concurso 2011 – Serviços”.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Novas Regras para o Desporto Escolar

Divulgado, e a aguardar publicação, um Despacho sobre a organização do Desporto Escolar, assinado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação.
Os tempos lectivos serão distribuídos através da apresentação de novos projectos para  2011/2013, mesmo que  já aprovados no âmbito do programa de desporto escolar para 2009/2013.

Entrevista a Jouni Välijärvi, investigador em Educação na Finlândia

Välijärvi, director do Instituto Finlandês para a Investigação em Educação, na Universidade de Jyväskylä, explica que muito está na base, no ensino primário, onde um professor motivado e bem preparado acompanha os alunos durante seis anos.

- Defende que um dos segredos do sucesso finlandês é a qualidade do ensino primário. Por que é que os professores da primária têm tanta popularidade? 
Tem muito a ver com a nossa história. A Finlândia só é independente há 100 anos e os professores primários eram colocados por todo o país para espalhar a identidade nacional. É umas razões que explicam uma popularidade tão alta. Ser professor primário é tão prestigiado como ser médico ou advogado: os pais querem que os filhos sejam professores primários e, quando perguntam aos miúdos que acabaram o secundário que carreira querem seguir, a profissão surge nos dois primeiros lugares.
E muitos dos que têm essa ambição não a conseguem alcançar, porque é muito difícil entrar para o curso.

- A popularidade estende-se aos professores do secundário?
Depende das áreas. No secundário, muitas vezes ir para professor não é uma primeira escolha, é um recurso, e isso tem reflexos na motivação dos professores e na aprendizagem
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- Por que é que ser professor primário é tão apelativo? 
Uma das coisas mais importantes é a autonomia, em que cada professor organiza o trabalho como entende, por isso a questão da avaliação é muito sensível. As aulas estão muito fechadas sobre si mesmas, o que é uma força do sistema mas também uma fraqueza. Mas o facto é que os pais confiam nos professores e nas escolas.

- As escolas finlandesas têm turmas pequenas. Este poderá ser outro factor de sucesso? 
São pequenas e os professores defendem que devem ser ainda mais pequenas. Eu sou céptico em relação à utilidade de reduzir as turmas. Actualmente, na primária, em média, temos 21 alunos por turma, no secundário 19. Eu acho que não é possível chegar a um número óptimo, que a dimensão das turmas deve depender dos alunos, do que se ensina. Até porque ter turmas mais pequenas significa ter mais professores e isso implica aumentar gastos. Penso que o dinheiro pode ser usado para criar mais apoios de acordo com o contexto de cada escola: há escolas em que 15 por cento são imigrantes.

- A Finlândia é um dos países onde se passa menos tempo na escola.
Quando se está na escola está-se concentrado na escola, quando se sai vai-se fazer outras coisas, são tempos perfeitamente separados. Na Coreia [outro país bem classificado no PISA], os alunos levantam-se às 6h00 e voltam a casa às 21h00, e ainda têm que fazer trabalhos de casa. Para estes jovens, a escola e a educação são tudo na vida. Os finlandeses, entre tempo na escola e trabalhos de casa, passam um total de 30 horas por semana, face a 50 horas da Coreia.

Elogios à pública, filhos na privada de elite.

Primeiro-ministro inaugura escola, mas diz que não é campanha
Escola pública ou privada? Já não é a primeira vez que o primeiro-ministro vem a público em defesa do ensino do Estado, apesar de ter os dois filhos no privado. Em época de pré-campanha para as legislativas, a temática serviu de bate-boca entre José Sócrates e o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, cujas filhas mais velhas estudam em escolas públicas.
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Obras escolares esperam pela 'troika' 
PEC IV comprometia-se a recalendarizar projectos escolares. Finanças deram luz verde, mas obras continuam.
O PEC IV entregue pelo Governo em Bruxelas tinha um compromisso: já em 2011 haveria uma "revisão do calendário de construção de equipamentos escolares", com o objectivo de poupar verbas do orçamento. Mas a intenção ficou no papel, pois a ordem, para já, é para avançar com o que está definido, aguardando-se se o programa da troika passa também pela suspensão ou travagem de obras no parque escolar.

