segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Pela transparência e funcionalidade dos concursos de docentes


Sou completamente a favor do sistema centralizado, alegadamente “estalinista”, de colocação de professores em todas as fases do concurso, porque prefiro de longe a sua transparência e funcionalidade à opacidade e morosidade das alternativas que nos foram servidas recentemente. Sou contra a desregulação do sistema, assim como era contra os destacamentos e requisições ad hoc que faziam regra em vez de excepção nos anos 90 do século passado.

Em relação às questões da autonomia das escolas eu diria que há matérias bem mais importantes do que esta com que os directores se deveriam preocupar. Eu recebo todos os alunos na aula e devo assegurar condições a todos para eles terem sucesso, por isso acho estranho que as lideranças supremas precisem de escolher professores para demonstrar o seu valor.

O que eu acho é que os professores na sala de aula e os directores na escola devem preocupar-se nas melhores soluções a usar com aqueles que devem liderar, sendo para mim muito mais importante demonstrarem o seu valor na gestão dos casos problemáticos que quantas vezes já estão nas escolas do que andar a seleccionar meia dúzia dos que chegam. A mim preocupam mais as chicanes ambulantes que por vezes se arrastam pelos corredores, em especial as que voluntariamente o fazem, sem outra razão que não seja a falta de profissionalismo. Essa imobilidade é que me preocupa. Assim como aquelas mobilidades nascidas de humores ocasionais. O sistema só estabiliza, estabilizando, lá diria o outro senhor especializado em evidências.

Acho que o corpo docente de uma escola ou agrupamento deve estabilizar MESMO durante 3-4 anos, salvo casos muito excepcionais de licenças prolongadas. Sem que o cálculo anual dos horários seja refeito em nome da eficácia ou eficiência financeira que, se o assunto fosse bem estudado acaba por tornar-se uma ineficiência quando desmotiva os professores envolvidos e, em mais situações do que se admite, quebra o trabalho de continuidade com as turmas, prejudicando os alunos. Não acho desperdícioespecial se num agrupamento com 150 professores, existirem 2 ou 3 que tenham horário incompleto e um ou outro com horário-zero. Certamente que existirão funções que podem desempenhar com ganhos para os alunos e apara a organização escolar. Até porque podem servir como rectaguarda rápida perante alguma situação mais inesperada e para suprir uma necessidade de forma imediata e sem ficar na actual roda da sorte.

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