Da importante Recomendação do Conselho Nacional de Educação, que consideramos de leitura obrigatória para todos os docentes, destacamos;
"Importa, pois, encontrar respostas suscetíveis de criar condições para o exercício da profissão num quadro de autonomia e de liberdade académica, para repor a importância da pedagogia e a construção de conhecimento que fundamentam a ação educativa."
E as dez recomendações que pretendem contribuir de forma decisiva para a melhoria do desempenho, para a dignificação, estabilidade e valorização da carreira docente;
1. Recentrar a missão e a função docente no processo de ensino/aprendizagem, o que implica
definir, com clareza, as funções e as atividades que são de natureza letiva e as que são
de outra natureza, substituindo os normativos vigentes sobre esta matéria por um
diploma claro, conciso e completo.
2. Assegurar como parte integrante do trabalho do professor uma componente destinada ao
uso e desenvolvimento, individual e coletivo, de processos de ensino e de
aprendizagem de alta qualidade e de metodologias de investigação que proporcionem
uma permanente atualização.
3. Promover a instituição de redes de reflexão e práticas colaborativas, nas quais os
professores trabalhem em torno do conhecimento específico da sua área disciplinar, da
didática e da pedagogia.
4. Diminuir as tarefas burocráticas que ocupam tempos necessários para assumir em pleno as
funções docentes, exigidas pela nova realidade pedagógica criada pelos agrupamentos e
escolas.
5. Ter em conta na determinação do serviço docente a evolução profissional, valorizando o
conhecimento e a experiência profissionais e reconhecendo a necessidade do trabalho
em equipa, introduzindo medidas estimuladoras na base de um projeto pedagógico
contratualizado e avaliado.
6. Garantir condições de estabilidade, designadamente profissional, a todos os docentes e o
acesso a uma carreira reconhecidamente valorizada.
7. Reconsiderar as reduções de serviço por antiguidade e o modo como as horas de redução
são preenchidas, para evitar atividades profissionalmente ainda mais exigentes.
8. Definir atividades específicas a desenvolver pelos professores nos últimos anos da sua
carreira, no domínio da formação, da supervisão pedagógica e da construção de
conhecimento profissional, entre outros.
9. Repensar a mobilidade profissional vertical e horizontal, entendida como a possibilidade de
lecionação noutro nível de ensino, consentânea com as necessidades dos alunos e com
as qualificações dos docentes.
10. Promover um processo de formação contínua que articule e torne coerente o
desenvolvimento profissional docente com os permanentes desafios colocados à escola
Sinceramente, estou farto de ler recomendações, intenções ou listagens desta natureza. Parem de enganar os professores. Isto é só verborreia de indivíduos que não sabem o que é a pedagogia, apenas decoraram catecismos das Ciências de Educação e, mais grave ainda é que nem acreditam, nem percebem o que é executar estas intenções na vida real. Fica bem, escrever estes tópicos, é tão bonito...
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