domingo, 28 de agosto de 2011

Mestrados e Doutoramentos na Universidade do Minho - Instituto de Educação

(clicar para ampliar)

Opinião - João Ruivo

Há várias maneiras de escrever sobre a educação e para os educadores. Umas, são marcantes e sobrevivem às pequenas mediocridades com que somos bombardeados todos os dias. Outras, passam despercebidas no rol de publicações que se recebem mensalmente nas redacções dos jornais da especialidade.
"Confesso que Vivi" é uma obra que, indiscutivelmente, pertence à selecção de primeiras águas nas publicações pedagógicas que nos chegaram durante o ano lectivo que agora termina.
Da autoria de Cármen Guaita, Confesso que Vivi é uma edição da San Pablo, incluída na sua colecção Psicologia y Educación, a merecer uma tradução para língua portuguesa.
A autora é professora especialista em Ciências Sociais e em Pedagogia Terapêutica e trabalhou durante mais de duas décadas como docente em Madrid, Extremadura e nas Ilhas Canárias. Na actualidade é secretária de comunicação na Associação Nacional de Professores de Espanha, onde ajudou a criar e dirigiu o Defensor del Profesor. Autora de várias obras educativas, colabora regularmente em programas de televisão e de rádio em Espanha.
A receita desta obra é, aparentemente, simples. Porém, o resultado é genial. Cármen Guaita, que domina com mestria e muita inteligência emocional e técnica da entrevista seleccionou um conjunto de temas educativos, que ordenou por ordem alfabética, e que serviram de motivo a profundas e estimulantes entrevistas abertas com um grupo de personalidades públicas de reconhecido mérito nessas áreas do saber.
O resultado é uma obra, simultaneamente densa, mas de muito fácil e apetecível leitura, dados os diferentes ângulos de abordagem do fenómeno educativo, bem como da diversidade de pontos de vistas aí apresentados.
Segundo os temas por ordem alfabética, com António Lopez aprenderemos para que serve aAusteridade; falaremos de Beleza com Pastora Veja; Fernando Savater explicará o significado da palavra Cidadania; Juan Manual Prada esboçará um panorama da Cultura, eterna companheira da educação; Jorge Valdano fala-nos de valores associados ao Desporto; Carmelo Gómez revelará os segredos da Disciplina; Nicolás Fernandez explica a importância do Esforço no sucesso escolar; Blanca Lopez Ibor descreve melhor que ninguém o que significa a Esperança; Javier Urra aborda a situação actual da Família; Maria Ángeles Fernández, que acabou de adoptar um filho, abre uma janela sobre o valor da Generosidade; Ana Isabel Saz explicará o papel da Identidade na adolescência; Juan Carlos López, filósofo e jurista, tentará deixar claro o que é isso da Liberdade; Federico Mayor Zaragoza, que dedicou a sua vida à cultura da Paz, tentará transmitir a sua longa e rica experiência; Alejandra Vallejo-Nágera fala-nos sobre a Responsabilidade; Ignácio Calderón sobre a Solidariedade; pela voz de Eugenia Adam chega-nos o valor da Tolerância; Jesus Poveda reafirma o valor da Vida; Victor Ullate realça a força da Vontade; e, com três jovens, reflecte-se a importância dos Valores na escola e na sociedade.
Trata-se, pois, de uma obra de abordagens diversificadas sobre a educação e, sobretudo sobre a educação com recurso aos valores. Na verdade, como refere Cármen Guaita, a nossa sociedade busca a felicidade no bem-estar, esquecendo-se que o sentido a atribuir às coisas é mais importante que a felicidade em si.
A autora refere que a chave da educação reside na nossa capacidade de ajudar os nossos filhos e educandos a ser felizes e capazes de fazer felizes todos os que os rodeiam. Para ela as ferramentas com que se educa são, a maior das vezes, o amor e o senso comum. Por isso, a esperança que livros como o que hoje aqui apresentamos ajudem os pais e os professores a utilizar mais um instrumento pedagógico que os ajude a navegar no sentido da construção de uma família mais formativa, de uma escola mais sábia e de uma sociedade mais justa.
João Ruivo

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bom fim de semana!

"Entre os destroços ficou apenas a promessa de um novo modelo..."


Um texto do Paulo Guinote em A Educação do meu Umbigo em versão original do publicado no semanário SOL de hoje.

"Ganhas as eleições por tão vocais críticos da ADD, esperou-se que o novo Governo assumisse as posições anteriores. Ilusão rapidamente desfeita, com argumentos fracos, esgrimidos por figuras de segunda ordem da nova situação. Entre os destroços ficou apenas a promessa de um novo modelo, o que fez manter alguma esperança, em especial entre os que acreditavam que o novo ministro optaria por uma solução de rigor e que rasgasse com as más práticas detectadas e denunciadas."

O melhor é esperar... sentados!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ofício Circular da DGRHE - Apresentação no prazo de 72 horas

...
"Ao abrigo do disposto na referida previsão legal, no sentido de garantir aos professores as condições de trabalho necessárias ao início do ano lectivo e por orientação de Sua Excelência o Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar é concedido aos candidatos que obtiverem colocação nas necessidades transitórias nas listas a publicitar no próximo dia 31 de Agosto, a possibilidade de se apresentarem no agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde sejam colocados no prazo de setenta e duas horas, correspondentes aos três primeiros dias úteis seguintes à comunicação da colocação."

