sexta-feira, 19 de novembro de 2021

CARREIRA DOCENTE: CRÓNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA

Falta de Professores e Educadores! E agora? Como chegamos aqui?


O SIPE alertou sucessivamente o Ministério da Educação sobre o problema da falta de Educadores e Professores. Esta situação é agravada substancialmente com a estimativa de precisarmos de mais 34 500 docentes até 2030.

As soluções desesperadas e tardias encontradas pelo Ministério da Educação implicam um inaceitável retrocesso ao nível da qualidade da Escola Pública

FACTOS:

1. São poucos os jovens que querem seguir a carreira de Professor;

2. A carreira não é atrativa: é precária, mal remunerada, sem incentivos e pouco valorizada;

3. Não há intenção nenhuma de investir na Carreira Docente, senão vejamos: estas medidas avulsas e paliativas, à pressa anunciadas, onde ESTÃO CONTEMPLADAS NO ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2022?

SOLUÇÕES IMEDIATAS E A MÉDIO PRAZO

1. Captar para o Ensino os milhares de jovens já formados e profissionalizados que desistiram da profissão;

2. Abrir com urgência um concurso de vinculação automática para estabilizar os milhares de professores precários contratados;

3. Criar um sistema de incentivos à fixação de professores, nomeadamente alojamento e dedução das despesas profissionais em sede de IRS;

4. Tornar a carreira mais atrativa nomeadamente ao nível da remuneração, da recuperação do tempo de serviço, da abolição das quotas e das vagas, meros travões economicistas para impedir a progressão dos docentes;

5. Retirar a carga burocrática sobre as escolas;

6. Repor a dignidade aos horários docentes revertendo a redução por idade para a componente individual de trabalho

7. Criar um sistema especial de aposentação

8. Negociar um sistema justo de concursos onde os professores sejam colocados por graduação profissional

9. Resolver o problema das ultrapassagens na carreira entre docentes

SR. MINISTRO: BASTA DE PALAVRAS, QUEREMOS ACTOS!

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