quarta-feira, 16 de maio de 2012

“Tanta precipitação, tanta falta de estudo, tanto autoritarismo”


“Juntam-se escolas como embalagens de fiambre”

“Os mega-agrupamentos são a evidência do desnorte da administração central. Juntam-se escolas como embalagens de fiambre, aperta-se um pouco e cabe sempre mais uma”, afirmou o professor universitário Joaquim Azevedo  na conferência ‘Autonomia e Inovação Curricular: Olhares Diferenciados’, organizada esta quarta-feira pela Comissão de Educação da Assembleia da República.
CM

A TERRA em alta definição



Estrutura orgânica de departamentos do Ministério da Educação e Ciência

Fixa a estrutura orgânica da Direção-Geral do Ensino Superior

Fixa a estrutura orgânica da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência

Fixa a estrutura orgânica da Inspeção-Geral da Educação e Ciência

Aprova os Estatutos do Centro Científico e Cultural de Macau, I. P., e revoga a Portaria n.º 552/2007, de 30 de abril

Fixa a estrutura orgânica da Direção-Geral de Administração Escolar

Fixa a estrutura orgânica da Direção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira

Aprova os Estatutos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P.

Fixa a estrutura orgânica da Secretaria-Geral do Ministério da Educação e Ciência

terça-feira, 15 de maio de 2012

Caraterísticas das escolas que desenvolvem processos sistemáticos de melhoria de processos e resultados educativos


Neste tempo de turbulências, destruição de identidades, agregações forçadas, promessas salvadoras de mais exames será interessante rever o que dizem Stoll e Fink sobre as caraterísticas das escolas que desenvolvem processos sistemáticos de melhoria de processos e resultados educativos.
Como acontece de forma algo recorrente, há um decálogo de boas práticas indiciadoras desta dinâmica, a saber:
i) Nós sabemos para onde vamos. Esta partilha de visão e de metas a atingir é de grande relevância, pois não há vento favorável para quem não sabe para onde quer ir. E, no caso da escola, esta consensualização do horizonte, esta explicitação das metas cognitivas, emocionais, relacionais… que é preciso fazer os alunos alcançar é de vital importância, dado o número de intervenientes na ação educativa. Se isto se não consegue, o mais provável é a instituição da dinâmica da desconexão e da anarquia. A quase certeza do naufrágio.
ii) Nós precisamos de alcançar as metas, precisamos de garantir o sucesso. Esta noção de responsabilidade partilhada, esta convicção de que todos seremos capazes é um poderoso fator de realização da oportunidade.
iii) Nós trabalharemos de forma colaborativa para alcançar as metas visadas. Esta determinação (esta opção) por um modo de trabalho que aumenta as possibilidades de entendimento, de compreensão, e de eficácia da ação educativa revela uma disposição determinante de uma prática sistemática de melhoria.
iv) Nós podemos fazer melhor. Esta consciência da imperfeição, esta vontade de uma melhoria gradual e contínua é um atributo essencial das escolas que aprendem e um poderoso fator de desenvolvimento profissional e organizacional.
v) A aprendizagem implica toda a gente e de forma permanente. Para melhorar é preciso aprender sempre. Interpelar e interrogar: as rotinas, os problemas, as insuficiências. E mesmo desaprender o que nos aliena, nos encerra e limita.
vi) Nós aprendemos tentando fazer qualquer coisa nova. Esta disposição para ensaiar novas soluções, para compreender os entraves e os problemas, para experimentar e avaliar novas respostas, para ver de outros pontos de vista é algo de fundamental para incrementar melhores processos e resultados educativos.
vii) Há sempre alguém disponível para ajudar e apoiar. Esta certeza do suporte e do apoio, a tolerância face ao erro (este incentivo até para errar e aprender) é algo de vital se queremos sobreviver aos cenários de turbulência e alta imprevisibilidade.
viii) Toda a gente tem alguma coisa para oferecer. Este clima de confiança, esta prática sistemática de dádiva, esta consideração e respeito mútuo, esta partilha são os ingrediente de uma comunidade aprendente em contínua melhoria.
ix) Nós podemos discutir as nossas diferenças. Isto é, o apelo à alteridade e à heterodoxia, ao pensamento divergente que aspira à construção de máximos denominadores comuns; o respeito pela autonomia individual, o saber que a diferença é o sal da terra é algo de essencial para a existência de uma dinâmica de melhoria.
x) Nós sentimo-nos bem connosco mesmos. Este sentimento de bem estar interior, a celebração do que de bom existe, esta proximidade, esta alegria de estar vivo e de ser autor de uma comunidade em contínuo desenvolvimento é também algo de essencial numa escola que quer sair do marasmo e do statu quo. 
Estas dez características das escolas em processos de melhoria salientam a importância da proximidade, das emoções, dos sentimentos, dos compromissos, dos laços que constroem identidades solidárias e proativas.
Não seria sensato induzir estas disposições e estas práticas?
José Matias Alves

