sexta-feira, 23 de setembro de 2022

SIPE vai auscultar professores sobre alterações ao modelo de contratação e colocação propostas pelo Ministério

Sindicato vai realizar um inquérito a nível nacional e dará conta das conclusões à tutela

SIPE vai auscultar professores sobre alterações ao modelo de contratação e colocação propostas pelo Ministério

Face às alterações ao modelo de contratação e colocação de docentes propostas pelo Ministério da Educação (ME) na reunião realizada esta quarta-feira, dia 21 de setembro, o SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores vai auscultar os docentes através da realização de um inquérito, cujas conclusões serão, posteriormente, apresentadas à tutela. A iniciativa pretende conhecer a posição dos professores e educadores de todo o país, sócios e não sócios, e será a base das negociações do SIPE com o ME sobre este tema, ao longo das próximas reuniões. Simultaneamente, o Sindicato irá pedir reuniões a cada um dos grupos parlamentares para apresentar as suas considerações e elucidar os deputados sobre o tema.

«É com agrado que vemos a iniciativa do ME para apuramento das reais necessidades dos agrupamentos, no entanto, recusamos por completo a proposta apresentada pela tutela para colocação de professores por perfil de competências», avisa Júlia Azevedo, presidente do SIPE. A dirigente sindical considera ainda a proposta relativa ao alargamento da abertura dos concursos para um prazo superior a quatro anos «absolutamente inaceitável», classificando como «desumano o prolongamento da expectativa dos professores na aproximação às residências». A presidente do SIPE entende que a especificidade deste assunto «obriga a que estas negociações tenham a intervenção direta dos professores, é com os professores que o Ministério está a negociar, isso é ponto assente. Por isso, faremos esta auscultação».

«Com esta iniciativa, pretendemos dar voz aos professores e, ao mesmo tempo, recordar o Ministério da Educação que este é um tema que, além do impacto a nível profissional, afeta drasticamente a vida pessoal dos docentes, pelo que é fundamental que quaisquer alterações ao modelo de contratação e colocação permitam a aproximação dos docentes às suas residências e às suas famílias», explica Júlia Azevedo.

«Na reunião com o ME foi colocada a possibilidade de um terço da colocação dos professores passar a ser feita através contratação direta pelas escolas e de os agrupamentos poderem vincular diretamente aos seus quadros, passando esta medida a estender-se a todos os agrupamentos e não apenas aos agrupamentos em territórios educativos de intervenção prioritária (TEIP)», refere a presidente do SIPE.

No entanto, a dirigente sindical lembra que «a experiência passada diz-nos, de forma inequívoca, que este modelo não funciona. Basta recordarmos a antiga Bolsa de Contratação de Escola (BCE), na qual os perfis de competências eram desenhados à medida dos candidatos».

Para a presidente do SIPE, a colocação por graduação profissional «é o único modelo justo, que reúne o consenso de todos» e recorda que «os professores têm vindo a sofrer consecutivamente com as medidas de desvalorização da carreira e não aceitarão agora colocações diretas pelos diretores, com consequências gravíssimas, relacionadas com ultrapassagens entre docentes».

«Já iniciámos o ano letivo e temos mais de 1.900 horários por preencher. Estes números espelham a falta de atratividade da carreira e de condições para os docentes, e isso é responsabilidade do Governo,
que pouco ou nada tem feito», acusa a presidente do SIPE. «Muitos destes horários que estão por preencher são recusados pelos próprios professores, seja por se tratarem de horários incompletos, seja por estarem a uma grande distância da zona de residência dos candidatos, que, pesando os custos associados a deslocações e alojamento, verificam não serem opções financeiramente viáveis. Por isso, justificar-se-ia a criação de apoios e ajudas de custos para compensar estes constrangimentos», defende a dirigente.

A presidente do SIPE reforça a necessidade de, no âmbito das alterações ao modelo de contratação, ser «assegurado o critério da colocação por graduação profissional, para evitar ultrapassagens entre docentes». «Acima de tudo, é fundamental que neste processo negocial com a tutela, haja espaço para
o diálogo, para uma negociação participativa com base no feedback que obtivermos acerca daquelas que são as expectativas e anseios dos professores. Mais do que ninguém, os professores sentem na pele os constrangimentos associados ao atual modelo de colocação, por isso mesmo, ao serem os mais
afetados por este problema, faz todo o sentido que sejam ouvidos e considerados na procura da solução», acrescenta Júlia Azevedo.
Porto, 22 de setembro de 2022

Ao Vivo do Jornal Público - Recrutamento de professores: o que deve mudar?

