quarta-feira, 6 de maio de 2015

Avaliação, certificação e reconhecimento da formação acreditada

Publicado o Despacho que  estabelece o processo de avaliação, certificação e reconhecimento da formação acreditada.


Ministério da Educação e Ciência - Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar

Mobilidade Estatutária 2015/2016 - Inscrição de novas Entidade Proponentes

Alteração de Prazos - Consulte a Nota Informativa

A DGAE informa que a aplicação informática será reaberta de acordo com os novos prazos;

Novos registos: Nova disponibilização das 10.00h de 5 de Maio até às 18.00h de 7 de Maio;

Formulação do pedido pela entidade: Nova disponibilização das 10.00h de 8 de Maio até às 18.00h de 13 de Maio;

Aceitação do pedido pelo candidato: Funcionamento contínuo até às 18.00 de dia 14 de Maio;

Validação do pedido pela escola: Funcionamento contínuo até às 18.00 de dia 15 de Maio.

Aplicações e manuais disponíveis nas respetivas áreas. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Organização do próximo ano letivo

"Sensivelmente, dentro de um mês, mais dia, menos dia, irá sair o despacho normativo da organização do próximo ano escolar. Estou expectante para ver o que dali sairá. Infelizmente, nos dois últimos anos, esses despachos trouxerem consequências muito nefastas e discriminatórias para o 1.º ciclo.

Comecemos pelo Desp. Normativo 7 de 2013, que trouxe o “famoso” conceito de hora do MEC, de 60 minutos para o pré-escolar e 1.º ciclo e de 50 para os restantes níveis e ciclos de ensino, ou seja, o tempo de intervalo que era letivo passou a deixar de o ser para o 1.º ciclo. Analisemos mais detalhadamente este caso. Nós, 1.º ciclo, num dia, em 5 horas letivas beneficiávamos de 30 minutos letivos de intervalo, os restantes ciclos numa hora beneficiavam de 10 minutos, ou seja em 5 horas beneficiavam de 50 minutos. A nós sonegaram os 30 minutos, aos outros mantiveram os 50 minutos. Dá para entender? A mim, não. Todos os trabalhadores têm direito a uma pausa que é contabilizada como prestação de serviço, pelos vistos os docentes do 1.º ciclo não tem esse direito. No ano seguinte, a revogar o Desp. Normativo 7, foi publicado o Desp. Normativo 6 de 2014 que manteve esta injustiça. E traz mais uma novidade, a obrigatoriedade do cumprimento de 50% do horário com turma pelos docentes do quadro com funções nos Apoios Educativos. No meu entender mais uma medida desajustada e que só prejudica o normal funcionamento do 1.º ciclo. Isto é a descaracterização total deste nível de ensino. Umas das grandes vantagens da monodocência é precisamente uma melhor gestão do tempo letivo e a interdisciplinaridade, e assim vê-se amputado destes dois fortes e imprescindíveis argumentos. Isto de um professor titular da turma ter de a abandonar para ir dar apoio a alunos doutras turmas, fez com que alguns colegas que aceitavam o fim da monodocência, passassem a mudar de opinião.

E face ao exposto o que têm feito os sindicatos? A sua luta é tão ténue no que concerne ao 1.º ciclo, que já estamos todos desacreditados. Acordem sindicatos, deixem a vossa zona de conforto e pugnem por este ciclo, não se fiquem apenas por reuniões, em que até conseguem fazer um razoável diagnóstico da situação, mas depois são frouxos e não impõem uma dinâmica reivindicativa capaz e assertiva. Dado a vossa inoperância, vemos os professores do 1:º ciclo a recorrer às redes sociais para mostrarem o seu enorme desagrado com a situação. Trata-se de um grupo profissional que se sente desamparado, não tem uma força sindical que os defenda como merecem, e tem um ministério com uma enorme apetência para os desprezar e degradar este nível de ensino. Resta-nos os blogs e os facebooks onde se verifica que a onda de descontentamento está em crescendo, e bem hajam todos aqueles que não se calam. Sentem-se injustiçados, verificando-se que de norte a sul a indignação é uma constante. Cada vez somos mais e, enquanto nos sentirmos injustiçados, não nos poderemos calar em prol da Educação e do 1.º Ciclo."

Do Facebook de Jose Carlos Campos

A opinião de Paulo Guinote no Público

O futuro da Educação… ou não

Paulo Guinote - Público 

1. Constato que há um manancial inesgotável de pessoas que estão mesmo convencidas de saberem o que é melhor para o futuro da Educação, para os alunos e para todos nós, em geral. Ouço e leio muito boa e estimável gente dizer, por exemplo, que devemos adaptar e modernizar a estrutura curricular aos "interesses dos alunos" como se isso fosse a fórmula mágica para combater o insucesso e o abandono.

Tal solução levanta-me muitas dúvidas por razões que me parecem óbvias, mas talvez seja defeito meu, miopia incurável.