Governa manda despedir!



Quem quiser manter aqueles centros terá de o fazer até 31 de agosto com "receitas próprias". 


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Concursos - Região Autónoma dos Açores

(Consultar aqui as listas) 

Prazo para reclamações de 15 a 24 de maio

31 de maio,  publicação das listas de colocação

Projeto de Educação Ambiental em rede web

O Projeto Terra é um projeto de educação ambiental, à escala global, concebido como uma rede web, de forma a interligar, comunidades, escolas, alunos e professores de todo o mundo, para ajudar a resolver problemas ambientais, através do diálogo e cooperação sem fronteiras.Através uma plataforma web, o projeto fornece aos professores e alunos ferramentas para:

Apresentar projetos ambientais inovadores.

Interligar-se e interagir com pessoas sensibilizadas para questões ambientais de todo o mundo.

Compartilhar ideias, recursos e soluções para os problemas ambientais.

Participar em concursos ambientais e ganhar reconhecimento para o mérito dos mesmos.

Ajudar a educar e sensibilizar para as questões ambientais que o planeta enfrenta.

Projeto Terra

Resolução da Assembleia da República


Publicada no Diário da República a resolução que recomenda ao governo a alteração do Decreto -Lei n.º 338/2007, de 11 de outubro, para possibilitar o ingresso na carreira docente de todos  os professores de técnicas especiais titulares de uma relação  jurídica de emprego público por tempo indeterminado.

Ensino de Português no Estrangeiro

PROCEDIMENTO CONCURSAL EPE - 2012/2013





Consultar informação do Instituto Camões

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bom fim de semana!

Validação do aperfeiçoamento das candidaturas

Disponível de dia 11 até às 18:00 horas de Portugal Continental do dia 14 de maio de 2012

"Alerta-se para o facto de as escolas terem acesso a todas as candidaturas, independentemente de o seu estado ser Por validar; Válida após 1.ª validação; Inválida após 1.ª validação ou Parcialmente válida após 1.ª validação.
Se no 1.º momento, por lapso, a escola validou/invalidou algum campo incorretamente, a correção da validação deve ser efetuada nesta fase.
Nos casos excecionais de a escola invalidar agora uma candidatura que se encontrava válida, por necessitar corrigir a validação anteriormente efetuada, deve notificar por escrito o candidato, alertando, desse modo, o professor para a necessidade de aceder à reclamação após a publicitação das listas provisórias."

Educação, ensino superior e novas oportunidades no parlamento

Formação em ensino especial para docentes do ensino regular

A Inspeção Geral da Educação recomendou hoje, no Parlamento, formação específica para os educadores de infância e professores do ensino regular, devido à integração de alunos com Necessidades Educativas Especiais nestas turmas. 
De acordo com a equipa liderada pela nova inspetora-geral, Maria Helena Dias Ferreira, é necessária formação não tanto para os docentes do ensino especial, mas para os restantes professores com os quais tem de ser feita a articulação da resposta a estas crianças. "A educação especial ainda parece algo distante. Depende muito da cultura de cada escola", afirmou o inspetor Pedro Valadares durante uma audição promovida pelo grupo de trabalho dedicado a esta temática no parlamento e que integra deputados dos vários partidos.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Provas de Aferição 2012


