sábado, 21 de novembro de 2020

Controlar a pandemia - apresentação das medidas do Conselho de Ministros de 20 de novembro de 2020

Controlar a pandemia - apresentação das medidas do Conselho de Ministros de 20 de novembro de 2020 feita pelo Primeiro-Ministro.


Controlar a pandemia - apresentação das medidas do Conselho de Ministros de 20 de novembro de 2020


Comunicado do Conselho de Ministros de 20 de novembro de 2020


Renovação do Estado de Emergência

Dando sequência à renovação do Estado de Emergência por parte do Presidente da República, que estará em vigor a partir das 00h00 de dia 24 de novembro, o Conselho de Ministros decidiu:

Atualizar a lista de concelhos com risco elevado de contágio. As medidas para combater a Covid-19 serão aplicadas consoante a situação epidemiológica verificada em cada concelho. Assim, e seguindo os critérios determinados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), distinguiram-se quatro níveis de gravidade da pandemia:
Moderado: Concelhos com menos de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias;
Elevado: Concelhos com um número de casos entre 240 e 479 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias;
Muito elevado: Concelhos com um número de casos entre 480 e 959 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias;
Extremamente elevado: Concelhos com mais de 960 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Para todo o território continental:

Proibição de circulação entre concelhos nos seguintes períodos:
Entre as 23h00 de 27 de novembro e as 5h00 de 2 de dezembro;
Entre as 23h00 de 4 de dezembro e as 5h00 de 9 de dezembro;
Tolerância de Ponto e suspensão da atividade letiva e apelo à dispensa de trabalhadores do setor privado nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro;
Uso obrigatório de máscara nos locais de trabalho.

Para os concelhos do nível de risco “elevado, além das medidas aplicadas a todo território continental:
Proibição de circulação na via pública entre as 23h00 e as 5h00;
Ação de fiscalização do cumprimento do teletrabalho obrigatório;
Manutenção dos horários dos estabelecimentos (22h00, salvo restaurantes e equipamentos culturais às 22:h30).

Para os concelhos dos níveis “muito elevado” e “extremamente elevado, além das medidas aplicadas a todo o território nacional, aplicam-se também:
Proibição de circulação na via pública entre as 23h00 e as 5h00 nos dias de semana;
Proibição de circulação na via pública aos sábados e domingos entre as 13h00 e as 5h00;
Proibição de circulação na via pública nos dias 1 e 8 de dezembro entre as 13h00 e as 5h00;
Nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, os estabelecimentos comerciais devem encerrar às 15h00;

Ação de fiscalização do cumprimento do teletrabalho obrigatório;

Manutenção dos horários dos estabelecimentos (22h00, salvo restaurantes e equipamentos culturais às 22:h30).

Escolas fechadas nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro

Escolas fechadas nas vésperas dos feriados de dezembro e tolerância de ponto

O Governo vai suspender as atividade letivas nos dias 30 de novembro e 7 de dezembroVai dar tolerância na função pública nesses mesmo dias e apela às entidades privadas para que dispensem os seus trabalhadores nestas vésperas dos dois feriados de dezembro.

Governo proíbe circulação entre concelhos nos primeiros feriados de dezembro

O Governo vai proibir a circulação entre concelhos entre as 23h de 27 novembro e as 5 horas de 2 de dezembro; e as 23 horas de 4 dezembro e as 5 horas de 9 de dezembro.
A ideia é evitar a circulação de pessoas durante as pontes que resultam dos feriados (1 e 8 de dezembro).

Máscaras obrigatórias nos locais de trabalho

Costa diz agora que reforça medidas a aplicar. As máscaras vão ter de ser usadas obrigatoriamente nos locais de trabalho.
Já era obrigatório em espaços públicos fechados e na via pública e agora passa a ser também nos locais de trabalho, exceto quando são trabalhos “isolados”, diz o primeiro-ministro.
Observador

Conheça em síntese as novas medidas

Para todos:
Uso de máscara obrigatória no local de trabalho, salvo situações onde seja possível manter a distância.
Circulação entre concelhos proibida entre as 23h de 27 de Novembro e as 5h do dia 2 de Dezembro e entre as 24h do dia 4 de Dezembro e as 5h do dia 9 de Dezembro, salvo as excepções já aplicadas durante o fim-de-semana de finados.
As escolas estarão encerradas nos dias 30 de Novembro e 7 de Dezembro. Nesses dias os funcionários públicos têm tolerância de ponto e é recomendado às empresas privadas que dispensem os trabalhadores nesses dias. 

Medidas para concelhos com mais de 240 casos por 100 mil habitantes:
Recolher obrigatório das 23h às 5h.
Fiscalização do cumprimento do teletrabalho obrigatório.
Comércio fechado às 22h, restauração e equipamentos culturais fechados às 22h30.

Nos concelhos com mais de 480 casos por 100 mil habitantes:
Proibição de circulação na via pública e encerramento de estabelecimentos comerciais entre as 13h e as 5h nos fins-de-semana e feriados (1 e 8 de Dezembro).

