A presença das tecnologias digitais em todos os domínios da sociedade, já classificada como a quarta revolução industrial,
é uma realidade à qual a escola não pode escapar. Por um lado, pela influência que estas tecnologias têm no modo de
ensinar e de aprender e, por outro, porque é suposto a escola preparar os jovens para a vida no mundo digital e para
a inserção no mercado de trabalho, de modo a evitar a exclusão social dos que não detêm competências neste domínio.
Nesta perspectiva, importa perceber não só os equipamentos de que as escolas dispõem, mas também o tipo de uso que
lhes é dado.
Da análise da evolução do número de computadores existentes nos estabelecimentos de ensino nos últimos anos, destaca-se a quebra de 30 983 unidades em 2017/2018, seguida de um aumento de 5134 em 2018/2019, ano em que são recenseados 276 566 dispositivos. Estas flutuações ficam a dever-se essencialmente ao setor público, uma vez que o ensino privado independente do Estado registou um aumento do número de computadores, no mesmo período, ainda que pouco expressivo (Figura 5.1.1).
O parque informático das escolas acusa algum desgaste já que, em 2018/2019, a percentagem de
computadores com mais de três anos, apesar de inferior à do ano anterior (-1,4 pp), é ainda muito significativa (83,7%). Dos computadores existentes em 2018/2019, a maior parte tem ligação à internet
(92,5%). Depois do aumento de 3,8 pp do número desses dispositivos, registado em 2017/2018, o acréscimo verificado no
último ano em análise é pouco significativo (0,4 pp).
Importa igualmente relacionar o número de computadores com o dos seus potenciais utilizadores. Esta relação mostra
que, em 2018/2019, o número médio de alunos por computador era de 4,5, valor superior ao registado em 2016/2017.
Nesta matéria, os ensinos público e privado evoluíram de modo distinto. Enquanto no ensino público o número médio de
alunos por computador, em 2018/2019, aumentou 0,5, relativamente ao primeiro ano em análise, no ensino privado esse
número baixou 0,5, situando-se em 4,7 alunos por computador, no ensino público, e em 4,0 no privado.
Também no que se refere ao número médio de alunos por computador com ligação à internet, em 2018/2019, se assinala
um valor globalmente mais elevado no ensino público (5,0), do que no privado (4,3).
Destaques
• Apesar do ligeiro aumento do número de computadores nas escolas do Continente (mais 5134 que no ano anterior), em
2019, a percentagem de equipamentos com mais de três anos, é ainda muito significativa (83,7%).
• Em 2019, a maior parte dos computadores das escolas tinha ligação à internet (92,5%) e o número médio de alunos por
computador era de 5 no ensino público e de 4,3 no privado.
• No que se refere à existência de equipamentos (laptops, computadores, câmaras, quadros brancos) e à velocidade da
banda larga, um inquérito da UE, relativo a 2017-2018, concluiu que as escolas portuguesas estavam mais equipadas e
conectadas digitalmente, em todos os níveis e ciclos de ensino (do 1º CEB ao ensino secundário), do que a média dos
países da UE, com particular destaque para o ensino básico.
• Apesar do equipamento existente nas escolas, de acordo com o estudo ICILS (International Computer and Information
Literacy Study), realizado em 2018, apenas 7% dos alunos portugueses indicaram utilizar essas tecnologias para realizar
atividades escolares (11 pp abaixo da média internacional).
• Os problemas associados à insuficiência de recursos informáticos, com repercussões no ensino e na aprendizagem
de TIC, mais assinalados pelos professores coordenadores de TIC no estudo ICILS, foram a «falta de computadores
eficientes» e a «largura de banda ou velocidade de internet insuficiente».
• No estudo ICILS, quando comparados com os docentes de outros países, os professores portugueses indicaram ter
participado em poucas ações de formação na área das TIC.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarESTUDOS SÃO UMA AUTÊNTICA FRAUDE.
ResponderEliminarNúmero de computadores nas escolas? Realmente, questionaram o número de computadores da escola. E, existentes no inventário, constam sete. São autênticas máquinas OBSOLETAS… Mas temos sete. E isso é que conta para as estatísticas. O da minha sala é do ano de 1998 (foi, autenticamente, recuperado do destino a que o iria condenar uma empresa da região. Mas, para quem nada tem… qualquer sucata serve. Mas não serve. Para abrir não se espera: desespera-se! Mais de 20 minutos para colocar em funcionamento. E, usar a Internet e as plataformas editoriais, um calvário! MAS TEMOS SETE… que contam para as ESTATÍSTICAS.