Opinião - Santana Castilho

O Pingo Doce e o pingo amargo
1. Obviamente que não sei quanto facturou o Pingo Doce a 1 de Maio. Mas vi referências que situam o encaixe financeiro, em poucas horas, entre os 70 e os 90 milhões de euros. Imaginemos que o grupo recorria a emissão obrigacionista a três anos, para se financiar por igual quantia. Se tomarmos por referência as recentes iniciativas da Semapa e da EDP, a operação teria um custo nunca inferior a 17 milhões de euros. Não tenho elementos que me permitam calcular o valor da mercadoria que saiu das prateleiras, com prazos de validade próximos da caducidade. Mas, certamente, não será despiciendo. Não fora a campanha, essa mercadoria, que agora vai caducar em casa dos clientes, constituiria para o grupo uma perda total. Melhor foi, portanto, “passá-la” a 50 por cento. Volto a não saber quanto gasta o Pingo Doce em publicidade. Mas sabemos todos que é muito. Pois bem: quanto custariam a cascata de notícias, em horário nobre, de todas as televisões, as referências das rádios e o espaço dos jornais, servidos ao grupo a custo zero? Não sei, uma vez mais, quantificar o valor da vantagem comercial obtida com esta manobra predadora. Mas há perguntas que me ocorrem. Que impacto terá isto sobre o pequeno e agonizante comércio de bairro, face ao que o povo acumulou para meses? Quantos milhões perdeu Belmiro de Azevedo a favor do benfeitor Soares dos Santos? Quantos milhões vão perder os produtores, quando os preços forem esmagados pelo volume da operação de reposição de “stocks”?

2. Fora o altruísmo o motor que fez mover Soares dos Santos e a sua inteligência teria encontrado alternativas que nos poupassem ao pingo amargo que o Pingo Doce pôs a nu: a incivilidade de muitos. Ao ver bacalhaus pelo ar, polícia a dirimir tumultos e hospitais a receber vítimas de confrontos entre consumidores, voou-me o espírito para o 11 de Março. Não o nosso. O do Japão de 2011: sismo, “tsunami” e desastre nuclear; 200 mil refugiados, 13 mil mortos e 15 mil desaparecidos; 45 mil edifícios destruídos, 140 mil danificados e 200 mil milhões de euros de prejuízos. E? Quando a catástrofe chegou, cada cidadão sabia o que fazer. E fez. Cinquenta funcionários de Fukushima, sacrificando a vida em benefício do colectivo, permaneceram voluntariamente na central nuclear, para que a água do mar fosse bombeada para os reactores e a catástrofe não crescesse. Nas filas intermináveis para acesso a água e mantimentos, não se viu um atropelo ou a mínima algazarra. Só silêncio, consternação, paciência e dignidade. Não houve saques em lojas. Outrossim, cada japonês comprou o estritamente necessário para que os bens chegassem para todos. Os restaurantes baixaram os preços, respondendo de modo inverso à lei da oferta e da procura. Quando num supermercado a electricidade faltou, os clientes devolveram às prateleiras o que tinham em mãos e saíram ordeiramente. 

3. Entre nós e eles a diferença chama-se educação na família e instrução na escola. A sustentabilidade (como agora é moda dizer) do estado social é motivo actual para pôr em causa a escola pública. No início da sua actividade, como líder do PSD, Passos Coelho trouxe esta questão à discussão política, de modo mais explícito inicialmente, por forma corrigida e mais cautelar logo a seguir. Como é habitual, evocou a demografia: o Estado social não suporta a gratuidade desses serviços, disse, numa pirâmide etária com tendência para se inverter (menos jovens na base, mais velhos no vértice). Quem assim pensa, espere pelos resultados do que Passos e Crato estão a fazer à escola pública. Incensam a autonomia, mas reforçam o centralismo. Seraficamente, erigem ensino de primeira para poucos, financiado por todos, e ensino de terceira para a plebe, cada vez mais baratinho. Convenientemente, acolhem o caciquismo autárquico. Criminosamente, criam “unidades orgânicas” com 9 mil alunos, um só conselho pedagógico sem pedagogia possível, um director inchado que não vai dirigir, asfixiando, a decreto, a conjugação de esforços que só a proximidade permite.
A necessidade de evitar a bancarrota determinou entre nós uma espécie de estado de inevitabilidade e de necessidade nacional que impede, pela urgência que nos impuseram e pelo acenar insistente da tragédia grega, que discutamos outras vertentes possíveis de análise. Por que razão o peso dos problemas financeiros é menor em países com maior capacidade redistributiva da riqueza produzida? Por que razão assistimos, impávidos, à sistemática diminuição do investimento em educação, coexistente com a intocabilidade das rendas pagas pelo Estado a grupos económicos, gananciosos e apressados, com quem contratou parcerias ruinosas? Por que razão uma economia incivilizada passa pela crise sem que a possamos pôr em causa?
Santana Castilho
Jornal Público de 9/5/2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mobilidade Interna por Condições Específicas - Relatório Médico