Encerramento dos estabelecimentos comerciais a partir das 15 horas  a 30 de Novembro e 7 de Dezembro.
Público

Corrigidos os números dos surtos nas escolas, mas continuam desconformes com a realidade diária

Covid-19. Ministério corrige o secretário de Estado da Saúde: há 68 surtos de infeção ativos em escolas


Portugal tem 68 surtos ativos de infeção em escolas pelo novo coronavírus, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério da Saúde e que corrige a informação prestada esta sexta-feira pelo secretário de Estado da Saúde, que indicou haver 477 surtos ativos em estabelecimentos de ensino quando este número se refere ao total que se verifica no país.

"Os surtos identificados" a 16 de novembro, esclarece a nota do Ministério, "distribuem-se da seguinte forma: 3 na ARS Norte, 11 na ARS Centro, 50 na ARS LVT, 2 na ARS Alentejo e 2 na ARS Algarve, no total de 68 em todo o Continente".
Expresso

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Mas... não está tudo a correr bem nas Escolas?

Casos de covid-19 entre crianças até aos nove anos sobem 66%. DGS diz que há 477 surtos em contexto escolar

Público

Maior parte dos focos de contágio está em Lisboa e Vale do Tejo. Secretário de Estado da Saúde divulga novos dados sobre pandemia em contexto escolar, depois de três semanas sem actualização.

Infectados até nove anos sobem 66%
Desde que a plataforma foi lançada, no dia 5 de Novembro, e até à última quarta-feira, o número de jovens até aos nove anos infectados com covid-19 subiu 66%, de acordo com o boletim da DGS emitido nesta quinta-feira, com dados referentes às 24 horas anteriores. Este foi o grupo etário com maior crescimento, seguido dos 10 aos 19 anos (uma subida de 63% das infecções). Ainda assim, a faixa etária até aos nove anos continua a ser aquela onde a incidência da doença é menor.

Desde o início da pandemia foram reportados 11.772 casos de covid-19 entre crianças até aos nove anos, dos quais cerca de 4600 desde 5 de Novembro, data da entrada em funcionamento da plataforma na qual as escolas devem registar os casos positivos. E foram notificados cerca de 20.780 casos nos jovens dos 10 aos 19, dos quais à volta de oito mil também de 5 de Novembro até à data.
JN

Belém fala de várias renovações do regime de exceção. Norte tem cenário negro. Origem de 81% de infeções por identificar. Aulas à distância podem voltar nas pontes dos feriados.

A covid-19 está espalhar-se entre as crianças e jovens no Norte, tendo-se tornado galopante nas últimas semanas e ultrapassado os números dos idosos. O aumento é notório: a taxa de crescimento é de 32% entre os menores de 10 anos e de 24% entre os adolescentes.

Há 477 surtos ativos em escolas de todo país

Observador 

Há, neste momento, 477 surtos ativos nas escolas, dispersos pelas diferentes regiões do país. Norte conta com 58, Centro com 72, LVT com 291, Alentejo com 29 e Algarve com 27.

“Não nos parece que as escolas sejam um foco de grande intensidade”, diz Larceda Sales. “A questão das escolas estão a correr bem. “

Reserva de recrutamento n.º 11

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 11.ª Reserva de Recrutamento 2020/2021.


Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 23 de novembro, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 24 de novembro de 2020 (hora de Portugal continental).

Nota informativa

RR 12 – 27 de novembro de 2020

"Gira por la Infancia 2020"

Gira por la Infancia 2020, é um projecto internacional, com Sede em Espanha, promovido pelo Consejo Independiente de Protección de la Infancia (CIPI).

Após 4 edições no formato presencial, apresenta neste ano, a sua primeira edição em modo virtual.

As crianças e adolescentes, agrupadas através de conselhos de participação infantil, escolas, grupos de escuteiros, associações, etc., vão partilhar, através do programa Zoom, as suas vivências acerca do encerramento das escolas em consequência da COVID-19, bem como as suas propostas para se conseguir uma escola que responda às necessidades educacionais e sociais geradas pela pandemia.

Os resultados obtidos serão divulgados nas redes sociais através de pequenos vídeos e os relatórios enviados a instituições, administrações públicas e aos principais governantes de todo o mundo para que façam todo o possível para considerar as propostas de crianças e adolescentes.

Para mais informações e submissão de candidaturas, aceda aqui: www.giraporlainfancia.org

O 1.º encontro de apresentação é hoje. Quem desejar assistir, poderá fazê-lo, a partir das 15 horas. link: https://us02web.zoom.us/j/81060256180

Recomendação do Conselho Nacional de Educação sobre «A Cidadania e a Educação Antirracista»

Publicada hoje, no Diário da República, a Recomendação do Conselho Nacional de Educação sobre «A Cidadania e a Educação Antirracista»

Educação - Conselho Nacional de Educação

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Tem que haver mais sociedade para além da escola a tempo inteiro!

Escola a tempo inteiro


É sensato interromper as aulas a cada quatro semanas para recuperar energias; mais ainda em tempos de pandemia. É um modelo usado em muitas regiões da Europa onde há mais sociedade para além da escola a tempo inteiro.

