Estou plenamente convencido, que uma consulta pública aos professores do 1º ciclo, sobre a monodocência traria à superfície, a minha convicção pessoal, de que a maioria recusa o seu fim.
A relação afetiva entre alunos e um único professor, proporciona um melhor relacionamento escolar nos primeiros anos de escolaridade e uma capacidade do professor coordenar as diversas disciplinas, numa perspetiva interdisciplinar.
Atualmente na maioria das escolas, apenas em turmas do, 1º, 2º e 4º anos se mantem a monodocência, havendo alguns casos de pluridocência, com especial incidência nas disciplinas de Matemática, Português e Inglês.
Na maioria dos casos temos turmas com um professor em falsa coadjuvação, com a troca do professor titular da turma, (com um segundo titular) pelo que vem dar aula de Português ou Matemática. No caso do Inglês, em que o professor é substituído duas horas semanais, dá apoio a alunos de outra turma e no pior dos cenários, fica sem duas horas letivas, que depois compensa na Atividade Extra Curricular da tarde.
No próximo ano letivo, a experiência do Inglês lecionado por outro professor, alarga-se ao 4º ano, ficando a monodocência limitada ao 1º ano e 2º ano.
O 1º ciclo tem sido palco de todo o tipo de experiências e o cansaço começa a fazer moça, nos excelentes profissionais, que lecionavam com entusiasmo sempre renovado.
A alteração do regime de aposentação, com a compensação absurda e facultativa, de dois anos sem componente letiva, que salvaguardava a especificidade da sua ação de monodocência, também começa a contribuir para a extrema fadiga, quer pela sua ação psicológica, dos que estão a meio da carreira, quer, nos que pensavam estar no final e têm pela frente, mais seis ou sete anos de serviço.
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