Neste estudo “O PODER DE COMPRA DA REMUNERAÇÃO MÉDIA LÍQUIDA DOS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA EM 2021 É AINDA MUITO INFERIOR AO DE 2010, E HÁ PROFISSÕES ONDE A QUEDA É MUITO SUPERIOR À MEDIA. O NÚMERO DE TRALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA EM 2021 É AINDA INFERIOR AO DE 2011” Eugénio Rosa analisa, utilizando os dados oficiais mais recentes divulgados pela Direção Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP), a dimensão da perda do poder de compra da remuneração base média líquida mensal dos trabalhadores da Função Pública por categorias profissionais entre 2011 e 2021. Ela continua a ser elevada (10,3%), variando de categoria profissional para categoria profissional. E os trabalhadores das Administrações Públicas não conseguiram ainda recuperar qualquer parcela daquele poder de compra perdido. Tal como acontece no setor privado, o aumento significativo do salário mínimo nacional, que arrasta o salário mais baixo da Tabela Remuneratória da Administração Pública, conjugado com congelamento na prática das remunerações da Função Pública está a subverter profundamente a lógica da tabela em vigor afastando cada vez mais os diferentes valores de remunerações das diferenças de qualificações e competências. Tudo isto está a ter consequências dramáticas para o funcionamento dos serviços públicos e se não for rapidamente corrigido agravará as injustiças das remunerações dentro das próprias Administrações Públicas assim como o funcionamento e a qualidade dos serviços públicos prestados à população.. É uma questão muito séria para o presente e futuro da Administração Pública que devia merecer uma atenção muito maior quer pelo governo quer pelos partidos políticos que estão na Assembleia da República.
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