As escolas não actuam devidamente perante situações de bullying e, muitas vezes, ignoram estes casos. O alerta é feito pelos sindicatos de professores que falam na falta de condições para combater o fenómeno, mas admitem que há uma tendência para minimizar a sua gravidade.
Isto quando 42% dos alunos nas escolas lidam com o bullying, como vítimas ou como agressores, revela um estudo da investigadora Sónia Seixas, e se sabe que o Ministério Público investigou no ano passado dez queixas por mês de casos de violência nas escolas.
"A tolerância tem de ser zero. Muitas vezes não há castigos, apenas repreensões para os agressores e o bullying é um fenómeno que está a alastrar. As escolas têm de tomar medidas severas, mas têm de actuar de imediato e não deixar passar", defendeu ao DN Carlos Chagas, secretário-geral do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep).
Também Mário Nogueira, da Fenprof, é da opinião que uma "punição severa" é importante se o caso assim o exigir, mas diz que tem de haver sempre uma actuação imediata. "Há situações pouco relevantes e nas escolas tenta- -se ver se as coisas passam e, quando dão conta, já aconteceu algo pior", afirma o sindicalista.
Carlos Chagas reafirma que há regras, mas que não são cumpridas: "Quando os agressores são maiores de 17 anos estão sujeitos à lei penal, mas se forem menores há a lei tutelar da educação. Os directores não se podem alhear dos problemas."
Há outra situação que contribui para a falta de eficácia no combate ao fenómeno. Os docentes e auxiliares não têm formação para lidar com estes casos. "A informação é inexistente. Tem de se investir na formação de professores e de pessoal não docente, pois são estes últimos que fazem, muitas vezes, a primeira observação do bullying", diz João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE). E é neste ponto que se pede a intervenção da tutela. "Deve apostar na prevenção, mas este é um fenómeno que vai ser difícil de controlar a curto prazo", completa Mário Nogueira.
O dirigente diz que é preciso simplificar alguns processos: "Primeiro, o aluno tem de confiar na escola e ter a certeza de que algo vai ser feito para o proteger. Depois, os professores não aplicam castigos mais severos porque a burocracia é demasiada." Dias da Silva conclui: "A tomada de medidas contra o bullying tem sido adiada. Nas escolas espera-se que aconteça e resolve apenas a questão do momento. É como atirar o problema para debaixo do tapete."
A falta de preparação das escolas é também apontada pela psicóloga Tânia Paias, que coordena o Portal Bullying, onde se presta ajuda online. "As escolas não estão bem apetrechadas para lidar com estes casos. Estão alerta, mas não têm as ferramentas", aponta. Já a psicóloga Susana Carvalhosa defende que as escolas e o Ministério da Educação devem apostar na prevenção.
Isto quando 42% dos alunos nas escolas lidam com o bullying, como vítimas ou como agressores, revela um estudo da investigadora Sónia Seixas, e se sabe que o Ministério Público investigou no ano passado dez queixas por mês de casos de violência nas escolas.
"A tolerância tem de ser zero. Muitas vezes não há castigos, apenas repreensões para os agressores e o bullying é um fenómeno que está a alastrar. As escolas têm de tomar medidas severas, mas têm de actuar de imediato e não deixar passar", defendeu ao DN Carlos Chagas, secretário-geral do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep).
Também Mário Nogueira, da Fenprof, é da opinião que uma "punição severa" é importante se o caso assim o exigir, mas diz que tem de haver sempre uma actuação imediata. "Há situações pouco relevantes e nas escolas tenta- -se ver se as coisas passam e, quando dão conta, já aconteceu algo pior", afirma o sindicalista.
Carlos Chagas reafirma que há regras, mas que não são cumpridas: "Quando os agressores são maiores de 17 anos estão sujeitos à lei penal, mas se forem menores há a lei tutelar da educação. Os directores não se podem alhear dos problemas."
Há outra situação que contribui para a falta de eficácia no combate ao fenómeno. Os docentes e auxiliares não têm formação para lidar com estes casos. "A informação é inexistente. Tem de se investir na formação de professores e de pessoal não docente, pois são estes últimos que fazem, muitas vezes, a primeira observação do bullying", diz João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE). E é neste ponto que se pede a intervenção da tutela. "Deve apostar na prevenção, mas este é um fenómeno que vai ser difícil de controlar a curto prazo", completa Mário Nogueira.
O dirigente diz que é preciso simplificar alguns processos: "Primeiro, o aluno tem de confiar na escola e ter a certeza de que algo vai ser feito para o proteger. Depois, os professores não aplicam castigos mais severos porque a burocracia é demasiada." Dias da Silva conclui: "A tomada de medidas contra o bullying tem sido adiada. Nas escolas espera-se que aconteça e resolve apenas a questão do momento. É como atirar o problema para debaixo do tapete."
A falta de preparação das escolas é também apontada pela psicóloga Tânia Paias, que coordena o Portal Bullying, onde se presta ajuda online. "As escolas não estão bem apetrechadas para lidar com estes casos. Estão alerta, mas não têm as ferramentas", aponta. Já a psicóloga Susana Carvalhosa defende que as escolas e o Ministério da Educação devem apostar na prevenção.
Sem comentários:
Enviar um comentário