Um debate a não perder em "Ao Vivo" do jornal Público, a partir das 11 horas e 30 minutos, com os convidados;

Ana Balcão Reis
Presidente do Conselho Pedagógico na Nova SBE

Ana Cláudia Cohen
Diretora do Agrupamento de Escolas de Alcanena e vice-Presidente do Conselho de Escolas

Paulo Guinote
Professor do 2.º Ciclo do Ensino Básico


O Ministério da Educação começou esta semana a negociar com os sindicatos alterações ao modelo de recrutamento de professores. Devem as escolas ter autonomia para escolher os que se adequam mais ao seu perfil? Quais são os riscos e os benefícios desta opção? Porque razão é tão polémico este tema? E o que deve mudar para que o corpo docente de cada estabelecimento de ensino seja mais estável? Com novas regras vamos diminuir a possibilidade de ter tantos alunos sem aulas no arranque de cada ano letivo? 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Relatório Júri Nacional de Exames 2021

Está disponível na página eletrónica da DGE, no sítio do Júri Nacional de Exames, no separador - Relatórios/Estatísticas - O “Relatório JNE 2021”.

Os exames finais nacionais do ensino secundário de 2021 ocorreram em 645 escolas, nas quais efetuaram-se 251 822 provas em ambas as fases. É, ainda de referir que neste número total de escolas incluem-se 10 escolas portuguesas no estrangeiro onde se realizaram 998 provas. 
Nas 521 escolas públicas, que representam 80,8% do universo escolar, realizaram-se 221 950 exames finais nacionais, que correspondem a 88,1% do total dos exames finais nacionais realizados em ambas as fases.

Negociação com o ME - Alteração ao regime dos concursos


O SIPE reuniu no dia 21 de setembro com o Ministério da Educação. Foi a primeira reunião de alteração ao regime dos concursos e resumiu-se a uma apresentação de princípios gerais.

O ME comprometeu-se:
1. Apuramento das reais necessidades dos Agrupamentos;

2. Vinculação mais rápida dos docentes;

3. Diminuição territorial dos QZP e abertura de Quadros de Agrupamento.

No entanto vemos com muita apreensão as seguintes propostas do ME com as quais NÃO CONCORDAMOS e prometemos desde já uma forte oposição e luta.

1. Colocação por perfil de competências de 1/3 dos docentes através:
a) Da contratação direta pelas escolas
b) Da vinculação em quadro de Agrupamento diretamente pelas escolas

2. A colocação por perfil de competências estende-se a todos os Agrupamentos e não apenas aos Agrupamentos TEIP

3. Alargamento dos concursos plurianuais para mais de 4 anos.

Relembramos que a experiência passada diz-nos de forma inequívoca que este modelo não funciona. Basta lembrar-nos da antiga bolsa de recrutamento pelas escolas (BCE) na qual os perfis de competências eram desenhados à medida dos candidatos.

O SIPE considera que a colocação por graduação profissional é o único modelo justo que reúne o consenso de todos e relembra que os professores têm vindo a sofrer consecutivas medidas de desvalorização da carreira e não aceitarão agora colocações diretas pelos diretores com as consequentes gravíssimas ultrapassagens docentes.

O alargamento da abertura dos concursos para um prazo superior a 4 anos é absolutamente inaceitável. Consideramos desumano o prolongamento da expectativa por parte dos docentes de aproximação às suas residências e famílias.

Mobilidade por Doença - Candidaturas de aperfeiçoamento

Relativamente ao aperfeiçoamento da mobilidade por doença o ministério informou os sindicatos que:
  • Houve 309 candidaturas de aperfeiçoamento
  • 27 não foram admitidas
  • 10 desistiram
  • 272 passaram a reunir os requisitos
Destas 272, o programa das colocações está a correr e abrirá uma vaga supranumerária se tivessem obtido colocação, sendo notificados brevemente. 