É urgente...


  • Acabar com a cultura da cunha e do compadrio nas contratações;
  • Alterar a legislação em vigor;
  • Incluir as escolas TEIP nos concursos nacionais e nas preferências de todos os docentes para que acabem os fatos (critérios) por medida para certos clientes, alguns deles perfeitamente inacreditáveis;
  • Retirar o efeito dos resultados da ADD.
O sistema de recrutamento e seleção de professores vigente em Portugal não é perfeito, mas dificilmente vamos encontrar melhor solução por causa da enraizada cultura da cunha e do compadrio, vícios que continuam a fazer de nós um país pobre e atrasado. 
Vejam-se os critérios que algumas escolas fixam para a contratação de docentes onde, em alguns casos, só falta designar o destinatário das vagas a concurso. 

Continua a decorrer a Contratação de Escola através da página eletrónica da DGRHE

A fruta ainda está verde! A 1 de setembro vai ficar madura!


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Informação da DGIDC sobre o acordo ortográfico

De acordo com a resolução n.º 8 do Conselho de Ministros, de 25 de Janeiro de 2011, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entra em vigor no sistema educativo português no ano letivo de 2011/2012.

O portal da DGIDC disponibiliza para professores, alunos, famílias e público em geral informação relevante sobre o Acordo Ortográfico, bem como propostas de atividades que poderão vir a ser desenvolvidas nas escolas.

As novidades de hoje comunicadas pelo Mário Nogueira

É claro que os professores têm que manter o vínculo à sua escola/agrupamento e a afetação administrativa é apenas para os docentes ainda em QZP!

Dias de frustração!

"Não me conformo com a tirania pedagógica, a pelintrice política e académica ..."


Eu quero avaliação para todos, mas não quero esta ADD para ninguém. E por toda a Europa, estou muito e bem acompanhado - Parte II


“O carro à frente dos bois”

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida fez publicar no Diário da República o Despacho n.º 10580/201, de 2011-08-23, que revoga a alínea b) do n.º 4 do artigo 11.º do despacho n.º 5328/2011, publicado na 2.ª série do Diário da República, de 28 de março. 
Com a publicação deste despacho, o Secretário de Estado retirou aos relatores/avaliadores as horas que lhes foram atribuídas para o exercício do cargo no período em que mais trabalho terão que executar. 
A grande maioria das escolas marcou como data limite, para a entrega dos relatórios de autoavaliação dos docentes pertencentes aos quadros, o dia 31 de agosto. A partir dessa data o processo ficará nas mãos do relator para efetuar a leitura e apreciação do referido relatório, para a realização de uma possível entrevista individual ao avaliado, quando este a requeira, para o preenchimento da ficha de avaliação global com a proposta de classificação final e a sua presentação ao júri de avaliação e para preenchimento de todos os documentos em suporte digital e/ou em papel. 
Por outro lado, o despacho, agora publicado, contraria de forma ilegítima, na minha modesta opinião, o disposto no nº 3, do Artigo 14º, do Decreto Regulamentar nº 2/2010; “Os relatores que não exerçam em exclusividade as funções referidas no n.º 6 do artigo 35.º do ECD beneficiam da redução de um tempo letivo por cada três docentes em avaliação.” 
Não estando concluído o processo de ADD (a data limite é 31 de dezembro), ao abrigo do Decreto Regulamentar nº 2/2010, de 23 de junho, esta decisão é irregular e ilegal e obrigará todos os relatores a concretizar este trabalho fora do seu horário e em regime de voluntariado! Se todos os relatores se recusarem a fazê-lo, o processo de avaliação ficará parado e só se irá concluir se estes educadores e professores se deixarem sujeitar a mais esta arbitrariedade de quem não assumiu politicamente promessas e compromissos eleitorais e que agora pretende concluir o processo à custa dos próprios docentes que, na  grande maioria, exigiram a sua suspensão. 
Em 1 de Setembro o processo de avaliação do desempenho pode e deve ficar parado e até nunca se concluir!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Hoje foi a vez dos grandes, mas não saiu grande coisa



Campanha DGC - APED : "Regresso às aulas em segurança"

No âmbito da cooperação institucional entre a APED e a Direcção Geral do Consumidor, a APED promove a campanha dedicada ao período de “regresso às aulas” que alerta para questões relacionadas com a segurança e cuidados a ter na escolha e utilização do material escolar.

Para consultar o documento clique aqui

Contrariando a legislação em vigor

Colocações a 31 de agosto e com 3 dias para apresentação ao serviço!
As colocações de professores para o próximo ano lectivo vão ser publicadas no dia 31 de Agosto, mas em vez de apenas um dia para se apresentarem na escola atribuída os docentes vão ter três dias para o fazer. A revelação foi feita hoje pelo Mário Nogueira à saída da primeira reunião, com a equipa negociadora do MEC, para discutir o novo modelo de avaliação.

