Hoje no Parlamento, o Ministro da Educação, João Costa, na sua intervenção inicial na Assembleia da República, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, repetiu a retórica que já conhecemos desde a apresentação do Programa do Governo, agora com uma milagrosa solução que propõe resolver todos os problemas da falta de docentes com a previsibilidade e fixação ou o ajustamento da vida pessoal ao lugar onde se fixam os educadores e professores.
"Vamos, pois, iniciar o processo da concertação para uma definição
de um modelo de recrutamento que fixe os professores a quadros de
escola e de agrupamento mais cedo e de forma permanente, com o
objetivo de eliminar o eterno “casa às costas”, permitindo que haja
previsibilidade e capacidade de ajustamento da vida pessoal ao
lugar onde se fixa. Estamos também em diálogo com as instituições
de ensino superior para trabalho em três frentes: a revisão do
modelo de formação inicial de professores, com a introdução de
estágios remunerados e indução na carreira; a criação de modelos
para a profissionalização em exercício e para a formação dos
professores que expressam a vontade de retomar uma carreira
interrompida há anos.
...
Sabemos que é preciso formar mais professores e garantir
estabilidade na carreira e esse é o caminho que este orçamento de
estado inicia, integrando também a capacidade de gerir os recursos humanos de forma mais ajustada às necessidades permanente e
transitórias, de que é exemplo a recente decisão de completar
horários no terceiro período nas regiões mais afetadas pela falta de
professores, permitindo a compensação de aulas perdidas."
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