terça-feira, 10 de maio de 2016

Componente Letiva dos Docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico - Parecer do Provedor de Justiça

Depois das muitas queixas apresentadas na Provedora de Justiça sobre o modelo de organização da componente letiva dos docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico, relativamente aos docentes dos outros níveis de ensino, o Ex.mo Sr. Provedor de Justiça enviou um Parecer à Secretária de Estado Adjunta da Educação. 

Será o princípio do fim da discriminação deste grupo de docência que, em conjunto com os Educadores de Infância, são habitualmente esquecidos, menorizados e sacrificados por comparação com os docentes dos restantes níveis de ensino?

Documento do Provedor de Justiça


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Para quem ainda não percebeu o que está em causa

Contratos de associação: "Não é verdade que ensino privado seja um setor em crise"

TVI 24 / Com vídeo

«Nos últimos anos saíram da escola pública 25 mil professores e 20% dos alunos por força da própria demografia. As escolas particulares cresceram 10% no mesmo período. Não é verdade que seja propriamente um setor em crise”.»

«Quando há capacidade instalada, uma turma na escola pública não custa isso [80.500 euros], custa bastante menos. Custa cerca de 54.000”, garante.»

Nenhum aluno será transferido de um colégio onde se encontra com contrato de associação para um estabelecimento público”pois o "Governo está a assegurar o compromisso de cumprir os contratos celebrados e os contratos celebrados garantem o fim do ciclo".


«Os contratos que estão neste momento em vigor até ao fim de ciclo são contratos que foram celebrados com colégios que concorreram a um procedimento lançado em 2015, que abria um número de turmas por freguesia, o que significa que nesse tal concurso só puderam concorrer os colégios que se situavam na freguesia concreta para o qual o concurso abriu. Um colégio que esteja ao lado, numa freguesia ao lado, ainda que no mesmo concelho carenciado, não pode concorrer nesse concurso. E como é que isso se justifica? Justificou-se com a ideia que era nessas freguesias que havia carência”.»

«A partir do próximo ano letivo, o Ministério da Educação deixa de financiar novas turmas em colégios privados em zonas onde exista escola pública. Além disso a tutela vai aplicar a regra da limitação geográfica, já prevista na lei, e os alunos do básico e secundário só se podem matricular nas escolas da sua freguesia. As regras apanharam de surpresa os colégios com contrato de associação – turmas financiadas com dinheiro público – que acusam a tutela de “má fé” e de “violar a lei”.»

Consulta Pública: Portaria que cria e regulamenta, em regime de experiência-piloto, o Curso Básico do Desporto do 3.º Ciclo

Serve a presente publicitação de início de procedimento para informar que poderão constituir-se como interessados, bem como apresentar contributos ou sugestões, todos os particulares e as entidades que comprovem a respetiva legitimidade no âmbito da elaboração do projeto de portaria que cria e regulamenta, em regime de experiência-piloto, o Curso Básico do Desporto do 3.º Ciclo, ao abrigo do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, na sua redação atual.

Publicado a 9 de maio de 2016. A constituição como interessado pode fazer-se nos 10 dias úteis subsequentes.

Petição Pública: Por uma lecionação de inglês curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico de qualidade

Pertencemos a um grupo de docentes do grupo de recrutamento 120-Inglês, que detêm mestrado
profissionalizante em Ensino de Inglês e de Língua Estrangeira (Alemão, Espanhol ou Francês) para o Ensino Básico, mestrado profissionalizante em Ensino de Inglês no 1º CEB ou licenciatura de Professores do Ensino Básico – Português e Inglês (organizadas ao abrigo da Portaria n.º 352/86, de 8 de julho). Somos os docentes previstos nos artigos 7º e 8º do Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro, que define as habilitações necessárias para a lecionação desta área curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico.

Pretendíamos que divulgasse esta petição
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=porum120dequalidade, de forma a proteger a qualidade do ensino de inglês no 1º CEB, de maneira a a que seja lecionado por verdadeiros profissionalizados para o grupo.

Por uma lecionação de inglês curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico de qualidade

Tabelas de Retenção do IRS 2016

sábado, 7 de maio de 2016

Escola pública, Negócios privados

Paulo Guinote - Público 


Discordo da estratégia de alarme social protagonizada por alguns dos representantes dos interesses particulares no “mercado da Educação”.

Também defendemos um 1º Ciclo até ao sexto ano de escolaridade!


David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação e ex-ministro, é favorável à ideia de um 1.º ciclo mais longo, até ao sexto ano de escolaridade.


A possibilidade de rever o modelo de ciclos, por exemplo avançando para a solução de 6+6 anos, também está a ser discutida pelo Conselho Nacional de Educação?

Ainda não foi discutida em plenário no Conselho mas aind ano último seminário que fizemos, no Porto, o tema foi abordado por dois conferencistas: o professor Júlio Pedrosa [ex-ministro da Educação] e o Sérgio Niza, do Movimento Escola Moderna. Defenderam a integração [de ciclos] e foram muito assertivos. A ideia é considerar a chamada educação de infância, três anos de creche mais três anos de Jardim de Infância, e depois mais seis anos para o que chamam o ensino primário, englobando até ao 6.º ano. Eu também defendo isso.