Com a subida exponencial de infectados no grupo etário entre os 10 e os 19, tornou-se consensual e mais evidente a dificuldade em assegurar os tais 3 c´s em escolas e salas de aula lotadas (uma turma de 20 contacta com 800 pessoas em 48 horas); e no exterior, nos transportes e nas habitações. Portanto, os jovens podem fazer o percurso com o vírus da escola para casa ou vice-versa com o registo de infectados quase sempre contabilizado como "no seio da família". Para além disso, as turmas numerosas inscrevem uma exigência suplementar inteligível para quem lecciona e perceptível sem esforço para os restantes. E a exaustão dificulta o rigor. Por tudo isso, também se torna menos compreensível o calendário escolar português que legislou mais dias lectivos e menos dias de interrupção como única adaptação a uma mais que provável segunda vaga. Ainda estamos a tempo de um ajustamento.

Simulador para a Pré-Reforma na Região Autónoma da Madeira

Na Região Autónoma da Madeira, após publicação da Resolução do Governo Regional sobre a regulamentação da pré-reforma, aplicável aos trabalhadores com vínculo de emprego público na Administração Pública Regional, já está disponível um simulador desenvolvido com base na legislação atualmente em vigor (artigos 284 a 287.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada pela Lei 35/2014, de 20 de junho, Decreto Regulamentar n.º 2/2019, de 5 de fevereiro) e de acordo com os critérios de harmonização aprovados em anexo à Resolução do Conselho do Governo n.º 910/2020, de 16 de novembro.

Simulador Pré-Reforma / Madeira 

Presidente da República propõe ao Parlamento renovação do estado de emergência

Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta tarde em sentido favorável, o Presidente da República acabou de enviar à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma renovando o estado de emergência por 15 dias, de 24 de novembro a 8 de dezembro.



quarta-feira, 18 de novembro de 2020

“Professores em teletrabalho: perceções e sugestões de adaptação em tempos de pandemia”, para divulgação pública dos resultados do projeto de investigação com o mesmo título.

Webinar - dia 2 de dezembro - das 17h e 30m às 19h 

Neste webinar, falar-se-á sobre adaptação ao teletrabalho em tempos de pandemia, designadamente, as oportunidades e os riscos associados e serão divulgadas as sugestões dos professores sobre os processos de adaptação ao teletrabalho.

Professores dos diversos ciclos de ensino, desde o 1.º ciclo ao ensino superior, darão os seus testemunhos, antecedendo um debate que permitirá partilhar processos de adaptação.

O evento é gratuito e as inscrições estão abertas em: 

Dia Internacional da Cidade Educadora

Um ano mais, no dia 30 de novembro celebramos o Dia Internacional da Cidade Educadora, uma ocasião muito especial já que neste ano celebramos o 30º Aniversário da Proclamação da Carta das Cidades Educadoras, o roteiro das cidades que compõem a Associação. Por isso, o lema desta edição é “30 anos a transformar pessoas e cidades para um mundo melhor.” Realizámos um processo participativo para rever a Carta e o novo texto será enviado a todas as cidades para o seu conhecimento e posterior proclamação no âmbito da celebração.

O mote desta edição é um convite aberto para as mais de 500 cidades que atualmente fazem parte da AICE partilharem e celebrarem com as cidadãs e cidadãos as aprendizagens geradas ao longo destes 30 anos.

Com a vossa colaboração fizemos um balanço das aprendizagens destes 30 anos e com as vossas contribuições desenvolvemos o que poderia ser o legado que o trabalho como Cidade Educadora deixou nas nossas cidades. Este legado é resumido em 30 aprendizagens, acompanhados por 30 ilustrações. A ideia é dar a conhecer um a um durante o mês de novembro e todos juntos no Dia Internacional da Cidade Educadora, no dia 30 de novembro. Convidamos as cidades membro a partilhar essas ilustrações e vídeos nas redes sociais e sites municipais!

Mais informação no site do evento: https://www.edcities.org/dia-internacional-pt-2020/

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Listas Provisórias dos candidatos selecionados e excluídos em sede de entrevista no Procedimento Concursal com vista à constituição de uma bolsa anual de docentes para o exercício de funções no Projeto C.A.F.E. em Timor-Leste, em 2021

Publicam-se as listas provisórias dos candidatos selecionados e excluídos em sede de entrevista no Procedimento Concursal com vista à constituição de uma bolsa anual de docentes para o exercício de funções no Projeto C.A.F.E. em Timor-Leste, em 2021.

Não há palavras suficientes para reconhecer todos os professores e professoras, que estão, neste momento com muito mais esforço, a tentar mudar o mundo, uma criança de cada vez

Voltando a falar em heróis e heroínas...

Maria Fernanda Santos Souza

Faz dois meses do início do ano letivo e do regresso do ensino presencial às escolas desde o princípio da pandemia. Apesar do aumento significativo no número de casos de Covid-19 durante as últimas semanas, as escolas permanecem abertas, em atividade. Ou, como muitos dizem, estão a funcionar “normalmente”. Exceto que, de normal, não há nada e os desafios que se apresentam aos professores, alunos e a toda a comunidade escolar são maiores do que nunca.

