Com o objetivo de simplificar metodologias, processos administrativos, expedientes e eliminação de redundâncias, no âmbito do Simplex, o Ministério da Educação avança já no próximo ano letivo com um primeiro conjunto de medidas de desburocratização interna das escolas, uma decisão que corresponde a um compromisso assumido com as escolas e os professores, inscrito no Programa de Governo.
Este primeiro passo, que consiste em duas dezenas de iniciativas teve por base as sugestões apresentadas por várias direções dos estabelecimentos de educação e ensino de todo o país e por listas entregues por algumas organizações sindicais, construindo-se, em primeira instância, a partir da experiência das próprias escolas.
Em concreto:
- Reduzir ao essencial os aspetos que devem ser monitorizados/avaliados em todos os planos e projetos determinados pela tutela.
- Limitar o texto das atas aos assuntos tratados, decisões e declarações de caráter pedagógico, sendo eliminados os documentos passíveis de serem consultadas em fontes digitais ou que fazem parte do trabalho corrente de Direção de Turma.
- Eliminar das atas as listas de evidências e prestação de contas do trabalho dos Diretores de Turmas e dos professores.
- Dispensar a avaliação das aprendizagens dos alunos nas AEC – _Atividades de Enriquecimento Curricular.
- Substituir o Programa de Apoio Educativo pela revisão anual dos Planos de Ação Estratégica.
- Tornar facultativas as reuniões intercalares, deixando a sua realização aos casos em que se justifiquem, determinando que todos os professores submetam as descrições qualitativas, relativas ao desempenho dos alunos, nas plataformas digitais em uso nas escolas para informação aos encarregados de educação.
- Elaborar planos de recuperação simplificados dispensando-os da qualidade de instrumentos administrativos/ prestação.
- Reduzir os procedimentos para a realização de visitas de estudo simplificando os requisitos administrativos.
- Delegar nos diretores as decisões sobre as visitas de estudo internacionais com reporte da sua realização aos serviços.
- Elaborar modelos simplificados de planos-relatórios.
- Autorizar a realização de reuniões online.
- Implementar o trabalho remoto opcional/ facultativo para as reuniões com Encarregados de Educação.
- No caso das escolas TEIP, centralizar e limitar os documentos empregues para a sua monitorização.
- Condensar normas legais e regulamentares de funcionamento nas escolas num único site.
- Eliminar a descoordenação de normas de nível diferente.
- Assumir o princípio de que o que for desmaterializado não carece de duplicação ou de assinatura em papel.
- Eliminar relatórios de execução de medidas com alunos que repitam dados que se deduzem da avaliação atribuída.
- Eliminar a necessidade de tramitação de papéis para justificação de faltas de professores que se encontram em visitas de estudo.
- Alargar a realização de formação contínua, nos Centros de Formação de Associação de Escolas, do pessoal docente e não docente, na modalidade e-learning.
- Criar o Prémio Simplex para as Escolas, distinguindo as instituições mais pró-ativas na eliminação de burocracia na gestão pedagógica e partilha e boas práticas.
Para além das propostas de desburocratização apresentadas pelas Direções de Escolas, o Ministério da Educação, tal como já anunciado, continua em parceria com a Agência para a Modernização Administrativa a fazer o levantamento de procedimento burocráticos a eliminar.
Está ainda determinada a constituição de um grupo em cada Agrupamento de Escola com vista à simplificação de procedimentos internos administrativos e a elaborar de um manual de simplificação de práticas administrativas dos docentes.
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