E em relação aos professores? Atualmente o 1.º ciclo é em regime de monodocência, com um professor titular de turma, enquanto o 2.º ciclo já se aproxima da lógica dos ciclos seguintes...

Uma possibilidade é ter os primeiros três anos de monodocência pura e nos segundos três anos monodocência coadjuvada [com outros professores mas mantendo o titular de turma]. Eu estou também inclinado para o 3+3.


Uma das críticas frequentes à atual estrutura do 2.º ciclo é que nem dá continuidade ao 1.º nem prepara bem os alunos para os seguintes...

Sim, porque no 2.º ciclo, o problema que se põe, é um problema que já vem desde o Veiga Simão, do ciclo preparatório. Foi um ciclo criado para reforçar a escolaridade de seis anos, adotada em 1964, e depois nunca se resolveu. O 2.º ciclo é uma espécie de enxerto, sem identidade própria, entre o ensino generalista, integrado, e o ensino especializado, a organização do currículo em disciplinas. Isso só se deve fazer a partir da adolescência, 11 , 12 anos. Mas, por exemplo em escolas EB 2,3 [básicas do 2.º e 3.º ciclo], fazem-no funcionar sob a forma de disciplinas. Há uma contaminação do 3.º ciclo sobre o 2.º.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Bom fim de semana!

Seminário do Conselho Nacional de Educaão

ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA, DIFERENCIAÇÃO DE TRAJETOS, EQUIDADE E SUCESSO NO SISTEMA EDUCATIVO 
Dia 16 de maio | Viseu

Dando continuidade ao ciclo de seminários dedicados à reflexão sobre a Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE), o Conselho Nacional de Educação organiza a quinta iniciativa dedicada à temática que respeita ao cumprimento da escolaridade obrigatória, diferenciação de trajetos, equidade e sucesso no sistema educativo. 

Neste Seminário pretende-se que os diferentes especialistas que nele participam contribuam para uma reflexão informada em torno das questões e desafios que uma escolaridade obrigatória de 12 anos coloca ao País. 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Contratos simples mas que valem milhões

Publicada, no Diário da República de hoje, a Portaria que autoriza a Direção-Geral da Administração Escolar a proceder à repartição de encargos relativos à celebração dos contratos Simples e de Desenvolvimento de Apoio à Família.

Finanças e Educação - Gabinetes dos Ministros das Finanças e da Educação

Os Contratos Simples e de Desenvolvimento de Apoio à Família celebrados com os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo são regulados pelo Decreto -Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro, e destinam -se a apoiar as famílias, em particular as menos favorecidas economicamente, que no exercício do direito de escolha do processo educativo dos seus filhos, queiram optar pela sua inserção em estabelecimentos de ensino particular e cooperativo


Notícias da Educação do mês de maio - Noesis

Com o objetivo de partilhar e valorizar o que acontece na educação em Portugal, este Boletim oferece, mensalmente, uma seleção de notícias sobre eventos, iniciativas e projetos, legislação, publicações e estudos do que de mais relevante se faz neste domínio.

Pode aceder aqui ao Boletim do mês de maio


Aceda aos números anteriores: Boletim #1 Boletim #2

Crianças (0 aos 8 anos) e Tecnologias Digitais


Hoje, a partir das 15 horas, assista a mais um webinar DGE, que terá como convidadas as Doutoras Patrícia Dias, Professora Auxiliar da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e Rita Brito, investigadora da UIDEF, no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. 

Neste webinar, as oradoras irão apresentar o estudo “Crianças (0 aos 8 anos) e Tecnologias Digitais: Relatório nacional de um estudo exploratório qualitativo – Portugal” que tem como objetivo explorar o envolvimento de crianças, com menos de 8 anos de idade, e das suas famílias com as tecnologias digitais.

30ª Reserva de Recrutamento 2015/2016

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação e Retirados e Lista de Colocação Administrativa de Docentes de Carreira - 30ª Reserva de Recrutamento 2015/2016

Mobilidade Interna - ano escolar de 2015/2016

Lista definitiva de retirados - Consulte




Serviços

Aplicação disponível das 10:00 horas de sexta-feira, do dia 06 de maio, até às 23:59 horas de quinta-feira, dia 12 de maio de 2016 (hora de Portugal Continental)

Aceitação de Colocação pelo Candidato - 30ª Reserva de Recrutamento 2015/2016
Aplicação disponível das 10:00 horas de sexta-feira, do dia 06 de maio, até às 23:59 horas de segunda-feira, dia 09 de maio de 2016 (hora de Portugal Continental)

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O pré-escolar faz a diferença?

Nas últimas décadas, a maioria dos países europeus universalizou o acesso ao pré-escolar. Qual o impacto deste aumento do acesso ao pré-escolar nos resultados PISA dos alunos europeus? E em Portugal?


Estudo Q4 | O pré-escolar faz a diferença?

Consulta pública - Referencial de Educação Rodoviária para o Ensino Secundário e a Educação e Formação de Adultos

Encontra-se em consulta pública o Referencial de Educação Rodoviária para o Ensino Secundário e a Educação e Formação de Adultos.