O uso constante de máscaras, o impedimento de partilha de material, o distanciamento obrigatório, as regras de higienização, os espaços-bolha para cada turma, entre várias outras medidas, dificultam – e muito – a boa experiência no ambiente escolar e, por consequência, o processo de aprendizagem.
Não há dúvidas, porém, de que é fundamental que as escolas continuem abertas. O ensino à distância e as diversas ferramentas que proporciona, apesar de serem uma excelente alternativa e complemento aos estudos, também revelaram limitações e agravaram desigualdades. A falta de acesso a computadores (ou a partilha de apenas um computador entre toda a família) e de espaços apropriados para o estudo em casa, o risco aumentado de exposição à violência doméstica e insegurança alimentar e a ansiedade generalizada que a situação provocou são apenas alguns exemplos. Além disso, a ausência de contacto afetivo, neste caso com os colegas e professores, que representa uma componente crucial no desenvolvimento humano, também ficou prejudicada.

É de conhecimento geral que as famílias em situação socioeconómica desfavorável são as que mais sofreram as consequências da pandemia e do ensino à distância. Pelo menos um quarto dos estudantes do ensino básico em Portugal não teve acesso a um computador, o que deixou a maioria com pouquíssimo – ou nenhum – acesso às oportunidades educativas promovidas pelas escolas. Atualmente, em Portugal, há 137 agrupamentos escolares inseridos no programa TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), que abrangem escolas em contextos socioeconómicos desfavoráveis e, se o ensino à distância ainda apresenta tantas limitações, para estas populações é mesmo insuficiente para suprir as necessidades educativas básicas das crianças e adolescentes.

Apesar da taxa de abandono escolar em Portugal ter diminuído nos últimos anos, o Governo já alertou para o seu potencial aumento no contexto pós-pandemia. Muitos alunos, simplesmente, “saíram do radar”, por diversas razões, e não será tarefa fácil inseri-los novamente no sistema educativo.

Para o retorno às aulas presenciais, um relatório da DGE revelou preocupações com a consolidação e recuperação de aprendizagens, comprometidas durante o período do ensino à distância. Entre as orientações comunicadas às escolas, definiu-se a garantia do bem-estar socioemocional dos alunos como uma das prioridades para o ano, além da reorganização de grupos de trabalho e expansão dos programas de mentoria e tutoria personalizada. Todo o apoio possível, neste momento, é fundamental para minimizar os efeitos negativos da pandemia na educação.

Um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), sobre a reabertura das escolas, afirma que é esperado dos professores que, mais do que nunca, sejam inovadores e “game changers”, que o seu papel será muito diferente de anos anteriores e de total importância para o sucesso das escolas pós-pandemia. O relatório sugere que os professores devem liderar a mudança e assumir, para além das funções educativas, um papel estratégico nas decisões da escola e de apoio a toda a comunidade escolar.

Ou seja, durante o período anterior, os professores precisaram, de um dia para o outro, de procurar soluções para manter as aulas online, muitas vezes eles próprios sem condições ou conhecimento suficiente para tal. Agora, no regresso à escola, o cenário parece ainda mais complexo: alunos com perda acentuada de aprendizagem, menos competências sociais, um quadro grave de ansiedade geral, milhares de professores com a possibilidade de se afastarem por baixa médica, a incerteza de como proceder com avaliações (qual a forma mais justa nesse momento?), carga horária extra com reuniões online sem fim e o medo constante pela própria saúde. Em Portugal, aproximadamente 20% dos professores têm mais de 60 anos e muitos outros estão em regime de mobilidade, o que significa, muitas vezes, estar longe das suas famílias.

Segundo Paulo Freire, a educação deve estar ao serviço da transformação social e, portanto, deve ser libertadora e permitir o pleno desenvolvimento do potencial humano. Se é, desde sempre, um trabalho muito desafiante, garantir o pleno desenvolvimento de tantas crianças e jovens em tempos de pandemia parece mesmo ser uma tarefa para super-heróis e heroínas.

Torna-se, então, ainda mais escancarada a pouca valorização e remuneração dos professores, comparada com a alta carga de responsabilidade que acumulam. Entre rejeitar os abraços, o cansaço de dar tantas aulas com o uso de máscaras e todas as outras circunstâncias, os professores estão a “dar a cara a tapas”, todos os dias, nas escolas, com coragem e determinação.

Tal como disse Malala, “uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”. Não há palavras suficientes para reconhecer todos os professores e professoras, que estão, neste momento com muito mais esforço, a tentar mudar o mundo, uma criança de cada vez, e estão, também, no topo da lista de heróis e heroínas desta pandemia – e fora dela.

Jovens no Pós-Secundário em 2019: Percursos de Inserção Escolar e Profissional

A DGEEC apresenta a publicação Jovens no Pós-Secundário em 2019: Percursos de Inserção Escolar e Profissional que procura descrever as trajetórias dos jovens que frequentaram o ensino secundário em Portugal, sensivelmente um ano após terem concluído este nível educativo.

Jovens no Pós-Secundário em 2019: Percursos de Inserção Escolar e Profissional


A publicação Jovens no Pós-Secundário em 2020: Percursos de Inserção Escolar e Profissional procura descrever, através de um inquérito aplicado em 2019, as trajetórias dos jovens que frequentaram o ensino secundário em Portugal, sensivelmente um ano após terem concluído este nível educativo. Quais prosseguiram estudos superiores e em que modalidades e áreas de formação? Quais ingressaram no mercado de trabalho, em que categorias profissionais e através de que meios? Quais optaram por trabalhar e prosseguir estudos em simultâneo? E quais se encontram numa situação de maior vulnerabilidade, sem se encontrarem a estudar, nem a trabalhar?