A primeira reunião com o ME

A primeira prioridade! 
Autonomia para escolas escolherem professores afasta sindicatos e Ministério na primeira reunião
 
A possibilidade de as escolas escolherem parte dos professores - a começar com um terço - tendo em conta o perfil dos docentes e o aumento para mais de 4 anos entre concursos, foram os principais pontos que separaram os sindicatos do Ministério da Educação na primeira reunião negocial sobre recrutamento e colocação de docentes.

A contratação por perfil de competências não funciona, como ficou claramente demonstrado com a anterior Bolsa de Contratação de Escolas, abandonada pelo Ministério da Educação em 2016, quando o atual ministro era Secretário de Estado e é completamente subjetiva e até discriminatória.

Hoje, depois de concluída a primeira ronda negocial, o Ministério da Educação enviará às organizações sindicais de docentes um documento escrito.

"Instruções" para Apoio a novos Professores

Reconhecendo a necessidade de acompanhar os que lecionam, muitas vezes suprindo necessidades que surgem ao longo do ano letivo - e porque os velhotes das nossas escolas não sabem receber e têm muito tempo livre para as mentorias e afins - foi entendimento do Ministério da Educação desenvolver materiais e uma estrutura de acompanhamento que complementa a mentoria e coordenação dos professores mais experientes.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Folhetos "Regresso às aulas: como começar o novo ano escolar de maneira positiva”

O Conselho da Europa disponibilizou os folhetos “Regresso às aulas: como começar o novo ano escolar de maneira positiva”, destinado a pais e professores, traduzidos em português.

As primeiras semanas de um novo ano letivo podem ser desafiadoras para alunos, pais e professores, mas também o momento ideal para proporcionar às crianças e jovens refletir sobre o que significa ser um cidadão digital respeitado no mundo atual, online e offline.

Os folhetos “Regresso às aulas: como começar o novo ano escolar de maneira positiva” para pais e professores do Conselho da Europa oferecem algumas ideias práticas integradas no Projeto Educação para a Cidadania Digital, que pretende capacitar as crianças e jovens para participarem ativamente na sociedade digital, promovendo o espírito crítico e o uso efetivo das tecnologias digitais.

Pode consultar aqui:



Apresentação do Relatório Education at a Glance 2022

O lançamento do Relatório da OCDE - Education at a Glance 2022, vai decorrer no próximo dia 3 de outubro, pelas 14:00, na Reitoria da Universidade de Lisboa.

A sessão contará com a abertura do Diretor-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, Nuno Rodrigues, apresentação do estudo por parte do Chefe da Divisão de Assessoria e Implementação de Políticas da Direção da Educação e Competências da OCDE, Paulo Santiago, bem como com as intervenções do Ministro da Educação, João Costa e da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

O evento é de participação gratuita, porém, dada a lotação do espaço, sujeita a registo prévio e obrigatório.

Prevenir, identificar, intervir e combater o bullying e o cyberbullying

A Global StopCyberbullying Telesummit é o maior evento sobre bullying e cyberbullying realizado a nível mundial. Estamos já na 4ª edição!

Mais do que falar sobre o problema, vamos falar sobre soluções.

Durante o mês de outubro (Mês Europeu da Cibersegurança e o Mês da Prevenção e Combate ao Bullying), Cristiane Miranda, Sónia Seixas e Tito de Morais organizam e promovem a 4ª Edição da Global StopCyberbullying Telesummit.

Em todos os dias úteis, iremos ouvir diversos especialistas que nos vêm falar sobre como prevenir, identificar, intervir e combater o bullying e o cyberbullying.
  • Tecnologias de prevenção e combate ao cyberbullying
  • Prevenção do suicídio e dos comportamentos autolesivos na Internet
  • Educação positiva e educação para a paz
  • Comunicação não violenta
  • Bullying nos videojogos
  • Violência sexual baseada em imagens
  • Bullying no desporto
As sessões serão conduzidas em português ou em inglês, dependo do convidado/a. As sessões em inglês terão, pela primeira vez, tradução simultânea para português.

Para participares, inscreve-te aqui! Assim garantes que receberás os links para acompanhares todas as sessões. A participação é gratuita, mas o registo é obrigatório.