À semelhança do Referencial de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar e o Ensino Básico, homologado em 2012, este Referencial constitui-se como um documento orientador que visa apoiar o desenvolvimento de práticas pedagógicas de Educação Rodoviária nas escolas, disponibilizar orientações/conteúdos para a produção de recursos educativos e enquadrar processos formativos - formação inicial e contínua de docentes e de outros profissionais. Poderá, igualmente, constituir-se como instrumento de apoio para outras entidades e agentes educativos com interesse em atuar nesta área.

Os interessados devem enviar os seus contributos à Direção-Geral da Educação até ao dia 31 de maio de 2016, através do seguinte endereço eletrónico:cidadania.edu.rodoviaria@dge.mec.pt.

Referencial Dimensão Europeia da Educação

O Referencial Dimensão Europeia da Educação, destinado à Educação Pré-Escolar, ao Ensino Básico e ao Ensino Secundário, em conformidade com o estipulado no Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho, propõe-se contribuir para a promoção da dimensão europeia da educação, no quadro da Educação para a Cidadania: na sua dimensão transversal; no desenvolvimento de projetos e iniciativas que contribuam para a formação pessoal e social dos alunos; na oferta de componentes curriculares complementares, desde que criada pela escola, em função da gestão do crédito letivo, de acordo com o estipulado no Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho e pelo Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro. A sua concretização na educação pré-escolar deverá ser enquadrada pelas orientações curriculares em vigor para este nível de educação.

Referencial Dimensão Europeia da Educação para a Educação Pré-Escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário

Concursos: Verbete do Candidato e Reclamação da Candidatura

A reclamação decorrerá num prazo de cinco dias úteis, entre as 10:00 horas do dia 04 de maio e as 18:00 horas do dia 10 de maio de 2016 (horas de Portugal Continental). 

A reclamação terá por objeto a verificação, por parte do candidato, de todos os elementos constantes das listas provisórias e dos verbetes e, caso assim entenda, emitir reclamação dos mesmos. A não apresentação de reclamação equivale à aceitação de todos os elementos constantes das listas provisórias e dos verbetes.

 A aplicação da reclamação eletrónica dispõe de três opções, podendo os candidatos selecionar uma ou mais de entre as seguintes: 

a) Desistência da candidatura efetuada para o Concurso Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento [Opção A]; 

b) Reclamar, Corrigir dados, desistência de Graduações do Concurso Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento, [Opção B]; 

c) Reclamação da validação efetuada pela entidade de validação para o Concurso Externo/ Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento [Opção C]. 

(Não dispensa a leitura da Nota Informativa e do Manual de Instruções)

Verbete do Candidato 2016/2017

Verbete Provisório

Reclamação da Candidatura Eletrónica (CE/CIRR) – 2016/2017

Aplicação disponível das 10:00h do dia 4 de maio até às 18:00h de Portugal Continental do dia 10 de maio.


 Manual de Instruções – Reclamação da Candidatura Eletrónica (CE/CIRR) – 2016/2017.pdf


Nota Informativa - Publicitação das Listas Provisórias.pdf

A opinião de Santana Castilho no Público

Santana Castilho - Público

1. A retoma do discurso sobre a liberdade de aprender e ensinar, para combater a recente decisão do ministro da Educação sobre o financiamento do ensino privado, obriga-me, também, a retomar o que repetidas vezes aqui tenho escrito. Porque não é essa liberdade que está em causa, mas sim saber se deve o Estado financiar as escolas particulares, cuja criação e funcionamento são livres, como mostra a circunstância de 20% da rede de escolas do país ser privada. 

Esta falsa questão é uma subtileza para fazer implodir o princípio da responsabilidade pública no que toca ao ensino porque, constitucionalmente, a escola pública é uma obrigação do Estado, enquanto a privada é uma liberdade dos particulares. 

É manifesto que muitos “contratos de associação” só se têm mantido por cedência dos governos à pressão do lobby do ensino privado. É manifesto que só devem persistir os que correspondam a falhas da rede pública, se é que ainda existem. É isso que faz o Despacho Normativo 1 H/2016, que respeita integralmente a lei e os compromissos anteriormente assumidos, sem interrupção de ciclos lectivos iniciados e sem sequer impedir que outros se iniciem, desde que necessários. Posto isto, apenas lamento a inabilidade e a imaturidade política com que o problema foi tratado. A triste cena da Mealhada não augura futuro fácil. 

2. Alguns leitores escreveram-me a apoiar a iniciativa ministerial sobre a constituição das turmas com alunos com necessidades educativas especiais, por mim repudiada no meu último artigo. Descreveram mesmo, como fundamento, “abusos” que conhecem. Permitam-me, pois, que clarifique o que penso. 

Integrar uma criança deficiente (eu sei que há quem evite o termo, mas os problemas não se resolvem mudando os nomes) supõe, sempre, tentar superar-lhe as dificuldades para que a integração seja possível. Há casos onde será sempre impossível, por melhores que sejam as ajudas específicas, conseguir que essa criança fique capaz de acompanhar os outros em todas as actividades. Sem rodeios, nesses casos, a integração será, simplesmente, uma falácia. 

