A Câmara Municipal da Cidade
Educadora de Vila Nova de Famalicão autorizou ou licenciou a instalação de uma
antena de telecomunicações junto à Escola Sede do Agrupamento de Escolas D.
Maria II e num terreno onde está instalado um Lar de Idosos da Santa Casa da
Misericórdia de Vila Nova de Famalicão, que cede o espaço a troco de umas
centenas de euros, colocando em risco os seus próprios utentes.
Quando começam a surgir estudos
científicos que alertam para o perigo das radiações das antenas de
telecomunicações, afirmando que as radiações podem causar sérios riscos para a
saúde tais como dores de cabeça, depressão, hipertensão arterial e distúrbios
do sono, além de danificar o sistema nervoso, é uma contradição com o discurso
vigente sobre a educação no concelho de Vila Nova de Famalicão que os órgãos
autárquicos licenciem a instalação de uma antena, praticamente dentro do espaço
escolar frequentado durante todo o dia por cerca de 700 alunos, mais de uma
centena de professores e assistentes técnicos e operacionais.
De acordo com as conclusões do
Conselho Europeu “é imperativo proteger toda a população contra os comprovados
efeitos adversos para a saúde suscetíveis de resultarem da exposição a campos
eletromagnéticos sobretudo em locais em que as pessoas passam períodos de tempo
significativos” como é o caso desta escola onde crianças, jovens e adultos
permanecem diariamente das 8 h às 18 horas e 30 minutos.
Mais grave ainda é o desrespeito
pelas orientações da Organização Mundial de Saúde que recomenda um cuidado
especial no caso de jardins de infância, escolas e parques, recomendando também
que o processo de localização passe por uma discussão aberta entre o operador,
as autoridades locais e o público, como forma de salvaguardar os direitos dos
cidadãos. Nada disto foi tido em conta pela autarquia, uma vez que não ouviu
ninguém nem promoveu um debate público anterior à instalação da antena.
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