Estudo sobre indicadores, modelos e experiências de monitorização e avaliação de aprendizagens e de desenvolvimento das crianças e jovens dos 3 aos 18 anos.
O conhecimento e uso informado da Avaliação de Aprendizagens pelas Instituições
Educativas contribui para o desenvolvimento das múltiplas aprendizagens a promover pela Educação Escolar e para cumprir os fins para ela desejados. A evidência
recolhida em vários contextos internacionais e contactos nacionais, associada às
escolhas feitas em Portugal e consagradas na Legislação, permitiu sistematizar um
conjunto de recomendações que podem apoiar medidas que contribuam para que a
avaliação das aprendizagens seja verdadeiramente formativa.
Recomendação 1. Promover a recolha, a análise crítica e a sistematização de casos
internacionais que permitam conhecer as exigências e requisitos para uma bem-sucedida implementação da Avaliação Formativa e da Avaliação Sumativa no dia-a-dia
das escolas e jardins-de-infância, bem como a adequada articulação entre estas duas
formas de Avaliação de Aprendizagens.
Recomendação 2. Usar a recolha e análise de Casos Internacionais e dos contributos
de Agências com forte intervenção em Avaliação Educacional, que o Estudo apresenta,
para iluminar a preparação de uma estratégia capaz de apoiar as correspondentes
medidas de concretização.
Recomendação 3. Estruturar uma iniciativa de avaliação do envolvimento de Portugal no PISA, PIRLS e TIMSS, com especial atenção aos modos como são usados
os resultados obtidos, para que possa ser promovida a otimização do envolvimento
de Portugal nestes programas e para que esse envolvimento tenha como efeito uma
melhoria considerável no uso dos resultados.
Recomendação 4. Sistematizar, em documento de fácil acesso, as boas práticas de
Avaliação de Aprendizagens em contextos internacionais que interessam ao País, no
qual se inclua o trabalho que as Agências Internacionais desenvolvem e o modo como
distintos países usam esses contributos
Recomendação 5. Planear e acompanhar práticas de Avaliação de Aprendizagens
nas escolas, que promovam uma vigorosa sustentação e uma adequada articulação da
Avaliação Formativa com a Avaliação Sumativa.
Recomendação 6. Implementar e consolidar um Plano Nacional de Avaliação de
Aprendizagens orientado no sentido de uma Avaliação Formativa bem articulada com
a Avaliação Sumativa.
Recomendação 7. Garantir que a formação inicial e contínua de educadores e professores promove uma base teórica sólida e uma experiência refletida sobre a Avaliação de Aprendizagens.
Recomendação 8. Instituir apoios tutoriais em iniciativas de formação, conduzidas
em Instituições Educativas, em que especialistas em Avaliação de Aprendizagens trabalhem com educadores e professores na sua concretização.
Recomendação 9. Promover intervenções que apoiem pais, encarregados de educação e outros grupos de interessados numa adequada e positiva cultura de avaliação
que tenha efeitos na compreensão do valor de integrar Avaliação Formativa e Avaliação Sumativa.
Recomendação 10. Identificar e mapear a investigação relevante sobre a Avaliação
de Aprendizagens em Portugal capaz de apoiar decisões políticas e práticas em Instituições Educativas.
– Carla Vieira, Carlinda Leite, Isabel Pinho, Júlio Pedrosa, Maria João Pires da Rosa, Paulo Marinho
Uma publicação da Fundação Calouste Gulbenkian
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