Na relação de uma turma regular com um aluno deficiente, o equilíbrio que uma sociedade avançada (e humanizada) deve procurar é proporcionar ao deficiente as vantagens, muitas, que para ele resultam da relação com os outros. Mas, para os outros (que também devem beneficiar do contacto com o colega, particularmente nos planos afectivo, moral e cívico) o equilíbrio citado significa que tudo se faça sem prejudicar o direito de progredirem ao seu ritmo. Ora isto só se consegue com medidas especiais de apoio durante as fases de integração, de que a redução do número de alunos é parte fundamental. 

Poderá ser questionável o modo como se conjugam as duas coisas. Certamente que haverá erros, relaxamentos e, eventualmente, abusos. Mas qualquer iniciativa que reduza situações, sempre particulares, a quotas gerais só pode vir de quem não tem a mínima noção do que significa “ensino integrado”, muitos menos dos problemas que se colocam a um professor do ensino regular, quando tem em sala alunos com necessidades educativas especiais. Dizer que quotas cegas forçam a integração é ignorância. Se não for ignorância, é sadismo. Ambas as hipóteses são inaceitáveis num ministro da Educação. Aliás, o recurso a quotas impróprias começa a fazer escola no ministério de Tiago Brandão Rodrigues. Também a mobilidade por doença está agora sujeita a rácios vergonhosos, que nem sequer consideram a dimensão dos agrupamentos. 

3. Sob o título “O que faz uma boa escola”, veio a público mais um estudo sobre a educação dos nossos jovens. O estudo foi produzido no âmbito do projecto aQueduto, uma iniciativa conjunta da Fundação Francisco Manuel dos Santos e do Conselho Nacional de Educação (CNE). O estudo analisa o que mudou entre nós, com base nos resultados e inquéritos do PISA, e conclui que a dimensão das turmas não influencia o desempenho dos alunos. Curiosamente, o CNE, num outro estudo, exactamente sobre a dimensão das turmas, concluiu haver uma relação entre essa dimensão e o tempo dedicado só ao ensino, o que, obviamente, tem forte impacto no desempenho dos alunos

Cada vez há mais estudos a estabelecer relações entre as diversas variáveis presentes no processo de ensino e os respectivos resultados. A credibilidade desses estudos é grosseiramente ferida pelos mesmos erros (estabelecimento de conclusões ilegítimas, confundindo hipóteses com conclusões) e pelas mesmas estranhas coincidências (aparecem sempre por altura da vinda a público de teses politicamente apresentadas como correctas). Quando os analisamos em detalhe é fácil verificar que outras variáveis possíveis (concepção e desenvolvimento curricular, recursos disponíveis, autonomia e gestão das escolas, por exemplo), que não interessam a uma conclusão preordenada para sustentar determinada tese, não são consideradas.
Público, de 4/5/2016
(Negrito nosso)

terça-feira, 3 de maio de 2016

Academia dos professores e Cursos online

O School Education Gateway disponibiliza, a partir de hoje, um novo serviço – a Academia dos Professores.

A Academia dos Professores contempla cursos em linha gratuitos, os cursos mais populares que já ajudaram os professores nas suas necessidades de formação, e materiais de aprendizagem versáteis.

O 1.º curso em linha gratuito inicia em junho de 2016 e os interessados já se podem inscrever.

Listas provisórias do Concurso Externo e Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento 2016/2017

Publicitação das listas Provisórias de Ordenação, de Exclusão e Retirados do Concurso Externo e Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento - ano escolar 2016/2017.

Listas provisórias do Concurso Externo e Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento, ano escolar 2016/2017 e Nota Informativa


Listas Provisórias de Ordenação - Concurso Nacional (CE/CIRR) - 2016/2017

Listas Provisórias de Exclusão - Concurso Nacional (CE/CIRR) - 2016/2017

Lista de Retirados - Concurso Nacional (CE/CIRR) - 2016/2017


Nota Informativa  


Divulgação das Listas Provisórias de Ordenação, de Exclusão e da Reclamação - ano escolar de 2016/2017
....

3. No portal da DGAE irão estar disponíveis, a partir de 4 de maio de 2016, para consulta e impressão, em Docentes> Concurso> Concurso de Docentes> 2016> Serviços> Verbete do Candidato 2016, os verbetes a que os candidatos têm acesso, introduzindo o seu número de utilizador e respetiva palavra-chave.

4. A reclamação, prevista no n.º 2 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação em vigor, decorrerá num prazo de cinco dias úteis, entre as 10:00 horas do dia 04 de maio e as 18:00 horas do dia 10 de maio de 2016 (horas de Portugal Continental).  

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Nota Informativa do Conselho das Escolas


O Conselho das Escolas reuniu ordinariamente, em 28/04/2016, no Centro de Caparide, em S. Domingos de Rana.
Nessa reunião, o Conselho procedeu a um balanço da atividades realizadas ao longo do 2.º ano de mandato, cuja sinopse pode ser encontrada aqui: Sinopse da atividade desenvolvida - 01/02/2015 a 31/01/2016.