Negociações sindicais com o ME

De acordo com o calendário estabelecido pelo Ministério da Educação, têm hoje início as reuniões de negociação do Diploma de concursos entre o Ministério da Educação e as organizações sindicais de docentes.

Do que se conhece, divulgado apenas pelas muitas declarações públicas da equipa ministerial e pelas notícias (muito convenientes) de alguns órgãos de comunicação social, adivinha-se uma negociação difícil e com poucas perspetivas positivas para os educadores e professores. Mas desejamos, ao contrário do que vem acontecendo, que nestas reuniões haja espaço para uma verdadeira negociação participativa, em que os sindicatos possam apresentar as expectativas e anseios dos docentes sobre a matéria, e não apenas uma exposição de pretensões, unilateral, por parte do Ministério da Educação, como temos assistido no passado, para que no preambulo da legislação aprovada possa estar plasmado "ter sido efetuada a negociação sindical com os sindicatos do setor". 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

ubbu abre vagas gratuitas para as escolas poderem ensinar a programar

Com a missão social de preparar todas as crianças para uma nova sociedade digital, através do ensino da Ciência da Computação e Programação, a ubbu é um projeto que coloca ao dispor das escolas uma plataforma online que poderá ser utilizada na sala de aula ou à distância.

Concebida para ser utilizada pelos professores, independentemente da disciplina que lecionam, estes serão capazes de ensinar programação aos seus alunos, recorrendo a jogos, vídeos e exercícios interativos integrados num currículo de 90 aulas, divididos por 3 níveis, cujos conteúdos estão alinhados com os de outras disciplinas, como Matemática, Ciências ou Português e, ainda, com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Em 2021/2022, nas escolas públicas do Continente, inscreveram-se na plataforma 1.656 professores, um crescimento superior a 30% face ao ano anterior, de 440 agrupamentos, 35.422 alunos e 873 professores utilizaram, regularmente, a ubbu, realizando cerca de 6M de atividades. A avaliação dos professores é muito positiva em todas as vertentes do projeto, desde a inscrição e formação ao impacto nos alunos e ao suporte ao longo do ano.

Com este projeto, pretende-se contribuir para o posicionamento de Portugal na vanguarda do desenvolvimento do pensamento computacional e da literacia digital dos alunos das escolas públicas, do 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico, contando para isso com o apoio da Direção-Geral da Educação.

As escolas e os professores interessados em participar no ano de 2022/2023 podem inscrever-se acedendo a: links.ubbu.io/. O uso da plataforma é gratuito para todas as escolas públicas do Continente, incluindo, ainda, formação acreditada pela Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI).

Para mais informações sobre a ubbu, consulte a apresentação anexa, o site oficial, página de Facebook ou canal de YouTube. Poderá ainda recorrer ao endereço eletrónico ola@ubbu.io.

Primeiros kits de bicicletas chegam às Escolas

O projeto “Desporto Escolar sobre rodas” (“DE sobre rodas”) vai chegar às escolas no arranque deste ano letivo 2022/23, com o início da distribuição de bicicletas em todos os estabelecimentos de ensino públicos do país com 2.º ciclo do ensino básico, numa iniciativa conjunta do Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P., e do Ministério da Educação, através da Direção-Geral da Educação.

A entrega do material velocipédico por parte do Instituto Português do Desporto e da Juventude ocorrerá, de forma faseada, a partir de setembro de 2022 e terminará em 2024.

Cada estabelecimento de ensino receberá dois (2) Kits de material velocipédico (3 bicicletas roda 16”; 3 bicicletas roda 20”; 3 bicicletas roda 24”; 1 bicicleta roda 26” e 10 capacetes). Os 259 estabelecimentos de ensino que irão receber estes Kits já em 2022 foram já informados sobre a entrega do material velocipédico e os procedimentos específicos a adotar.



As figuras tristes de um Ministro

A EDUCAÇÃO DESEDUCADA

Medeiros Gaspar


Quem aceita ser ministro, deve ao menos perceber os limites do ridículo, para evitar fazer figuras tristes, parecer ignorante e evitar envergonhar o governo de que aceita fazer parte.

De entre esses limites deve constar o conhecimento mínimo da organização política e administrativa do país, para não exibir impreparação a torto e a direito.

O ministro da Educação português parece o protótipo perfeito desta falta de predicados.

