A oportunidade criada pela petição subscrita por muitos milhares de professores e educadores para valorizar a carreira docente e devolver o tempo de serviço devido aos docentes, foi mais uma vez rejeitada no parlamento. Na passada quinta-feira a petição subiu a sessão plenária tendo sido apresentados três projetos de Resolução: do BE "Pela valorização da carreira docente"; do PCP "Valorização dos professores e educadores e melhoria das suas condições de trabalho"; do PEV "Atribuição de direitos devidos aos professores".
No dia seguinte, 4 de dezembro, estes projetos de Resolução foram a votação e todos acabaram rejeitados.
As votações dos diferentes projetos de Resolução foram as seguintes:
- Projeto de Resolução 653/XIV “Pela valorização da carreira docente” (BE)
Favor: BE, PCP, PAN e PEV. Deputadas independentes Joacine K. Moreira e Cristina Rodrigues
Abstenção: PSD, CH e IL
Contra: PS e CDS-PP
- Projeto de Resolução 660/XIV “Valorização dos professores e educadores e melhoria das suas condições de trabalho” (PCP)
Favor: BE, PCP, PAN e PEV. Deputadas independentes Joacine K. Moreira e Cristina Rodrigues
Abstenção: CH e IL
Contra: PS, PSD E CDS-PP
- Projeto de Resolução 716/XIV “Atribuição de direitos devidos aos professores” (PEV)
Favor: BE, PCP, PAN e PEV. Deputadas independentes Joacine K. Moreira e Cristina Rodrigues
Abstenção: CH
Contra: PS, PSD, CDS-PP e IL
Ficou evidente para os Educadores e Professores que as jogadas políticas dos partidos de esquerda (PCP, PEV e BE) que tiveram, na última legislatura, algumas mas desperdiçadas oportunidades de exigir ao governo a contagem integral do tempo de serviço roubado, mas, e sobretudo, a posição e os votos contra de uma maioria que sistematicamente se coloca contra a valorização da profissão docente e contra a salvaguarda dos seus direitos socioprofissionais, jamais irão resultar em medidas concretas de valorização da carreira, porque não passam de meras palavras de circunstância, ainda que de aparente apreço, sabendo que desta forma não se valoriza uma profissão que começa a registar uma preocupante falta de profissionais.
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