segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Autarquia de Famalicão autoriza antena de telecomunicações ao lado da Escola D. Maria II


A Câmara Municipal da Cidade Educadora de Vila Nova de Famalicão autorizou ou licenciou a instalação de uma antena de telecomunicações junto à Escola Sede do Agrupamento de Escolas D. Maria II e num terreno onde está instalado um Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Famalicão, que cede o espaço a troco de umas centenas de euros, colocando em risco os seus próprios utentes.

Quando começam a surgir estudos científicos que alertam para o perigo das radiações das antenas de telecomunicações, afirmando que as radiações podem causar sérios riscos para a saúde tais como dores de cabeça, depressão, hipertensão arterial e distúrbios do sono, além de danificar o sistema nervoso, é uma contradição com o discurso vigente sobre a educação no concelho de Vila Nova de Famalicão que os órgãos autárquicos licenciem a instalação de uma antena, praticamente dentro do espaço escolar frequentado durante todo o dia por cerca de 700 alunos, mais de uma centena de professores e assistentes técnicos e operacionais.

De acordo com as conclusões do Conselho Europeu “é imperativo proteger toda a população contra os comprovados efeitos adversos para a saúde suscetíveis de resultarem da exposição a campos eletromagnéticos sobretudo em locais em que as pessoas passam períodos de tempo significativos” como é o caso desta escola onde crianças, jovens e adultos permanecem diariamente das 8 h às 18 horas e 30 minutos.

Mais grave ainda é o desrespeito pelas orientações da Organização Mundial de Saúde que recomenda um cuidado especial no caso de jardins de infância, escolas e parques, recomendando também que o processo de localização passe por uma discussão aberta entre o operador, as autoridades locais e o público, como forma de salvaguardar os direitos dos cidadãos. Nada disto foi tido em conta pela autarquia, uma vez que não ouviu ninguém nem promoveu um debate público anterior à instalação da antena.

Isto não é digno de uma cidade dita educadora!


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