Passo a explicar: quando é que uma escola básica de massas obedeceu a uma lógica de "interesse dos alunos" e não ao "interesse da sociedade" ou dos "grupos sociais" responsáveis pelo ensino na fase pré-contemporânea? E não será que é mesmo assim que tudo funciona ou melhor que precisa de funcionar? 

Desde quando a Matemática foi "do interesse dos alunos" ou da sua larga maioria? Ou mesmo a História que produz menos alergias e insucesso? Ou mesmo outras disciplinas tidas por mais benignas? Em que parte do mundo é que a escola atingiu patamares de grande qualidade na base dessa lógica tão complacente, sendo mas do que evidente que em todas as épocas os alunos tiveram interesses bem discordantes da "oferta curricular" dos seus tempos?

A escola contemporânea - apesar dos seus defeitos e distorções que urge corrigir - não se baseia exactamente num princípio de contradição em relação ao imediatismo dos interesses? Será que não estamos a tomar a escola do Sócrates e do Platão - elitista até mais não - como um "paradigma" de algo exactamente oposto do que ela foi em seu tempo? Não estaremos a confundir a necessidade de interessar os alunos pela aprendizagem com o querer ensinar-lhes apenas o que lhes interessa?

Se queremos mesmo ir ao encontro do "interesse dos alunos", estaremos mesmo dispostos a trocar metade das horas de Ciências, Português ou Geografia por "Redes Sociais - Parte 1" ou "Introdução ao PES 2015 em PS4" ou mesmo "GTA em Smartphones"?

Caricatura? Não me parece.

Não deverão essas áreas de "interesse" ficar nas áreas não-curriculares ou opcionais?

Será que as pessoas que tão bem pensam estão mesmo dispostas a levar o seu "pensamento" até às suas naturais consequências?

E olhem que isto é escrito por alguém que gostava de levar as suas turmas um tempo por semana para a sala de computadores para os alunos se divertirem um pouco até ao momento em que os censores e os filtros "isto é só para trabalhar em coisas sérias" entraram em acção.

2. Este tema está interligado com outro que é o da "escola/educação do futuro" que é recorrente em muitos autores que de forma abnegada a definem sempre do mesmo modo, década após década.

É algo que compreendo, enquanto ideal atemporal que se pretende para a escola/educação - mas cansa um pouco dar sempre com as mesmas formulações, apesar da passagem do tempo. Nos últimos 30 anos parece que nada mudou e o "futuro" se define sempre do mesmo modo.

Também é muito comum dizerem-nos que a escola deve mudar, porque quase nada mudou nos últimos 2500 anos. E eu concordo. Quer dizer, concordo que ela não tem mudado. Não que só por isso deva mudar.

Enquanto a Educação e as escolas tiverem como função nuclear a transmissão de um corpus de conhecimentos que uma dada sociedade define como "canónicos", sendo necessário que um grupo profissional de adultos se ocupe com a sua transmissão a um grupo de crianças e jovens - desejavelmente tod@s - que os deve aprender para se integrar nessa mesma sociedade, acho algo complicado que as coisas funcionem de modo "paradigmaticamente" diverso.

Sei que a minha posição é conservadora, mas confesso que isso não me desconforta porque também sei que a roda depois de inventada se manteve redonda ao longo de milénios, mesmo se ganhou raios, pneus e este ou aqueloutro regular aperfeiçoamento técnico. Mas lá que se manteve redonda...

3. Por fim… parece que o grande problema da Educação do presente passou a ser a formação de professores. Por acaso, concordo que ela é bastante fraquinha em muitas áreas e locais de formação. O que acho mas estranho é que muitos dos que agora surgem a anunciar a nova fórmula para o sucesso sejam exactamente aqueles que levaram as últimas décadas a formar professores como modo de vida.

Claro que, neste caso, não se aplica aquela lógica que afirma que o insucesso dos alunos é culpa dos seus professores, pois há uma casta de inimputáveis nestas matérias. Aqueles que sempre tiveram e terão razão sendo sempre alheia a responsabilidade pelo que "descobrem" não funcionar.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Bom fim de semana!

Petição Pública: Municipalização da Educação

“MUNICIPALIZAÇÃO” DA EDUCAÇÃO?


Para: Exma. Sra. Presidente da Assembleia da República

A Educação Pública, universal e tendencialmente gratuita é um bem inalienável ao futuro harmonioso e sustentado do nosso País, consignado na constituição da república (1976) e na lei de bases do sistema educativo, em vigor desde 1986. 

Nos últimos anos têm sido introduzidas muitas alterações na Escola Pública, que têm vindo a limitar de forma negativa o seu desempenho integral, atingindo professores, pais, alunos, funcionários. 

A esta realidade, já de si extremamente preocupante, desde há três anos, à margem de todos os implicados na construção e desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem, tem sido introduzida a “Municipalização” da Educação, processo gravoso que coloca em causa a autonomia das escolas e a escola pública. 

