Blogue de Informação e Recolha de Opiniões para Educadores e Professores. Notícias sobre Educação, Legislação e Política Educativa.
sábado, 10 de setembro de 2011
Fim das negociações
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) e sete dos treze sindicatos chegaram esta sexta-feira a acordo sobre o novo modelo de avaliação. De fora do entendimento ficou a Fenprof. Já a segunda maior estrutura sindical, FNE, aceitou assinar o acordo com o MEC, apesar da manutenção das quotas para as classificações mais elevadas.
Correio da Manhã - Acordo na EducaçãoDiário de Notícias - Crato "assina" modelo de avaliação com sete sindicatos
Expresso - FNE aceita novo modelo de avaliação dos professores
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Nova proposta do MEC sobre a ADD
O MEC vai entregar aos sindicatos, durante a tarde, uma nova versão da proposta do modelo de ADD.
Ainda sobre o corte nos contratos anuais
Depois da denuncia e de muitos pedidos de esclarecimento, segundo o jornal Correio da Manhã, «O MEC esclareceu que apenas os
"horários de Contratação de Escola que deem origem a contratos pedidos a
partir de 12 de setembro" terão como tempo-limite o termo do ano escolar,
31 de julho de 2012. A tutela garante o pagamento de "subsídios de
alimentação, férias e Natal, tendo em conta a duração do contrato, conforme
disposto na lei".»
Não deveria ser a DGRHE ou o próprio MEC a prestar
esclarecimentos sobre o assunto e a justificar esta mediada? A DGRHE faz
publicar notas informativas sobre quase tudo, não seria agora oportuno a
divulgação de uma nota ou de um comunicado onde o assunto fosse integralmente
esclarecido?
Negociações sobre a Avaliação do Desempenho Docente
No essencial não há acordo sobre a avaliação docente, mas há prolongamento das negociações durante a tarde.
Senhor Ministro, a DGRHE está a roubar os docentes contratados!
A DGHRE - Direção-Geral de Recursos Humanos da Educação introduziu este ano uma alteração na sua aplicação informática que faz com que os contratos de docentes terminem a 31 de julho e não a 31 de agosto como acontecia nos anos anteriores.
Esta alteração de procedimento não teve, até agora, qualquer explicação ou justificação por parte dos responsáveis da DGRHE.
Exige-se uma explicação Senhor Ministro!
Exige-se uma explicação Senhor Ministro!
Cortes na máquina descomunal do Estado!
Luís Marques Mendes tem uma nova proposta de emagrecimento da máquina do Estado. O comentador da TVI24 apresentou a lista completa no programa «Política Mesmo».
Ver vídeo TVI 24Proposta de extinção de serviços
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
“fazer mais com menos”
É como se fosse o dia zero: a partir de agora professores, directores e alunos vão ter de responder ao desafio que o ministro Nuno Crato lançou no início do Verão – “fazer mais com menos”. O ano lectivo 2011-2012 arranca hoje, mas os ensinos básico e secundário têm até dia 15 para recomeçar as aulas. Em tempos de austeridade nunca é de mais desejar boa sorte aos que regressam às escolas.
Cortes no orçamento da educação
No Orçamento do Estado para 2011, a educação sofre um corte de 11,2%, ficando com menos 800 milhões de euros. Em 2012 o golpe será de 506,7 milhões.
Cortes no orçamento da educação
No Orçamento do Estado para 2011, a educação sofre um corte de 11,2%, ficando com menos 800 milhões de euros. Em 2012 o golpe será de 506,7 milhões.
Escolas primárias encerradas
São 297 escolas do 1.º ciclo que já não abrem as portas. A área coberta pela Direcção Regional de Educação do Norte é a mais afectada, com o fecho de 132 estabelecimentos de ensino.
Menos contratados
O ensino público vai contar com menos 5 mil docentes contratados: dos 55 mil candidatos ao concurso nacional, apenas 12 747 conseguiram um lugar (menos 20% que no ano anterior ).
Turmas maiores
O limite de alunos por turma no 1.º ciclo passa de 24 para 26. As creches sobem o número de crianças por sala: de oito para dez (entre os dez e os 14 meses) e de 15 para 18 (24 e os 36 meses). As crianças dos dois aos três anos têm menos espaço nas creches. Se a sala acolher até 16 meninos, terá de haver dois metros quadrados por cada um; se admitir mais um ou dois, só se exige mais um metro por cada um.
Direcções reduzidas
As direcções escolares perdem adjuntos: os agrupamentos até 900 alunos ficam com um adjunto, os que oscilam entre 901 e 1800 alunos ficam com dois e os que ultrapassam este máximo têm três. Há também cortes nos suplementos a que têm direito os directores e seus adjuntos.
