quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fim à avaliação

A actual avaliação de desempenho dos professores tem de ser suspensa até sexta-feira, defendeu ontem a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), justificando o pedido ao Ministério da Educação com o facto de o modelo vir a ser suspenso em breve na Assembleia da República, com o voto favorável de todos os partidos da Oposição.
Sexta-feira é o último dia previsto na lei para as escolas definirem o calendário para a aplicação do actual modelo de avaliação, iniciando-se assim o segundo ciclo avaliativo. “Se não for suspenso, vai criar um problema de organização às escolas. Quando tiverem tudo pronto, o trabalho feito vai todo para o lixo porque, entretanto, a Assembleia da República já estará organizada para votar a suspensão da avaliação”, afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, explicando: “Ainda não estão sequer constituídas as comissões parlamentares. Por isso é impossível suspender a avaliação até 30 de Outubro. Há o compromisso dos partidos de votarem favoravelmente a suspensão do actual modelo de avaliação.”
Caso o Governo não proceda à suspensão imediata da avaliação, a solução passa pelas escolas: “Apelamos que acautelem na calendarização obrigatória por lei o tempo necessário para a questão ser resolvida politicamente.”
"Poupar as escolas"
"Tudo aponta no sentido da suspensão, só que não irá acontecer brevemente devido ao funcionamento da Assembleia", disse o responsável, durante uma conferência de imprensa, em Lisboa.
"As escolas já têm factores suficientemente fortes de perturbação. Neste momento só o Ministério da Educação poderia tomar a decisão de suspender o actual modelo", defendeu, adiantando que a federação enviou hoje uma carta à tutela com o pedido.
Segundo Mário Nogueira, "poupar as escolas" a um trabalho baseado num modelo que "tem os dias contados" seria também um "sinal extremamente importante" de que a renovação da equipa do Ministério da Educação significa mudanças.

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