"É estranho ou mesmo paradoxal, que as organizações escolares se encontrem aprisionadas num modelo único, fechado, ditado por uma lógica de hierarquização, do tipo top-down, em que os mecanismos participativos estão muito limitados, em favor de uma lógica de liderança unipessoal, da qual dependem, de modo rígido, as restantes lideranças. Esta é uma forma de organização prejudicial para uma verdadeira cultura de transformação e adaptação progressiva numa lógica de pluralidade. Uma organização que se fecha num modelo hiper-centralizado perde a capacidade de ser versátil, tem dificuldade em aceitar visões alternativas à que é dominante por decreto e é permeável ao recurso a práticas de nepotismo, aliciamento ou mesmo corrupção da lógica democrática."
Paulo Guinote
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