segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Um país e uma economia em dificuldades

Neste estudo com o título “UM PAÍS E UMA ECONOMIA EM DIFICULDADES E NÃO PREPARADA PARA ENFRENTAR A CRISE DO “CORONAVIRUS”, UM GOVERNO QUE VACILA, QUE PROMETE MUITO E FAZ POUCO, QUE É INCAPAZ DE ATUAR E ADIA DECISÕES, E A SITUAÇÃO DRAMÁTICA DOS DESEMPREGADOS CUJO NÚMERO NÃO PARA DE AUMENTAR, E A MAIORIA NÃO RECEBE QUALQUER APOIO”, Eugénio Rosa  analisa um conjunto de dados oficiais essenciais – baixa escolaridade e destruição maciça de empregos ocupados por trabalhadores com o ensino básico ou menos; redução do “stock” do capital liquido por trabalhador nos últimos anos o que, associada à baixa escolaridade, é causa da baixa produtividade aparente do trabalho (PIB por empregado) que com a crise sofreu um retrocesso de 20 anos; ganho médio liquido em Portugal de apenas 980€ em 2019 cerca de metade da média dos países da U.E. que era, na mesma altura, de 1808€, e que sofreu com o lay-off e com o desemprego uma forte redução; o desemprego que não para de aumentar e que no fim de julho de 2020 já atingia 678.500, e em que menos de um terço dos desempregos recebem subsidio de desemprego, o que determina que a miséria esteja a alastrar rapidamente em Portugal – em resumo, um conjunto de dados essenciais indispensáveis para compreender as dificuldade que o país está a enfrentar para ultrapassar a crise. E termina com um conjunto de propostas/medidas a meu ver indispensáveis para retomar a atividade e recuperar a economia com um mínimo de segurança, medidas essas que o governo adia em implementar mas que têm fundamentalmente como objetivo suscitar a reflexão do leitor, para que ele forme a sua própria opinião, que é o mais importante.

"É urgente a reorganização do trabalho de toda a administração publica integrando de uma forma planeada e organizada o teletrabalho, construindo instrumentos de enquadramento, de acompanhamento e de avaliação do trabalho realizado pelos trabalhadores que não existe, assim como o respeito dos seus direitos (ao descanso, à sua vida privada, ao horário de trabalho, etc.), mas até a esta data nada foi feito deixando tudo à deriva com consequências graves nos serviços prestados à população cujo acesso é cada vez mais difícil. É urgente normalizar a economia com um mínimo de segurança. Para isso é necessário introduzir horários desfasados quer na administração publica quer no setor privado para reduzir os ajuntamentos nomeadamente nos transportes públicos, e assim tornar possível o distanciamento físico mas até à esta data nada foi feito; é preciso, pelo menos a nível da Administração Pública, em muitos serviços, em que o teletrabalho foi introduzido de uma forma desorganizada, improvisada e sem qualquer preparação, dividir os trabalhadores em dois grupos que se alternam (regime presencial/teletrabalho) de forma a existir sempre trabalhadores em regime presencial para assegurar pelo menos um mínimo de normalidade no funcionamento dos serviços que não existe atualmente e garantir aos trabalhadores o distanciamento físico necessário indispensável à sua segurança Mas tudo isto está por fazer, e o governo tem-se revelado incapaz de o fazer. Até parece que nem pensa nisso ou que tem medo de atuar porque teme perder popularidade. E são os cidadãos que sofrem com a desorganização dos serviços públicos. Mas assim é o caminho para o abismo."

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