Neste quadro, a Comunidade Educativa dos Concelhos do Barreiro e Moita, convicta da necessidade de uma tomada de posição, decidiu: promover um amplo debate sobre este tema; convidar todos os cidadãos a subscreverem a Petição Pública «“Municipalização” da Educação?»; enviar esta Petição à Assembleia da República visando a análise e o escrutínio democrático, que a relevância da matéria exige. 

“MUNICIPALIZAÇÃO” DA EDUCAÇÃO? 

A educação é um processo fundamental na construção de uma sociedade equitativa, promovendo valores sociais, cívicos e culturais que devem contribuir para a formação de cidadãos que respeitem a justiça, a coesão social, o direito à igualdade de oportunidades. Cidadãos que, com o saber, o saber fazer e o saber ser adquiridos, contribuam para o desenvolvimento harmonioso e sustentado do país. 

Porém, nos últimos anos, foram introduzidas muitas e graves medidas que têm vindo a transformar a Escola Pública, impedindo-a de desempenhar na íntegra as suas funções. 

Os professores têm sido obrigados a desviar a sua atenção das questões essenciais do ensino/aprendizagem e a burocratizar muita da sua ação, num processo público e intencional de desvalorização pessoal e profissional. Trabalham em condições de precariedade, sujeitos ao desemprego, que aumentou muito significativamente, amputados de direitos adquiridos ao longo de três décadas. 

Os órgãos de gestão vêem-se confrontados com uma intensa diminuição da sua autonomia e da sua gestão democrática, atolados em normas, plataformas, legislação quase diárias do ME, que visam um controlo burocrático e são muitas das vezes contraditórias. 

O pessoal não docente tem visto os seus direitos e condições de trabalho diminuírem e o desemprego aumentar. 

Os pais têm visto aumentar os custos com a educação dos seus filhos, enquanto os apoios sociais estagnam de tal forma que a discriminação social volta a ser negativa, num país em crise com grave aumento do desemprego e da pobreza. 

Como se este estado de negação do valor da Educação Pública não fosse já catastrófico, o Governo surge com a ideia extremamente preocupante da “Municipalização da Educação”. 

“Municipalização” que, desde há 3 anos, tem vindo a ser negociada e posta em prática em vários municípios, no maior dos secretismos e à margem dos professores, dos órgãos de gestão, do pessoal não docente, das associações de pais e de estudantes, do Conselho Nacional de Escolas e dos sindicatos, o que é inaceitável. 

Esta intromissão nas escolas à margem de todos os implicados na construção do processo de ensino/aprendizagem não pode deixar de indignar a comunidade educativa e a comunidade em geral, porque se trata de uma questão de cidadania. 

“Municipalização” que, segundo o Decreto-Lei nº 30/2015, prevê, na sua redação, “incentivos” com repartição de “lucros”, para que não restem dúvidas sobre eventuais despedimentos, leia-se: “a eficiência da gestão dos recursos públicos, promovendo a otimização da utilização dos meios disponíveis e eventualmente repartindo entre o Estado e a entidade legatária o produto do acréscimo de eficiência alcançada.” 

“Municipalização” que coloca os Presidentes de Câmara a realizar a gestão curricular, pedagógica, financeira, de recursos humanos, equipamentos e infraestruturas de todos os Agrupamentos de Escolas e Escolas com contrato de autonomia, do pré-escolar ao 12º Ano. 

“Municipalização” que pode transformar a educação num processo aleatório, sujeito a pressões e interesses particulares e diversos, em todo o espaço nacional, pondo em causa a universalidade e a igualdade de oportunidades dos que a ela devem ter acesso e dos que nela trabalham. 

“Municipalização” a que o Governo veste roupas de descentralização, ou seja aparenta ser o que não é. 

E verdadeiramente o que é? É uma delegação de competências que menospreza valores substantivos como democracia, nova cidadania, formação cultural, respeito pela diferença, franqueando as portas à contratação de privados para a gestão da Escola Pública, pondo em causa a igualdade de oportunidades que não se alcança com o cheque ensino. Na minuta do contrato deste negócio, não existe nenhuma cláusula de salvaguarda que impeça a possibilidade de subcontratar a terceiros a gestão do que se quer delegar. 

Esta descentralização que é, na verdade, uma mera transferência de competências, relega para os Municípios o simples papel de executores subordinados, o que subverte o princípio da autonomia do Poder Local e o das escolas, bem como o sentido de descentralizar em democracia. 

Descentralização que já foi realizada noutros países como a Suécia, o Reino Unido, o Brasil, com resultados negativos. As avaliações realizadas na Suécia e no Reino Unido levaram a um novo processo de recentralização, que o governo parece ignorar. 

Por todo o País, já existem algumas tomadas de posição, quer de movimentos de professores a nível local, quer de Câmaras Municipais, quer, ainda, do Conselho Nacional de Escolas, da ANMP, da FENPROF que unanimemente, também, não concordam com esta forma de encarar e realizar um verdadeiro processo de regionalização da educação. 

POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA E UNIVERSAL, PELO FUTURO DE TODOS 

Assim, com a firme convicção da necessidade e da urgência em se realizar uma ampla discussão deste processo, que dizendo respeito em primeira instância à comunidade educativa, deve, como questão de cidadania, preocupar todos, as comunidades educativas dos concelhos do Barreiro e Moita, em defesa da Educação Pública e Universal, decidiram promover a presente Petição Pública pretendendo, através dela, alargar amplamente a discussão das matérias em causa e, particularmente, promover a sua discussão no plenário da Assembleia da República, do qual ele tem permanecido afastado. 

Pelo que, nos termos do artigo 52º da Constituição da República Portuguesa e da Lei 43/90 de 10 de agosto, alterada pelas Leis 6/93 de 1 de março, 15/03 de 4 de junho e 45/07 de 24 de agosto, os subscritores requerem: 

a) Que a presente petição seja objeto de discussão em plenário da Assembleia da República; 

b) A adoção de uma posição sobre o designado processo de “municipalização” da educação capaz de revertê-lo, e às suas implicações na Escola Pública, abrindo caminho a espaços de debate e construção abrangentes e inclusivos, aptos a promoverem soluções que efetivamente sirvam a Escola Pública e o País.

Ebooks em português

A Bibliotrónica Portuguesa visa permitir o acesso gratuito, on-line, a livros escritos em português europeu. De três modos:
  • em reedições de livros já publicados em papel,
  • em edições de originais inéditos,
  • através de um índice remissivo para todos os livrónicos que encontremos na Internet em português europeu.
Nas reedições e nas edições, os responsáveis seguem regras de edição, com o objetivo de garantir a qualidade dos textos editados. No índice, o objetivo é a exaustividade, havendo apenas o cuidado de informar previamente o leitor do tipo de suporte em que encontrará o livrónico na Internet: em fotografia, em transcrição, ou de forma condicionada.

No blogue, conversaremos sobre todas as novidades e todos os nossos leitores poderão sugerir títulos para reedição, indicar novos links para o índice de livrónicos na Internet, e comentar os originais que forem sendo editados.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Greve a todo o serviço relacionado com o “processo” Cambridge: esclarecimentos a dúvidas mais frequentes

  • Que tipo de atividades relacionadas com o processo Cambridge estão cobertas por esta greve?
Todas as atividades e tarefas para as quais os professores foram ou venham a ser notificados e / ou convocados a realizar: formação presencial, formação e certificação online na plataforma Fronter, sessões de speaking (provas orais), vigilância e classificação da prova escrita.

  • Quem aderir a esta greve pode sofrer algum tipo de penalização?
Não. Ninguém está sujeito a qualquer penalização por aderir a uma greve, pois esta é direito fundamental de todos os trabalhadores, que está consagrado na Constituição da República Portuguesa e em todas as leis laborais.

  • Da adesão a esta greve, pode resultar algum desconto em tempo de serviço ou remuneração?
A adesão a uma greve não é considerada falta. Dela não resulta qualquer perda de tempo de serviço. Relativamente à remuneração, o desconto é total ou parcial, conforme, em dia de greve, o trabalhador deixa de cumprir a totalidade ou parte do serviço que lhe está distribuído. Neste caso, a situação é diferente, pois quem aderir a esta greve não deixará de cumprir a totalidade do seu horário de trabalho (componente letiva e não letiva) na escola. Estamos assim perante uma situação semelhante à greve a serviço extraordinário em que só pode ser descontado o correspondente a esse serviço. Ora, neste caso, esse serviço nem sequer é remunerado, o que significa não haver qualquer verba a descontar.

  • É obrigatório informar a Direção da Escola ou o IAVE que se irá fazer greve?
- Não. Nenhum professor pode ser obrigado a informar que vai fazer greve, mesmo que interpelado nesse sentido. Como tal, basta não comparecer ao serviço marcado ou, se solicitados dias e horas para a realização das provas orais, informar que, por motivo de greve, não serão marcadas. Se o professor já não compareceu à formação ou não aceitou aceder à plataforma Fronter, nem isso tem de fazer porque não é considerado classificador.

Perante qualquer outra dúvida, contacte o seu Sindicato.

Nuno Crato, com "C" mudo

Madalena Homem Cardoso - Público 

A única surdez, aqui, é a do poder político perante o clamor do senso comum.

A aguardar publicação

Aguardam publicação no Diário da República os seguintes despachos do Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar:


— Despacho – Fixa o processo de reconhecimento e certificação das ações de formação de curta duração a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 22/2014, de 11 de fevereiro.

— Despacho – Estabelece o processo de avaliação, certificação e reconhecimento da formação acreditada.

— Despacho – Define as regras necessárias para os docentes requererem mobilidade por motivo de doença.

Edição 2015 do Encontro TIC@Portugal



Irá realizar-se no dia 3 de julho de 2015, numa iniciativa da Associação EDUCOM/APTE (Associação Portuguesa de Telemática Educativa), através do seu Centro de Competência TIC, a edição 2015 do Encontro TIC@Portugal.