O Conselho fez um ponto da situação da aplicação do novo modelo integrado de avaliação dos alunos do Ensino Básico, nomeadamente do respetivo regime transitório. À data da reunião e dado que ainda decorria o prazo para que os Diretores tomassem uma decisão sobre a realização ou não realização das provas dos 4.º e 6.º anos e de aferição dos 2.º, 5.º e 8.º anos, não se considerou pertinente extrair conclusões definitivas sobre o processo.

No entanto, torna-se já evidente a sintonia existente entre os pareceres dos Conselhos Pedagógicos e as decisões tomadas pelos Diretores, até então, sobre a realização/não realização das referidas provas.

O Conselho procedeu ainda à indicação dos seguintes Diretores que integrarão o júri do Prémio de Escola 2014/2015:

Região Norte - Lucinda Maria Mendes Ferreira
Região Centro - Paulo Jorge de Sousa Ferreira
Região de Lisboa e Vale do Tejo - António Manuel Castel-Branco Ribeiro
Região do Alentejo - Fátima do Céu Carola Moreira Pinto
Região do Algarve - Alexandre José Costa Ferreira

Foi também indicado o conselheiro Luís Henrique Cardoso Fernandes para representar o Conselho das Escolas no Conselho Consultivo a funcionar junto da Estrutura de Missão para a Promoção do Sucesso Escolar (Resolução do Conselho de Ministros n.º 23/2016, de 11 de abril).

57% dos diretores decidiram realizar as Provas de Aferição

Findo o prazo estipulado para que os diretores comunicassem a sua intenção sobre a realização das provas de aferição, 57% destes diretores decidiram realizar, já este ano, as provas dos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade.

O Ministério da Educação refere que se trata de uma amostra significativa para proceder a uma aferição válida do sistema.

De notar também que menos de 8% dos diretores decidiram realizar as provas dos 4.º e 6.º anos em conjunto com as provas dos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade e 2% optou por realizar apenas as provas dos 4.º e 6.º anos.

O Ministério da Educação agradece o empenho de todos os diretores, independentemente da sua decisão, na mobilização de cada comunidade escolar para a opção que, neste ano transitório, consideraram ser a mais conveniente.

domingo, 1 de maio de 2016

Sindicatos e opiniões

Até hoje (e já lá vão quase 30 anos!!!) ainda não percebi o pensamento nem a acção dos professores. Pergunto: Como querem os professores ganhar uma batalha se apenas temos os generais e mais uns quantos (poucos!) porque os soldados desertaram todos? Admiro a força sindical dos sindicatos de professores em França, onde lecionei. Ali, como aqui, existem mais de 20 sindicatos! E não se ouve dizer pelos corredores das escolas “que há sindicatos a mais”!!! nem ataques aos delegados sindicais! Todos os professores mais do que sindicalizados, se sentem como professores, e como tal, independentemente dos sindicatos onde estão filiados, esquecem as suas simpatias sindicais e unem-se nas lutas pelos seus direitos. Escolas onde lecionei chegaram a estar fechadas mais de um mês consecutivo e tinham filiados em diversos sindicatos. 

Em Portugal, os professores parecem apoiar mais as medidas do governo do que as posições dos sindicatos. Assim o diziam uns dos (des)governantes deste país há uns anos numa reunião argumentando que os sindicatos representavam menos de metade dos professores, e que, como tal, deveriam servir a grande maioria que estava de acordo com o governo (porque nem era sindicalizada!). Na verdade, é estranho que haja professores que não se identificam com nenhum dos diversos sindicatos…. É estranho, repito. Com tanta diversidade e nenhum lhes serve? Os professores parecem dar razão ao adágio popular: “cada cabeça, sua sentença”! Como é possível que se unam em França? Porque a maioria são sindicalizados, mas acima de tudo, são professores, são profissionais e têm consciência de classe profissional!!! Pagam quotas... sim. Mas vêem o retorno e as vantagens de ter quem os defenda, seja num ou noutro sindicato. Em Portugal, escusam-se em divergências e mais divergências, acusações e mais acusações contra este e aquele sindicato, concluindo-se que nenhum lhes serve. Curioso! Com tanta diversidade e nenhum lhes serve. E ainda assim, há quem venha com o argumento de que são sindicatos a mais!!! Eu diria, são soldados a menos! Porque têm de pagar e preferem não pagar quotas. Esperam que sejam os delegados sindicais a suportar com o seu salário todos os custos inerentes ao exercício da função, como se fossem mecenas!!! Ou então, pensam que os delegados sindicais são "Rambos da Educação" e por si só conseguem entrar no ministério e fazer as leis que todos querem ver aprovadas, como se os sindicatos fizessem leis, como se as culpas dos males da Educação tivessem a sua origem nos sindicatos... Ora, meus caros... Engana-se quem assim pensa. 