“Fórum Global – Educação Conectada” será inteiramente virtual e terá lugar a 23 e 24 de novembro


A Virtual Educa decidiu substituir o “Congresso Global Virtual Educa Lisboa 2020”, inicialmente pensado para decorrer em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, pelo “Fórum Global – Educação Conectada”. O modelo é inteiramente virtual e terá lugar de 23 a 24 de Novembro (tendo sido suprimido um dia do programa inicial). A mudança é imposta pelo actual estado de propagação do novo coronavírus na Europa, e as inscrições podem ser feitas aqui.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Recomendação sobre Cidadania e Educação Antirracista

No uso das competências que por lei lhe são conferidas, e nos termos regimentais, após apreciação do projeto de Recomendação em reunião plenária de 6 de novembro de 2020, deliberou o Conselho Nacional de Educação aprovar o referido projeto, emitindo a presente Recomendação sobre Cidadania e Educação Antirracista.

Recomendação

Síntese estatística do emprego público (SIEP)

Síntese estatística do Emprego Público

Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) é uma publicação trimestral, através da qual a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) divulga informação estatística de síntese sobre emprego público no âmbito das estatísticas do mercado de trabalho.

A 30 de setembro de 2020, o emprego no sector das administrações públicas situou-se em 700 477 postos de trabalho, assinalando uma diminuição de 0,7% face ao trimestre anterior e um aumento de 1,6% face ao trimestre homólogo. O maior contributo para a variação homóloga foi dado pelo aumento de emprego público nas Atividades de saúde humana e apoio social e na Educação.


Emprego nas administrações públicas por atividade económica
Contributo por atividade para a variação homóloga


Regime transitório de simplificação de procedimentos administrativos e altera o Código do Procedimento Administrativo

Publicada a Lei que estabelece um regime transitório de simplificação de procedimentos administrativos e altera o Código do Procedimento Administrativo. 

domingo, 15 de novembro de 2020

Prevenção da Covid-19 em contexto Escolar - Webinar Científico

I WEBINAR CIENTÍFICO - 18 de novembro de 2020, 17 horas no Auditório da Francisco Sanches

PREVENÇÃO DA COVID-19 em contexto Escolar

Inscrição

Petição Pública: Covid-19 Regresso à Escola não pode ser igual para todos por que não somos todos iguais

Proteção de cuidadores de risco COVID-19 e inclusão de docentes de risco COVID-19 no sistema de ensino à distância durante a pandemia


Para: Exmo. Senhor Ministro da Educação, Dr. Tiago Brandão Rodrigues

Perante uma situação de saúde pública que demonstra ser de gestão muito complexa, particularmente antes do desenvolvimento de uma vacina ou processo terapêutico eficaz, consideramos que as medidas de contingência — COVID-19 — preparadas para a reabertura das escolas são desajustadas, inflexíveis e pouco inclusivas face às diversas realidades no nosso país.

Entendemos o raciocínio por trás da necessidade de um sistema de ensino universal, particularmente na defesa de crianças em risco social / sinalizadas pela CPCJ, e como equilibrador sócio-económico. Mas sabemos também que nem todas as situações são iguais, e que enquanto há famílias homogeneamente saudáveis (sem quadro clínico de risco face à COVID-19) e / ou que poderão/estarão disponíveis a assumir o risco da letalidade e sequelas, que neste momento se conhecem da doença, outras há que terão um ou mais membros familiares, com comorbilidades, que ficarão expostos a uma situação de risco acrescido, face à COVID-19, situação que poderá tornar-se legitimamente insustentável do ponto de vista psicológico caso sejam desconsiderados a ter lugar / direito de decisão sobre a sua ação no espaço público, num contexto em que a sua condição de saúde é cientificamente reconhecida como sendo uma condição que oferece maior vulnerabilidade face à atual ameaça de saúde. Por outro lado, haverá famílias para quem ter crianças em casa é incomportável perante obrigações que implicam a sobrevivência económica, mas outras terão membros disponíveis para acompanhar as crianças / jovens nos seus estudos escolares, em regime de ensino remoto ou através de Ensino à Distância (doravante designado por E@D) .

No enquadramento atual de população de risco COVID-19 incluem-se, para além de pessoas com idade avançada (65 anos ou mais), pessoas, em qualquer idade com doenças crónicas, como a doença cardíaca, doença pulmonar, doença oncológica, hipertensão arterial, diabetes, entre outros, nomeadamente condições que afetam o sistema imunitário, como é o caso de tratamentos de quimioterapia, doentes em tratamento de doenças autoimunes (como a artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla, algumas doenças inflamatórias do intestino), infetados com o vírus da imunodeficiência humana transplantado.

Perante a situação atual, atendendo ao principio da inclusão e do respeito pela diversidade e ao direito cívico da proteção da saúde e da vida dos cidadãos bem como ao bem-estar psicológico, propomos a existência de um regime misto, em que Encarregado/a (s) de Educação / cuidador/a (s) possam decidir sobre a possibilidade de ou os seus educandos estarem fisicamente em sala de aula ou acompanharem as aulas, em tempo real, através de acesso remoto (com a colocação de um dispositivo audiovisual, ou seja, uma câmara ligada à rede dentro da sala de aula apontada para o local pertinente à aprendizagem) em função do seu perfil específico e da sua capacidade de acompanhamento ao respetivo educando, ou da situação clínica do/a Encarregado/a de Educação / cuidador/a, além da situação clínica da própria criança. Assim como a possibilidade de um/a docente de risco poder continuar no ativo através de E@D.