Este evento tem como objetivo refletir sobre as práticas do uso das TIC na Educação. Pretende ouvir os educadores e professores que no terreno usam as TIC, através da apresentação do seu trabalho, e convida especialistas a contribuírem com o que de mais recente se sabe neste domínio. É uma oportunidade para se divulgar e debater a utilização das TIC nos processos de ensino e de aprendizagem, com especial ênfase para a utilização dos dispositivos móveis na educação.

A exemplo de anos anteriores, tem um caráter nacional e descentralizado, a levar a cabo em colaboração com diversos Centros de Competência TIC da ERTE/Direção-Geral da Educação do Ministério da Educação e Ciência e das Instituições do Ensino Superior (localizados em Braga, Santarém, Évora, Setúbal, Aveiro/Manteigas, Coimbra, Lisboa e Bragança) que integram e complementam, com sessões locais e por videoconferência, esta iniciativa da EDUCOM a decorrer em Faro e no Monte de Caparica.

Neste contexto, o TIC@Portugal’15 possui tanto sessões próprias em cada local de realização, como sessões partilhadas por videoconferência, em que todos os participantes estarão reunidos num vasto “auditório virtual”, na reflexão em torno das práticas com as TIC nas escolas.

Convidam-se pois todos os professores e educadores a apresentarem publicamente o trabalho que desenvolvem com as TIC nas suas escolas, com especial ênfase para o que envolva situações de utilização em contextos de ensino e aprendizagem. Serão também acolhidas com muito interesse todas as apresentações que relatem pequenas investigações do uso das TIC em educação.

Solicita-se e agradece-se desde já a maior divulgação deste evento, nomeadamente através da afixação do cartaz, disponível aqui no site, em locais de boa visibilidade.

Mais informações e inscrições em http://ticportugal.educom.pt

Notícias no Facebook em facebook.com/educom.apte e no Twitter emtwitter.com/EDUCOMAPTE

As dúvidas poderão também ser esclarecidas através de email ou de telefone:
Email: tic.portugal15@gmail.com
Tlm: 967301886; 966491170

Concursos 2015 - Validação das Reclamações

Validação da reclamação, dados constantes das listas provisórias e dos verbetes individuais dos candidatos (3.ª validação). 

Aplicação disponível do dia 28 de abril até às 18:00 horas do dia 04 de maio de 2015 (horas de Portugal continental)

terça-feira, 28 de abril de 2015

As necessidades reais e permanentes do sistema


No concurso para o quadro de docentes a decorrer com 33 500 candidatos para 1453 vagas existem professores que se candidatam com décadas de trabalho avaliado e contínuo sem que tenham conseguido entrar nos quadros. Há mesmo o caso de um docente à beira da idade da reforma, 69 anos, que se candidata para que ao fim de dezenas de anos de trabalho possa ser ... professor integrado numa carreira, mesmo que por menos de um ano.
Acontece ainda que por incompetência do MEC se gera uma situação de profunda iniquidade pois a instituição de uma "norma padrão" leva que cerca de 800 vagas sejam preenchidas por professores com pior classificação que outros candidatos.
É cada vez mais difícil ficar surpreendido com a incompetência do MEC liderado por um farol genial de rigor, excelência e competência.
Recordo que no concurso de 2014 a média de idade dos docentes que obtiveram vínculo foi de 41 anos de idade, uma excelente altura para obter alguma estabilidade na carreira profissional e apresentam em média 14 anos de serviço como contratados, repito, 14 anos de serviço como contratados. Tratando-se do valor médio importa salientar que existiam, existem, casos de professores com mais de 20 anos de serviço prestado e avaliado sem qualquer vínculo e mesmo um docente com 30 anos de serviço que, finalmente, consegue um lugar no quadro, é obra. Acontece ainda que os docentes não vinculados e classificados imediatamente a seguir aos que conseguiram vinculação possuíam em média 16 anos de experiência docente. Só um país muito rico ou muito mal gerido desperdiça os seus recursos humanos desta forma, estando ainda por verificar o impacto do não cumprimento por parte do Governo português da directiva comunitária que não permite o abuso de contratos sucessivos e prolongados sem acesso ao quadro..
O Ministro Nuno Crato afirma recorrentemente que estas contratações correspondem a “necessidades reais e permanentes”. Só agora chegou a esta notável conclusão.
Estes professores não andaram estes anos todos a colmatar “necessidades reais e permanentes” do sistema? Haja seriedade.
Em que outra profissão pode acontecer milhares de pessoas prestarem de forma continuada durante anos, muitos anos, serviço ao mesmo empregador sem aceder a um vínculo estável que lhes permita criar uma imagem de futuro e uma perspectiva de carreira.
Como muitas vezes tenho afirmado, parece-me claro que a questão do número de professores necessário ao funcionamento do sistema é uma matéria bastante complexa que, por isso mesmo, exige serenidade, seriedade, rigor e competência na sua análise e gestão, justamente tudo o que tem faltado em todo este processo desde há muito e, incluindo a alguns discursos de representantes dos professores.
Para além da questão da demografia escolar que, aliás, o MEC sempre tratou de forma incompetente e demagógica, as necessidades ou o “excesso” de professores no sistema, como entende o MEC, deve ser também analisado à luz das medidas da PEC – Política Educativa em Curso. Vejamos alguns exemplos.
Em primeiro lugar, a mudança no número de professores necessário decorre do aumento do número de alunos por turma que, conjugado com a constituição de mega-agrupamentos e agrupamentos leva que em muitas escolas as turmas funcionem com o número máximo de alunos permitido, ou mesmo acima, com as evidentes implicações negativas que daí decorrem.
As mudanças curriculares com a eliminação das áreas não curriculares que, carecendo de alterações registe-se, também produzem um desejado e significativo “corte” no número de professores, a que acrescem outras alterações no mesmo sentido.
O Ministro “esquece-se” sempre, obviamente, destes “pormenores”, apenas se refere à demografia, em termos errados e habilidosos, e aos recursos disponíveis para, afirma, definir as necessidades “reais e permanentes”de professores, processo obviamente incompetente.
Este conjunto de medidas, além de outras, virão a revelar-se, gostava de me enganar, muito mais caras do que aquilo que o MEC poupará na diminuição do número de docentes que ficarão no desemprego, muitos deles tendo servido o sistema durante anos.
Milhares de professores vão ficar sem trabalhar, não porque sejam incompetentes, a maioria não o é e possui uma vasta experiência, não porque não sejam necessários, a maioria é, mas “apenas” porque é preciso cortar, cortar, custe o que custar.