Lembrem-se: Os Generais (do Exército, da Força Aérea ou da Marinha) são os que ficam "com as medalhas" de terem ganho as batalhas e é o nome deles que fica nas ruas e/ou avenidas dos países (como em França, o General Charles de Gaulle, General Leclerc, etc...). Mas, na realidade, as batalhas foram ganhas pelos soldados. Mas, contrariamente ao que se passa em França, os sindicatos de professores só têm generais e alguns sargentos. Os "soldados" da educação (professores, entenda-se) querem ganhar batalhas sem enfrentarem o "inimigo" (governantes). Mas tal não é possível. Não admira, pois, que, ou nunca se tenham alistado ou se acaso se tivessem alistado há muito que teriam desertado. É uma posição cómoda! Menos cómodo é assumir uma posição de confronto, decidir entrar no mundo da defesa dos interesses dos profissionais de educação, colocar ao serviço de todos a sua energia, as suas ideias, lutar por eles, perder horas dos fins de semana, colocar a defesa dos interesses comuns acima da vida própria, dos interesses pessoais de cada um! E isso, é muito mais difícil porque exige energia, força, resiliência, persistência... coragem!
J. Ferreira

sábado, 30 de abril de 2016

Transmissão em direto da Conferência Currículo para o Século XXI: competências, conhecimentos e valores numa escolaridade de 12 anos

Terá lugar hoje no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, a Conferência subordinada ao tema Currículo para o Século XXI: competências, conhecimentos e valores numa escolaridade de 12 anos, organizada pela Direção-Geral da Educação e contando com a participação do Ministro da Educação e do Secretário de Estado da Educação.

Devido ao grande interesse manifestado, as inscrições esgotaram rapidamente. De modo a garantir a possibilidade de todos os interessados assistirem ao evento, a conferência será transmitida em direto em http://dge.mec.pt/video-difusao ou http://Live.fccn.pt/fcg/fcg

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Opiniões do dia

Filinto Lima

Marcelo Rebelo de Sousa, atendendo às funções que desempenha, tem a obrigação de ajudar a colocar a Educação no mapa das prioridades nacionais.


David Rodrigues

O caminho é certamente o de reforçar meios, incentivar culturas, estabelecer políticas, encorajar práticas.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Proposta de Despacho de Organização do Ano Letivo 2016/2017

O Ministério da Educação enviou aos sindicatos de docentes uma proposta para negociação do Despacho de Organização do próximo ano letivo.


Proposta de Despacho de Organização do Ano Letivo 2016/2017

Proposta de Despacho sobre a Mobilidade por Doença

O Ministério da Educação também enviou aos sindicatos uma proposta que visa definir as regras da Mobilidade por Doença prevista no Estatuto da Carreira Docente.

Informações do IAVE para a realização de Provas ou Exames

Foi divulgado, no passado dia 13 de abril, o despacho de dispensa de serviço no âmbito da formação de professores supervisores. 
Também já podem ser consultadas as Informações-Prova para as Provas de Aferição, bem como a matriz nacional para a elaboração de Provas Finais de Ciclo.

Dispensa de serviço para formação

Informações-Prova

Matriz para elaboração de PFC

Prova de Língua Portuguesa para Aquisição de Nacionalidade

A Prova de Conhecimento da Língua Portuguesa para Aquisição de Nacionalidade (PaN) realiza-se dia 4 de maio de 2016, às 17h00.


Nesta página do IAVE, encontra a legislação aplicável, o aviso de abertura do procedimento de inscrição na PaN, informações diversas e o formulário de inscrição.

29ª Reserva de Recrutamento 2015/2016


Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação e Retirados e Lista de Colocação Administrativa de Docentes de Carreira - 29ª Reserva de Recrutamento 2015/2016

Mobilidade Interna - ano escolar de 2015/2016

Lista definitiva de retirados - Consulte



Serviços


Recurso Hierárquico - 29ª Reserva de Recrutamento 2015/2016

Aplicação disponível das 10:00 horas de sexta-feira, do dia 29 de abril, até às 23:59 horas de quinta-feira, dia 05 de maio de 2016 (hora de Portugal Continental)

Aceitação de Colocação pelo Candidato - 29ª Reserva de Recrutamento 2015/2016
Aplicação disponível das 10:00 horas de sexta-feira, do dia 29 de abril, até às 23:59 horas de segunda-feira, dia 02 de maio de 2016 (hora de Portugal Continental)

Publicada a lei que elimina a Requalificação de Docentes

Publicada a lei que elimina a requalificação de docentes, procedendo à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, à décima quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de abril, e à primeira alteração à Lei n.º 80/2013, de 28 de novembro.

Assembleia da República

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Formalização, Aceitação e Validação dos Pedidos de Mobilidade

Formalização do pedido de mobilidade pela Entidade Proponente
Aplicação disponível até 09 de maio de 2016 (18:00 h de Portugal Continental)

Aceitação da mobilidade por parte do docente

Aplicação disponível até 10 de maio de 2016 (18:00 h de Portugal Continental)

Validação da proposta pelas unidades orgânicas
Aplicação disponível até 11 de maio de 2016 (18:00 h de Portugal Continental)

Nova aplicação para alunos do 1.º ciclo

Nova aplicação ajuda alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico a aprender matemática. 

A apresentação da Play Kachi aplicação gratuita e disponível para os sistemas operativos iOS e Android, realiza-se na quinta-feira, pelas 18 horas, no auditório 201 da Universidade Portucalense.


Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas​ no Parlamento


Hoje,  a partir das ​ 15 horas, na Assembleia da República, o debate sobre o Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas​

Programa de Estabilidade 2016-2020

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Programação, Inovação e Criatividade no 1.º CEB e Pré-Escolar

O Centro de Competência TIC da Universidade de Aveiro, com o apoio da ERTE (Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas - DGAE) vai organizar o encontro:

Com este encontro pretendemos juntar professores do 1.º CEB e Educadores de Infância, interessados em aprofundar conhecimentos nas áreas da programação, gamificação, narrativas digitais e animação com as TIC, bem como criar um espaço de partilha e debate que permita aos professores e educadores fazer um intercâmbio de ideias e experiências potenciadoras de novas práticas educativas.

O programa será dividido em sessões plenárias/mesas redondas e workshops (em anexo) .

As inscrições limitadas a 100 participantes devem ser feitas através do preenchimento do Formulário no seguinte link: http://goo.gl/forms/r0aGxqYjpj

25 de abril

“O 25 de Abril foi a mais original e fecunda das revoluções de finais do século XX. Eufórica explosão de liberdade, processo criador de intensas formas de participação democrática e social […]

[…] Com os seus cravos vermelhos, o sonho nos olhares e os soldados a desfilarem pelas avenidas que cantavam o futuro, em Lisboa e em todo o país a palavra ardia e até a música do silêncio concitava à nova vida, tão desejada.

Porque Abril foi assim…[…]”

Urbano Tavares Rodrigues
In Poemas para 30 Anos de Abril – Edições Asa 2004

sábado, 23 de abril de 2016

Programa de Estabilidade e Crescimento e Programa Nacional de Reformas

O Governo entregou, na Assembleia da República, o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas para 2016-2020 [Programa + anexos]. 

Programa de Estabilidade 2016-2020 [formato PDF]

Programa Nacional de Reformas [formato PDF]

Programa Nacional de Reformas - Anexo [formato PDF]


Programa de Estabilidade prevê verbas para a reposição salarial em curso durante este ano, mas para o descongelamento das progressões apenas a partir de 2018. 
Promessas...

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Bom fim de semana!

Açores: Concurso Interno e Externo Extraordinário

Através desta página tem acesso à sua Ficha Pessoal de Docente e ao formulário de candidatura ao CONCURSO INTERNO E EXTERNO EXTRAORDINÁRIO DE PROVIMENTO DE PESSOAL DOCENTE 2016/2017, entre 22 de abril a 06 de maio, podendo ainda, dentro do mesmo prazo, acrescido de dilação de 2 dias úteis, proceder à submissão de documentos no âmbito deste concurso.

Informações aos candidatos

Regulamentos de concurso


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Prevenção do abandono escolar

As conclusões do Grupo de Trabalho para a Política Educativa ET (Education and Training) 2020, da União Europeia, que se debruçou em 2014 e 2015 sobre as questões do abandono escolar, resultaram num conjunto de produtos que apresentam a necessidade de se adotar uma abordagem integrada para a prevenção do abandono escolar.



Este recurso fornece-lhe uma grande variedade de materiais elaborados com o objetivo de ajudar as escolas, explorando temas relacionadas com a gestão escolar, os professores, os alunos, os pais e o envolvimento de parceiros.

Publicações:

Educação no Programa Nacional de Reformas 2017/2020

O Conselho de Ministros discutiu e aprovou as versões finais e completas do Programa Nacional de Reformas para 2017-2020 e do Programa de Estabilidade.

1. Plano nacional combate insucesso escolar: um plano de ação por escola

Generalização da educação pré-escolar a partir dos 3 anos, progressiva gratuitidade dos manuais escolares no ensino básico e secundário, limitação do número de alunos por turma (em particular nas escolas com dificuldades), generalização da "Escola a tempo inteiro", promoção de programas de literacia familiar, reforço dos mecanismos de ação social.


(Ver Documento do Governo completo)

28ª Reserva de Recrutamento 2015/2016

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação e Retirados e Lista de Colocação Administrativa de Docentes de Carreira - 28ª Reserva de Recrutamento 2015/2016

Mobilidade Interna - ano escolar de 2015/2016

Lista definitiva de retirados - Consulte


Nota Informativa - Reserva de Recrutamento 28

Serviços

Recurso Hierárquico - 28ª Reserva de Recrutamento 2015/2016
Aplicação disponível das 10:00 horas de sexta-feira, do dia 22 de abril, até às 23:59 horas de sexta-feira, dia 29 de abril de 2016 (hora de Portugal Continental)

Aceitação de Colocação pelo Candidato - 28ª Reserva de Recrutamento 2015/2016
Aplicação disponível das 10:00 horas de sexta-feira, do dia 22 de abril, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 26 de abril de 2016 (hora de Portugal Continental)

As principais (?) medidas de Educação no Plano Nacional de Reformas

Educação

O governo compromete-se a celebrar contrato com jovens doutorados. Há 3 mil novas vagas para investigadores e docentes.

Outras medidas na educação:

- Limitar o número de alunos por turma (em particular nas escolas com dificuldades);

- Atribuir uma média de 70 mil bolsas anuais a estudantes carenciados;

- Desenvolver o Ensino Profissional;

- Progressiva gratuitidade dos manuais escolares no Básico e no Secundário;

Notícia TSF

Isto é pouco, muito pouco!

