segunda-feira, 5 de julho de 2021

Alunos de Famalicão que não frequentaram aulas de Cidadania voltam a chumbar

Pais de Tiago, no 7.º ano, e Rafael Mesquita Guimarães, no 9.º ano, avançaram com nova providência cautelar para impedir que os filhos sejam retidos pela falta de assiduidade na disciplina obrigatória de Cidadania e Desenvolvimento.

Os dois irmãos de Famalicão que foram retidos no último ano letivo por não frequentarem a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento arriscam chumbar novamente por falta de assiduidade à disciplina. Para "impedir" que Tiago, no 7.º ano, e Rafael Mesquita Guimarães, no 9.º, sejam reprovados, os pais avançaram a 29 de junho com uma providência cautelar, alegando objeção de consciência e defendendo que cabe à família, não à escola, educar os filhos em matérias como a sexualidade.

Segundo o Jornal de Notícias, os jovens voltaram a chumbar, apesar do bom aproveitamento geral nas outras disciplinas. Após a providência cautelar do ano passado, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga deu razão parcial aos pais, em fevereiro deste ano, permitindo que os alunos avançassem nas disciplinas em que tinham tido aproveitamento, considerando que o interesse das crianças, de progredir os estudos noutras disciplinas, devia prevalecer sobre o cumprimento da legalidade subjacente ao currículo escolar.

À Rádio Renascença, este sábado, o pai das crianças, Artur Mesquita Guimarães diz que os seus filhos são "reféns" do Estado e da escola, que acusa de tudo fazerem para que não passem de ano. "A escola e o Ministério da Educação continuam a querer perseguir os nossos filhos. Tomaram-nos como reféns e estão a fazer tudo para que isso [o chumbo de ano] aconteça", diz.

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