sábado, 30 de abril de 2011

Opinião - Inês Silva

Num período em que muitas famílias contam tostões em casa para fazer face a todas as despesas, há quem se regozije com inaugurações, primeiro de escolas, depois de unidades hospitalares, a seguir de estradas e autoestradas. Esperemos pelas futuras, para não recordar os estádios de futebol do passado. Obras e obras feitas e a serem feitas, sem dinheiro…. São obras dignas, claro, e muitas fazem falta. Mas há o outro lado da questão: quem as vai pagar? Legítima pergunta, esta, dado que os tostões das famílias não chegam para tanto.
A dignidade de uma obra não vem da ação do governante que a manda construir ou a inaugura, principalmente porque não é ele quem a constrói ou paga os bons materiais que uma qualquer empresa de construção escolhe, se for do Estado. Por exemplo, não se creia que a dignidade de uma escola vem do material que reveste teto, chão e paredes. Obviamente que ele tem de ser resistente, mas antes do pormenor da estética, estão as suas mesas e cadeiras ajustadas à aprendizagem, as salas de aula com luz, quadro, cadeiras, carteiras e algum material informático, laboratórios e bibliotecas sérias, pavilhões desportivos dinâmicos, com uma estrutura sólida para fomentar a paixão dos alunos pela atividade desportiva – quando o desporto é saúde e alegria de viver. A dignidade da escola vem do trabalho consistente desenvolvido, da cordialidade e confiança entre direção-alunos e direção-encarregados de educação, da motivação intrínseca e extrínseca dos seus agentes, da vontade de ensinar e de aprender, dos valores desenvolvidos, do projeto educativo aplicável aos interesses dos indivíduos…
Por isso é incompreensível o excesso de prazer em dizer aos outros, na inauguração de uma obra pública, fui eu que construí esta escola portuguesa, e esta ponte e esta autoestrada e este grande edifício e mais este e este. O seu nome fica na lápide, o seu sorriso na TV, o feito no Facebook e a esperteza no inconsciente dos portugueses, que terão de pagar as construções até à velhice, continuando a estafeta com os filhos e netos.
 A nossa História conta-nos que sempre assim foi. O ciclo repete-se incessantemente. Só sabemos dizer mal e ninguém procura mudar o que parece ser obra do Destino, este feroz traidor que está sempre do lado dos governantes. Um exemplo destes é D. João V. Quis, pois, o Destino que ele sonhasse em construir, no século XVII, o Convento de Mafra. Conseguiu-o, claro, como não poderia deixar de ser. Nos livros de História, é hoje acusado «do esbanjamento dos abundantes recursos auríferos e diamantíferos oriundos do Brasil» (Medina (Dir.) 2004. História de Portugal. Amadora: SAPE; Vol. IX: 121). E depois? Já cá não está para pagar a dívida. Na literatura, a sua imagem não é melhor. Reza a ficção que o guarda-livros disse a el-rei, em Lisboa, depois de este ter colocado “com as reais mãos a primeira pedra” do convento de Mafra, o seguinte: “Saiba vossa real majestade que na inauguração do convento de Mafra se gastaram, números redondos, duzentos mil cruzados, e el-rei respondeu, Põe na conta, disse-o porque ainda estamos no princípio da obra, um dia virá em que quereremos saber, Afinal, quanto terá custado aquilo, e ninguém dará satisfação dos dinheiros gastos, nem faturas, nem recibos, nem boletins de registo de importação, sem falar de mortes e sacrifícios, que esses são baratos” (Saramago 2007. Memorial do Convento. Lisboa: Caminho, pp.143).
 Hoje pergunta-se por que razão Portugal ergueu um convento tão grande e com tão nobres materiais europeus, à custa do esbanjamento de tanto ouro, quando este poderia ter ido para a agricultura e comércio, que é o que alimenta o povo. É óbvio que delicia os visitantes, mas também simboliza a vaidade do rei, que infelizmente não pagou nem pagará a fatura. O mesmo se passará daqui a uns anos, quando olharmos para as nossas construções de luxo, hipotecadas até mais não, símbolo de um Portugal moderno. O betão é importante, mas dele não nasce qualquer cultura, nem a que alimenta o corpo nem a que incrementa a mente dos portugueses. Há sempre uma exceção, claro: alimenta o ego do vaidoso, assim nado por obra do Destino. Tem desculpa hoje, como sempre teve.
Inês Silva - Correio da Educação

A frase do dia!

“O Governo de José Sócrates devia ir a tribunal. O fartar vilanagem foi uma tragédia nacional”
Eduardo Catroga
Expresso 30/04/2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tribunal Constitucional "chumba" revogação da avaliação de desempenho docente

O Tribunal Constitucional declarou hoje a inconstitucionalidade da revogação da avaliação do desempenho docente, cuja fiscalização preventiva tinha sido pedida pelo Presidente da República.
A revogação do sistema de avaliação dos professores tinha sido aprovada a 25 de Março pela oposição parlamentar, com os votos favoráveis de PSD, PCP, BE, PEV e CDS-PP e contra da bancada do PS e do deputado social-democrata Pacheco Pereira.
"O Tribunal conclui que as normas do artigos 1.º e 3.º do Decreto submetido a apreciação violam o princípio de separação e interdependência dos órgãos de soberania, consagrado no n.º 1 do artigo 111.º da Constituição da República Portuguesa, e que as restantes, não podendo sobreviver por si face à inconstitucionalidade daquelas, são consequencialmente inconstitucionais.
...o acórdão considerou que o Decreto da Assembleia da República, ao revogar a regulamentação do referido processo de avaliação produzida pelo Governo, sem modificar os parâmetros legais para cumprimento dos quais essa regulamentação tinha sido estabelecida e sem revogar a respectiva norma habilitante, e ao determinar, com carácter impositivo, que o Governo inicie negociações com as associações sindicais com vista à elaboração de um novo modelo de avaliação de desempenho dos docentes, invadiu o estatuto constitucional deste órgão de soberania, enquanto órgão superior da administração pública, dotado de legitimidade constitucional própria com poderes para fazer os regulamentos necessários à boa execução das leis e dirigir os serviços e a actividade da administração directa do Estado em que as escolas públicas se integram."
Notícia Antena1