Texto de Zé Morgado - Atenta Inquietude
(Negrito nosso) 

Regulamento de funcionamento da DGE

Regulamento interno de funcionamento, atendimento e horário de trabalho da Direção-Geral da Educação. 

Ministério da Educação e Ciência - Direção-Geral da Educação

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Acredito que o caminho não será este!

Filinto Lima - Público

Nas escolas, não se gerem pessoas, lideram-se alunos, professores e funcionários de quem os diretores sabem o nome; nas escolas não se pretende o lucro, mas antes o sucesso dos alunos; nas escolas promove-se a equidade, a integração, a igualdade, que são valores nobres.

"Hora do Sol Saudável"

A Direção-Geral da Educação apoia o projeto de caráter pedagógico denominado a “Hora de Sol Saudável” – uma iniciativa promovida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro com o apoio Garnier Ambre Solaire junto da comunidade escolar, mais precisamente dos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico – público e privado – que irá decorrer no último período do ano letivo de 2014/2015 e premiará os três melhores trabalhos realizados no âmbito deste concurso.

Para saber mais consulte o seguinte link: http://www.horadosolsaudavel.pt/.

Consulte o regulamento para ficar a conhecer todas as condições de participação e faça o seu registo.

Pagamento das compensações financeiras devidas aos docentes que viram anulada a colocação no ano 2014/2015

Publicado o Despacho do Gabinete do Ministro da Educação e Ciência  que determina o pagamento das compensações financeiras devidas aos docentes contratados no âmbito da bolsa de contratação de escola no ano letivo de 2014/2015 e que viram anulada a sua colocação, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 61/2014.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Petição: Alteração das metas curriculares do 1.º ciclo

Mais de cinco mil já disseram não às metas curriculares do 1.º ciclo


Em menos de duas semanas, uma petição pública em prol da alteração das metas curriculares do 1.º ciclo recolheu mais de cinco mil assinaturas, estando assim já em condições de ser proposta para debate no Parlamento.

A petição online foi lançada pela mãe de uma aluna do 2.º ano de escolaridade que ao longo do presente ano lectivo se viu confrontada com o que considera ser “uma atrocidade cometida contra os direitos” das crianças. No 1.º ciclo têm entre 6 e 10 anos de idade.
...
“Estamos a criar crianças que não têm tempo para brincar (…), crianças que ainda agora começaram e já se sentem desmotivadas”, alerta Vânia Azinheira no texto da petição online. Muitos dos mais de cinco mil subscritores são também pais de crianças do 1.º ciclo que acrescentam razões para justificar a alteração das metas curriculares. Há quem garanta, por exemplo, que “com estas metas o insucesso e desinteresse escolar são garantidos”. “Não podemos ter crianças frustradas porque não compreendem textos literários ou conceitos matemáticos desadequados à sua idade. Nem escolas transformadas em centros de treino para exames nacionais. Nem professores de mãos atadas por um programa irrealista. Aprender a gostar da escola é fundamental”, avisa-se noutro dos muitos comentários que acompanham a petição.

Mobilidade Estatutária 2105/2016

Entidades Proponentes 

Formalização do pedido de mobilidade pela Entidade Proponente até às 23:59, do dia 4 de maio.

Aplicação disponível até às 23:59h do dia 4 de maio



Candidatos

Aceitação da proposta pelos Docentes até às 23:59, do dia 5 de maio.