A obsessão em abrir as escolas imperativamente para todos, praticamente em simultâneo, esquece quem se encontra nas segundas categorias dos casos já aqui referidos — Enc. de Ed. / cuidadores de risco — , e é de notar que estas tendem a sobrepor-se (famílias em que alguém tem possibilidade e disponibilidade para acompanhar o/a (s) seu/sua (s) educando/a (s) em regime de ensino remoto / E@D serão frequentemente famílias com membros de risco — como é, por exemplo, o caso de avós ou de cidadãos em situação de reforma antecipada).

O impacto psicológico da hospitalização prolongada ou da morte precoce dos Enc. de Educ. / cuidadores de risco COVID-19 bem como a tensão a que as crianças/jovens que dependem destes Enc. de Educ. / cuidadores podem estar sujeitas/os, deve também ser equacionado com o resto das preocupações relativas ao bem-estar, saúde mental/psicológica, das crianças e jovens.

Neste sentido consideramos que permitir o ensino em regime de acesso remoto / E@D a alunos, através de dispositivos audiovisuais (câmaras ligadas à rede) permitirá colmatar várias lacunas no que é proposto:

1) Proteger os mais vulneráveis, não apenas as crianças e jovens de risco acrescido perante o SARS-CoV-2 como também quem delas cuida (Enc. de Educ. / cuidadores de risco acrescido face à COVID-19), algo que parece criminoso que não esteja a ser considerado;

2) Criar mais espaço físico em sala de aula para que as medidas de segurança propostas se tornem exequíveis;

3) Encontrar uma solução de inclusão para os docentes clinicamente mais vulneráveis, que poderiam, sem necessidade de recorrer à baixa ou a declaração médica, optar por funcionar como docentes em ensino remoto / E@D, quer seja lecionando para alunos em regime de ensino remoto / E@D quer seja lecionando para alunos em ensino presencial ou como auxiliares de apoio a outros docentes e/ou a alunos, tratando de aspetos relacionados com avaliação diária, dúvidas de alunos que estão remotamente a assistir às aulas ou outras atividades escolares que se entendam ser necessárias, e sempre durante o seu horário de trabalho, por meios síncronos, isto é, em tempo real;

4) Permitir que as previsíveis situações em que alunos entrem em quarentena (por infeção, caso suspeito, proximidade a caso conhecido ou outra razão) tenham já uma solução para o acompanhamento das aulas, e não resultem num absentismo massivo ao longo do ano escolar, assim como permitir que os docentes que entrem na mesma situação possam continuar a lecionar fazendo uso da tecnologia (ex.: videoconferência) para os alunos que se encontram fisicamente presentes em sala de aula, no respetivo recinto/estabelecimento de ensino;

5) Agilizar a possibilidade de uma transição para regime totalmente remoto, caso a situação sanitária o venha a obrigar, acontecimento relativamente ao qual não podemos por a cabeça na areia, e que irá sempre implicar uma transição dificílima, tão mais complicada quanto mais insistirmos que não vale a pena prever mais nada que não seja praticamente todos em simultâneo na escola.

Os entraves a este tipo de solução não constituem uma real impossibilidade, apenas uma tirania ideológica do igual para todos. A ver:

1) esta proposta não implica que pais / Enc. de Educ. que tenham de trabalhar o deixem de fazer ou que haja qualquer encargo financeiro do Estado (subsídios, etc.). Apenas pede que quem tenha disponibilidade ou apoio a esse nível (ex.: avós) e sinta necessidade de tomar este tipo de decisão tenha direito de o fazer;

2) esta proposta não implica que crianças sinalizadas pelos serviços sociais / CPCJ possam não ser acompanhadas na escola, presencialmente, bem como crianças cuja alimentação praticamente depende dos refeitórios escolares. Situações que já estavam a ser salvaguardadas e precisam de continuar a sê-lo. Apenas se pede que as crianças até então devidamente apoiadas pelo respetivos pais/Encarregados de Educação possam continuar a sê-lo da melhor forma;

3) um dos motivos mais fortes para a reabertura geral das escolas que tem sido colocado em cima da mesa é a questão do impacto psicológico da não-socialização e do constrangimento no desenvolvimento de competências adquiridas em trabalho de equipa. Sem querer de todo minimizar o papel da escola nesse sentido, relembro que o trabalho em equipa não está limitado à presença física (é viável em regime de ensino virtual síncrono, desde que sejam criados grupos de trabalho para esse efeito) e que a socialização não é exclusiva ao contexto escolar. As medidas necessárias preconizadas, para travar atualmente a propagação do SARS-CoV-2, estão longe de ser isentas de impacto psicológico. Provavelmente com o devido apoio de adultos competentes, atentos às necessidades das crianças e dos jovens, particularmente atentos às necessidades das crianças mais jovens, estas crianças e jovens serão capazes de ultrapassar a situação de forma positiva, mas na realidade só daqui a uns anos poderemos aferir o resultado de crianças constantemente a serem afastadas umas das outras e de atividades de risco, durante longos períodos de tempo usando máscara, possivelmente criando uma realidade deturpada do que é a socialização, pelo menos conforme a entendemos hoje. Não há soluções perfeitas perante o que se avizinha, pelo que é imperioso flexibilizar e ser empático com a existência da diversidade de situações / pessoas e para com a legitima subjetividade da vivência concreta sentida por cada um/a de nós em relação a este assunto;

