As escolas e os professores em Portugal encontram-se numa encruzilhada-teia, emaranhado e parafernália infernal: tecnológica, burocrática e tecnocrática, com a orgânica sistémica ministerial, numa qualquer realidade virtual paralela, não solidária, a continuar a violentar a profissionalidade docente, esmagando a deontologia e a intelectualidade, que lhe ferem a dignidade, vigiados, formatados por plataformização e aplicações, substituídos e assistentes de IA-máquinas, roubadas que lhe foram a identidade e a autonomia da pessoa humana colectiva do professorado, com a docência atormentada e transformada em mega praga, constituída e sortida de muitas e variadas pragas, impostas pela tutela e amenizadas versus dificultadas por alguns senhores directores; mais a indisciplina e intimidação, mais a violência gratuita filmada e postada, mais a má educação, mais a ausência de princípios, valores e axiologia que vinham de casa-família e se perderam, etc.; assim não, o professorado diz não ao monstro.
O Sr. Ministro da Educação e a equipa ministerial estão de parabéns pela justiça-juízo da recuperação do tempo de serviço congelado, mas falta todo o resto, que é quase tudo, e sobretudo o que tem a ver com a essência da organização escola, da pessoa humana do professor, e da condição humana docente respeitada.
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Donde, para lidar com as pragas da infelicidade docente nos dias que correm é imperativo dar autonomia aos professores e educadores nacionais, sendo de essencialidade crucial ouvir a voz docente e docente-sindical, mais abertura negocial, e um novo ECD (Estatuto da Carreira Docente) pujante de auctoritas docente pulsante, numa autoridade perdida-resgatada do professor na sala de aula.
Carlos Calixto
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