Aplicação disponível até às 23:59h do dia 5 de maio

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Aprovado em Conselho de Ministros

O Conselho de Ministros, entre outras medidas, aprovou hoje;  

"É determinada a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas, incluindo nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogo e outro tipo de recintos destinados a espetáculos de natureza não artística, sendo esta proibição também aplicada à utilização de cigarros electrónicos com nicotina."
....

"Passa a ser proibido facultar, independentemente de objetivos comerciais, ou vender bebidas alcoólicas a menores, bem como coloca-las à sua disposição com objetivos comerciais, em locais públicos e em locais abertos ao público."

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor



A data tem como objetivo reconhecer a importância e a utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura na população. Os livros são um importante meio de transmissão de cultura e informação, e elemento fundamental no processo educativo.

Um livro, um companheiro indispensável!

Programa de Apoio à Promoção e Educação para a Saúde

Hoje a partir das 15 horas, assista a mais um webinar DGE, que terá como convidado o Dr. Rui Lima, nutricionista e técnico superior da DGE, a exercer funções na Direção de Serviços de Educação Especial e Apoios Socioeducativos.

Nesta sessão, o orador vai apresentar o Programa de Apoio à Promoção e Educação para a Saúde, que visa auxiliar e monitorizar os projetos que as escolas têm vindo a desenvolver, e divulgar as principais conclusões.

Saiba mais em http://webinar.dge.mec.pt/proximo-webinar-2/ e clicar em Webinar em destaque.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A opinião de Santana Castilho

Santana Castilho - Público

Dar-se-ão os cidadãos conta de que o sistema nacional de ensino está praticamente por conta de exames até final do ano lectivo?

O curso normal das aulas e do trabalho lectivo do 3.º período tem sido consideravelmente perturbado pelas acções de formação previstas para os 2200 professores envolvidos no Preliminary English Test for Schools. Conforme já escrevi nesta coluna, o direito às aulas por parte dos alunos cedeu ao “direito” de uma instituição estrangeira utilizar professores pagos pelo Estado português, para os industriar na aplicação de instrumentos com os quais impõe a supremacia de uma língua de negócios, num quadro comunitário multicultural e plurilinguístico. E não são apenas as aulas sacrificadas. É também o restante trabalho não lectivo desses professores, de que serão dispensados durante o resto do ano. Alguém o fará, em injusta sobrecarga, ou ficará por fazer. Volto ao tema, porque ele toca o inadmissível.

A 7 de Fevereiro, a jornalista Maria João Lopes descreveu no PÚBLICO a “fábrica” da Cambridge English Language Assessment, que produz os testes aplicados nas escolas portuguesas. A expressão “fábrica” é dela e é feliz, porque é de uma fábrica que se trata: fábrica de exames, fábrica de domínio linguístico e fábrica de dinheiro. São 21 mil metros quadrados de área, onde não entram sacos pessoais nem telemóveis, nove quilómetros de estantes e um armazém de 30 mil caixas de enunciados devolvidos (convenientemente, os denominados "testes de Cambridge" não são públicos, não podendo aqueles que a eles se submetem ficar com os enunciados, fotocopiá-los ou fotografá-los), tudo vigiado por 180 câmaras. Espalhados pelo mundo, esclareceu-nos Maria João Lopes, a fábrica tem mais de 500 funcionários, para além de dezenas de milhares de examinadores e professores, entre outros profissionais. No último ano foram feitos cinco milhões de testes e outorgados sete milhões de certificados, distribuídos por 170 países clientes, que pagam os serviços requeridos. E quem paga os custos enormes de toda a logística portuguesa? Disse Nuno Crato, quando deu a boa nova ao país, que não era o Estado, outrossim os parceiros de uma sui generis e filantrópica PPP, a saber: Banco BPI, SA, Porto Editora, Lda, Novabase, SA, GlobeStar Systems, Inc. e Fundação Bissaya Barreto. Em momento de anúncio de novo assalto ao financiamento da Segurança Social (reincidência na ideia de baixar a TSU das empresas) e de mais uma bordoada no Estado de direito e na sua credibilidade (corte de 600 milhões nas reformas), convinha que o ministro da Educação, ou alguém por ele, explicasse por que razão o n.º 6 do artigo 34.º do Decreto-Lei n.º 36/2015 (que estabelece as disposições necessárias à execução do Orçamento do Estado para 2015) reza assim:

“Durante o ano económico de 2015, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) pode efectuar, com recurso ao procedimento de ajuste directo, a despesa relativa à aquisição de serviços para a realização do teste diagnóstico de Inglês e para a emissão do certificado de proficiência linguística.”