Revogada a atribuição de horas para o exercício do cargo de relator

Revoga a alínea b) do n.º 4 do artigo 11.º do despacho n.º 5328/2011, publicado na 2.ª série do Diário da República, de 28 de Março

A primeira ronda de negociações

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Calendário para a aplicação do Acordo Ortográfico aos manuais escolares

O Calendário para a aplicação do Acordo Ortográfico aos manuais escolares será implementado progressivamente nos anos lectivos de 2011/2012 a 2014/2015, inclusive.

O calendário para a aplicação do Acordo Ortográfico aos manuais escolares contemplará os seguintes anos lectivos:

  1. – Ano lectivo de 2011/2012:
1.º e 2.º anos de escolaridade, área curricular disciplinar de Matemática do 4.º ano de escolaridade, todas as disciplinas e anos de escolaridade do 2.º Ciclo do Ensino Básico (excepto as disciplinas de Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica dos 5.º e 6.º anos de escolaridade e de Língua Portuguesa do 6.º ano de escolaridade), de Língua Portuguesa do 7.º ano de escolaridade e de Matemática do 8.º ano de escolaridade;

2. – Ano lectivo de 2012/2013:
3.º ano de escolaridade, disciplinas de Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica do 5.º ano de escolaridade, disciplina de Língua Portuguesa do 6.º ano de escolaridade, todas as disciplinas do 7.º ano de escolaridade (excepto a disciplina de Língua Portuguesa), disciplina de Língua Portuguesa do 8.º ano de escolaridade e de Matemática do 9.º ano de escolaridade;

3. – Ano lectivo de 2013/2014:
4.º ano de escolaridade (excepto a área curricular disciplinar de Matemática), disciplinas de Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica do 6.º ano de escolaridade, todas as disciplinas do 8.º ano de escolaridade (excepto as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática), Língua Portuguesa do 9.º ano de escolaridade e todas as disciplinas do Ensino Secundário.

4. – Ano lectivo de 2014/2015:
todas as disciplinas do 9.º ano de escolaridade (excepto as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática).

Contrato Coletivo de Trabalho do Ensino Particular e Cooperativo

Contrato coletivo entre a AEEP - Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e  Cooperativo e  os Sindicatos de Docentes.
  (Alteração salarial, avaliação do desempenho e outras e texto consolidado)
(Páginas 3108 e seguintes do BTE - Boletim do Trabalho e Emprego de 15/08/2011) 

Financiamento sindical à custa da formação de avaliadores?

"Formação de 2000 docentes pode custar 4 milhões de euros, de acordo com os preços praticados pelo instituto da FNE. Formação é obrigatória para professores que observam aulas.
A observação de aulas feita por professores dedicados em exclusivo a esta função é uma das novidades do próximo modelo de avaliação e um dos pontos colocados à discussão nas negociações que hoje começam. Nesta bolsa estarão cerca de 2000 docentes e todos eles deverão ter uma formação em supervisão pedagógica, tal como os sindicatos exigem e o ministério estará na disposição de aceitar."

Alterações legislativas

Altera o despacho n.º 19308/2008, de 8 de Julho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 139, de 21 de Julho de 2008.
  (organização das áreas curriculares não disciplinares)

Altera o n.º 1 do despacho n.º 2351/2007, de 14 de Fevereiro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 32, de 14 de Fevereiro de 2007.
...
"«1 — As provas de aferição a realizar no final do 1.º ciclo do ensino básico deverão ser aplicadas anualmente ao universo dos alunos, nas escolas públicas e nos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo.»
2 — A alteração introduzida pelo presente despacho produz efeitos no ano lectivo 2011 -2012."

Altera o Despacho Normativo n.º 7/2006, de 6 de Fevereiro
 (Português Língua não Materna - PLNM

26 alunos por turma no 1º Ciclo do Ensino Básico


Altera o n.º 5.2 do despacho n.º 6258/2011, de 4 de Abril, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 71, de 11 de Abril de 2011.

"«5.2 — As turmas do 1.º ciclo do ensino básico são constituídas por 26 alunos, não devendo ultrapassar esse limite.»
2 — O presente despacho produz efeitos a partir do no ano lectivo 2011 -2012."

ADD - Negociações começam hoje!

As quotas na avaliação dos professores, as carreiras congeladas e a concentração de poderes nos directores das escolas prometem ser temas quentes nas reuniões negociais que arrancam hoje entre os sindicatos e o ministério da Educação.
...
Os sindicatos dos professores concordam todos num ponto: querem a eliminação das quotas na avaliação de desempenho dos docentes.
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Outro ponto de conflito entre sindicatos e ministério é o congelamento das carreiras.
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A concentração de poderes nos directores das escolas é uma das questões a gerar mais polémica. No modelo apresentado pelo ministro Nuno Crato, o director é responsável por todo o processo de avaliação e é quem homologa a decisão final, avaliando ainda os recursos.
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A maneira como serão avaliados os professores destacados para avaliar os outros é outra das principais dúvidas.
...eliminar a avaliação para efeitos de concurso
Isto é o que diz o jornal I