Acordo Ortográfico
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa é aplicado nas escolas, mas de forma faseada até 2014, ano em que todos os manuais escolares terão de adoptar a nova grafia.
Mais exames e mais horas a Português e Matemática
Exames no 6.º ano, reforço de 45 minutos nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática ou fim da Área de Projecto nos 2.º e 3.º ciclos são as mudanças curriculares introduzidas pelo ministro Nuno Crato.
Alunos deficientes com menos apoio
As equipas dos centros de recursos para a inclusão, que acompanham crianças deficientes nas escolas, ficam reduzidas a um fisioterapeuta, dois terapeutas ocupacionais e da fala e um psicólogo. De fora ficam assistentes sociais, monitores e ainda os técnicos de psicomotricidade que asseguram outras ajudas que os estabelecimentos de ensino poderiam solicitar às instituições.
Alunos do privado no público
O número ainda não é conhecido, mas a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo garante que as escolas dispensaram centenas de professores com a fuga dos alunos.
Avaliação docente
Está longe o acordo entre sindicatos e tutela para um novo modelo de avaliação. O certo é que, com ou sem consenso sindical, haverá nova avaliação para 2011-2013.
Um excelente resumo a ler no jornal I
Novo na blogosfera
Depois dos blogues dedicados a Maria de Lurdes Rodrigues e a Isabel Alçada, chegou a vez de Nuno Crato ter direito ao seu Demo Crato.
Ana Drago - Perspetivas para o ano letivo de 2011/2012
"As escolas iniciaram o ano lectivo com menos meios, menos recursos e menos professores, afirmou a deputada Ana Drago no parlamento, criticando a política de Educação do Ministério de Nuno Crato e lembrando ao Governo: "se pensam que a educação sai cara, experimentem a ignorância".
Sobretaxa de IRS em 2011
Aprova uma sobretaxa extraordinária sobre os rendimentos sujeitos a IRS auferidos no ano de 2011, alterando o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de Novembro.
Ver Nota Informativa do GGF de 8/09/2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Blogue sobre o acordo ortográfico
Podendo ser útil a todos, deixo aqui o endereço de um blogue (in)formativo dedicado em exclusivo ao Novo Acordo Ortográfico, da autoria do Prof. António Pereira.
Proposta de ADD - 6 de setembro
Aqui fica a proposta do MEC sobre o novo modelo de ADD enviada aos sindicatos, hoje dia 6 de setembro.
Será o fim do endividamento e dos contratos milionários?!
O ministério de Nuno Crato ordenou uma auditoria financeira à empresa criada pelo primeiro Governo de Sócrates para fazer a gestão e requalificação de mais de 300 escolas.
Os 72 projectos de requalificação em curso não estão em causa, mas cerca de uma centena de intervenções que aguardam adjudicação dependem agora do resultado da auditoria. A empresa, criada durante o primeiro Governo de José Sócrates, está também impedida de abrir novos concursos.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Homenagem Google a Freddie Mercury
O cantor Freddie Mercury morreu aos 45 anos. Nesta segunda-feira, o Google comemora
o 65º aniversário de nascimento.
Opinião - Manuel António Pina
O que, para além de toda a tagarelice justificativa, resulta das anunciadas medidas de redução da despesa (ainda apenas "planos"; "realizações" são, para já, a nomeação de centenas de 'boys' e dezenas de "grupos de trabalho", 11 só à conta de Relvas, três deles para o futebol) é que ou Passos e Portas não faziam a mínima ideia do que falavam quando criticavam as "gorduras" do Estado ou mentiam deliberadamente quando se atiravam como gatos a bofes contra Sócrates por aumentar os impostos (um e outro preocupavam-se então muito com as "famílias").
Andaram anos a chamar mentiroso e "Pinóquio" a Sócrates porque as suas políticas não coincidiam com as suas promessas e, em dois meses, não têm feito outra coisa senão desdizer-se. A solução que tinham na manga era, afinal, o empobrecimento geral (geral?, não: uma pequena aldeia de 25 magníficos continua a enriquecer escandalosamente à custa desse empobrecimento).
Agora, aos trabalhadores (Amorim excluído), pobres e pensionistas, juntam-se os doentes no lote dos "todos" a quem Passos e Portas cobram a factura da crise. No caso dos doentes, pagando com própria vida se for o caso: os responsáveis nacionais pelo programa de transplantações demitiram-se sexta-feira revelando que os cortes na Saúde "não respeitam a vida humana" e vão "matar pessoas". Não me parece que Paulo Macedo se preocupe com isso: trata-se de doentes crónicos, que só dão despesa...