Avaliação na Educação Pré-Escolar

As principais orientações normativas relativas à avaliação na Educação Pré-Escolar estão consagradas no Despacho nº 5220/97 de 4 de Agosto (Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar) e no Ofício Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007, de 17  de Outubro da DGIDC (Gestão do Currículo na  Educação Pré-escolar). As orientações neles contidas articulam-se com o Decreto-Lei nº 241/2001 de 30 de Agosto (Perfil Específico de Desempenho Profissional do Educador de Infância), devendo também ter em consideração as Metas de Aprendizagem definidas para o final da educação pré-escolar.

Tribunal Constitucional pronuncia-se sobre constitucionalidade de suspensão da avaliação dos professores

O Tribunal Constitucional pronuncia-se hoje sobre o pedido de fiscalização preventiva da constitucionalidade do diploma relativo à suspensão do atual modelo de avaliação dos professores, requerido pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
A leitura pública do acórdão está marcada para as 13:00, anunciou o gabinete do presidente do Tribunal Constitucional, Rui Moura Ramos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Depois não digam que foram enganados!

"O PS quer estender a escolaridade obrigatória até ao fim do ensino secundário e desenvolver um modelo de avaliação de professores e de escolas, de acordo com o programa eleitoral do partido esta quarta-feira divulgado.
A concretização da extensão da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano é um dos principais desafios apontados pelo Partido Socialista para "promover a qualificação das pessoas". 
Para tal, pretende prosseguir com a modernização do parque escolar e com o apetrechamento tecnológico das escolas.
Um outro objectivo apresentado pelo partido é a "promoção de uma cultura de rigor e exigência", o que passará necessariamente por criar sistemas de avaliação, "equilibrados e eficientes", de alunos, professores e escolas." 
Notícia Correio da Manhã
 .
"O primeiro é a concretização da extensão da escolaridade obrigatória até ao fim do ensino secundário. Para isso, é necessário prosseguir na modernização do parque escolar e no apetrechamento tecnológico das escolas; na diversificação da oferta formativa, com reforço da fileira tecnológica e profissional; na resposta estruturada aos principais problemas de aprendizagem identificados no nosso sistema, o que significa, em particular, reforçar o foco na língua materna, nas matemáticas e nas ciências experimentais; na promoção de uma cultura escolar de rigor e exigência, o que inclui o desenvolvimento de sistemas equilibrados e eficientes de avaliação, não só dos alunos, como também das escolas e dos professores; e no desenvolvimento da autonomia e da direcção das escolas e agrupamentos, favorecendo a sua inserção no meio social que servem." (Pág. 61 e 62)

Quanto custa um aluno na Escola Pública?

Elaboração de uma auditoria que permita aferir o custo médio por aluno, no presente ano lectivo, nas escolas públicas.
 A Assembleia da República resolve, nos termos do artigo 55.º da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto, e do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, solicitar ao Tribunal de Contas que, nos moldes que se considerar mais adequados, desenvolva uma auditoria que permita aferir o custo médio por aluno, no presente ano lectivo, nas escolas públicas.
Aprovada em 6 de Abril de 2011.
O Presidente da Assembleia da República,  Jaime Gama.

Contagem de tempo de serviço - Circular DGRHE

Contagem de tempo de serviço - carreira docente: ensino superior; contagem do período interanos (art. 17.º, D.L. n.º 290/75, de 14 de Junho); actividades de enriquecimento curricular (AEC).

Circular Nº B11069994M.pdf - Contagem de tempo de serviço - carreira docente

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conselho das escolas quer separar férias de datas religiosas

Páscoa tardia e com pontes limitou 3.º período a 30 dias úteis para alunos com exames. Líder do Conselho das Escolas defende que calendário escolar deveria ser autónomo dos feriados religiosos, mas a ideia não reúne consenso.
O presidente do Conselho das Escolas, Manuel Esperança, defendeu ao DN a necessidade de "pensar o calendário escolar de uma forma diferente" da actual, em que os feriados religiosos servem de referência para as férias lectivas, sendo que a data da Páscoa pode variar num mês.
A ideia é recusada pela Confederação Nacional de Pais, que, no entanto, admite um diálogo, "abrangendo a sociedade", sobre o número de feriados e a duração das férias de Verão escolares.