1. Ter vergonha

Durante a semana que passou João Costa, que ocupa o lugar de ministro da Educação em Portugal, quis mostrar como está impreparado para falar da carreira dos professores (atores essenciais da área que tutela).

Numa entrevista dada à LUSA, explicou porque motivo o Governo da República não seguiu o exemplo das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, na recuperação integral do tempo de serviço dos professores, congelada no tempo da troika. Os famosos nove anos, quatro meses e dois dias.

Disse o ministro que a Madeira e os Açores fizeram essa recuperação do tempo, porque apenas têm de pagar o salário e quando um professor se aposentar, estas Regiões não têm de pagar a sua reforma mas sim o Orçamento do Governo da República.

Se isto de per si, é uma demonstração profunda de ignorância quanto ao modo como funciona o sistema de pensões em Portugal, mais grave foi o exemplo dado – como forma de fundamentar o seu “pensamento”. Disse: “se eu pudesse dizer assim, muito bem, os professores que estão aqui, no continente, quando se aposentarem, outro paga, se calhar também tinha condições para recuperar integralmente o tempo de serviço. Se calhar não. Tinha de certeza. Dizia assim, muito bem, agora a Espanha paga as pensões e as aposentações de todos. Portanto, nós temos de ter seriedade na forma como analisamos estas questões”.

Como é possível?

Isto são palavras de um ministro da Educação?

Tanta desonestidade intelectual junta, tanto desconhecimento, tanta intrujice é possível num homem só?
Que vergonha ter João Costa como ministro.

Que insulto à inteligência de todos nós, a fundamentação patética, falsa e desonesta, que não parece merecer repúdio por parte dos Socialistas – de cá e de lá!

2. Não ter vergonha

O ano letivo arrancou em Portugal e pelos menos a uma disciplina, cerca de 60 mil alunos não terão professor.

O ministro da Educação ficou feliz pois a previsão da PORDATA dizia que iam ser 100 mil. Logo o ministro da Educação está feliz pela conquista. Menos 40 por cento do que diziam os estudos.

Mais de 1100 horários sem professor? Uma conquista, congratulou-se João Costa!

Para além do absurdo que isto representa, importa elucidar o seguinte: o estudo da PORDATA o que dizia (quando foi publicado em março de 2022), é que se Portugal continuar com o mesmo método de contratação de professores, daqui a um ano (logo em março de 2023), olhando ao número de reformas que acontecerão neste período, existirão 110 mil alunos com pelo menos um professor em falta. E 250 mil em 2025.

Uma vez mais o ministro distorce e finge ter resultados positivos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Perfil do Docente - Habilitações Académicas

O doutoramento e o mestrado não são habilitações comuns entre os professores do ensino básico e secundário. De acordo com os dados do último Perfil do Docente publicado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), apenas 12,7% dos professores do ensino básico e secundário e educadores de infância eram titulares de um doutoramento ou mestrado em 2020/21.

domingo, 18 de setembro de 2022

Porque que é que o ME não revela a resposta à Comissão Europeia?

Bruxelas proíbe professores precários e obriga igualdade no pagamento de salários

Os professores contratados e ‘com a casa às costas’ por anos sucessivos devem tornar-se uma espécie em vias de extinção devido ao procedimento aberto pela Comissão Europeia a Portugal. Para evitar uma queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia e uma multa pesada, Portugal tem de acabar com a discriminação salarial destes docentes, que recebem sempre o mesmo (cerca de 1000 € líquidos), independentemente dos anos de trabalho.

sábado, 17 de setembro de 2022

Pode ser pedida a substituição de docentes com Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) igual ou superior a doze dias

De acordo com a Nota Informativa divulgada com a 3ª Reserva de Recrutamento, nos termos de um Despacho do Secretário de Estado da Educação é possível a substituição imediata de docentes com Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) igual ou superior a doze dias. 

"Face à necessidade de se proceder com celeridade à substituição dos docentes que se encontram em situação de ausência justificada através de Certificado de Incapacidade Temporária (CIT), informam-se os AE/ENA de que, nos termos do despacho do Sr. Secretário de Estado da Educação, pode ser efetuado o pedido de horário na aplicação eletrónica do SIGRHE com vista à substituição imediata, sempre que a duração do atestado seja igual ou superior a doze dias.