Manuel António Pina
Estranha nomeação!
Novo Diretor Regional de Educação do Norte
No mesmo dia em que o governo anuncia a extinção das Direções Regionais de Educação (DRE) e sua substituição por estruturas simplificadas é anunciada, por algumas estruturas regionais da ANP - Associação Nacional de Professores, com enorme e natural satisfação, a indigitação do presidente da ANP para Diretor Regional de Educação do Norte.
Não estão em causa as qualidades do indigitado, mas nomear para Diretor Regional de Educação, uma pessoa que vem diretamente de uma associação profissional e que tem interesses diretos em muitos assuntos sócioprofissionais, com especial incidência na formação contínua, para uma estrutura com intervenções nessas áreas de interesse, não deixa de ser algo que nos parece inadequado e que levanta sérias dúvidas quanto à transparência das nomeações políticas deste governo, a não ser que, como afirma o Octávio Gonçalves, "a João Grancho tenha sido pedida a prosaica e breve missão de "coveiro" da DREN"!
domingo, 4 de setembro de 2011
Entrevista ao Ministro da Educação na Revista Única
A entrevista de Nuno Crato à
Revista Única do jornal Expresso, de 3 de setembro, revela algumas opiniões muito genéricas sobre
muitos temas da educação e ensino, mas poucas ideias concretas sobre os
diferentes assuntos abordados. Parece-nos ser uma entrevista de lançamento para
a introdução de significativas alterações nos currículos do ensino básico, no
Estatuto da Carreira Docente e no Estatuto do aluno.
Ao responder a uma pergunta sobre
a marca que gostaria de deixar associada à sua passagem pelo MEC, afirmou;
“Duas ou três coisas. Comecemos
logo pelo ensino básico e secundário. Eu gostaria que, á saída deste governo,
houvesse maior autonomia das escolas e maior responsabilidade.”
Devemos lembrar-lhe senhor
ministro, que todos os seus antecessores disseram a mesma coisa e sempre
proclamaram a autonomia da escolas, para o confirmar basta ler os preâmbulos da
legislação produzida pelos anteriores ministros dos sucessivos governos.
Quanto aos concursos e colocações
de professores, consideramos que as escolas não estão preparadas para esse grau de
autonomia, veja-se o exemplo dos recentes concursos de contratação de docentes para as
escolas TEIP e escolas com contratos de autonomia, onde os critérios de selecção,
alguns deles inconcebíveis, são numa grande parte resultantes da enraizada
cultura da cunha e do compadrio, vícios que, como já afirmámos noutras ocasiões,
continuam a fazer de nós um país pobre e
atrasado.
Sobre aprendizagens e
exames;
“Porquê o 6º ano e não o 4º,
independentemente de ser mais fácil ou difícil? Porque reparámos que surgem
grandes dificuldades nesta transição. Há muitos jovens que chegam ao fim do 1º ciclo
e que dominam aquilo que deveriam dominar, mas que parece que depois entram no
3º ciclo tendo esquecido uma série de coisas e perdido uma série de rotinas, de
miniprocessos e conhecimentos que já tinham adquirido no 4º ano de escolaridade. É um fenómeno internacional, não é só português.”
Programas e currículo;
“Vamos fazer reajustamentos nos programas
fundamentais – Português e Matemática -, de forma a não criar grandes
alterações nos processos. Foram estabelecidas metas pela ministra anterior; a
ideia de metas é boa, mas infelizmente não foi tão longe quanto podia. E
estiveram sempre balizadas por documentos que precisam de ser alterados. Há um
documento orientador de todo o ensino básico que tem de ser revogado rapidamente,
que é o chamado Currículo Nacional de Competências Essenciais, porque tem
orientado de forma negativa a maneira como os programas estão a ser construídos
estão a ser interpretados. Vamos trabalhar aí e nas metas, de forma a que o
osso dos programas se torne mais claro.”
Formação de professores;
“…a formação de professores é
outro aspeto em que nós temos de ser mais rigorosos.”
Exame de entrada na carreira;
“Sempre defendi. Já está na lei,
agora temos que a regulamentar e pôr em prática. E vamos tomar uma série de
medidas, em colaboração com as escolas de formação de professores, para que
seja mais rigorosa.”
“As pessoas dizem que não basta
saber, é preciso saber ensinar. É verdade, mas sublinharia que não se pode
ensinar aquilo que não se sabe muito bem e, quanto melhor se souber, melhor se
saberá ensinar.”
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