4) um ano letivo híbrido poderia trazer complicações, no sentido em que um/a professor/a que está em sala de aulas e ao mesmo tempo tem de dar atenção a aluno/a (s) que assistem remotamente às aulas encontra-se perante um pedido de duplicação de atenção que pode ser particularmente complicado. Não se pede aqui esse tipo de solução, apenas a instalação ou a utilização de dispositivos já existentes (ex.: um computador ou um tablet com câmara ligado à rede), para difusão do que acontece em sala de aulas (salvaguardado a proteção da imagem dos alunos que lá se encontram, naturalmente), e a possibilidade de os alunos, que estão em participação remota, enviarem os exercícios através da plataforma, de forma síncrona, em tempo real. E/ou a criação de grupos/turmas de alunos em regime de E@D, conduzidas por doentes que se encontrem nesse mesmo regime de ensino. Os pais / Encarregados de Educação, que tendo optado por uma destas modalidades de ensino (remoto/ E@D), tratarão de questões como dúvidas e disciplina, tal como o fizeram durante o último período letivo de 2019/2020;

5) neste sentido, não se propõe aqui soluções em que os professores tenham de ficar em frente ao computador pela noite dentro a responder a e-mails; o/a (s) aluno/a (s) em regime de ensino remoto / E@D são tratado/a (s) como aluno/a (s) fisicamente presenciais (distância física não significa distância empática ou falta de empatia, assim como a proximidade física não garante qualquer empatia ou competência pedagógica. A empatia ocorre independentemente da distância/proximidade física), sem modelos de ensino assíncrono e a responsabilidade de aferir o ritmo de trabalho pertencendo aos Encarregados de Educação e eventualmente a docentes que sejam designados pela escola para docência em regime de E@D / remoto, dado o seu perfil clínico de vulnerabilidade;

6) não se propõe aqui que as avaliações sejam realizadas remotamente, os momentos de testes/exames deverão ser presenciais, caso a situação sanitária o permita. É completamente diferente gerir a segurança de um evento esporádico quando comparado com uma exposição diária. Entendemos que o sistema de avaliações seguido no último período letivo, 2019/2020, trouxe constragimentos que devem ser evitados.

Não está aqui implícita a ilusão sobre a existência de soluções perfeitas ou de "risco zero" apenas se pretende minimizar riscos e futuros prejuízos de forma equilibrada, evitando a necessidade de voltarmos a um estado de paragem quase total.

Uma solução, do igual para todos, está longe de ser inclusiva. É precisamente na procura de uma visão ampla e empática e no equilíbrio entre as diversas vertentes do panorama atual, que podemos encontrar soluções que possam ir ao encontro das necessidades de todos, sem excluir ninguém.

Tem-se vindo a assistir a uma polarização da sociedade em que imposições (mesmo as que se têm por base a salvaguarda de algo básico, como a saúde e a vida) são encaradas como atentados à liberdade. A perspetiva afunilada da uniformização, do igual para todos quando todos não somos iguais, acentua a polarização e é exatamente na liberdade de escolha, balizada pela razoabilidade e pelo respeito mútuo (nomeadamente o respeito pela saúde e pela vida dos que nos rodeiam), que se pode encontrar uma perspetiva aberta em que cada um consegue encontrar o seu caminho sem o impôr aos outros.

Não devíamos pautar-nos por ideologias, que em nome de um questionável bem-comum impõem à sociedade as suas convicções, com uma aplicação cega ou restrita e de consequências potencialmente atrozes.

A decisão de mandar ou não os filhos para a escola é atualmente de natureza extremamente privada e pessoal. Aos pais / Encarregados de Educação deve ser reconhecida a capacidade para avaliarem o que é melhor para o/(s) seu/sua(s) filho/a (s) / educando/a(s). Não disponibilizar esta opção aos pais / Enc. de Educ. é pôr em causa a sua autonomia e simultaneamente colocar em risco o bem-estar da própria criança / jovem.

Não entender que a vulnerabilidade de um/a docente a uma ameaça de saúde não significa incapacidade para dar seguimento, de forma competente, ao ensino, mesmo que seja remotamente / E@D, é não entender verdadeiramente o que são critérios de qualidade a este nível. A qualidade do ser humano, no seu trabalho, enquanto docente, sobrepõe-se ao modelo formal; mais do que a *forma* importa o *modo como* atua com os seus alunos. Assim como a empatia e a competência não são garantidas pela proximidade física, a distância geográfica está longe de impedir que se faça um bom trabalho a este nível, particularmente quando temos todos os meios ao nosso alcance.

Vivemos tempos sem precedentes na história da humanidade e as incertezas são ainda excessivas, à sociedade civil deve ser dada liberdade de prosseguir com opções responsáveis.