Enquanto isto, até 8 de Maio decorrem, em 248 escolas seleccionadas aleatoriamente, os exames a que se sujeitam cerca de 10 mil alunos de 15 anos de idade, no quadro do famoso PISA. E daqui a pouco mais de um mês teremos os alunos dos 4.º e 6.º anos também em exames, com as metas de Português e Matemática a voltarem à berlinda. De professores de uma e outra disciplina, com quem fui trocando impressões, não encontrei um único que não referisse a impossibilidade de tratar, com adequação pedagógica mínima, a extensão das matérias impostas, tanto mais quanto foi pouco eficaz, como era facilmente previsível, o plano de recuperação das aulas perdidas com o calamitoso arranque do ano lectivo. Todos referiram o conflito gritante entre a necessidade de tempo para consolidar o que se aprende e a extensão daquilo que a alteração de programas significou, circunstância agravada pela frequente incoerência entre metas e programas, entre conteúdos e estádios de desenvolvimento psicológico e cognitivo dos alunos e pela forte instabilidade que os desastrados processos usados transferiram para escolas, alunos e professores.

Seguir-se-ão os exames do 9.º e 12.º anos, sob comando do patusco Iave e a previsível trapalhada trazida pela obrigatoriedade da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, que poderá custar, teoricamente, até quatro valores aos que não respeitem a palhaçada em que foram apanhados.

Quando a destruição estiver concertada e o afastamento temporal permitir a análise desapaixonada, de Crato serão claras as marcas que sobram para a história: brutal redução do financiamento da Educação, subjugação do público ao privado e do personalismo ao utilitarismo e deriva desvairada para tudo subordinar a metas grotescas e exames inadequados.

A "norma travão" de Nuno Crato


De acordo com dados da DGAE e o comunicado do MEC, foram submetidas 33.465 candidaturas ao concurso externo.


Foram abertas 1453 vagas, com base na identificação de necessidades permanentes do sistema educativo, a preencher em primeiro lugar por candidatos em primeira prioridade, ou seja, candidatos que tenham acumulado cinco ou mais contratos completos, anuais e consecutivos, condição que configura a aplicabilidade da chamada “norma-travão”.


Fica provado o que alguns sindicatos sempre denunciaram, a designada “norma-travão”, em vez de resolver as questões de injustiça, vem antes agravá-las.

Muitos dos docentes que vão entrar nos quadros têm menos tempo de serviço do que muitos milhares com muitos mais anos de serviço.

Vejamos o exemplo do 1.º Ciclo do Ensino Básico -  Grupo 110

Candidatos na 1.ª prioridade:  47

Candidatos em 2.ª prioridade:  8.576

Dos 8576 candidatos na 2ª prioridade,   5737 são mais graduados que o último candidato da 1.ª prioridade.  Caso fosse observada a graduação profissional,  dos candidatos da 1ª prioridade apenas vincularia 1 candidato

Vagas colocadas a concurso: 190.

Se 47 destas vagas forem ocupadas pelos candidatos da 1.ª prioridade e as restantes 143 preenchidas por candidatos da 2.ª prioridade, isto significará que 5.594 dos que ficarão excluídos da vinculação são mais graduados que o último dos abrangidos pela “norma-travão” criada pela equipa do MEC.

Este problema acontece porque o MEC decidiu retirar do concurso nacional as escolas TEIP e com Contrato de Autonomia, permitindo que estas escolas recrutassem docentes com pouco ou mesmo sem tempo de serviço em Oferta de Escola. Tendo obtido renovação do seu contrato durante cinco anos, estes professores ultrapassaram os seus colegas que, com vinte ou mais anos de serviço que iam sendo colocados em concurso nacional, onde deixaram de ter acesso a horários anuais e completos. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

As propostas do PS

Uma década para Portugal 

Esta é a versão integral do relatório produzido por 12 economistas, divulgado na página eletrónica do Partido Socialista. 


  • O PS propõe o lançamento de um “contrato de re-emprego” com vista a um mais rápido retorno ao mercado
    de trabalho e que pode ser enquadrável numa nova versão do Programa das Novas Oportunidades. Este
    esforço de formação tem como objetivo reduzir o desemprego de longa duração.
  • Deve-se apostar no desenvolvimento de parcerias com o tecido empresarial de cada região no desenho de
    percursos de ensino virados para o mercado de trabalho, contemplando o desenho de currículos claramente virados para a empregabilidade – criando “competências técnicas e transversais”;
  • Ainda no que respeita a escolas, o PS defende que a colocação de docentes numa escola deve seguir a duração dos ciclos educativos completos, potenciando o acompanhamento continuado pelo mesmo professor de todo o ciclo de aprendizagem.
  • São prometidos incentivos à localização de professores em zonas menos atrativas, “penalizando os professores que se apresentem a sucessivos concursos e responsabilizando as escolas pelo planeamento estável das suas necessidades de recursos.”
  • O programa económico aposta no desenvolvimento deprogramas de combate ao insucesso escolar, a ser feito em parceria estreita com as escolas. Muito deste combate parte do reforço da autonomia e orçamento específicos das escolas para desenvolverem experiências que vão de encontro aos contextos específicos. 
  • Há mais uma prioridade: alocar de imediato recursos adicionais às universidades para o desenvolvimento de ações de promoção da empregabilidade;
  • É admitida ainda a hipótese de “uma proporção do IRS pago pelos ex-alunos de cada universidade ser destinada ao seu financiamento.