Aplicação disponível do dia 8 de maio, até às 18:00 horas do dia 23 de maio de 2012

Os candidatos a este procedimento podem, a partir desta data, e até às 18:00 horas de Portugal Continental do dia 23 de maio de 2012, aceder ao Relatório Médico (e declarações, nos casos em que as mesmas são obrigatórias) na página da DGAE, em Docentes>Concurso>Concurso de docentes>2012>Serviços ,para impressão e consequente preenchimento.
Alertam-se os candidatos para as datas relativas a este procedimento:
Disponibilização do Relatório Médico – 8 a 23 de maio de 2012

Candidatura e upload do Relatório Médico – 17 a 23 de maio de 2012

Validação da Candidatura – 24 a 28 de maio de 2012

As faturas de betão e os custos das novas barragens

Concursos - Aperfeiçoamento da Candidatura

Entre as 10 horas de hoje e as 18 horas do dia 10 de maio estará disponível na página eletrónica da DGAE (SIGRHE) a aplicação para aperfeiçoamento dos campos invalidados pelas escolas. 


(Aplicação disponível)

Mobilidade interna por condições específicas

Publicado no Diário da República o despacho, do Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, sobre a Mobilidade interna por condições específicas dos docentes da carreira dos estabelecimentos de ensino da rede pública de Portugal Continental e das Regiões Autónomas.



segunda-feira, 7 de maio de 2012

O estudo das crianças

Assim não vamos lá. Assim não!

É recorrente a ideia que emerge da investigação: as escolas têm uma identidade, um ethos que envolve e alimenta a ação de generalidade das pessoas. A identidade é umamarca cultural poderosa que regula de modo invisível a ação das pessoas que trabalham na escola. E é ainda um poderoso fator de valorização, credibilidade e procura social.
A identidade de uma escola decorre de muitos detalhes: tem a ver com a forma como organiza os espaços, com a forma como os utiliza e dinamiza; com os suportes e os conteúdos de comunicação; com os valores que regulam o pulsar da organização e que se veem de muitos modos; com os modos de organizar a relação entre alunos, entre professores e alunos, entre funcionários e alunos; entre professores e encarregados de educação; com a forma de lidar com os problemas e os erros; com a forma de olhar, analisar e trabalhar os resultados da ação educativa; com os modos de responsabilidade que se adotam. E com os ideais e os sonhos que são permitidos, sugeridos e acalentados.
 Mas face às políticas técnico-racionais de agregação forçada ou induzida que vão destruir as identidades que demoraram muitos anos a construir, pode perguntar-se: mas as identidades existem mesmo e têm esse poder regenerador? E se têm, porque não são consideradas?
Porque são esquecidas ou mesmo rasuradas?
Avanço com três hipóteses: porque é uma variável subjetiva que não se deixa aprisionar pela razão objetiva que a decisão política sempre quer aparentar; porque há outras retóricas (económicas, de macrorregulação territorial…) que têm uma ascendência maior; e porque, em última instância isto acaba por não interessar, é algo que pertence à invenção dos teóricos…
Sustento, no entanto, que este esquecimento nos vai sair muito caro nos casos em que as identidades existentes eram promotoras de mais sucesso (o que quer dizer mais equidade, justiça e realização pessoal e social). E nos casos em que identidades poderiam ser tóxicas teria de haver outras medidas que estivessem à altura desse problema. Assim não vamos lá.
Assim não!

sábado, 5 de maio de 2012

A política da mentira e da ilegalidade

Depois de garantir que corrigiria o erro dos serviços, Executivo deu ordem para suspender pagamentos. Sindicatos dizem que há 1200 docentes em causa.
Dois meses após ter sido detectado o "erro ou inércia" nos serviços que impediu a progressão na carreira de cerca de 1.200 professores, e depois de ter assegurado que iria regularizar a situação, o Governo ainda não corrigiu a situação destes professores.