Açores: Concurso Interno e Externo Extraordinário


Concurso interno/externo extraordinário de provimento

Publicação do Aviso de abertura 21/04

Aviso de Abertura NOVO

Apresentação de candidaturas de 22 /04 a 6/05

quarta-feira, 20 de abril de 2016

"É altura de lhe dizer que é ignorante."

Santana Castilho - Púnlico


1. O ministro da Educação afirmou que a sua política é “progressista” e que quem a critica “apresenta uma visão conservadora do país”. Crítico que sou da política em análise, Tiago Brandão Rodrigues chamou-me conservador. É altura de lhe dizer que é ignorante.

Porque só um ignorante da complexidade do insucesso julga que o combate com fornadas de formação para os professores. Estou a referir-me às indizíveis acções que acabaram de ter lugar em Évora, Leiria e Braga. Em golpe de mão, onde a surpresa e a rapidez da convocatória nem permitiram a muitos saber ao que iam, arregimentaram-se professores para ouvirem em dois dias (no primeiro, das 09.30 à meia-noite), fechados num hotel, as mais finas tretas de um “eduquês” que agora será reproduzido “em cascata”, primeiro para directores, coordenadores de directores de turma e coordenadores de 1º ciclo (numa imposta maratona até Junho) e, posteriormente, para todos os professores. Aos que preferiam ver-me como o patinho sentado da história que o ministro mandou contar às escolas, e se apressarão a decretar o exagero do meu sarcasmo, deixo um naco da prosa que extraí dos respectivos documentos de apoio:

“Se as organizações fossem vistas como jardins, os líderes não poderíam mandar que crescessem. Teríam que enfrentar as impredictibilidades, os fatores ambientais, trabalho em equipa e fatores de risco que normalmente se caracterizam quando se pensa em desenvolver algo. Os líderes só podem promover o desenvolvimento ao ‘reorganizar as condições e as estruturas’... Para os jardins, estas condições são o sol, humidade, solo, nutrientes e temperatura; para as escolas são o tempo, espaço, materiais, incentivos, formação, colegialidade, respeito, confiança e recursos humanos”

(Os erros ortográficos, mesmo o do verbo ter, estão no documento consultado).

Se os leitores quiserem mais, acedam à indigência dos PowerPoint usados. Encontrarão, por exemplo, um slide piroso com um gatinho amarelo frente a um espelho, que lhe devolve a imagem de um leão de farta juba. Ao lado, a mensagem profética que vai resolver o insucesso:

“Os professores com altas expectativas dos seus alunos transmitem essa atitude (intencionalmente ou não) e em geral estes estudantes obtêm melhores resultados do que os dos professores cujas expectativas são baixas”.

Preparem-se, professores, para mais trabalho, em ambiente de piolheira palavrosa, a somar às aulas e aos cargos, às provas que foram extintas mas podem ser feitas ao mesmo tempo das outras que, sendo facultativas, começam por ser obrigatórias. Preparem-se, ainda, que a cena está programada para os próximos três anos lectivos. E, sobretudo, preparem-se, mais uma vez, para serem os maus da fita, responsabilizados, no fim, pelo insucesso do combate ao insucesso.

Ignorante por permitir que do ministério que tutela saia um normativo tão repugnante como o despacho 1-H/2016, segundo o qual as turmas que integrem alunos com necessidades educativas especiais só poderão ter a dimensão reduzida que a lei prevê se esses alunos estiverem, pelo menos, 60% do tempo em contacto com os colegas. Quer isto dizer que quanto mais graves e profundas forem as deficiências dos alunos (porque é essa gravidade que dita a separação deles do grupo “normal”, em determinadas ocasiões) maior será a dimensão da turma, quando integrados. Dizer depois, como o ministério disse, que esta enormidade tem como “único objectivo induzir mais inclusão”, é de um primarismo sádico, intolerável. Bem pior que as “salutares bofetadas” do outro!

2. Sem surpresa (a questão estava no programa eleitoral do PS e está no programa do Governo), o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses anunciou que a “municipalização” da Educação avançará em 2018. Ainda sem surpresa é que se avance sem que se conheça qualquer avaliação das experiências em curso e sem que se analisem criteriosamente os maus resultados das alheias (descritos por mim em artigo do PÚBLICO, de 11/2/15). Com efeito, a estratégia é abocanhar, de qualquer jeito, as verbas comunitárias possíveis, ampliando as iniciativas de outsourcing educativo, tão ao gosto dos que dizem uma coisa e fazem o oposto. Surpresa é o olímpico silêncio de Mário Nogueira sobre o tema. Em tempos de Nuno Crato e face a dezena e meia de experiências-piloto, a luta foi vigorosa (11 providências cautelares accionadas nos tribunais, 50 mil professores inquiridos, com 43 mil a manifestarem-se contra, e toda uma incansável intervenção pública denunciadora dos malefícios da “municipalização”. Agora, que a intenção parece ser generalizar a todas as autarquias e a todo o sistema de ensino, o ruído deste silêncio é difícil de acomodar.

Já não se trata de antagonismos no que toca a soluções e processos. Trata-se de suportar um ministro tecnicamente incompetente e politicamente irresponsável. Com o silêncio dos cúmplices.
(Negrito nosso)