Susana Pereira
(mãe e mestre em psicologia da saúde)


Apesar de não estarmos de acordo com alguns pontos apresentados pela peticionária mas, porque nos foi enviado um pedido de partilha através de e-mail dirigido ao blogue,  aqui fica a divulgação do texto integral da petição, por forma a contribuir para o debate e partilha de ideias sobre a gestão das nossas escolas, face à situação muito complexa que vivemos no país e no mundo.

Academia Digital para Pais - Ações de formação promotoras de competências digitais

O Programa Academia Digital para Pais é uma iniciativa da EDP Distribuição – Energia, S.A. em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE), que dá a possibilidade aos pais/encarregados de educação, de crianças do 1.º e 2.º ciclos, de Escolas que integram o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), de frequentar ações de formação promotoras de competências digitais. Com este programa, pretende-se dotar as famílias de competências digitais básicas que facilitem o acompanhamento escolar dos filhos e ainda lhes facultem ferramentas de integração, essenciais na sociedade atual. Pretende-se, ainda, combater as assimetrias socioeconómicas existentes, na iminência de virem a ocorrer situações de contingência que obriguem à suspensão das atividades letivas, em regime presencial.

As ações de formação têm a duração de 8 horas em horário pós-laboral e irão decorrer nas instalações da própria instituição de ensino, podendo participar até duas pessoas por agregado familiar. 

Cada escola participante procederá à identificação e seleção dos voluntários formadores, que deverão ser, preferencialmente, alunos que frequentam o agrupamento, com idades entre os 14 e os 18 anos. Poderão, ainda, ser selecionados voluntários junto do grupo dos docentes, técnicos e/ou pais/encarregados de educação da respetiva comunidade educativa para dinamizar esta formação.

A EDP Distribuição atribuirá apoios financeiros à realização da formação, no que diz respeito aos custos associados ao apoio logístico.

O período de candidatura irá decorrer entre 11 e 18 de novembro de 2020 através do formulário.

Regulamento e informações

Recomendação do CNE sobre o acesso ao ensino superior e a articulação com o ensino secundário

O Conselho Nacional de Educação divulgou a Recomendação sobre o acesso ao ensino superior e a articulação com o ensino secundário, aprovada no dia 6 de novembro de 2020, na 143ª sessão plenária.




O CNE recomenda:

1. A avaliação da representatividade social do corpo estudantil nas instituições de ensino superior, designadamente no que se refere aos efeitos discriminatórios da situação socioeconómica familiar e individual, de etnia, de deficiência, do local de residência ou outros que venham a ser identificados como relevantes, bem como os resultados das políticas de inclusão e de aprendizagem ao longo da vida, identificando medidas que visem a sua correção, fixando metas a atingir até 2030.

2. A redução do peso dos exames nacionais no processo de seleção e seriação dos candidatos, aliviando a pressão do sistema de acesso ao ensino superior sobre o funcionamento do ensino secundário e viabilizando a concretização da sua vocação de formação terminal.

3. O reforço da responsabilidade das instituições de ensino superior pelo processo de acesso e ingresso no ensino superior, individualmente ou em consórcio, definindo o perfil de competências para seleção dos candidatos, introduzindo critérios e instrumentos de seleção e seriação próprios em função do perfil definido, incluindo eventuais provas próprias, organizadas de forma a evitar que os candidatos se tenham de submeter a uma multiplicidade de provas, sem prejuízo das medidas gerais consideradas na recomendação n.º 1.

4. Com a consolidação da responsabilidade das instituições de ensino superior pelo acesso e ingresso, a extinção dos concursos especiais, permitindo às instituições a definição de contingentes em função da diversidade de formação académica prévia a que correspondam alternativas de matérias a cursar no início dos cursos.

5. A revisão das formas de avaliação utilizadas no ensino secundário, designadamente nos cursos científico-humanísticos, de forma a assegurar a avaliação das competências constantes do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e a introdução de processos de moderação que permitam que algumas dessas formas tenham condições para serem consideradas no processo de acesso ao ensino superior.

6. O acompanhamento dos trabalhos, a nível nacional e internacional, e a promoção da investigação sobre a avaliação de competências como as previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, para apoio ao ponto anterior.

7. O acompanhamento e a avaliação do sucesso no ensino superior, incluindo a investigação educacional sobre os preditores de sucesso e a correlação do desempenho no ensino superior com os critérios e instrumentos de seleção e seriação usados, bem como a disponibilização pública da informação produzida.

8. Introdução progressiva das alterações no sistema de acesso ao ensino superior, assegurando a integridade do processo de acesso, avaliando os passos dados e introduzindo as correções necessárias aos objetivos de promoção do sucesso no ensino superior, de justiça social e de inclusão educativa e social.

sábado, 14 de novembro de 2020

O que é a Estratégia Portugal 2030?

A Estratégia Portugal 2030 está estruturada em torno de quatro agendas temáticas centrais para o desenvolvimento da economia, da sociedade e do território de Portugal no horizonte de 2030: 

i) as pessoas primeiro: um melhor equilíbrio demográfico, maior inclusão, menos desigualdade; 
ii) digitalização, inovação e qualificações como motores do desenvolvimento; 
iii) transição climática e sustentabilidade dos recursos, e 
iv) um país competitivo externamente e coeso internamente.

Leia o documento na íntegra: Portugal 2030