quinta-feira, 25 de abril de 2019

As falsidades que corroem a democracia

22 mil no topo em 2021


O "eterno" arremesso ao professor não tem emenda. Desta vez, as primeiras páginas declaram que haverá 22 mil professores no topo da carreira em 2021. Já lá estão cerca de 14 mil, mas em grande parte com idades acima dos 60 e perto dos 66. E esses nunca se reformarão? Será mesmo aos 80? Para além disso, há 115 índices remuneratórios na administração pública. O topo dos professores está no 57º lugar. Há 58 índices remuneratórios acima dos professores (os do topo recebem quase o dobro dos professores), mas só os professores é que interessam à estratégia comunicacional. Até se lê que o Governo se demitirá por causa dos professores. Dá vontade de perguntar: esses 58 índices acima são estrangeirados? Se olharem para a tabela da imagem - site da Direcção-Geral da Administração e Emprego Público com um sublinhado a vermelho para o topo dos professores -, verão que o topo recebe mais ou menos 120% do que a média? Enfim. Este mais do mesmo corroeu a democracia e agora até se agrava com o silêncio da totalidade do parlamento. Importa sublinhar este facto na véspera de mais um 25 de Abril. Aliás, as escolas públicas perderam o ambiente democrático exactamente por causa da confessada guerra aos professores. O Expresso salientou que os "Professores representam 25% da despesa prevista com progressões para 2019", que são "uma classe profissional a envelhecer, com salários relativos altos" e diz agora que haverá 22 mil no topo da carreira em 2021. É falso.

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