Uma vez que o regresso do docente substituído pode, no caso referido, ocorrer antes do termo do contrato de substituição (30 dias nos termos do n.º 1 do art.º 42.º, do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação em vigor), o contrato mantém-se válido até ao seu termo. Assim, o docente substituto deve ser mantido e rentabilizado, designadamente na recuperação das aprendizagens, coadjuvação, implementação de apoios diferenciados ou outros."

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Procedimento Concursal para o Projeto C.A.F.E. - Timor Leste

Procedimento Concursal com vista à constituição de uma bolsa anual de docentes para o exercício de funções docentes no Projeto Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (Projeto C.A.F.E.), Timor-Leste, em 2023

A aplicação para a formalização da candidatura está disponível das 10:00h do dia 19 de setembro de 2022, até às 18:00h do dia 30 de setembro de 2022 (hora de Portugal Continental).







Perfil do Docente 2020/2021

A DGEEC disponibiliza a publicação de informação estatística oficial “Perfil do Docente 2020/2021”, com indicadores relativos a docentes de todos os níveis de ensino.


A presente publicação traça o perfil da população docente dos ensinos não superior e superior referente ao ano letivo 2020/2021. Abrange um conjunto de indicadores com informação relativa às suas características individuais – idade, sexo, habilitações académicas e nacionalidade – e ao exercício da sua profissão – grupo de recrutamento, funções, componente letiva, vínculo contratual (educação pré-escolar, ensinos básico e secundário), categorias e regimes de prestação de serviços (ensino superior). 

A informação está organizada de modo a possibilitar a comparação temporal entre níveis de ensino e é disponibilizada em tabelas e gráficos sobre os quais não se apresenta qualquer leitura ou interpretação. Nesse sentido, este documento constitui, essencialmente, um instrumento de suporte às mais variadas análises sobre o perfil da população docente, que possam ser efetivadas a partir de diferentes perspetivas.


Perfil do Docente 2020/2021 - Análise Sectorial

A DGEEC disponibiliza a publicação de informação estatística oficial “Perfil do Docente 2020/2021 – Análise Sectorial”, com indicadores relativos aos docentes dos seguintes grupos de recrutamento: Português, Matemática, Física e Química, Biologia e Geologia, Educação Física e Línguas Estrangeiras (Inglês, Francês, Espanhol e Alemão).


Este documento traça um perfil da população docente dos 5 grupos de recrutamento do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário com maior número de docentes (Português, Matemática, Física e Química, Biologia e Geologia, Educação Física) ora designados por Grupos de Recrutamento de maior dimensão e da população docente das Línguas Estrangeiras do mesmo nível/ciclo (Inglês, Francês, Espanhol e Alemão). Encontra-se desta forma dividido em dois grandes capítulos e assenta num conjunto de indicadores que fornecem informação sobre a sua distribuição, sobre as suas características individuais – idade, sexo e habilitações académicas – e acerca do exercício da profissão – funções, componente letiva e vínculo contratual.

Educação Digital, a Distância e em Rede Digital

A Sociedade Digital afirma-se hoje, cada vez mais, como uma realidade incontornável e o seu forte ritmo de desenvolvimento tem colocado desafios particularmente significativos aos modelos, processos e práticas da Educação. 
Constitui, para além dos novos desafios, a oportunidade para desenvolvermos o pensamento sobre a Educação Digital, a Distância e em Rede, inesperadamente reforçada pela crise pandémica que nos impôs a urgência de ação. Onde, anteriormente, se verificava a procura do enriquecimento educativo das comunidades de aprendizagem, construímos hoje, impulsionados pela força das circunstâncias e pela natural evolução do desenvolvimento neste domínio, a mudança dos cenários e contextos para a aprendizagem em rede. 
Deste modo, são tempos tanto de emergência como de necessária reflexão face a uma nova “normalidade”, justificando na presente publicação uma atenção especial às dimensões e valências desta temática. 
A Educação não pode ser planeada como um espaço de reprodução de saberes e práticas, mas deverá afirmar-se em liberdade na cultura de inovação para a sociedade da aprendizagem e do conhecimento em rede. 
É este o sentido da presente publicação que procura contribuir para o desenvolvimento do pensamento neste domínio, através dos textos de investigadores do Brasil, de Inglaterra e de Portugal que nos apresentam as suas reflexões sobre o pensamento estratégico e as experiências pedagógicas para promover a mudança na Educação Digital.

