UM RETRATO DO PAÍS E DOS EFEITOS DA
PANDEMIA
A 2.ª edição do relatório “Portugal Balanço Social”, atualiza o impacto da pandemia de COVID-19, em 2020 e 2021, nos grupos mais vulneráveis da população, na saúde, na educação e no mercado de trabalho. Este ano adiciona ainda uma secção dedicada às pessoas mais velhas.
O documento analisa situações de pobreza monetária e outras dimensões como a privação material, as condições de habitação e o acesso à educação e à saúde, e discute a relação entre a pobreza e a situação laboral ou o nível de educação. São ainda apresentados indicadores de persistência da pobreza, diferenças regionais, a desigualdade na distribuição do rendimento e o impacto das transferências sociais na mitigação da pobreza. Dedica também um capítulo às crianças e outro aos mais velhos, dois grupos particularmente vulneráveis. Por último, o relatório “Portugal Balanço Social, 2021” atualiza o impacto da crise provocada pela pandemia de Covid-19 na saúde, educação, mercado de trabalho, poupança, consumo e endividamento, combinando diversas fontes de dados disponíveis.
A escolaridade tem um papel importante na mitigação
da transmissão intergeracional da pobreza. Nos
anos que antecedem a escolaridade obrigatória,
o rendimento da família está relacionado com a
frequência da creche e pré-escolar – quase 7 em cada
10 crianças pobres não tem acesso a creche e, entre
os 4 e os 7 anos, as mais pobres são as que menos
frequentam o pré-escolar. No ensino obrigatório, são
estas crianças que tiveram piores resultados do que
os de meios socioeconómicos menos desfavorecidos,
no Estudo Diagnóstico para os alunos do 3º ano,
realizado pelo Instituto de Avaliação Educativa em
janeiro de 2021, para apurar os atrasos na aquisição de
competências em virtude da crise pandémica.
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