Reserva de recrutamento n.º 03

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 3.ª Reserva de Recrutamento 2022/2023.

Listas – Reserva de recrutamento n.º 03

Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 19 de setembro, até às 23:59 horas de terça-feira dia 20 de setembro de 2022 (hora de Portugal continental).

RR 04 – 23 de setembro de 2022

Falta de Professores vai continuar no topo das notícias

Ensino Uma crise do tamanho da Europa


Escassez de professores leva países a aumentar turmas, recorrer a profissionais sem formação e até cortar nas aulas

As explicações para o fenómeno são várias e diferem de sistema para sistema. Nalguns casos serão os salários baixos, noutros a burocracia, as turmas mais difíceis, as dificuldades de progressão na carreira ou ainda o desgaste profissional e a pressão dos pais. No limite, será um pouco de tudo isto que está a afastar os mais novos da carreira.


Colégios sentem cada vez mais dificuldades de contratação e estão preocupados com fuga de professores para o ensino público 

A dificuldade de recrutar professores já chegou ao ensino privado. Quando têm de contratar, os colégios assumem que são cada vez menos os candidatos a aparecer, obrigando vários estabelecimentos a aumentar a dimensão das turmas e a pagar horas extraordinárias aos docentes da casa para impedir que alunos fiquem sem aulas.
A ler no Semanário Expresso


Já há 75 mil alunos sem professores

São 3750 as turmas ainda sem todos os docentes, na semana do arranque do ano letivo.

A plataforma de contratação de escola do Ministério da Educação (ME) tinha esta quarta-feira a concurso, ao final do dia, 1165 horários, o que significa que subiu para 75 mil o número de alunos ainda sem professores, na semana de arranque do ano letivo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Educação - Regiões em Números 2020/2021

A DGEEC disponibiliza a publicação “Regiões em Números 2020/2021 - Educação”, contendo informação e indicadores estatísticos oficiais relativos à educação pré-escolar, e aos ensinos básico e secundário, desagregados por NUTS e municípios.
  • Regiões em Números 2020/2021 - Educação - Retrato Geral [XLSX] [ODS
  • Regiões em Números 2020/2021 - Educação - Norte [PDF] [XLSX] [ODS]
  • Regiões em Números 2020/2021 - Educação - Centro [PDF] [XLSX] [ODS]
  • Regiões em Números 2020/2021 - Educação - Área Metropolitana de Lisboa [PDF] [XLSX] [ODS]
  • Regiões em Números 2020/2021 - Educação - Alentejo [PDF] [XLSX] [ODS]
  • Regiões em Números 2020/2021 - Educação - Algarve [PDF] [XLSX] [ODS]
Poderá também consultar a informação estatística das “Regiões em Números - Educação”, de forma interativa, a partir do sistema de consulta de informação.

Na verdade, a falta de professores é uma consequência, mais que previsível, das políticas que foram sendo seguidas desde há muito

Alberto Veronesi

Com estas medidas, os professores de carreira não antecipariam a saída do sistema, os contratados veriam a luz ao fundo do túnel e os jovens olhariam para a profissão com outra perspetiva.
...
Em primeiro lugar, melhorar as condições de trabalho para os professores que já se encontram na carreira, não só eliminando o sistema de quotas para progressão, como repondo o tempo de serviço trabalhado e reposicionando em concordância, mas também revendo em alta todos os índices de remuneração e reduzindo cabalmente a carga burocrática associada a projetos de eficiência dúbia, como o MAIA, que acabam por ser promotores de óbvio desgaste e consequente desejo de abandono da profissão.

Em segundo, melhorar as condições dos professores contratados, desde já evitando que o sejam por mais de três anos, depois permitindo que os seus horários sejam sempre completados, ou seja, eliminando do sistema horários incompletos, com consequências benéficas para as escolas, que disporiam de mais recursos, e para os professores, que viam aumentados os seus rendimentos, e por fim a contabilização na íntegra dos descontos para a Segurança Social.
Artigo completo no Observador